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28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 1/28 Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO Início Projetos de Pesquisa Disciplinas Extensão Universitária Projeto RIO Blog Ambiente na Íntegra Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental ATESTADOS DE IDONEIDADE AMBIENTAL Meio Ambiente e Comércio COMÉRCIO: O comércio é a troca de bens e serviços que acontece em níveis diferentes, entre indivíduos, grupos, regiões de um país, países e grupos regionais.O comércio está presente nas diferentes fases da vida de um produto, na produção e no consumo, e quando é descartado ou reciclado. De acordo com a teoria clássica, o comércio se caracteriza pela capacidade de produzir com custos mais baixos, levando em conta as vantagens comparativas de cada país. Comércio exterior O comércio em escala internacional oferece ganhos de eficiência econômica, se observados os seguintes fatores: Regras do Comércio Exterior As regras que controlam o comércio exterior são determinadas pelos governos dos países, que podem adotar três enfoques distintos: a) Protecionismo - proteger as indústrias nacionais da concorrência estrangeira – tarifas, cotas, restrições e proibições; b) Livre comércio - um país deve-se especializar, de forma mais eficiente, na exportação dos bens que produz e importar os bens de que necessita; c) Comércio regulado - os governos adotam tarifas, subsídios e outras políticas para tornar produtos nacionais estratégicos mais atrativos e estimular setores industriais importantes. Pesquisar o site https://sites.google.com/site/ngaunirio/ https://sites.google.com/site/ngaunirio/ https://sites.google.com/site/ngaunirio/home https://sites.google.com/site/ngaunirio/projetos-de-pesquisa https://sites.google.com/site/ngaunirio/disciplinas https://sites.google.com/site/ngaunirio/extensao-universitaria https://sites.google.com/site/ngaunirio/projeto-rio http://ambientenaintegra.blogspot.com.br/ 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 2/28 Os parâmetros são estabelecidos em acordos internacionais (multilaterais, regionais ou bilaterais) OMC - Organização Mundial do Comércio Função: Coordenação das políticas comerciais entre países instituições internacionais. Objetivos: Eliminação progressiva das restrições e distorções comerciais e manutenção do sistema multilateral de comércio aberto e livre. Produção agrícola É um dos setores mais protegidos na economia mundial. Os subsídios podem produzir efeitos negativos sobre o meio ambiente, pelo incentivo à superexploração dos solos e pela utilização excessiva de fertilizantes, pesticidas e herbicidas. Gestão Ambiental Empresarial Passado Presente Futuro Por que optar pela sustentabilidade? a) Mercados restritivos; 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 3/28 b) Eficiência de processos; c) Gestão de Riscos; d) Reputação; e) Recrutar e reter os melhores talentos; f) Melhor gestão dos stakeholders; g) Consumidor de olho nas empresas; h) Oportunidade de negócios; i) Valoração da marca. Elementos do Sistema de Gestão Ambiental Na figura acima, o comprometimento é indispensável para o sucesso da implementação da gestão.Embora não obrigatória, a análise crítica (que aparece na figura) é sugerida para diagnosticar o estado atual do sistema de gestão. Chamado pela norma ISO 14001 de análise crítica preparatória, o diagnóstico do sistema de gestão é a melhor maneira para se determinar “onde se está” na questão da gestão ambiental. É importante que tal análise seja acompanhada de profissional especializado na área e em assuntos relacionados ao meio ambiente, de forma de forneça uma orientação segura para a empresa. A Série ISO 14.000 A Série ISO 14000 é um conjunto de normas que fornecem ferramentas e estabelecem um padrão de Sistemas de Gestão Ambiental. Por meio dela, a empresa poderá sistematizar a sua gestão através de uma política ambiental que vise à melhoria contínua em relação ao meio ambiente. A ISO Série 14000 está representada na figura abaixo: As Relações Comerciais Transformadas pela Temática Ambiental 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 4/28 A partir dos estudos de Guéron (2003), pode-se afirmar que a rotulagem ambiental pode ser utilizada como estratégia de incentivo à métodos produtivos voltados à sustentabilidade por meio da “escolha do consumidor”, representando assim, oportunidades para o surgimento de produtos de melhores qualidade e eficiência. Neste ínterim, através da influência nas decisões dos