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01 - Desenvolvimento Sustentável - tópico 1 e 2

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2020 
ANDERSON SANTANA 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
(Tópico 1 e 2 da Ementa) 
APOSTILA - I 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – APOSTILHA I 
Todos os direitos autorais reservados! 
(art. 7º,caput; 22, 28, 103, 105 e 108, todos da Lei 9610; art. 5º, XXVII, da CF/1988 e art. 184, do CP) 
 
 
PESQUISA E COMPILAÇÃO: ANDERSON SANT’ ANNA 
Tel.: (79) 9 9917-1504| E-mail: profteinassis@gmail.com 
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CONTEÚDO 
 
1.0 — DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM PARADIGMA EM CONSTRUÇÃO...................................... 2 
1.1 – LINHA DO TEMPO DA SUSTENTABILIDADE ....................................................................................... 5 
1.2 – PREMISSAS DA SUSTENTABILIDADE .................................................................................................. 8 
1.3 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA ECONÔMICA ......................................................................... 9 
1.4 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA SOCIAL .................................................................................. 9 
1.5 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA AMBIENTAL .......................................................................... 9 
1.6 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA POLÍTICA ............................................................................... 9 
2.0 – CONCEITO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............................................................................. 10 
2.1 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA DOUTRINA NACIONAL ...................................................... 11 
2.2 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA DOUTRINA ESTRANGEIRA ................................................ 12 
2.3 - BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 13 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – APOSTILHA I 
Todos os direitos autorais reservados! 
(art. 7º,caput; 22, 28, 103, 105 e 108, todos da Lei 9610; art. 5º, XXVII, da CF/1988 e art. 184, do CP) 
 
 
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1.0 — DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM PARADIGMA EM CONSTRUÇÃO1 
 
 
Milênios de anos transcorreram, antes da Era Industrial, sem evidências de que a 
natureza pudesse ser vencida pelo homem. Muito pelo contrário, parecia invencível na 
sua pujança. Essa constatação dava-se não pela ausência de ações de predação pontuais 
exercidas sobre o meio ambiente, mas pela capacidade de recuperação da natureza ante 
a pequena pressão sofrida pela ação do homem. 
 
As práticas de agressão do homem sobre o meio ambiente, no entanto, são evidenciadas 
desde tempos remotos. Uma delas foi o extermínio dos mamutes que por ter um porte 
avantajado frente ao homem, ensejou um processo de caça brutal. A inexistência de 
armas potentes que dessem vantagens ao caçador e até a ausência de tecnologia de 
conservação levaram o homem ao uso de uma técnica de abate coletivo e, 
conseqüentemente, a eliminação da espécie – manadas de mamutes eram atraídas para 
desfiladeiros, causando, assim, a morte de quase todos os animais para saciar a fome 
imediata, e apenas essa, de uma coletividade que se fartaria com poucos animais. 
 
É, contudo, com o atual padrão de crescimento econômico, fundamentado na ordem do 
lucro a qualquer preço, que se constata desequilíbrios mais sérios, com impactos em todo 
o complexo sistema natural. Se de um lado existe uma abundância material, por outro, a 
miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam, colocando em cheque a 
situação de opulência e riqueza. 
 
Essa nova ordem produtiva é centrada numa sociedade de consumo de massa, que se 
expande tanto pelo aumento populacional como pela ampliação dos níveis de desejos e 
necessidades estimulados pelo próprio modelo e pelo intenso desperdício. 
 
Ante a esse conflito de forte pressão ao meio ambiente começa a surgir uma onda de 
previsões catastróficas sobre a insustentabilidade do mundo. Isso suscitou a preocupação 
da ciência que, de alguma forma, a partir de grandes questões coloca o assunto na pauta 
da vez. 
 
Nessa linha, começam a ser levantadas questões da seguinte ordem: Pode a 
humanidade, com seu padrão de consumo, conflito, egoísmo, comprometer-se com uma 
cooperação esclarecida e com um planejamento de longo prazo em escala planetária ? 
 
