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Magnésio parte escrita

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Magnésio 
A deficiência de Magnésio está cada vez mais comum ser encontrada nos plantios de eucalipto e isso está ocorrendo devido ao baixo teor desse macronutriente no solo em função de alguns fatores, como utilização de calcário de baixa reatividade e com baixos teores de Magnésio na sua composição, calagem tardia (realizada depois do plantio sem incorporação no solo), uso de altas doses de potássio nas adubações de cobertura (competição). 
O magnésio possui muitas funções nas plantas:
1- Fotofosforilação.
2- Fixação fotossintética de CO2.
3- Síntese Proteica.
4- Formação da clorofila.
5- Carregamento do floema.
6- Geração de espécies reativas de oxigênio 
7- Fotooxidação dos tecidos foliares. 
Um dos sintomas típicos da deficiência de Magnésio é a clorose internerval das folhas velhas (porque é translocado pelo floema), esse nutriente está presente no tilacóide dos cloroplastos, constituindo a clorofila por isso amarelecimento quando há carência, ocasionando a diminuição do pigmento. Esse sintoma também está relacionado com a intensidade luminosa, que aumenta o aspecto da clorose e ainda causa machas avermelhadas no limbo foliar, devido a produção oxigênios reativos altamente prejudiciais para os cloroplastos. 
Por ter menos proteínas sendo sintetizadas menos aminoácidos serão ativados e menos cadeias polipeptídicas são produzidas, então esses vão sendo acumulados e ficam sujeitos a descarboxilação, tendo como produto as putrescinas, causando necrose nas folhas deficientes.Fig. 1 – Cloroplastos com tilacóides, compartimentos que contém Mg e onde a energia solar é convertida em energia química pela fotossíntese. Fonte: Informações Agronômicas, 2010. 
 Em relação a translocação de assimilados pelo floema, o magnésio em deficiência pode levar ao acúmulo de carboidratos nas folhas, diminuindo o transporte de carboidratos para as raízes e para as sementes (drenos), restringindo o crescimento do sistema radicular e aéreo. Folhas que possuem muita sacarose se expandem mais, em relação as outras e o pigmento de clorofila também fica desproporcional ao tamanho da folha por isso pode-se ter a clorose. As plantas no aspecto geral vão apresentar menor desenvolvimento pois necessitam de carboidratos para crescer e até mesmo as raízes não serão capazes de fornecer pois também estarão em baixo desenvolvimento por conta da sua necessidade em Mg. 
Já falando em sistema radicular a deficiência de Mg é muito preocupante em solos ácidos, muito intemperizados e a presença de Alumínio. Um dos mecanismos de adaptação da planta à solos ácidos é a liberação de ânions de ácidos orgânicos nas raízes, esses ânions formam quelatos com Alumínio – formando complexos não tóxicos às raízes. E o Mg participa da liberação desses ânions, tendo ação protetora em níveis tóxicos de Al. Atuando no desenvolvimento da raiz.
 
Fig.2– Clorose internerval e necrose - Clorose na copa. Fonte: RR Agroflorestal, 2013.
Fig.3 - Clorose internerval. Fonte: Informações Agronômicas, 2001.
Fig. 4 - Clorose nas folhas velhas. Fonte: Informações Agronômicas, 2001. 
O magnésio atua como ativador enzimático, principalmente a Ribulose 1, 5 – bifosfato carboxilase e oxidase (RUBISCO). Enzima responsável pela fixação de dióxido de carbono no Ciclo de Calvin, a ligação desta enzima com o Mg aumenta a afinidade dela pelo CO2. Na deficiência de Mg a Rubisco pode fixar Oxigênio, acumulando espécies reativas que devido ao efeito oxidativo pode causar necrose no tecidos. E também, com uma menor taxa de carbono sendo fixada, menor será a taxa fotossintética e consequentemente menor será o desenvolvimento vegetal (menor síntese de proteínas). Outra enzima relacionada com o magnésio é a Glutamato Sintetase, responsável por catalisar a o ciclo do glutamato (glutamina = 2 moléculas de glutamato). Portando na deficiência de Mg a ativação dessa enzima é inibida deixando fotossíntese menos eficiente, redução da clorofila (clorose) e também diminuição dos carboidratos (menor crescimento). 
 
Manejo: fornecer calcário dolomítico antes do plantio, podendo ser incorporado porque é antes da implantação da lavoura. Pulverização com Sulfato de Magnésio como complementação da adubação feita via sistema radicular. Não exceder nas doses de K, Ca (competição iônica muito grande). Fornecer Magnesita (teor próximo de 56% de Mg) se não houver deficiência de Enxofre, pois o enxofre é fornecido com o sulfato de magnésio. 
Fontes consultadas: 
SILVEIRA, Ronaldo; RIBEIRO; MARTINS; LEITE; Deficiência de Magnésio limitando a produtividade do eucalipto, RR Florestal, p.4, 2013. 
CAKMAK, Ismail; YAZICI; Magnésio: um elemento esquecido na produção agrícola, Informações Agronômicas, n.132, 2010. 
SILVEIRA, Ronaldo; HIGASHI; SGARBI; MUNIZ; Seja doutor do seu eucalipto, INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS, nº 93, 2011.

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