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RESUMOS ELETROTERAPIA O que é corrente galvânica É uma corrente contínua, ou seja, que mantém sempre a mesma intensidade, tanto em valor quanto em direção, e unidirecional, cujo funcionamento depende da presença de dois eletrodos (positivo e negativo) e do contato com o paciente. Essa corrente pode ser gerada através de retificadores de corrente alternada ligados à rede elétrica e possui polo positivo e negativo, o que proporciona a movimentação de íons. Pela pele pode ser usada para a introdução de íons medicamentosos ou cosméticos em tecidos corporais. Indicações da corrente galvânica Ela é utilizada na forma contínua, mas é adaptada e reduzida. Normalmente é indicada para fazer ionização, em que facilita a penetração de ativos cosméticos na pele, ou para desincrustação, limpeza de substâncias gordurosas da pele de forma profunda. Há também o eletrolifting (galvanopuntura), que se utiliza de uma microcorrente galvânica. A ionização (ou iontoforese) pode ser realizada para promover hidratação da área a ser trabalhada, por exemplo, através de seu mecanismo de aplicação com produto específico. Já a desincrustação é comumente realizada em pele oleosa, utilizando-se uma substância própria para desincruste embebida em algodão no eletrodo ativo, que toca a área que será trabalhada. Diferentemente da ionização e da desincrustação, a galvanopuntura usa a microcorrente galvânica combinada a uma agulha de 5 milimetros no polo negativo para minimizar linhas de expressão e estrias. Já seus usos terapêuticos variam de acordo com o polo que se usa: Polo positivo: neurite, artralgia, ciatalgia, distensão, bursite, introdução de íons positivos, lombalgia, distensão, neuralgia, tendinite, fase crônica da artrite e mialgia Polo Negativo: enfermidade de Raynaud, contusão, distensão, fibrose e artrose. É importante ressaltar que esta corrente pode promover minimização de dor e do processo inflamatório, entre outros problemas. Como a corrente galvânica é aplicada Na desincrustação, usa-se um elétrodo de gancho como elétrodo ativo envolvido totalmente com algodão que deve estar com o produto desincrustante. O passivo (placa de silicone ou metal) deve ser localizado no braço ou região da escápula. O tempo gira em torno de quatro a cinco minutos. Nesse processo, por causa de divergências em estudos quanto à dose da corrente, é indicada a utilização do limite da sensibilidade do paciente para determiná-la, de acordo com o conforto e a segurança. Na ionização, é importante considerar que o protocolo a seguir deve ser sugerido pelo fabricante do produto ionizável, por haver variação. O produto é administrado no local em que se deseja que seja absorvido, podendo ser gotejado na área e a absorção com elétrodo em forma de rolo, por exemplo, o que é muito comum. O tempo é de cinco minutos. A dosimetria tem ligação com o tipo de substância que será ionizada. Para isso, relaciona-se também o tempo de aplicação do cosmético e o protocolo proposto pelo fabricante do produto. A galvanopuntura, caracterizada por um método não invasivo, faz uso de uma agulha acoplada ao elétrodo caneta e ao polo negativo da microcorrente contínua. O polo positivo ajuda na dispersão e está conectado ao corpo para que a corrente seja transmitida, ou no braço, caso o procedimento seja facial. A agulha fica entre as camadas da epiderme (camada mais superficial da pele). Aqui é importante ressaltar que também existem divergências quanto à dosimetria e que a aplicação pode ser vista em prática clínica usando-se de 70 a 100 microamperes para estrias e de 150 a 200 para rugas, podendo ser medida também de acordo com a tolerância do indivíduo que está recebendo a corrente, o que torna possível se chegar a valores acima desses mencionados. Na galvanopuntura há dor, que pode ser minimizada com o uso de anestésicos, livres de anti- inflamatório, para não prejudicar o poder regenerador do procedimento. Em outros tratamentos com corrente galvânica, são comuns desconforto ou formigamento