consumidores, os programas de rotulagem ambiental promovem mudanças nas relações comerciais das organizações, transformando a sustentabilidade em uma oportunidade de negócios, onde os produtos passam a ter um valor social-ambiental agregado (conforme a disposição dos consumidores em pagar pelo custo inerente aos “cuidados ambientais” e ao “combate” às praticas impactantes – pela substituição de tecnologias poluentes, por exemplo). Das certificações ambientais, também Guéron (2003), fixa que têm sido encaradas como instrumento de países em desenvolvimento para demonstrar qualidade/ certificar seus produtos para o mercado externo (via “qualidade ambiental”), servindo de importante estratégia comercial de valoração desses produtos. A partir dos anos 90, a rotulagem ambiental começou a gerar preocupações quanto à apresentar-se como barreira técnica ao comércio (mesmo constituindo-se de rótulos de caráter voluntário). Com isso, o surgimento da necessidade de uma normatização de caráter internacional, regulando/ harmonizando conceitos já existentes (em 1993 – início da elaboração da norma ISO 14000 (citada anteriormente), abrangendo os campos da rotulagem de produtos e da certificação de organizações; e em 1994 é fundada a GEN (Global Ecolabelling Network) – organização que promove, desenvolve e estimula a rotulagem ambiental, abrangendo os principais programas sobre o tema ao redor do mundo). À media que as certificações foram tornando-se exigência de mercados internacionais, segundo Gordeiro (2012), as mesmas deram em importantes estratégias de mercado, passando a servir como barreiras comerciais não tarifárias e como proteção contra o “dumping ecológico”, que, conforme Veronese (2010), corresponde à prática de conglomerados em instalarem-se em países subdesenvolvidos, externalizando seus custos ambientais, usufruindo dos benefícios concedidos pelos países anfitriões (que visam ganho financeiro em detrimento do ambiental) e dos recursos naturais até seu esgotamento – migram então para outro país que lhes ofereça melhores condições de investimento (não cumprindo a pretensão financeira dos países anfitriões e deteriorando seus recursos naturais). Pode-se dizer, portanto, que as relações comerciais são um importante fator motor do desenvolvimento/ implantação dos programas de certificação e de rotulagem ambiental, sem, é claro, deixar de lado o puro e simples interesse na proteção do meio ambiente operada pelos agentes político-sociais. CERTIFICAÇÕES E ROTULAGEM AMBIENTAL Certificação Ambiental é o conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente de qualquer relação comercial com o objetivo de atestar de maneira formal que um produto, processo, serviço ou sistema está em conformidade com os requisitos especificados. Considerações: a) Mecanismo de terceira parte; b) Instrumento de comunicação cliente x fornecedor; c) Credibilidade = competência + independência; d) Uso de comitês técnicos de certificação e)Participação de consumidores Rotulagem Ambiental O que é? Consiste na atribuição de um selo ou rótulo a um produto ou serviço para informar a respeito dos seus aspectos ambientais;Metodologia voluntária de certificação;Considera o desempenho ambiental de produtos e serviços;Baseada em considerações sobre o ciclo de vida;Identifica a preferência de produtos ou serviços pelas questões ambientais. Objetivos: Como objetivo, o programa de rotulagem tenta despertar no consumidor e no setor privado a consciência e entendimento dos conceitos de proteção ambiental e produção industrial sustentável. Além disso, tenta também criar uma consciência e entendimento dos aspectos ambientais de um produto que recebe o rótulo , influenciando na escolha do consumidor ou no comportamento do fabricante sempre visando o menor impacto ambiental. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 5/28 Proteção Ambiental–influenciam as decisões dos consumidores de modo a encorajar a fabricação e o consumo de produtos menos agressivos ao meio ambiente; Promoção da Inovação Ambientalmente Sustentável na Indústria– proporciona um incentivo mercadológico para as empresas introduzirem tecnologias inovadoras e sustentáveis do ponto de vista ambiental, bem como posições de liderança em relação aos aspectos ambientais (melhoria contínua); Conscientização Ambiental dos Consumidores – São considerados meio idôneo e confiável para dar visibilidade no mercado aos produtos ou serviços preferíveis do ponto de vista ambiental. Princípios: I. Devem ser precisos, verificáveis, relevantes e não