Esse tipo de demanda suscita o surgimento de um “grito da natureza”, que começa a 
ecoar, mais fortemente, nos anos 70. Assim, a ciência lança o seu alerta sobre as formas 
de se alcançar o progresso e quanto ao modo de vida das sociedades mais modernas. 
 
O ano de 1972, constitui-se num referencial importante para as discussões sobre o 
desenvolvimento sustentável. A partir de iniciativa das Nações Unidas é promovido, em 
 
1 Fabrício Khoury Rebello (Economista do Banco da Amazônia, mestrando em Agriculturas Familiares 
e Desenvolvimento Sustentável, especialista em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas (UFPa/NAEA) e 
Agricultura Integrada na Amazônia (FCAP)). 
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(art. 7º,caput; 22, 28, 103, 105 e 108, todos da Lei 9610; art. 5º, XXVII, da CF/1988 e art. 184, do CP) 
 
 
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Estocolmo, o primeiro encontro mundial para discutir questões acerca da repercussão do 
modo de vida moderno sobre o meio ambiente. 
Vinte anos após, no Rio de Janeiro, realizou-se a Conferência Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio 92), que consolida a orientação para o 
desenvolvimento sustentável, ao tempo que se constitui em um marco na luta contra o 
desastre eminente a ser cometido contra a vida na terra. 
 
A nova ordem seria então, buscar uma passagem de um padrão insustentável de uso dos 
recursos naturais, baseados na espoliação da natureza para uma utilização racional e 
harmoniosa. Assim, passa-se a considerar desenvolvimento sustentável como aquele 
capaz de alcançar o progresso e bem-estar a partir de formas de produzir e consumir não 
predatórias, ou seja que assegurem a sustentabilidade entre tecnologia e ambiente, 
assegurando as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras de encontrar suas próprias necessidades. 
 
Antes de mitigar ou eliminar a forte pressão ao meio ambiente, essa abordagem, levanta 
uma gama de dúvidas, sintetizada na seguinte reflexão: a sociedade será capaz de 
interagir de maneira sustentável com o meio ambiente? Isso será efetivamente possível? 
 
A viabilização do paradigma do desenvolvimento sustentável está diretamente relacionada 
com a possibilidade da inserção da variável ambiental no processo de planejamento do 
desenvolvimento. Nessa perspectiva, torna-se imprescindível a construção coletiva acerca 
dos produtos do desenvolvimento que se quer obter. 
 
Diante dessa necessidade, vale destacar que o desenvolvimento econômico que se 
busca, deve implicar em uma melhoria da qualidade de vida das pessoas, maiores níveis 
de educação, oportunidades de emprego mais igualitárias, mais saúde e nutrição, meio 
ambiente mais saudável, sistema jurídico e judiciário imparcial, liberdade civil e política. 
 
Em resumo, o desenvolvimento sustentável leva em consideração seis metas, a saber: a 
satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, 
liberdade, felicidade); a solidariedade para com as gerações futuras; a participação da 
população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o 
ambiente e fazer cada um a sua parte); a preservação dos recursos naturais; a 
elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a 
outras culturas; a efetivação de programas educativos. 
 
Essas atitudes incentivarão a reversão da tendência destrutiva, mediadaspor ações 
construídas na unidade e na cooperação entre todos. Isso exigirá, ainda, uma 
compreensão mais profunda da natureza humana, a partir de uma dimensão espiritual e 
intangível. Embora esse aspecto não seja fácil de explicitar, essa dimensão pode ser 
compreendida, em termos práticos, como a fonte das qualidades que transcendem a 
estreiteza do interesse próprio. 
 