leve; neste caso, é importante apontar que a alergia a corrente elétrica ou a hipersensibilidade podem prejudicar a eficácia do tratamento. Sessões Não existe um número de sessões obrigatório. É preciso, apenas, que o objetivo do tratamento seja avaliado junto ao paciente sob seu grau de satisfação na área tratada. É preciso fazer manutenção como qualquer tratamento, não há tempo específico, mas é importante observar a minimização do efeito e retornar para reavaliação e procedimento. Quem é o profissional apto para aplicar a corrente galvânica? Fisioterapeuta ou profissional de estética desde que devidamente capacitados. Cuidados antes da aplicação da corrente galvânica Antes de aplicar a corrente galvânica, é importante observar se a pele a ser tratada está íntegra. No caso da galvanopuntura, é importante a assepsia com álcool sobre a área a serem posicionadas as agulhas, bem como a higienização da pele. Na ionização, é importante a higienização, bem como uma esfoliação para facilitar a penetração do ativo a ser administrado. Cuidados após a aplicação da corrente galvânica Em geral, depois de uma sessão com uso da corrente galvânica é importante a não se expor ao sol, bem como o uso de filtro solar com fator de proteção solar maior do que 30. Contraindicações da corrente galvânica Tratamentos com corrente galvânica são contraindicados a quem apresenta hipersensibilidade à corrente, lesão na área a ser tratada, pacientes com alteração de sensibilidade e hipersensibilidade à fórmula do produto desincrustante. No caso da galvanopuntura para estrias, não é interessante iniciar tratamento durante a puberdade pela alteração hormonal que existe neste período; ainda nesta modalidade, pacientes com elevação de níveis de glicocorticoides também não devem utilizar-se da técnica. Grávida podem fazer? Não é recomendado, por falta de estudos que comprovem a segurança para o feto. CORRENTE INTERFERENCIAL Corrente interferencial: o que é? A corrente interferencial é basicamente, uma corrente de média frequência, de aproximadamente 4000 Hz. Seu princípio terapêutico consiste na produção de duas correntes de média frequência com frequências levemente diferentes que interfiram uma com a outra, sendo assim uma nova corrente formada, com amplitude resultante da soma de duas amplitudes de correntes individuais. Estudos indicam que ela pode aliviar a dor mediante a produção de um bloqueio periférico da atividade nas fibras nervosas portadoras de impulsos nocivos. A estimulação das fibras nervosas aferentes grossas tem um efeito inibidor ou bloqueante sobre a atividade das finas, como consequência a perceção da dor diminui ou desaparece. É um aparelho de eletroterapia que utiliza correntes elétricas alternadas com amplitude modulada em baixa frequência, variando de 4.000 a 4.200 Hz. Seu uso é indicado para o tratamento de luxações, entorses, contusões musculares, artroses, ruturas parciais, contraturas, bursites, tendinites, mialgias, neuralgias e periartrites. A corrente interferencial não deve ser aplicada em pacientes com câncer, que apresentem febre, com tuberculose óssea, em infeções locais, em pessoas com trombose ou que façam uso de marca-passo. Assim como o TENS, a corrente interferencial também é usada para o alívio da dor, sobretudo em pacientes que não viram resultados com outras técnicas de eletroterapia. Micro correntes A micro corrente é um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos micro amperes e são de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas. Também chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation). O modo normal de aplicação dos aparelhos de micro correntes ocorre em níveis em que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais.Os pacientes não têm perceção da sensação de formigamento (estimulação subliminar). O plano de atuação das micro correntes é profundo, podendo atingir um nível muscular, e apresenta-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo. A terapia por micro corrente pode ser vista como uma catalisadora