enganosos; II. Não devem ser elaborados, adotados ou aplicados com objetivo de criar barreiras comerciais; III. Devem basear-se em metodologia científica que produza resultados precisos e reproduzíveis; IV. Informações de procedimentos, metodologias e critérios devem estar disponíveis para as partes interessadas; V. Deve considerar todos os aspectos relevantes do ciclo de vida; VI. Não deve inibir inovações que possam manter ou melhorar o desempenho ambiental; VII. Quaisquer requisitos ou demandas de informações devem se limitar às necessárias a estabelecer a conformidade com os critérios e normas aplicáveis; VIII. Convém incluir uma consulta aberta às partes interessadas; IX. Informações sobre aspectos ambientais dos produtos relevantes a um rótulo devem ser disponibilizadas. Benefícios: I. Ambientais: a) Redução de problemas e impactos ambientais; b) Melhora do desempenho ambiental (além do requerido na Lei). II. Sociais: a) Aumento da satisfação do consumidor e melhoria das condições de vida: saúde, felicidade espiritual, etc. III. Econômicos: a) Aumento do “marketshare” e da competitividade; b) Reconhecimento da liderança do mercado; c) Aumenta da capacidade de inovação do produto; d) Acesso mais fácil a mercados mais nobres; e) Melhoria das exportações; f) Credibilidade nos mercados; g) Maior comunicação e visibilidade. Antecedentes históricos da rotulagem Segundo Abreu, um dos primeiros rótulos foi desenvolvido na Alemanha em 1977 e foi denominado “Anjo azul”, sendo ele simbolo do programa das nações unidas para o meio ambiente. Este serviu de modelo para outros países, sendo o Canada o segundo Pais a adotar os selos ambientais, criando o Environment Choice Program (ECP), que posteriormente foi privatizado e é gerido hoje pela TerraChoice Enviromental Services. Já no inicio dos anos 90, houve o surgimento de novos programas sendo desenvolvidos no Japão, países nórdicos, França, União Europeia, Áustria e posteriormente foi seguidos por muitos países em desenvolvimento. Com o objetivo de desenvolver analises mais completas, o conceito de ciclo de vida foi introduzido aos programas. Em 1993 a ISO constituiu o comitê técnico 207 (ISO/TC-207) para criar normas de gestão ambiental, que acabaram sendo denominadas de série ISO 14000. Apesar de os primeiros processos de certificação datarem dos meados dos anos 70, por causa do grande numero de acidentes ambientais, crescimento das usinas nucleares e diversas crises do petróleo, alguns rótulos de advertência foram adotados já na década de 40 do séc XX, segundo Barbato. No Brasil, esse ainda é um tema recente, sendo as industria que exportam as que estão mais avançadas no assunto, já que em muitos países isto já é uma exigência. Certificação Ambiental (Eco-Certification) X Rotulagem Ambiental (Eco-Labelling) “Certificação”: Voltada à indústria de recursos e à venda por atacado (comunidade compradora). Não está direcionada para consumidores varejistas. “Rótulo”: Voltado para os consumidores. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 6/28 Certificação Ambiental é a comprovação de que determinado organização empreendedora/ produtora está em conformidade com a Lei nº 6938 de 31/08/8, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formação e aplicação, assim como de suas outras providências. Essa diferenciação é importante para sabermos quais sinalizações na embalagem de um produto são realmente confiáveis pois quando se trata de rotulagem ambiental, esta pode se dar através de autodeclarações daqueles que se beneficiam diretamente com a mesma, ou seja, organizações que estão ligadas à fabricação ou à venda do produto. Esse tipo de rotulagem, apesar de regulamentada pela norma ISO 14.024, não é baseada em critérios pré-estabelecidos e aceitos como referência e as declarações são emitidas sem passar pelo crivo de uma verificação independente, isto é, feita por um órgão sem interesse. Nesse sentido, o consumidor, sendo altamente influenciável, pode ser levado a erro, pois fica a critério dele o julgamento. Como a rotulagem ambiental tem o condão de guiar as escolhas do consumidor na hora da compra, não deixa de ser uma forma de utilizar a questão ambiental como atrativo à compra, o que caracteriza uma linha tênue entre rotulagem ambiental (que, a princípio, deve ser meramente informativa) e marketing verde na medida em que o excesso de informações publicitárias dá margem a esta confusão. Já a certificação ambiental, uma vez que não é direcionada aos consumidores e é conferida por um órgão independente sem qualquer relação