Entre essas se destacam o amor, a tolerância, a fidedignidade, a coragem, a humildade, 
a cooperação e a vontade de sacrificar-se pelo bem comum. Nessa direção o processo 
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de desenvolvimento mais amplo não poderá negligenciar o investimento no capital 
humano, capital natural, melhoria do grau de governança e o controle da corrupção. 
 
Sendo o ser humano, o centro das preocupações do desenvolvimento sustentável, o 
investimento em capital humano torna-se o sustentáculo do processo de fortalecimento 
do conceito de sustentabilidade, que se encontra em construção, por ser o único capaz 
de alterar o atual padrão e incutir valores mais humanitários nas relações homem x 
natureza e homem x homem. 
 
A própria idéia de um desenvolvimento sustentável ainda precisa ser absorvida pela 
sociedade, dirigentes e planejadores. 
 
Atitude simples de agressão ao meio ambiente, como projetar uma lata de refrigerante 
pela janela de um prédio ou automóvel, estacionar um veículo sobre a calçada impedindo 
a liberdade de se caminhar com segurança, estão na base de qualquer processo de 
conscientização e mudança. 
 
A própria participação do setor produtivo também se faz necessário. O sistema ISO se 
constitui em mecanismo que tende a viabilizar a conciliação do econômico, do social e 
ambiental. O estabelecimento de metas para distinguir o empreendedor socialmente 
responsável, a chamada ecoeficiência, mesmo que a princípio dirigido por interesses 
econômicos próprios, são necessárias para disseminar as preocupações ambientais, 
inclusive junto às pequenas e médias empresas. 
 
Nessa perspectiva, torna-se importante destacar e referenciar as iniciativas pioneiras e de 
simbologia para o desenvolvimento sustentável. No País já existem bons exemplos de 
empreendimentos que se destacam por desenvolver sistema de tratamento de águas 
servidas com o objetivo de torna-las adequadas à reutilização, empresas que conservam, 
valorizam e desenvolvem pesquisas em áreas de florestas nativas, entre outras 
experiências exitosas. 
 
A construção de uma racionalidade ambiental, como preceitua Leff (2001), é um processo 
político e social que passa pelo confronto e concerto de interesses opostos, pela 
reorientação de tendências (dinâmica populacional, racionalidade do crescimento 
econômico, padrões tecnológicos, práticas de consumo); pela ruptura de obstáculos 
epistemológicos e barreiras institucionais; pela criação de novas formas de organização 
produtiva, inovação de novos métodos de pesquisa e produção de novos conceitos e 
conhecimentos. Nessa linha, uma implementação bem sucedida de desenvolvimento 
sustentável na Amazônia, à guisa de ações futuras de benchmarking, poderá vir a pesar 
sobre a forma de se pensar o destino do mundo. 
 
 
• Ver artigo “A expressão Desenvolvimento Sustentável entra em circulação2”; 
• Ver artigo “Sustentabilidade de Ambientes Democráticos de Governança Transnacional3”; 
 
 
2 Fernando Almeida. 
3 Maikon Cristiano Glasenapp e Paulo Márcio Cruz 
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1.1 – LINHA DO TEMPO DA SUSTENTABILIDADE 
 
