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Filosofia da Educação: Sócrates, Platão e Rousseau

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· A educação na filosofia de Sócrates (12/08) 
Tanto para Platão quanto para Sócrates o uso de diálogos e discussões são meios de instigar o conhecimento numa sociedade como todo, principalmente pra professores e alunos. Para ambos essa discussão é completamente necessária para o desenvolvimento e crescimento individual e coletivo. O objetivo de desenvolver o pensamento era pra formar o homem para a vida na sociedade, o tornando um cidadão, não apenas um atleta ou guerreiro como era estruturada na Pólis. Esses ideais se davam através de suas visões éticas, morais e políticas. Como Sócrates não deixou registros sobre suas ideias, Platão, seu discípulo, foi responsável por escrever sobre seu mentor. 
· Sócrates e os Sofistas, a maiêutica socrática (19/08)
Os Sofistas acreditavam que para que um conhecimento seja melhor estabelecido ele deve partir de argumentações dos envolvidos. Essa visão estabeleceu os fundamentos da pedagogia, denominada como a “arte da educação”, já que a visão era de um indivíduo questionador. Por outro lado, Sócrates introduziu o diálogo como forma de buscar a verdade. Como consequência, ele se preocupava com o bem estar físico e espiritual de quem cria condições para o diálogo e para isso, estabeleceu o conceito da maiêutica, conhecida como a arte de dar nascimento às ideias. Através dessa linha filosófica era buscado pensamentos que formassem práticas das virtudes morais, já que o homem buscava a verdade. Em seus pensamentos, ele disse “só sei que nada sei” e “conhece-te a ti mesmo” para que haja a reflexão do conceito moral para ser usado na sociedade.
· Platão e o desejo de sabedoria, Paidéia justa (26/08)
Platão aponta as diferenças do mundo material com a nossa alma, conhecido como corpo versus alma. Para ele, isso pode ser dividido em duas maneiras: o desejo “apetite”, que faz o indivíduo agir por impulso, sem pensar; E o desejo “aspiração”, que é elaborado, de maneira pura e livre em suas ambições dentro de sua mente. Esses desejos são contrários entre si. A alma, por sua vez, é dividida em 3 partes: a apetitiva, a colérica e a racional. Para ele, mesmo que as funções que são executadas pelos indivíduos de uma sociedade sejam diferentes (guerreiros, guardiões, atletas, artesãos, magistrados, etc), todos buscam o bem da sociedade e buscam essa construção de maneira coletiva. 
· Platão: A República; diálogo. A alegoria da caverna (02/09)
Platão mostra a importância de melhorar e adquirir mais e novos conhecimentos sobre nós mesmos. Para isso, foi usado a alegoria da caverna, mostrando que nós devemos nos libertar das correntes da caverna que nos aprisiona, pois é muito simples e fácil viver em um comodismo, representado pelo interior da caverna, ao invés de enfrentar a realidade do mundo real e externo, sendo muito mais fácil acreditarmos em o que é dito como verdade ao invés de experenciar novos desafios. A comparação feita por Sócrates simboliza a possibilidade de sair da caverna para buscar novos conhecimentos, saindo da escuridão e encontrando a luz, ou seja, essa capacidade que cada um tem de adquirir novos pensamentos, vivenciar a realidade e buscar o pensamento crítico.
· Platão e o nascimento da razão ocidental (09/09)
Os banquetes realizados pelos gregos, os quais contavam apenas com a participação de homens, era um espaço fundamental para a discussão de assuntos e pensamentos que cada um possuía em relação a um determinado assunto. À medida que cada um coloca seu pensamento, as ideias vão crescendo, se desenvolvendo, dando mais compreensão. Essa relação do banquete se assemelha as discussões realizadas em sala de aula, onde cada um tem o direito de se expressar e mostrar seu pensamento aos demais, e sendo assim, criando conceitos sobre assuntos. Nessa temática, os presentes discutiram o conceito de amor e visão sobre Eros, onde alguns o conceituava como um deus, como algo belo e moral. Faz-se necessário lembrar que a visão de um deus é diferente entre os seres humanos, pois cada um teve uma influência diferente sobre o assunto. 