com a fabricação ou venda do produto, comportam maior credibilidade na medida em que exigem critérios mais rigorosos de concessão. As entidades certificadoras fazem auditorias para averiguar se na realidade fática a legislação ambiental está sendo seguida ou, em outras palavras, se a fabricação do produto está em conformidade com a lei, assim como se este realmente não agride o meio ambiente. Rotulagem Ambiental (Eco-Labelling) O consumidor entende mais facilmente o selo verde e as outras “ecoetiquetas” que orientam a sua compra e muito pouco as certificações de qualidade tais como os “ISO”s que se comunicam mais diretamente com fornecedores e compradores técnicos de outras empresas. Vantagens das Ecoetiquetas para as empresas • Incrementa as vendas e agrega valor a imagem de um produto. Este constitui o verdadeiro fator que estimula a implantação da etiqueta ambiental. • Aumenta a consciência dos consumidores. A ecoetiqueta, acompanhada de um adequado apoio publicitário, estimula a consciência dos consumidores. • Proporciona informação exata. A utilização do selo verde e de todo o sistema de avaliação ambiental que o sustenta faz com que as informações divulgadas sobre um produto sejam rigorosas e exatas, ao contrário de muitos produtos cuja aparência e sedução publicitária atribuem benefícios ambientais inexistentes ou falhos. • Protege o meio ambiente. A orientação dos consumidores em direção a produtos que ocasionam impacto ambiental de pouco significado é uma medida eficaz no desenvolvimentode ações para prevenir danos à qualidade ambiental. Qualidade técnica Selo Verde Selo Institucional Premiação de Honra ao Mérito Exemplo ISO 14.000 SELO VERDE CNDA Empresa Amiga DO MEIO AMBIENTE Top de marketing, empresário do ano Aplicação Empresas Para produtos e serviços. Empresas. Empresas e indivíduos. Utilidades Diferencial de concorrentes Orienta o consumidor, incrementa vendas e torna a marca amigável. Mostra que maior comprometimento da empresa. Melhora a imagem da empresa. Seletividade. Destaca a imagem da empresa entre os concorrentes. Vantagem Incrementa vendas, otimiza a qualidade da produção, eficientiza gestões e minimiza custos Incrementa vendas e fideliza a marca junto aos consumidores. Incrementa vendas e fideliza a marca. Consumidor tende a ajudar a marca nos seus esforços para se tornar amigável. Fixa a marca ou o indivíduo, como eficaz no período. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 7/28 Quem Concede Consultores e certificadoras especializadas. Organizações da sociedade civil – OSCIP / ONG. Organizações da sociedade civil – OSCIP / ONG. Empresas comerciais, entidades classistas e organizações da sociedade civil. Quem Fiscaliza Empresas clientes e auditores especializados. População / consumidores. População / consumidores. - Critérios Laudos, atestados e auditorias. Laudos, atestados, auditorias e avais de executivos da empresa. Termos de ajustamentos, comprovações de participação em serviços, projetos e programas e obediência a normas simples. Determinadas por uma comissão julgadora. Público Alvo Empresas Atinge diretamente os consumidores. Atinge diretamente os consumidores. Segmentos de atividades, empresas, público em geral. Sistemas de Avaliação da Construção Sustentável: Certificação LEED O LEED (Leadership in Energy & Environmental Design) foi desenvolvido pelo USGBC (U.S. Green Building Council), instituição que busca a promover edificações sustentáveis e produtivas, bem como lugares saudáveis para se viver e trabalhar. Em 2007 foi criado no Brasil o GBCB (Green Building Council Brasil), órgão não governamental vinculado ao USGBC que visa auxiliar o desenvolvimento da industria da construção sustentável no pais. O sistema LEED é baseado num programa de adesão voluntaria e visa avaliar o desempenho ambiental de um empreendimento. Leva em consideração o ciclo de vida e pode ser aplicado em qualquer tipo de empreendimento. O selo é uma confirmação de que os critérios de desempenho em termos de energia, água, redução de emissão de CO2, qualidade do interior dos ambientes, uso de recursos naturais e impactos ambientais foram atendidos satisfatoriamente. A certificação acontece em níveis que quantificam o grau de proteção ambiental obtido no empreendimento. O método de avaliação acontece através da analise de documentos que indicam sua adequação aos itens obrigatórios e classificatórios. Através de um sistema de pontos que pode variar dependendo da categoria de certificação, são definidos os níveis de certificação. Há requisitos