nos processos iniciais e de sustentação em numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no processo cicatricial, uma vez que acelera em até 500% a produção da adenosina trifosfato (ATP). O ATP é a molécula responsável pela síntese proteica e regeneração tecidual devido a sua participação em todos os processos energéticos da célula. O uso de micro corrente na área lesada ajuda na normalização da corrente elétrica biológica, resultando numa maior cicatrização e minimizando a percepção de dor. As principais indicações são: cicatrizações pós-cirúrgicas; fibroedema geloide; pós-peeling; queimaduras; rupturas miotendinosas; tendinites, tenossinovites; síndromes dolorosas. Seu uso está contraindicado nos seguintes casos: alergia ou irritação a corrente elétrica; diretamente sobre útero gravídico, eixo cardíaco, marcapasso, neoplasias, portadores de implantes metálicos, dermatites e dermatoses cutâneas. TENS Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS) Esse é um dos aparelhos mais comuns quando falamos em eletroterapia, e é amplamente utilizado para o alívio da dor em processos agudos ou crônicos. Para isso, o TENS utiliza uma corrente despolarizada. Hoje é possível encontrar no mercado aparelhos de TENS com dois tipos de elétrodos: Autoadesivos, que não necessitam de materiais extras para a adesão na pele do paciente, têm maior fixação e também podem ser reutilizados; De silicone, que apresentam uma duração média de 6 meses, precisam ser limpos com álcool 70% e necessitam de materiais adicionais para sua aplicação, como gel e fita adesiva. Ambos os elétrodos apresentam resultados semelhantes, sendo que escolher entre um ou outro dependerá das preferências do fisioterapeuta e também do conforto do paciente. Os elétrodos autoadesivos apresentam vantagens como: fácil fixação e remoção e ainda não necessita de materiais extras na sua aplicação. Além do tipo, outro ponto que influencia no tratamento é o tamanho do elétrodo, que deve estar de acordo com a área a ser tratada, garantindo a eficácia do aparelho. Também é importante ficar atento ao posicionamento dos elétrodos, que influenciam diretamente nos resultados obtidos. Alguns posicionamentos mais usados são: bilateral: dois eletrodos de um mesmo canal são colocados em um único lado da região a ser tratada; unilateral: um eletrodo é colocado em um dos lados de uma articulação; proximal: os eletrodos ficam localizados na parte superior da lesão, sendo uma forma eficaz para o tratamento de lesões de nervos periféricos e lesões medulares; distal: pelo menos um eletrodo é colocado na região de dor, oferecendo parestesia em toda a área afetada. O TENS é indicado para reduzir as dores em diversos casos, como pacientes com dores crônicas, dores pós-operatórias, dores lombares e cervicalgias, bursites, entre outros. Porém, sua aplicação deve ser evitada em pessoas que fazem uso de marca-passo, grávidas, nas regiões das carótidas e das pálpebras, em crianças, epilépticos e também nos casos de dores sem diagnóstico. Corrente FES Por meio da despolarização do nervo motor, esse aparelho permite realizar a contração muscular mediante a estimulação elétrica, o que gera uma resposta na unidade motora do músculo, levando a uma contração eficiente. Normalmente, as frequências de pulsos usadas na corrente FES estão entre 30 a 80 MHz e com duração de pulso que varia entre 200 e 600 microssegundos. Embora esses sejam os parâmetros mais usados, eles podem variar dependendo do tratamento a ser usado. Para que a contração aconteça é necessária a aplicação de uma sequência de estímulos programada com determinada duração (de repetição e de frequência apropriadas). Essa série de estímulos é conhecida como trem de pulso. O fisioterapeuta deverá observar o tempo entre dois trens de pulso e o período de repouso, permitindo, assim, um controle maior sobre as contrações musculares, evitando a fadiga. Alguns cuidados também precisam ser tomados no uso do FES, como: Não aplicar sobre a pele irritada; Manter contato dos elétrodos com a