• Criação do Clube de Roma (1968): Reunião de pessoas em cargos de relativa 
importância em seus respectivos países, visando promover um crescimento 
económico estável e sustentável da humanidade. Publicou o relatório “Os limites do 
crescimento”, apresentando um panorama sobre a evolução da população humana 
com base na exploração dos recursos naturais, com projeções para 2100, mostrando 
que em decorrência do modelo económico vigente, é de se prever uma redução 
drástica da população devido à poluição, a perda de terras aráveis e da escassez de 
recursos energéticos. 
• Conferência sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas (Estocolmo - 1972): 
Primeira Congresso da Terra, mostrando pela primeira vez uma preocupação a nível 
mundial com as questões ambientais globais. 
• O III Relatório do Clube de Roma (1976): afirma que “muito antes de esgotarmos os 
limites físicos do nosso planeta ocorrerão graves convulsões sociais provocadas pelo 
grande desnível existente entre a renda dos países ricos e dos países pobres”. 
• Relatório "A Estratégia Global para a conservação" (1980): Publicado pela União 
Internacional para a Conservação da Natureza, fez surgir pela primeira vez o conceito 
de "desenvolvimento sustentável" como uma resposta para a humanidade perante a 
crise social e ambiental pela qual o mundo passava a partir da segunda metade do 
século XX. 
• Já a Conferência de Ottawa (Carta de Ottawa, 1986): Estabelece cinco requisitos 
para se alcançar o desenvolvimento sustentável: integração da conservação e do 
desenvolvimento; satisfação das necessidades básicas humanas; alcance de 
eqüidade e justiça social; provisão da autodeterminação social e da diversidade 
cultural; - manutenção da integração ecológica. 
• O Relatório “Brundtland” (1987): Preparado pela Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, foi onde pela primeira vez formalizou-se o conceito de 
desenvolvimento sustentável. Considera que a pobreza generalizada não é mais 
inevitável e que o desenvolvimento de uma cidade deve privilegiar o atendimento das 
necessidades básicas de todos e oferecer oportunidades de melhora de qualidade de 
vida para a população. Um dos principais conceitos debatidos pelo relatório foi o de 
“equidade” como condição para que haja a participação efetiva da sociedade na 
tomada de decisões, através de processos democráticos, para o desenvolvimento 
urbano. No tocante aos recursos naturais, avaliou a capacidade da biosfera de 
absorver os efeitos causados pela atividade humana, e afirmou que a pobreza já pode 
ser considerada como um problema ambiental e como um tópico fundamental para a 
busca da sustentabilidade. O relatório de Brundtland chamou a atenção do mundo 
sobre a necessidade de se encontrar novas formas de desenvolvimento econômico, 
sem a redução dos recursos naturais e sem danos ao meio ambiente. Além disso, 
definiu três princípios básicos a serem cumpridos: desenvolvimento econômico, 
proteção ambiental e equidade social. Mesmo assim, o referido relatório foi 
amplamente criticado por apresentar como causa da situação de insustentabilidade 
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(art. 7º,caput; 22, 28, 103, 105 e 108, todos da Lei 9610; art. 5º, XXVII, da CF/1988 e art. 184, do CP) 
 
 
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do planeta, principalmente, o descontrole populacional e a miséria dos países 
subdesenvolvidos, colocando somente como um fator secundário a poluição 
ocasionada nos últimos anos pelos países desenvolvidos. 
• Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (1992): 
Onde nasce a Agenda 21, e são aprovadas a Convenção sobre Alterações Climáticas, 
Convenção sobre Diversidade Biológica (Declaração do Rio). Também chamadade 
“Rio 92”, foi onde desenvolveu-se o relatório “Nosso Futuro Comum”. Tal relatório 
contém informações colhidas pela comissão ao longo de três anos de pesquisa e 
análise, destacando-se as questões sociais, principalmente no que se refere ao uso 
da terra, sua ocupação, suprimento de água, abrigo e serviços sociais, educativos e 
sanitários, além de administração do crescimento urbano. Neste relatório está exposta 
uma das definições mais difundidas do conceito: “o desenvolvimento sustentável é 
aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades 
de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”. O conceito de 
desenvolvimento sustentável ainda está em construção. Outro importante documento 
que foi escrito na “Rio 92” foi a “Carta da Terra”, que foi retificada pela UNESCO e 
aprovada pela ONU em 2002: Estamos diante de um momento crítico na história da 
Terra, numa época em que a humanidade deve escolher seu futuro. À medida que o 
mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo 
tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos 
reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, 
somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. 
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no 
respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa 
cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, 
declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande 
comunidade da vida, e com as futuras gerações (A Carta da Terra, 2002). 
• V Programa Ação Ambiente da União Europeia (1993): Rumo a um 
desenvolvimento sustentável. Apresentação da nova estratégia da UE em matéria de 
ambiente e as acções a serem tomadas para alcançar um desenvolvimento 
sustentável para o período 1992-2000. 
• Primeira Conferência sobre Cidades Europeias Sustentáveis (Dinamarca – 
1994): Onde surgiu a Carta de Aalborg, feita com o objetivo de desenvolver o consumo 
responsável entre as Cidades Europeias. 
• Segunda Conferência sobre Cidades Europeias Sustentáveis (1996): Plano de 
Acção de Lisboa: da Carta à acção 
• 3ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (Quioto – 
1997): Onde se estabelece o Protocolo de Quioto, que é um tratado internacional com 
compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam 
o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, 
como causa antropogênicas do aquecimento global. 
 
