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FACULDADE ESTÁCIO DE CASTANHAL
Direito Constitucional Avançado
Alunos:
Daniele Rodrigues Mota/ 201803091967 Jose Elvis Marleyson Araújo Cavalcante/
Jorge Lucas Castro da Silva/ 201803424907 Vinicius Moura de Oliveira/ 201802065555
Jhennyfe Thaynah Prata Ribeiro/ 201803229152 Marcio Ricardo Borges da Silva Junior/
Remédio constitucional impetrado
duranteo período de pandemia
- HC 570440
Catanhal-PA
2020.2
INTRODUÇÃO 
 O habeas corpus é um dos remédios constitucionais previstos pelo ordenamento jurídico brasileiro, sendo ele preventivo, liberatório ou coletivo, o qual foi tentado e protocolado é o habeas corpus coletivo no caso em questão, sendo na pandemia, pois, o mesmo faz referência a pedidos não individualizados e levantou debates quanto impetrado pela Defensoria Pública em pedido de prisão domiciliar para mães presas. Nesse caso, seria para pessoas com maior risco de adquirir o COVID-19, como pessoas idosas ou com doenças já crônicas tipo diabete, que contenham alto risco de adquirir o vírus e contaminar outras pessoas, no caso, os outros detentos e funcionários. 
 No dia 01/04/2020, a Defensoria Pública da União protocolou, no STJ um pedido de habeas corpus coletivo (HC 570440 – DF) 
“Trata-se de HCC, preventivo e repressivo com pedido liminar impetrado em favor de todas as pessoas presas, e que vierem a ser presas, que estejam nos grupos de risco da pandemia da Covid-19. São apontadas como autoridades coatoras todos os Tribunais de Justiça e
Tribunais Regionais Federais pátrios, e todos os Juízos criminais e de
execução penal, estaduais e federais, de primeira instância. É trazida à colação, contudo, decisão monocrática proferida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que, no Habeas Corpus coletivo n. 006312/81.2020.4.03.0000, impetrado na origem, indeferiu o pedido liminar. (g.n.)”
de acordo com a decisão monocrática proferida em 06/04/2020. Porém o pedido coletivo foi negado, assim como outros individuais. Mesmo com a tese que utilizou nos pedidos é a de situação nova oferecedora de riscos, reforçada pelo Decreto-Lei nº 6/2020.
DESENVOLVIMENTO
Nesse Artigo discorreremos sobre este remédio constitucional em tempos de pandemia de Covid-19.
Positivado no inciso LXVIII do art. 5º da Constituição federal, o habeas corpus (HC) é apenas um dos 5 remédios constitucionais previstos no ordenamento jurídico brasileiro. São eles:
· Habeas Corpus
· Habeas Data
· Ação popular
· Mandado de Injunção
· Mandado de segurança
Seu objetivo é garantir o direito daquele que tenha sofrido ou que se ache “ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder” (como exposto no inciso LXVIII). Tal remédio constitucional é dividido em HC Preventivo e Liberatório: O habeas corpus preventivo é aquele impetrado quando existe uma ameaça ao direito de ir e vir de uma pessoa. Por outro lado, o habeas corpus liberatório é utilizado quando a pessoa já sofreu violação ao seu direito de locomoção. Ah também de se falar do HC Coletivo, onde esse divide opiniões tanto no meio jurídico quanto nos tribunais, no qual possui efeito coletivo em vez de individualizado. O primeiro HC coletivo foi concedido a pouco tempo, em 2017, e gerou muita discussão no meio jurídico, pois foi o primeiro HC coletivo, onde o mesmo nunca nem foi positivado. São requisitos de admissibilidade do Habeas Corpus: a Ilegalidade ou Abuso de Poder, ou seja, deve haver ameaça ou a violação à liberdade de locomoção e que a coação seja realizada em ilegalidade ou abuso de poder.
Tratando de Habeas Corpus coletivo, recentemente, em plena pandemia do COVID-19, houve também a impetração desse famoso remédio constitucional, usado dessa vez em favor de todas as pessoas presas, e que vierem a ser presas, que estejam nos grupos de risco da pandemia da Covid-19, e como coautores foram intimados todos os Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais, e todos os Juízos criminais e de execução penal, estaduais e federais, de primeira instância.