mínimos que devem ser atendidos ainda na fase de projeto, determinando ou não a possibilidade do projeto ser certificado. Independente das diferentes categorias o LEED oferece quatro níveis de certificação que dependem da pontuação total obtida na avaliação. São eles: Certificação Básica (26 a 32 pontos), Prata (33 a 38 pontos), Ouro (39 a 51 pontos) e Platina (52 a 69 pontos), mostrados na Figura 1. Figura 1 - Níveis de certificação LEED Fonte: GBCB, 2011 Para se obter aprovação no sistema LEED é necessário satisfazer um conjunto de critérios de desempenho em áreas chaves determinadas. Estas áreas chaves dão origem a subdivisões em áreas especificas pontuáveis, sendo que alguns critérios devem ter comprimento obrigatório. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 8/28 Quadro 1 - Áreas chave e Critérios da Certificação LEED Fonte: USGBC, 2011 O certificado LEED se aplica a diferente tipos de construção, sendo então subdivididos e categorias que representam está diversidade. Dado o caráter diverso das categorias/construções tem-se diferentes pontuações e pré requisitos. As categorias do certificado LEED, representadas com uma breve descrição, são mostradas no Quadro 1. Quadro 2 - Categorias da certificação LEED Fonte: GBCB, 2011 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 9/28 Vale notar no Quadro 2 a abrangência da certificação LEED, levando em conta o ciclo de vida da construção em diferentes etapas e tipos, residenciais, comerciais, públicos, novos, já existentes, na manutenção e operação de edifícios existentes. Segundo o GBCB, até 09/11/2011, trezentos e oitenta e três empreendimentos já foram registrados no Brasil, sendo as categorias com maior números de registros a LEED NC e LEED CS. O Gráfico 1 apresenta todos os percentuais. Grafico 1 - Percentuais de certificações LEED registradas até 09/11/2011 Fonte: GBCB, 2011 A obtenção do certificado LEED acontece conforme um processo com etapas definidas e é todo realizado por meio de uma plataforma online do GBCI (Green Building Council Institute). Em um primeiro momento são fornecidos dados gerais do empreendimento e preenchida uma declaração de intenção, etapas concluídas efetiva-se o registro do projeto que fica disponível no LEED online. A partir dos dados gerais é realizada analise preliminar determinando a viabilidade da construção sustentavel. Na seqüência a candidatura é efetivada e toda a documentação necessária que apresenta todos os pré requisitos e créditos de cada etapa da obra. Este material é adicionado na plataforma para se efetuar a pré analise da certificação. Na final da fase de construção, estando toda a documentação inserida na plataforma da fase de projeto e de construção corrigidas e atualizadas, acontecerá a revisão final. É definido após está revisão final se será ou não concebido o certificado ao empreendimento. A etapa de auditoria da fase de projeto dura em média três meses e a fase de construção dura em media de três a seis meses após sua conclusão. O aumento no custo de um empreendimento devido a certificação é de 5% a 10%, sendo os custos diretos estão detalhados no Quadro 4. Quadro 3 - Custo certificação LEED Fonte: COELHO, 2010 Certificado AQUA 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 10/28 O processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental) seria um processo de certificação que é a versão brasileira adaptada do HQE (França) que define a qualidade ambiental, segundo a associação HQE, como “qualidade ambiental do edifício e dos seus equipamentos (em produtos e serviços) e os restantes conjuntos de operação, de construção ou adaptação, que lhe conferem aptidão para satisfazer as necessidades de dar resposta aos impactos ambientais sobre o ambiente exterior e a criação de ambientes interiores confortáveis e sãos”. (PINHEIRO, 2006) A Fundação Vanzolini (que é uma instituição privada sem fins lucrativos) foi a responsável pela implantação do processo AQUA no Brasil. Esse processo de certificação tem como objetivo garantir uma boa qualidade ambiental de um determinado empreendimento novo de construção ou reabilitação utilizando-se de auditorias independentes (atividade que utiliza procedimentos técnicos específicos com a finalidade de atestar a adequação de um ato ou fato com o intuito de lhe atribuir confiabilidade) Os benefícios de um Empreendimento CertificadoProcesso AQUA são: Qualidade de vida do usuário; Economia de água; Energia; Disposição de resíduos e manutenção; Contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico-ambiental