· A ideia de formação na modernidade (23/09)
O uso da razão é dado a partir do século XVIII e isso leva a humanidade a discutir as constantes mudanças que acontecem ao longo dos anos, sendo assim, principalmente no âmbito educacional, mudanças ocorrem para que a formação individual se torne atual e completa. Sabe-se também que crianças e adultos se diferenciam na criatividade, pois a criança tem a habilidade de transformar objetos em fantasias, dando assim um novo sentido para aquilo, enquanto para os adultos essa limitação se faz presente. Essa limitação precisa ser quebrada e recriada para que haja um olhar crítico sobre os conhecimentos aprendidos durante os anos escolares e como isso pode ser desenvolvido e mudado ao decorrer das experiencias vivenciadas pelos mesmos.
· Emílio de Rousseau (30/09)
Rousseau afirma que a natureza da criança precisa existir, ou seja, é necessário vivenciar os prazeres da infantilidade, atitude essa que muitas vezes é retirada pelos adultos pelo desejo de projeção da própria vida em relação aos filhos, sem saber que diversas vezes isso se torna prejudicial para o crescimento do infanto. Para o filósofo, um ensino renovado pode ser transformador, possibilitando a criança de desenvolver sua criatividade em um lugar que tenha contato com a natureza, como o campo, fora dos perigos da cidade.
· Rousseau: Emílio e o Contrato Social (07/10)
Para Rousseau é necessário que se tenha um cuidado ao atender os pedidos que crianças fazem, por essa prática pode ser prejudicial para a formação e desenvolvimento como um membro da sociedade, além de afastar a criança de atitudes maléficas e corruptas para que a mesma não tenha influência do ambiente. Além disso, é preferível que as crianças atuem com vontade própria pois aquilo que é de interesse e necessário para ela não será interrompida de fazer. Para Rousseau é fundamental que a criança use de seus sentidos, pois é através deles que poderá desenvolver suas habilidades e o conhecimento. Também é interessante ser ressaltado que a criança precisa aproveitar da infância, usando-a para explorar sua criatividade e instintos ao invés de passar conhecimentos e ensinamentos.
· Kant: resposta à pergunta ‘O que é esclarecimento?’ (14/10)
Kant define a palavra esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade, e esta menoridade, por sua vez, é definida como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento. Além disso, é muito mais cômodo e fácil quando outra pessoa faz as escolhas e decisões por outrem. Para Kant, o esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, a qual é descrita pela incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a necessidade da ajuda de outra pessoa. Muitas vezes, o próprio homem é culpado por isso pela falta de decisão e coragem de fazer as escolhas por conta própria. Para o filósofo, muitos vivem nessa situação por medo ou preguiça, mas é um processo natural, já que o homem não nasce pronto. É cômodo ser menor se você tem oportunidade de que os outros façam as escolhas por você. Para encontrar o esclarecimento o homem deve ter liberdade, que não é nada mais do que fazer uso de sua razão em todos os questionamentos durante sua vida.
· Kohan: Da maioridade à menoridade (21/10)
Kohan explica que os homens esquecem da infância que viveram e muitas vezes não se permitem a experienciar esses momentos novamente. A falta de autonomia e maturidade é o que define o ser humano em relação ao seu crescimento, no qual o mesmo sai da menoridade e atinge a maioridade. A infância é a condição de ser afetado sem ter o conhecimento de quem ou o que nos afeta. O adulto muitas vezes tem a necessidade de fazer as decisões pelos outros, principalmente crianças, pelo motivo de sentir a necessidade de tomar essas as decisões por alguém, já que muitas vezes fora incapaz de fazer o mesmo quando vivenciava sua infância. Além disso, muitas vezes o adulto nega sua infância, não se permitindo vivenciar seu período infanto. Kohan também faz o convitepara que o homem, como sociedade e indivíduo, permita a criança de fazer suas próprias escolhas, mesmo que ele tente intervir a fim de temer o resultado pela mesma. 
· Foucault: O que é o iluminismo? (28/10)
Foucault, embasando-se nas falas de Kant, propõe algo novo para ser pensado. Esse momento deve ser realizado por todo contexto histórico que passamos ao longo da vida e até mesmo antes do período atual que vivemos e fazer a análise de quais momentos foram bons e quais foram ruins. A partir dessa reflexão, pensar em quais foram os impactos disso na vida de cada ser humano. Também trazer, dentro desse contexto, o que é entendido pelo “agora”. Essa compreensão do momento vivido é de extrema importância, pois é uma oportunidade de entender e reconhecer todos os conhecimentos que foram passados para a sociedade, e assim, fazer outra reflexão, apontando assim novos saberes.

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