pele; Analisar corretamente o tamanho do elétrodo — que varia de acordo com a técnica usada, a resposta que se deseja obter, o local em que será aplicado e o tamanho do músculo a ser trabalhado; Condução uniforme da corrente em todos os pontos. A corrente FES é indicada no tratamento de traumas, paralisia cerebral, AVC, lesão medular, espasmos, imobilização de membros por longos períodos etc. Porém, ela não deve ser usada em pessoas com câncer, na área da faringe ou em regiões com a sensibilidade alterada, em grávidas e em pessoas com trombose arterial ou venosa. Ondas Curtas (Diatermia) Os aparelhos de ondas curtas são aqueles capazes de emitir ondas elétricas de alta frequência que geram calor profundo, o que leva ao aquecimento dos tecidos. Como resposta a esse aquecimento, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo, que por sua vez leva à redução dos processos inflamatórios e o alívio da dor. É possível optar por um aquecimento moderado, para tratar doenças crônicas, ou um aquecimento mais brando, no caso de processos agudos. Vale lembrar, contudo, que não existe relação entre mais calor e melhores resultados terapêuticos. Na verdade, se o calor não for pensado de acordo com a sensibilidade e as necessidades do paciente, é possível causar ainda mais problemas, como lesões teciduais e queimaduras. A diatermia é recomendada no tratamento de contraturas, entorses, contusões, rigidez pós-gesso, hipotrofia muscular, anquilose fibrosa, artrite, bursite, espondilite, epicondilite, mialgias, lombalgias, miogelose etc. Contudo, as ondas curtas não devem ser usadas em: grávidas; mulheres no período menstrual; pessoas com câncer; pacientes com trombose venosa; feridas abertas; pacientes com marca-passo; pacientes com próteses metálicas; pessoas com alterações na sensibilidade térmica; tecidos isquêmicos. Além disso, o uso da diatermia requer alguns cuidados como: Os cabos não devem cruzar entre si; As placas não devem ser usadas sobre espículas ósseas; Apenas usar o aparelho de diatermia em maca de madeira, reduzindo problemas com curto- circuito; A área tratada não poderá ter pomadas, óleos e cremes, e precisa ser protegida com uma toalha limpa; O paciente deverá ser informado sobre a sensação térmica desejada. Laser O laser na fisioterapia utiliza a amplificação da luz por emissão estimulada de radiação, produzindo, dessa forma, um efeito analgésico, anti-inflamatório, estimulante celular e modulador do sistema conjuntivo, auxiliando na regeneração e na cicatrização de diferentes tecidos. O seu uso é recomendado para: lesões nervosas periféricas; cicatrização de feridas abertas; processos inflamatórios e degenerativos de tecidos moles; edemas periarticulares. Contudo, o laser não é indicado em casos de neoplasias, processos bacterianos, em tecidos especializados (como os testículos e o ovário) e nem sobre a retina. Alguns cuidados essenciais que garantem o sucesso do tratamento são: aplicação sempre sobre a pele limpa e livre de óleos, cremes, pomadas ou secreções sebáceas; ângulo de incidência sempre localizado sobre a área de aplicação; tanto o paciente quanto o fisioterapeuta precisam usar proteção ocular; a caneta laser sempre deverá ser testada antes da aplicação. Corrente Russa Nesse tipo de tratamento, os impulsos elétricos estão associados a movimentos musculares, sendo usados para enrijecer e tonificardeterminada musculatura, aumentando a capacidade muscular. Justamente por isso, a corrente russa ficou muito famosa na área da estética. Contudo, vale salientar que o aparelho sozinho não consegue substituir o exercício físico e ambos devem ser usados juntos para melhores resultados. Geralmente, a corrente russa é usada para a reabilitação de atletas, para auxiliar o ganho e a recuperação da força muscular, para melhoria do sistema circulatório e também na fisioterapia dermatofuncional, ajudando no combate à flacidez. RESUMO TÉCNICAS: TENS: analgesia; Galvânica: analgesia, anti-inflamatória e para a permeação de ativos; Interferencial: anti-inflamatória e