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CASO CONCRETO 7 
(36º Exame de Ordem – OAB/RJ – 2ª Fase – Peça Profissional – Civil) - modificado Marcos, 
brasileiro, pedreiro, casado, domiciliado na Rua Bérgamo 123, apt. 205, na cidade de 
Araçatuba – SP, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi atingido por um aparelho 
de ar-condicionado manejado, de forma imprudente, por Roberto, comerciante e proprietário 
de uma padaria. Encaminhado a um hospital particular, Marcos faleceu após estar internado 
por um dia. Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda trágica do seu 
esposo, deslocou-se até Recife – PE e transportou o corpo para Araçatuba – SP, local do 
sepultamento. O falecido não deixou filhos. Sabe-se, ainda, que Mauro tinha 50 anos de 
idade, era responsável pelo seu sustento e de sua esposa e conseguia obter renda média 
mensal de um salário mínimo como pedreiro. Sabe-se, também, que os gastos hospitalares 
somaram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral somaram R$3.000,00. 
No inquérito policial, após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o 
traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, Paulo foi 
indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor 
de homicídio culposo. A viúva procura você advogado para buscar em juízo o direito à 
indenização pelos danos decorrentes da morte de Marcos. Em face da situação hipotética 
apresentada, redija, na qualidade de advogado (a) procurado (a) pela família de Marcos, a 
petição inicial da ação judicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de direito 
material e processual pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA _ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MARIA, brasileira, viúva, profissão, portadora do RG nº _, inscrita no CPF sob nº _, 
residente e domiciliada à Rua Bérgamo 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba, São Paulo, 
CEP _, com endereço eletrônico _, por intermédio de seu procurador judicial (procuração em 
anexo), com endereço profissional à Rua _, onde recebe intimações, endereço eletrônico _, 
vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, pelos fundamentos dos arts. 186, 
927 e 948 do Código Civil e arts. 319 e 320 do Código de Processo Civil, propor 
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
 Em face de ROBERTO, nacionalidade, estado civil, comerciante e proprietário de uma 
padaria, portador do RG nº _, inscrito no CPF sob nº _, residente e domiciliado à Rua _, nº _, 
bairro _, Recife, Pernambuco, CEP _, endereço eletrônico _, pelos seguintes fatos e 
fundamentos 
I – DA COMPETÊNCIA 
 Maria, viúva do Sr. Marcos, que faleceu pelos fatos narrados a seguir, não tem 
condições de ajuizar tal ação no domicilio do réu, pois era dependente do seu marido 
financeiramente. E, conforme o art. 5º, XXXV da CRFB/88, a lei não poderá excluir da 
apreciação do Poder Judiciário por lesão ou ameaça ao direito. E, ainda o art. 53 do CPC, que 
expressa o foro competente quanto do domicilio do autor para reparação de danos sofridos 
por delitos ou acidentes. Contudo, nítida se demonstra a necessidade da suplicante, e 
competência legal desse juízo. 
II – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 Não obstante, faz necessário para o acesso a justiça, nos termos da Lei nº 1060/50 e 
também dos artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil e ainda de acordo com o 
artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal, que lhe seja deferido os benefícios da JUSTIÇA 
GRATUITA tendo em vista que a mesma não pode arcar com as custas processuais e com 
honorários advocatícios sem o prejuízo de seu próprio sustento. 
III – DOS FATOS 
 Ocorre que, Sr. Marcos, brasileiro, pedreiro, casado, domiciliado na Rua Bérgamo 123, 
apt. 205, na cidade de Araçatuba – SP, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi 
atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado, de forma imprudente, por Roberto, 
comerciante e proprietário de uma padaria. Ele foi encaminhado a um hospital particular, 
mas faleceu após estar internado por um dia. 
 Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda trágica do seu esposo, 
deslocou-se até Recife – PE e transportou o corpo para Araçatuba – SP, local do 
sepultamento. 
 O falecido não deixou filho, tinha 50 anos de idade, era responsável pelo seu sustento e 
de sua esposa e conseguia obter renda média mensal de um salário mínimo como pedreiro. 
 Acontece que, os gastos hospitalares somaram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte 
do corpo e funeral somaram R$3.000,00. 
 Ainda, no inquérito policial, após o laudo da perícia técnica apontar como causa da 
morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, Roberto 
foi indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como 
autor de homicídio culposo. 
IV – DO MÉRITO 
 Diante dos fatos narrados, não resta dúvidas aos danos causados pela imprudência de 
Roberto ao manejar o ar-condicionado, um objeto pesado, que a depender da altura que caia, 
pode gravemente ferir quem o atingir. Que, no caso, atingiu o Sr. Marcos que logo em 
seguida veio a óbito como consta em perícia policial. Assim, se demonstra o ato ilícito em 
que incorreu o réu, nos termos do artigo 186 do CC, valendo ainda ressaltar o teor das 
disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, que demonstra ainda, o dever de 
reparar os danos causados, vejamos; 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde 
pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem 
lançadas em lugar indevido. 
 Sr. Marcos era responsável pelo seu sustento e de sua esposa e conseguia obter renda 
média mensal de um salário mínimo como pedreiro. Acontece que, Maria encontra-se 
desamparada, sendo o seu marido o único provedor financeiro da família. Além de, ter 
perdido seu marido tão repentinamente, teve os gastos hospitalares e os gastos com 
transporte do corpo e funeral. Segundo o artigo 948 do Código Civil: 
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, 
sem excluir outras reparações: I - no pagamento das 
despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da 
família; II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o 
morto os devia, levando-se em conta a duração provável da 
vida da vítima. 
 
 Por fim, tendo em vista a culpa exclusiva do réu, deverá indenizar por danos morais e 
matérias, além da prestação de alimentos que faz-se necessário a autora, conforme já exposto 
nos artigos do nosso ordenamento jurídico. 
 
V – DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
 Requer a Vossa Excelência que seja concedida em caráter urgente, que inicie já o 
pagamento de alimentos a suplicante, uma vez que, a mesma era totalmente dependente de 
seu marido. Sendo que, o fumus boni iuris e periculum in mora poderá acarretar graves 
prejuízos aos sustento e a dignidade da pessoa humana da Sr. Maria. De acordo com o artigo 
300 do Código de Processo Civil 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
 
VI – DOS PEDIDOS 
 Ante o exposto, requer a total procedência da presente ação, para fim de: 
a) seja concedida a tutela em caráter de urgência para própria subsistência da autora; 
b) o deferimento da gratuidade da justiça, uma vez que, a reclamante não possui 
recursos para o pagãmente de tais despesas; 
c) julgado totalmente procedente a ação de responsabilidade civil; 
d) condenação ao pagamento de indenização por danos morais e matérias noimporte 
de R$ _; 
e) deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação ou conciliação, de 
acordo com o art. 319, VII, CPC; 
f) a citação do requerido para, querendo, contestar a presente, sob pena de revelia e 
confissão; 
g) a produção de todas as provas em direito admitidas; 
h) a condenação do requerido ao pagamento das custas judiciais e honorários 
advocatícios; 
 
Dar-se-á o valor da causa em R$ _. 
 
Termos em que, 
pede defetimento. 
 
Araçatuba/SP, data. 
 
Advogado 
OAB

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