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• Aprovação da Declaração do Milênio (2000): Documento onde o 191 Estados 
membros da ONU na época e pelo menos 22 organizações internacionais, 
comprometeram-se a ajudar a alcançar os seguintes Objetivos de Desenvolvimento 
do Milênio até 2015: Erradicar a pobreza extrema e a fome; Alcançar o ensino 
primário universal; Promover a igualdade de gênero e empoderar as mulheres; 
Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/AIDS, 
a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; Desenvolver uma 
parceria global para o desenvolvimento. 
• Terceira Conferência Europeia sobre Cidades Sustentáveis (2000). 
• Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Joanesburgo - 
2002) (Rio +10): Reafirmou o desenvolvimento sustentável como o elemento central 
da agenda internacional e se deu um novo impulso à ação mundial para combater a 
pobreza assim como a proteção do ambiente. 
• Sétima reunião ministerial da Conferência sobre Diversidade Biológica (2004): 
Onde foi celebrado a Declaração Kuala Lumpur, que gerou descontentamento entre 
os países pobres e não satisfez plenamente as nações ricas. 
• Conferência Aalborg +10 (2004) - Inspiração para o futuro: Apelo a todos os 
governos locais e regionais da Europa para participar na assinatura do compromisso 
de Aalborg e fazerem parte da Campanha Europeia das Cidades Sustentáveis e 
Cidades. 
• Comunicação da Comissão Europeia ao Parlamento Europeu sobre a Estratégia 
temática sobre o ambiente urbano (2006): É uma das sete estratégias do Sexto 
Programa de Ação Ambiental para o Ambiente da União Europeia, desenvolvido com 
o objetivo de contribuir para uma melhor qualidade de vida através de uma abordagem 
integrada e centrada nas zonas urbanas e para tornar possível um elevado nível de 
qualidade de vida e bem-estar social para os cidadãos, proporcionando um ambiente 
em que níveis da poluição não têm efeitos adversos sobre a saúde humana e o 
ambiente assim como promover o desenvolvimento urbano sustentável. 
• Carta de Leipzig sobre as cidades europeias sustentáveis (2006) 
• Cimeira de Bali (2007): Com o intuito de criar um sucessor do Protocolo de Quioto, 
com metas mais ambiciosas e mais exigente no que diz respeito às alterações 
climáticas. 
• Declaração de Gaia (2009): Implanta o Condomínio da Terra no I Fórum Internacional 
do Condomínio da Terra. 
• Acordo de Paris (2015): Tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC): Rege medidas de redução de 
emissão dióxido de carbono a partir de 2020. 
 