analgesia; Diadinâmicas: analgesia e anti-inflamatória; FES: fortalecimento muscular; Russa: fortalecimento muscular; Polarizada: permeação de ativos; Farádica: relaxamento muscular e analgesia; mio ocorrentes: cicatrizante, anti-inflamatório, bactericida e antiedematosa. TENS CONVENCIONAL- (FASE AGUDA- ANALGESIA + RÁPIDA): Frequência: 50 A 100 HZ Largura de pulso: 40 us a 80 us Tempo de aplicação: 30 minutos a 60 minutos Ele é indicado para dores agudas, pois se baseia no manejo da dor estudado pela teoria do portão ou de controlo da dor. As principais áreas de aplicação são as áreas dolorosas, nervos e dermatoma O modo convencional da TENS é eficaz no tratamento de lesão aguda de tecido mole, dor associada com distúrbios musculoesqueléticos, dor pós-operatória, inflamatória e miofascial. TENS BURST (FASE CRÓNICA- ANALGESIA + RÁPIDA MAS PERMANECE MAIS TEMPO) Frequência: 70 A 100 Hz Largura de pulso: 100 us a 200 us Tempo de aplicação: 20 a 30 minutos TENS ACUNPUTURA (FASE CRÓNICA – ANALGESIA + DURADOURA) Frequência: < 10 Hz Frequência otimizada: 1 a 4 Hz Largura de pulso: 150 us a 250 us Tempo de aplicação: 20 a 30 minutos Ela é indicada para dores crónicas, pois possivelmente ocorre a liberação de endorfinas. Nesses casos, os elétrodos são inseridos no miotoma, em pontos de acupuntura ou nas áreas dolorosas que não apresentam erupções cutâneas. A TENS baixa pode ser usada para dor crónica, dor provocada por lesão de tecidos profundos, dor miofascial e por espasmo muscular. INDICAÇÕES GERAIS: Analgesia (dor como dores relacionadas a artrite, dores lombares, nevralgias, dor cervical, tendinite, nevralgia, cervicobraquial, dor ciática, dor no pescoço, reumatismo, dor óssea, dor nas costas, entorses, luxações, epicondilite, dor pós-operatória, entre outros.) Estimulação muscular Vasodilatação Redução de edema Estimulação da cicatrização de lesões em tecidos moles Alguns cuidados precisam ser tomados para a prática do TENS, tais como: Checar previamente o aparelho e suas conexões; Evitar que o paciente manipule o aparelho, a menos que isso faça parte da técnica; A pele do paciente deve ser examinada e limpa antes e após cada aplicação; Evitar que os eletrodos encostem um no outro durante a aplicação. Não deixar que haja contato direto do metal do eletrodo com a pele do paciente. Caso forem usados eletrodos de silicone, usar gel suficiente para assegurar uma boa condutibilidade da corrente para a pele do paciente; Informar ao paciente o que será feito e o que ele irá sentir; A intensidade da corrente deve ser aumentada de forma lenta e gradativa; Pedir ao paciente que informe caso sinta sinais de queimadura ou dor; Contraindicações: Pacientes com marca-passo cardíaco Com arritmias cardíacas ou distúrbios epiléticos Não aplicar na boca, próximo dos olhos, sobre a pele anestesiada, ao longo do trajeto da veia carótida Em grávidas (nos primeiros 3 meses), Em crianças, Pacientes com tumores Dores sem diagnóstico. ULTRASSOM O ultrassom trabalha com movimentos ondulatórios na forma de vibração mecânica que produzem ondas no sentido longitudinal. É o número de ondas que determina a frequência do aparelho, que costumam variar entre 3 MHz e 1 MHz, sendo que os de 3MHz também podem ser usados para fins estéticos. As ondas têm como vantagem a maior facilidade de penetração nos tecidos (de acordo com a sua constituição e densidade). Essas vibrações mecânicas promovem um aumento do metabolismo local, o que gera um melhor aporte de fluxo sanguíneo local, melhorando a retirada de catabólitos, a nutrição dos tecidos e ainda favorecendo a regeneração tecidual. A ação mecânica do ultrassom sobre os tecidos ainda produz a liberação das aderências, graças à separação das fibras de colágeneo, à remodelagem das camadas intracelulares e à absorção de íons de Ca++. Por tudo isso, o ultrassom pode ser usado para vários tipos de tratamentos, como: contraturas e tensões musculares, tendinites, mialgias, bloqueios articulares e para a recuperação de cicatrizes cirúrgicas. Esse aparelho trabalha com dois tipos