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Sistemas Processuais Penais

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Sistemas Processuais Penais
 é o conjunto de normas, coordenadas entre si, intimamente correlacionadas, que funcionam como uma estrutura organizada dentro do ordenamento jurídico
 é o conjunto de princípios e regras constitucionais, de acordo com o momento político de cada Estado,
São três os sistemas processuais penais existentes no ordenamento jurídico: a) sistema inquisitório ou inquisidor; b) sistema acusatório; c) sistema misto, reformado, napoleônico ou acusatório formal.
SISTEMA INQUISITÓRIO
No sistema inquisitivo é o juiz quem detém a reunião das funções de acusar, julgar e defender o investigado – que se restringe à mero objeto do processo. A idéia fundante deste sistema é: o julgador é o gestor das provas, e o juiz é quem produz e conduz as provas.
O sistema inquisidor possui as seguintes características: a) reunião das funções: o juiz julga, acusa e defende;
 b) não existem partes – o réu é mero objeto do processo penal e não sujeito de direitos; 
c) o processo é sigiloso, isto é, é praticado longe “aos olhos do povo”;
 d) inexiste garantias constitucionais, pois se o investigado é objeto, não há que se falar em contraditório, ampla defesa, devido processo legal etc.; 
e) a confissão é a rainha das provas (prova legal e tarifação das provas); 
f) existência de presunção de culpa? O réu é culpado até que se prove o contrário.
O juiz, gestor da prova, busca a prova para confirmar o que pensa (subjetivismo) sobre o fato (idéia pré-concebida), onde as provas colhidas são utilizadas apenas para comprovar seu pensamento.
Também, é neste período que as provas são tarifadas/valoradas. Sendo a confissão a (rainha das provas).
SISTEMA ACUSATÓRIO
Diversamente do sistema inquisitório, sua antítese é o sistema processual acusatório, que possui como princípio unificador o fato de o gestor da prova ser pessoa/instituição diversa do julgador. Há, pois, nítida separação entre as funções de acusar, julgar e defender, o que não ocorria no sistema inquisitivo. Destarte, o juiz é imparcial e somente julga, não produz provas e nem defende o réu.
Para facilitar a compreensão desse sistema, eis suas principais características: 
a) as partes são as gestoras das provas;
 b) há separação das funções de acusar, julgar e defender; 
c) o processo é público, salvo exceções determinadas por lei; 
d) o réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação;
 e) consequentemente, ao acusado é garantido o contraditório, a ampla defesa, o devido processo legal, e demais princípios limitadores do poder punitivo; 
f) presume-se a não culpabilidade (ou a inocência do réu); 
g) as provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos
	sistemas
	Sistema inquisitório
	Sistema acusatório
	
Princípio unificador
	O juiz é o gestor das provas.
	As partes é que são gestoras das provas.
	
Funções acusar, defender e julgar
	Reunidas nas mãos do juiz.
	Separadas.
	Atos do processo
	Sigilosos.
	A regra é a publicidade dos atos do processo, salvo exceções legais.
	Réu
	Objeto da investigação.
	Sujeito de direitos.
	Garantias
	Não há contraditório, ampla defesa ou devido processo legal.
	Todas as garantias constitucionais inerentes ao julgamento.
	Provas
	Taxativas, onde a confissão é a rainha das provas.
	Livre convencimento do juiz e devidamente motivadas.
	Presunção
	De culpabilidade, podendo utilizar-se de torturas e meios cruéis para obter a confissão.
	De não culpabilidade ou de inocência.
	Julgador
	É parcial.
	É imparcial, eqüidistantes das partes.
SISTEMA MISTO
Por fim, o sistema processual misto contém as características de ambos os sistemas supracitados. Possui duas fases: a primeira, inquisitória e a segunda, acusatória. Tem origem no Código Napoleônico (1808).
A primeira fase é a da investigação preliminar. Tem nítido caráter inquisitório em que o procedimento é presidido pelo juiz, colhendo provas, indícios e demais informações para que possa, posteriormente, embasar sua acusação ao Juízo competente. Obedece as características do sistema inquisitivo, em que o juiz é, portanto, o gestor das provas.
A segunda fase é a judicial, ou processual propriamente dita. Aqui, existe a figura do acusador (MP, particular), diverso do julgador (somente o juiz). Trata-se de uma falsa segunda fase, posto que, embora haja as demais características de um sistema acusatório, o princípio unificador (idéia fundante) ainda reside no juiz como gestor da prova

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