 
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1.2 – PREMISSAS DA SUSTENTABILIDADE 
 
As principais premissas da sustentabilidade são: social, ambiental, econômica, igualdade, 
diversidade, território, cultura e gestão participativa, entre outras. 
O conceito de Ecodesenvolvimento de Sachs (1974) é importante pois possui o objetivo 
de conciliar os problemas sociais e econômicos no desenvolvimento da sociedade por 
meio de processos ecológicos corretos. Esse novo prisma contempla um novo estilo de 
vida, envolvendo modificações nos estilos de vida e nos padrões de consumo. 
De acordo com a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 10 (2002), 
realizada em Joanesburgo, essas premissas são importantes pois auxiliam na construção 
de um modelo sustentável, estabelecendo como: 
 
• Questões Ambientais: Conservar recursos naturais e ambientais com soluções 
adequadas para redução do consumo e descarte correto de resíduos; 
• Questões Econômicas: Promover crescimento responsável integrado, igual e 
ético no acesso a recursos financeiros, sendo de longo prazo; 
• Questões Sociais: Promover o desenvolvimento territorial que proporcione às 
pessoas o básico como emprego, saúde, saneamento, água, alimento e educação. 
• Questão Ambiental: No Brasil, se intensifica nos discursos e estudos no curso da 
década de 1960 após uma fase de intenso crescimento urbano. 
 
Com a crise do petróleo no final dos anos sessenta e início da década de setenta, a 
reflexão acerca do futuro, que se apresenta incerto, começa a ser exposta no pensamento 
político, social e filosófico levando ao questionamento a participação do homem no 
planeta. Neste contexto, o conceito de “desenvolvimento sustentável” surge como um 
termo que expressa os anseios coletivos. 
Para a Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD, 1988, 1991) 
os objetivos que derivam do conceito de desenvolvimento sustentável estão relacionados 
com o processo de crescimento da cidade e objetiva a conservação do uso racional dos 
recursos naturais incorporados às atividades produtivas. Entre esses objetivos estão: 
crescimento renovável;mudança de qualidade do crescimento; satisfação das 
necessidades essenciais por emprego, água, energia, alimento e saneamento básico; 
garantia de um nível sustentável da população; conservação e proteção da base de 
recursos; reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco; reorientação das 
relações econômicas internacionais (CMMAD, 1988, 1991). 
Leila Ferreira afirma em seu livro “A questão ambiental: sustentabilidade e políticas 
públicas no Brasil” que: o padrão de produção e consumo que caracteriza o atual estilo de 
desenvolvimento tende a consolidar-se no espaço das cidades e estas se tornam cada 
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vez mais o foco principal na definição de estratégias e políticas de desenvolvimento 
(FERREIRA, 1998). Deste modo, é de grande importância à busca de alternativas 
sustentáveis e que esquadrinhem qualidade de vida para a dinâmica urbana, consolidando 
uma referência para o processo de planejamento urbano. O desenvolvimento sustentável 
deve ser uma conseqüência do desenvolvimento social, econômico e da preservação 
ambiental (Figura 2.1). 
 
1.3 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA ECONÔMICA 
 
Sustentabilidade econômica é um conjunto de praticas econômicas, financeiras e 
administrativas que visam o desenvolvimento econômico de um país ou empresa, 
preservando o meio ambiente e garantindo a manutenção dos recursos naturais para as 
futuras gerações. 
 
1.4 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA SOCIAL 
 
Sustentabilidade social refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo a melhoria da 
qualidade de vida da população. Para o caso de países com problemas de desigualdade 
e de inclusão social, implica a adoção de políticas distributivas e a universalização de 
atendimento a questões como saúde, educação, habitação e seguridade social. 
1.5 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA AMBIENTAL 
 
Sustentabilidade ambiental refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos 
ecossistemas, o que implica a capacidade de absorção e recomposição dos ecossistemas 
em face das agressões antrópicas. 
 