de ondas terapêuticas: Pulsátil: o fluxo de ondas ultrassônicas tem interrupções — é o modo indicado para o tratamento de lesões agudas; Já no ultrassom de modo pulsátil, as ondas são emitidas com pequenas interrupções, o que não produz efeitos térmicos, decorrente do intervalo entre a transmissão das ondas que permite ao tecido dissipar calor recebido, mas também é capaz de estimular a cicatrização e diminuir os sinais inflamatórios, sendo mais indicado no tratamento de lesões agudas. Contínuo: não tem interrupções no fluxo das ondas e é indicado para o tratamento de lesões crônicas. A forma contínua produz maior quantidade de calor decorrente da vibração de partículas celulares, que através do atrito entre si é produzido o efeito térmico, alterando o metabolismo e a permeabilidade das células, auxiliando na cicatrização das feridas e diminuindo o inchaço, sendo também mais eficaz no tratamento de lesões crônicas. Porém, como todos os tratamentos, o ultrassom também apresenta contraindicações, não sendo recomendada a sua aplicação em: zonas de crescimento; áreas como ouvidos, olhos, testículos, ovários e tratadas com radioterapia; cicatrizes em pós-operatório imediato; processos infecciosos; tromboses e flebites; grávidas; pessoas com câncer. Ultrassom pode ser usado também no modo subaquático, quando o contato direto não é possível devido à forma irregular da parte a ser tratada. Geralmente utilizado nas extremidades como mãos, punho ou dedos onde seria muito difícil acoplar toda a ERA do equipamento. O cabeçote é colocado dentro de uma bacia com água e movido paralelo à superfície da área que está sendo tratada e o mais próximo possível da pele. Nesse caso não é necessário colocar gel na pele, mas a estrutura a ser tratada e a cabeça do equipamento deve permanecer mergulhadas na água, sendo que o cabeçote fica a uma pequena distância. Indicação para uso do ultrassom terapêutico Traumatismo do Tecido Ósseo Traumatismo de Articulações e Músculos Distenções Luxações Fraturas Contraturas Espasmos Musculares Neuroma Pontos Gatilhos Distúrbios do Sistema Nervoso Simpático Transtornos Circulatórios Processos Inflamatórios Agudos e Crônicos Reparos de Lesões Fibro Edema Gelóide Cicatrização de Feridas Contra-indicação Área com Hipoestesia Área com Insuficiência Vascular Afecções Localizadas no Tecido Epífises Férteis Diabetes Melitus Diretamente sobre o Marca-Passo Feridas Abertas ULTRASSOM: Modo: pulsado (fase aguda) – efeito mecânico (não térmico) Indicado para: Diminuir os processos inflamatórios agudos Regeneração e reparação de tecidos moles Estimulação do calo ósseo Diminuição de espamos Normalização do tónus muscular Parâmetros: Intensidade: 0,5w/cm2 a 1 w/cm2 Profundidade da onda: 1Mhz (3 a 4 cm de profundidade) 3 Mhz (1 a 2 cm de profundidade) Tempo de aplicação: 3 a15 minutos Modo: contínuo (fase crónica) – efeito térmico Indicado para: Aumento de mobilidade articular Aumento de circulação sanguínea Alívio da dor Diminuição de processos inflamatórios crónicos Parâmetros: Intensidade: 0,1w/cm2 a 0,5 w/cm2 Profundidade da onda: 1Mhz (3 a 4 cm de profundidade) 3 Mhz (1 a 2 cm de profundidade) Tempo de aplicação: 3 a 15 minutos Indicações gerais: Traumatismo do tecido ósseo Traumatismo da articulação e músculos Distenções Luxações Fraturas Contraturas Espasmos musculares Neuroma Processos inflamatórios agudos e crónicos Reparo de lesões Contraindicações gerais: Área com Hipoestesia Área com Insuficiência Vascular Afecções Localizadas no Tecido Epífises Férteis Diabetes Melitus Alterações circulatórias Diretamente sobre o Marca-Passo Feridas Abertas Cuidados a ter: O ultrassom terapêutico deve ser usado corretamente: Coloca-se uma camada de gel condutor diretamente na área a ser tratada. Em seguida deve acoplar a cabeça do equipamento sob o gel aplicado, fazendo movimentos lentos. Os movimentos são de forma circular, em forma de 8, de cima para baixo, ou de um lado para o outro. Nunca deixe parado sobre o mesmo local.
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