O HC Coletivo 570440 foi impetrado no Superior Tribunal de Justiça, pela Defensoria Pública da União, no primeiro semestre de 2020, em razão dos presos que estão sobre o grupo de risco do COVID-19 que praticaram crimes considerados graves diante o Código Penal ou que estejam detidos em estabelecimentos superlotado, por crimes da mesma espécie, situações essas abrangentes pelo HC para que possam ser alternada por até regime domiciliar. Perante o HC, também visaria a liberdade condicional para os apenados que já haviam cumprido metade das suas condições impostas legalmente e era do grupo de risco, para que pudesse responder em liberdade, outro fato importante seria a progressão imediata ou antecipada de regime para aqueles que estiverem em semiaberto ao regime aberto. Afim de evitar o contágio pela COVID -19 ao demais detentos.
Além disso, a DPU queria que os magistrados fossem impedidos de determinar a prisão de qualquer pessoa dos grupos de risco da Covid-19, salvo em situações excepcionais de grave ameaça perante o Código Penal.
O Relator Ministro Antônio Saldanha Palheiro, indeferiu o processo monocraticamente. Logo após, foi interposto o recurso Agravo regimental contra a decisão monocrática, que indeferiu liminarmente o habeas corpus ante a incidência do enunciado 691 da Súmula do STF. A Sexta Turma por unanimidade negou provimento ao agravo regimental.
O Ministro Antônio Saldanha Palheiro ao analisar o pedido do HC coletivo para todos os detentos que estão em casas penais superlotadas e para que os magistrados deferissem o pedido que iria impedir a detenção dos indivíduos considerados de riscos diante contágio pelo Corona vírus.
Para o magistrado o pedido é improcedente, indeferiu o pedido ao analisar as argumentações e provas devem ser mais sucintas em relação à questão no qual a DPU e o TRF3 acionaram a corte. Tal recurso não era suficiente para impedir que um indivíduo ou o coletivo seja insensato de uma infração penal ou até lhe conceber um progressão de regime, mesmo não sendo um crime gravoso. Contudo, aborda o problema que também poderia trazer para sociedade que na determinada situação da pandemia estavam tomando todos os devidos cuidados pessoais para impedir o contágio, com concessão da liberdade provisória para os apenados do grupo de risco.
A decisão não significa que supremo tenha deixado de lado essa grave situação sanitária, mas tenta procurar medidas mais adequadas para a crise, assim com outros pedidos para serem analisados. Palavras que justificaram na implicação do indeferimento.
CONCLUSAO
De maneira, teve em vista a inexistência de argumentos que foram capazes de infirmar a decisão que foi recorrida, não teve cabimentos no habeas corpus, para desafiar a decisão do ministro relator que indeferiu liminarmente o habeas corpus coletivo, que feito isso, foi rejeitado o pedido de embargo de declaração, por não haver fundamentação que justifique sua oposição, mesmo que os presos estejam caracterizados no grupo de risco, eles não estariam na mesma situação jurídica.
De acordo com a competência para o julgamento no STJ, deve ser firmada em razão da execução de cada preso e não pela situação ou local onde um grupo de presos se encontra no momento da impetração. O habeas corpus coletivo tem como principal objetivo resgatar a prerrogativa de um grupo determinado ou determinável de indivíduos constantes na mesma circunstância jurídica ou fática, devendo ser o Estado um impulsionador das liberdades individuais, para que sejam exercidas com equidade por todos os indivíduos. 
Portanto, um Habeas Corpus coletivo é um dos remédios constitucionais, é resultado de dois movimentos de ampliação da tutela coletiva, que se expande na medida em que surge a demanda coletiva, a necessidade de cuidar do passivo processual e de garantir a eficácia jurídica de direitos coletivos.
REFERÊNCIAS:
https://noticiasconcursos.com.br/mundo-juridico/direito-constitucional/habeas-corpus-vs-pandemia-do-coronavirus/https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/859839537/agravo-regimental-no-habeas-corpus-agrg-no-hc-570440-df-2020-0079174-0/inteiro-teor-859839547?ref=feed
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/859839537/agravo-regimental-no-habeas-corpus-agrg-no-hc-570440-df-2020-0079174-0/inteiro-teor-859839547?ref=feed
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Negado-pedido-de-habeas-corpus-coletivo-para-todos-os-presos-em-grupos-de-risco-do-coronavirus.aspx
https://noticiasconcursos.com.br/mundo-juridico/direito-constitucional/habeas-corpus-vs-pandemia-do-coronavirus/
https://noticiasconcursos.com.br/mundo-juridico/direito-constitucional/habeas-corpus-vs-pandemia-do-coronavirus/

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