1.6 – SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA POLÍTICA 
 
Sustentabilidade política refere-se ao processo de construção da cidadania para garantir 
a incorporação plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento. Sustentabilidade 
econômica – refere-se a uma gestão eficiente dos recursos em geral e caracteriza-se pela 
regularidade de fluxos do investimento público e privado. Implica a avaliação da eficiência 
por processos macro sociais.” (Agenda 21 brasileira) 
 
 
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(art. 7º,caput; 22, 28, 103, 105 e 108, todos da Lei 9610; art. 5º, XXVII, da CF/1988 e art. 184, do CP) 
 
 
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2.0 – CONCEITO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável descrito no “Nosso Futuro Comum” (elaborado 
no Rio 92), já mencionado, foi incorporado pelo Direito Ambiental. 
O desenvolvimento sustentável é um processo de aprendizagem social de longo prazo, 
que por sua vez, é direcionado por políticas públicas orientadas por um plano de 
desenvolvimento nacional. Assim, a pluralidade de atores sociais e interesses presentes 
na sociedade colocam-se como um entrave para as políticas públicas para o 
desenvolvimento sustentável (BEZERRA e BURSZTYN, 2000). 
Ao se definir desenvolvimento sustentável também está se discutindo o que é 
sustentabilidade. Para alguns autores como Clovis Cavalcanti sustentabilidade “significa 
a possibilidade de se obterem continuamente condições iguais ou superiores de vida para 
um grupo de pessoas e seus sucessores em dado ecossistema” (CAVALCANTI, 2003). 
Para o autor, as discussões atuais sobre o significado do termo “desenvolvimento 
sustentável” mostram que se está aceitando a idéia de colocar um limite para o progresso 
material e para o consumo, antes visto como ilimitado, criticando a idéia de crescimento 
constante sem preocupação com o futuro (CAVALCANTI, 2003). Para facilitar a 
compreensão do conceito de sustentabilidade, Sachs (1993) a divide em cinco 
classificações: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, a 
sustentabilidade ecológica, a sustentabilidade social e a sustentabilidade política. 
Essa divisão é contraposta pela visão de Shumacher (CMMAD, 1991), que classifica 
somente em sustentabilidade ambiental, econômica e pessoal. Mas, essas duas visões 
diferem principalmente na definição do termo ambiental, pois Shumacher refere-se ao uso 
racional dos recursos, enquanto Sachs à capacidade dos ecossistemas diante da 
agressão humana. 
 
 
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2.1 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA DOUTRINA NACIONAL 
 
“O princípio do desenvolvimento 
sustentável procura conciliar a proteção do 
meio ambiente com o desenvolvimento 
socioeconômico para a melhoria da 
qualidade de vida do homem. É a utilização 
racional dos recursos naturais não 
renováveis. Também conhecido como meio 
ambiente ecologicamente equilibrado ou 
ecodesenvolvimento.” [...] “Todos os 
impactos da atividade humana devem estar 
presentes na análise desse princípio. É um 
princípio multidimensional. Fundamento 
legal: arts. 6º; 170, VI, e 225 da CF de 
19884.” 
 “O professor Juarez Freitas realizou 
profundo estudo sobre o tema e nos trouxe 
um conceito mais abrangente, afirmando 
tratar-se de um “princípio constitucional que 
determina, independentemente de 
regulamentação legal, com eficácia direta e 
imediata, a responsabilidade do Estado e da 
sociedade pela concretização solidária do 
desenvolvimento material e imaterial, 
socialmente inclusivo, durável e equânime, 
ambientalmente limpo, inovador, ético e 
eficiente, no intuito de assegurar, 
preferencialmente de modo preventivo e 
precavido, no presente e no futuro, o direito 
ao bem-estar físico, psíquico e espiritual, em 
consonância homeostática com o bem de 
todos.” [...] O autor inseriu no conceito valores espirituais, psíquicos e materiais como 
objetivos a serem alcançados pelo princípio, além dos aspectos econômicos, sociais e 
ambientais5.” 
 
