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CASO CONCRETO 7 - PRATICA SIMULADA 1

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Discente: Pollyana Oliveira Correia 
Docente: André Ricardo Ferreira Melo 
Disciplina: Pratica Simulada I Turno: Noturno Turma: 3001 
 
CASO CONCRETO – 7 
 
(36º Exame de Ordem – OAB/RJ – 2ª Fase – Peça Profissional – Civil) - modificado 
Marcos, brasileiro, pedreiro , casado, domiciliado na rua Bérgamo 123, apt. 205, 
na cidade de Araçatuba – SP, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi 
atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado, de forma imprudente, 
por Roberto, comerciante e proprietário de uma padaria. Encaminhado a um 
hospital particular, Marcos faleceu após estar internado por um dia. Maria, esposa 
de Marcos, profundamente abalada pela perda trágica do seu esposo, deslocou-se 
até Recife – PE e transportou o corpo para Araçatuba – SP, local do sepultamento. 
O falecido não deixou filhos. Sabe-se, ainda, que Mauro tinha 50 anos de idade, era 
responsável pelo seu sustento e de sua esposa e conseguia obter renda média 
mensal de um salário mínimo como pedreiro. Sabe-se, também, que os gastos 
hospitalares somaram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral 
somaram R$3.000,00. No inquérito policial, após o laudo da perícia técnica 
apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do 
aparelho de arcondicionado, Paulo foi indiciado, sendo posteriormente denunciado 
e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. A viúva 
procura você advogado para buscar em juízo o direito à indenização pelos danos 
decorrentes da morte de Marcos. Em face da situação hipotética apresentada, 
redija, na qualidade de advogado (a) procurado (a) pela família de Marcos, a 
petição inicial da ação judicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de 
direito material e processual pertinentes. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL 
DE ARAÇATUBA/SP (Art. 53, V, CPC). 
 
Maria, brasileira, viúva, do lar, portadora da carteira de identidade nº _____, expedida 
pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, 
residente e domiciliada na Rua Bérgamo 123, apt. 205, Araçatuba/SP, pelo advogado 
infra-assinado, com endereço profissional constante da procuração em anexo, para fins 
do artigo 77, inc. V, do CPC, vem, a esse juízo, propor 
 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS E MORAIS 
 
pelo procedimento comum, em face de Roberto, brasileiro, estado civil___, empresário, 
portador da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrito no CPF sob o 
nº _____, endereço eletrônico ______@____, domiciliado na cidade de Recife/PE, 
pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. 
 
I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
A PARTE AUTORA requer os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir 
condições financeiras para arcar com os encargos processuais sem prejuízo do próprio 
sustento, conforme insculpido no artigo 98 do Código de Processo Civil. 
 
II - AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
 
A PARTE AUTORA tem interesse na realização de audiência de conciliação ou 
mediação. 
 
III – FATOS JURÍDICOS 
 
A PARTE AUTORA era casada com MARCOS, o qual, quando caminhava por uma 
rua da cidade de Recife, capital do Estado de Pernambuco, foi tragicamente atingido por 
um aparelho de ar condicionado que era imprudentemente manejado pela PARTE RÉ. 
Encaminhado a um hospital particular, MARCOS, após um dia de internação, não 
resistiu aos ferimentos e, lamentavelmente, veio a falecer. 
Diante de tão aterradora situação, em estado de choque, a PARTE AUTORA dirigiu-se 
ao local do fato, e transportou o corpo de MARCOS para a cidade de Araçatuba/SP, 
onde foi realizado o sepultamento. 
O falecido marido da PARTE AUTORA não deixou filhos. 
 
IV – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
 A PARTE RÉ, ao atingir o marido da PARTE AUTORA com o aparelho de ar 
condicionado que manuseava de forma completamente imprudente, cometeu ato ilícito e 
lhe causando imenso dano, conforme disposto no art. 186 do Código Civil. 
 O laudo da perícia técnica do inquérito policial indicou como sendo a causa da 
morte de MARCOS o traumatismo craniano provocado pela abrupta queda do aparelho 
de ar condicionado, não restando dúvida quanto à autoria e à materialidade do 
homicídio culposo praticado pela PARTE RÉ, que, inclusive, já foi condenada em 1º 
instância pelo cometimento do referido crime. 
 No art. 927, o Código Civil estabelece que aquele que, por ato ilícito, causa dano 
a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 A PARTE AUTORA arcou com os gastos hospitalares, com o transporte do 
corpo e com o funeral do falecido marido, que totalizaram o valor de R$ 6.000.00, 
motivo pelo qual tem ela o direito de, com base no art. 948, inc. I, do Código Civil, 
exigir a respectiva indenização. 
 Como a PARTE AUTORA não exercia atividade remunerada, o falecido marido 
dela, que como pedreiro obtinha uma renda média mensal de um salário mínimo, era o 
único responsável pelo sustendo da família, família essa que foi repentinamente 
destruída pelo ato ilícito cometido pela PARTE RÉ. 
A PARTE RÉ deve ser obrigada a reparar a indenização referente à prestação de 
alimentos à PARTE AUTORA a quem o falecido marido os devia, levando-se em conta 
a duração provável da vida da vítima, que tinha na data do homicídio 50 anos, ou seja, a 
PARTE RÉ deve prestar pensão de alimentos, no valor de R$ 954,00, por 25 anos, uma 
vez que a expectativa de vida do brasileiro é estimada em aproximadamente 75 anos. 
A morte do marido da PARTE AUTORA, ente querido que com ela constituía uma 
família, causou-lhe grave e imenso dano extrapatrimonial de permanente repercussão 
social, o que impõe à PARTE RÉ o dever de indenizar os danos morais pela PARTE 
AUTORA sofridos. 
 
V – PEDIDO 
 
Diante do exposto, a PARTE AUTORA requer a esse juízo: 
 
A – o deferimento dos benefícios da gratuidade de justiça; 
B- a citação do réu para integrar a relação processual; 
C- a designação de audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para 
comparecimento; 
D- a condenação da PARTE RÉ ao pagamento a título de indenização por danos 
materiais referentes aos gastos hospitalares do esposo da PARTE AUTORA, no valor 
de R$ 3.000,00(três mil reais); 
E- a condenação da PARTE RÉ ao pagamento a título de indenização por danos 
materiais referentes às despesas com o transporte do corpo e o funeral do esposo da 
PARTE AUTORA, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais); 
F – a condenação da PARTE RÉ ao pagamento mensal à PARTE AUTORA, a título 
prestação de alimentos, da importância de 1 (um) salário mínimo, pelo prazo de 25 
(vinte e cinco) anos, totalizando o valor inicial de R$ 11.448,00 (onze mil, quatrocentos 
e quarenta e oito reais), conforme disposto no art. 292, §2º, do CPC; 
G - a condenação da PARTE RÉ ao pagamento a título de indenização por danos 
morais, do valor de R$ 190.800,00 (cento e noventa mil e oitocentos reais); 
H – a condenação da PARTE RÉ a pagar as despesas processuais e os honorários 
advocatícios de sucumbência. 
 
VI – PROVAS 
 
A PARTE AUTORA requer a produção das provas documentais, depoimento pessoal, 
testemunhal e daquelas que se fizerem necessárias no curso da instrução processual. 
 
VII - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 208.248,00 (duzentos e oito mil, duzentos e quarenta e oito 
reais). 
 
Local e data. 
 
Advogado XX 
OAB/ (Sigla do Estado)

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