 
 
 
 
4 SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. – 16ª ed. – São Paulo : Saraiva, 2018, p. 34 e 115. 
5 Sustentabilidade — Direito ao futuro, Belo Horizonte: Fórum, 2011, p. 51. 
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JURISPRUDÊNCIA — PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
“O princípio do desenvolvimento sustentável, além de impregnado de caráter 
eminentemente constitucional, encontra suporte legitimador em compromissos 
internacionais assumidos pelo Estado Brasileiro e representa fator de obtenção de justo 
equilíbrio entre as exigências da economia e as da ecologia, [...] subordinada, no entanto, 
a invocação desse postulado, quando ocorrente situação de conflito entre valores 
constitucionais relevantes, a uma condição inafastáveç, cuja observância não 
comprometa nem esvazie o conteúdo essencial de um dos maissignificativos direitos 
fundamentais: o direito à preservação do meio ambientem que traduz bem de uso 
comum da generalidade das pessoas, a ser resguardado em favor das presentes e 
futuras gerações.” (ADI Nº 3.540/DF, Rel. Min. Celso de Melo, DJ 03/02/1006) 
 
2.2 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA DOUTRINA ESTRANGEIRA 
 
Em abril de 1987, a Comissão Brundtland, como ficou conhecida, publicou um relatório 
inovador, “Nosso Futuro Comum” – que traz o conceito de desenvolvimento sustentável 
para o discurso público, ou seja, “o desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que 
encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de 
atender suas próprias necessidades.” 
“Um mundo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas estará sempre propenso à 
crises ecológicas, entre outras…O desenvolvimento sustentável requer que as sociedades 
atendam às necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial produtivo como pela 
garantia de oportunidades iguais para todos.” 
“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões 
de consumo de energia… No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em 
risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos 
e os seres vivos.” 
“Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a 
exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do 
desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o 
atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.” 
— do Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum” 
“O desenvolvimento sustentável, no conceito clássico do Relatório Nosso Futuro Comum 
(Relatório Brundtland), é “aquele que atende às necessidades do presente sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias 
necessidades”. – Fabiano Melo, p.143. 
http://www.un.org/documents/ga/res/42/ares42-187.htm
http://www.un.org/documents/ga/res/42/ares42-187.htm
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2.3 - BIBLIOGRAFIA 
 
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura; GUIMARÃES, Leandro Belinaso; SCOTTO, 
Gabriela. Desenvolvimento sustentável. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2008. 
THEODORO, Suzi Huff; ZANETI, Izabel; BATISTA, Roberto Carlos. Direito ambiental e 
desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. 
VEIGA, Jose Eli da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 3ª ed. São 
Paulo: Garamond, 2008. 
ANDRADE, R. O. B. de.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. B. de. Gestão ambiental: 
enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron, 2002. 
BERCOVICI, G. Constituição econômica e desenvolvimento: uma leitura a partir da 
constituição de 1988. São Paulo: Malheiros, 2005. 
IBGE. Indicadores de desenvolvimento sustentável. São Paulo: IBGE, 2008. 
GUIMARÃES, Leandro Belinaso. Desenvolvimento sustentável. Petrópolis: Vozes, 2007. 
SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 4ª ed. Rio de Janeiro: 
Garamond, 2007. 
TARREGA, Maria Cristina Vidotte Blanco. Direito ambiental e desenvolvimento 
sustentável. São Paulo: RCS Editora, 2007. 
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito 
ecológico. 3ª ed. Sao Paulo: Cortez, 2008. 
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 9ª ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008. 
MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 15ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. 
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. – 16ª ed. – São Paulo : Saraiva 
Educação, 2018. 
MILARE, Edis. Direito do ambiente. 5ª ed. Sao Paulo: RT, 2007. 
RODRIGUES, Marcelo abelha. Elementos de direito ambiental. 2ª ed. SP: RT, 2005. 
CHIUVITE, Telma Bartholomeu Silva. Direito Ambiental. 1ª ed. São Paulo. BFA. 2010. 
OLIVEIRA, Fabiano Melo Gonçalves de. Direito ambiental. – 2ª. ed. rev., atual. e ampl. 
– Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. 
GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito Ambiental. 3ª edição. Ed. JusPodium. 2015

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