da região. (www.vanzolini.org.br) Para um empreendimento ser certificado no processo AQUA, o empreendedor deve atingir no mínimo um perfil de desempenho com 3 categorias no nível MELHORES PRÁTICAS, 4 categorias no nível BOAS PRÁTICAS e 7 categorias no nível BASE. (Quadro retirado do portal da Fundação Vanzolini, disponível em: <http://www.vanzolini.org.br>) http://www.vanzolini.org.br/ http://www.vanzolini.org.br/ 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 11/28 Fonte: Aspectos da Rotulagem Ambiental Projeto de Cooperação entre SECEX, União Européia e PNUMA O Sistema ISO de Rótulos Ambientais ISO Tipo I (ISO 14021) Comparam os produtos com outros da mesma categoria e são concedidos aos produtos ambientalmente preferíveis devido a certos aspectos do seu ciclo de vida (ACV). São multicriteriosos e certificados por parte totalmente independente da fabricação e comercialização dos produtos (instituições governamentais, instituições do setor privado ou organizações sem fins lucrativos). O estabelecimento de monitoramento dos critérios se dá por meio de auditoria. Rótulo Ambiental Tipo I: Fonte: Aspectos da Rotulagem Ambiental Projeto de Cooperação entre SECEXUnião EuropéiaPNUMA Rotulagem Ambiental Tipo I no mundo: 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 12/28 ISO Tipo II (ISO 14024) Reivindicações ambientais são feitas diretamente pelas partes que se beneficiam (fabricantes, varejistas, distribuidores, importadores). É um sistema auto-declaratório, não sendo certificados por partes independentes, mas por partes vinculadas diretamente com a fabricação e venda do produto, além de não usarem critérios estabelecidos e aceitos como referência. Rótulo Ambiental Tipo II: ISO Tipo III (ISO 14025) Listam critérios de impactos ambientais para os produtos considerando seu ciclo de vida e não estão diretamente vinculados a sua fabricação ou comercialização (associações comerciais). O julgamento do produto cabe ao consumidor, não tendo padronização para alcançar. As categorias são estabelecidas pelo setor industrial ou por partes independentes. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 13/28 Fonte: Barbosa, 2001 Classificações dos Programas de Rotulagem Ambiental Segundo Elza Maria Ferraz Barboza (IBICT-Rotulagem Ambiental, 2001) os programas de rotulagem ambiental podem ser classificados tanto com relação aos produtos quanto para os problemas ambientais para os quais estão voltados. A ISO classifica- os em: Programas de 1ª parte, Programas de 2ª parte e Programas de 3ª parte. Os programas de 1ª parte abragem a rotulagem dos produtos pelos fabricantes, varejistas, distribuidores, etc. Rotulagem feita pelas partes que se beneficiam diretamente dessa solicitação. São também chamadas de auto-declarações, por serem feitas pelas próprias organizações sem averiguação independentes. O programa de 2ª parte engloba a rotulagem solicitadas por categorias que não estão diretamente ligadas a fabricação ou venda dos produtos, como industriais ou organismos independentes. São cedidos por associações comerciais. Os programas 3ª parte compreendem a rotulagem pelas instituições governamentais, setor privados, etc. Ou seja partes que não estão diretamente ligadas a produção ou venda. Os programas caracterizam normas preferivelmente para selos Tipo I. Ciclo de Vida do Produto A produção, prestação de serviços e a exploração de recursos naturais devem ser analisadas sob a perspectiva da Avaliação do Ciclo de Vida do Produto – ACV. A ACV consiste na avaliação de cada um dos efeitos ambientais gerados ao longo da vida de um produto, desde as fontes dos recursos primários até o descarte final ("do berço ao túmulo"). Durante os últimos anos tem se desenvolvido um enfoque sistemático para as análises de impactos ambientais associados aos processos e produtos. Os processos industriais não só geram resíduos, como também, consomem recursos naturais, requerem infra-estrutura de transporte, utilizam produtos químicos, água e energia, e geram produtos que devem ser transportados, consumidos e, em alguns casos, reutilizados antes de seu descarte final. A eco-eficiência, termo que sintetiza economia ambiental, permite, conhecido o ciclo de vida do produto e os efeitos presente e futuros, as atividades e os direcionadores de custos, minimizar os custos ambientais internos e externos e ao mesmo tempo gerar economias. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 14/28 “Abordagem estratégica que aplica soluções inteligentes de negócio que darão suporte à criação colaborativa, administração, disseminação e uso de informações a respeito do produto através de toda sua vida, englobando desde o projeto e concepção, passando pela extração dos recursos naturais, manufatura ou produção industrial, forma de comercialização e recursos acessórios, consumo e finalmente reaproveitamento, reciclagem ou descarte”. (Referencial Ausente) Programas de 3° parte e seus tipos de selos (Relatório EPA, 1998) 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 15/28 Fonte: Barbosa, 2001 Classificação Alternativa Para Programas e Selos Ecológicos e Suas Características Fonte: Barbosa, 2001 Critérios para a concessão de selos ambientais BARBOZA, Elza Maria Ferraz. Os selos ambientais são concedidos se o produto ou serviço alcançar os critérios ou conjunto de critérios de um programa de rotulagem específico. As empresas optam pelos selos ambientais, pois, são mais perceptíveis aos consumidores, dando- lhes uma vantagem se comparados aos outros produtos que fazem uso das certificações de qualidade (ISO's), que geralmente só estão em contato com os compradores, técnicos e fornecedores de outras empresas que utilizam da mesma certificação. Os critérios desenvolvidos para os produtos são de duas categorias: • Critérios que se baseiam na performance ou no consumidor final do produto. Um grande número de programas concedem rótulos que têm como base a performance do 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 16/28 produto ou do consumidor final. São programas que concedem um rótulo positivo para fabricantes de produtos que são menos danosos para o meio ambiente, programas que requerem rótulos para produtos que contém substâncias perigosas. Têm seus critérios voltados para as características inerentes aos produtos em si. • Critérios que se baseiam em como o produto foi fabricado, também conhecido como seu processo e método de produção (PPM). Para serem mais eficazes, os programas de rotulagem estão também, cada vez mais, concedendo selos com critérios baseados na descrição do método de processo e produção do produto. Como esses programas visam o ciclo de vida completo do produto, eles tendem a dar um quadro mais completo do impacto ambiental total do produto. É importante citar também que no caso dos selos ambientais, as organizações OSCIP (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) autorizam que o capital investido para que os selos fossem colocados nos produtos, possa ser deduzido no imposto sobre a renda da pessoa jurídica,o que resulta em um investimento quase nulo. GEN – Global Ecolabelling Network Fundada em 1994, a GEN - Global Ecolabelling Network - é uma associação sem fins lucrativos, de viés ambiental, que agrega membros de organizações de rotulagem e certificação de modo à aperfeiçoar, promover e desenvolver produtos e serviços ao redor do mundo (GLOBAL ECOLABELLING NETWORK, 2014). Os programas de rotulagem ambiental desenvolvidos pela GEN, são todas de rotulagem ambiental tipo I, e que tem por base a norma técnica da ABNT NBR ISO 14024:2004. Fonte: vii_seminario_metrologia_abnt (Fonte Inconsistente) 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 17/28 Fonte: vii_seminario_metrologia_abnt(Fonte Inconsistente) Tipos de Rotulagem Ambiental (CEMPRE, 2008) Rotulagem Tipo I : Programas de Selo Verde Este tipo de rotulagem estabelece princípios e procedimentos que incluem: seleção de categorias, critérios ambientais e características funcionais dos produtos, bem com a avaliação da sua conformidade. Rotulagem Tipo II: Auto-declarações Ambientais Este tipo de rotulagem especifica requisitos, fornece qualificações de uso e descreve a metodologia para avaliação e verificação para as auto-declarações ambientais. Rotulagem Tipo III: Inclui avaliações de Ciclo de Vida Este tipo de rotulagem estabelece princípios e procedimentos para padronizações e certificações do Ciclo de Vida dos produtos. Potenciais Reflexos da Rotulagem Ambiental Positivos: - Possibilita a obtenção de preços diferenciados como compensação aos investimentos realizados; - Potencializa as vantagens comparativas e absolutas do país em termos de recursos naturais disponíveis; - Promove a atração de investimentos em razão da melhor imagem do país no exterior; - Diminuição dos custos com seguros. Negativos: - Diminui a competitividade de outros exportadores tradicionais do país; - Dificuldade de adaptação das micro e pequenas empresas; - Tecnologias e serviços ambientais importados; - Custos de manutenção; - Custos para a adequação; - Muitos setores veem entraves e barreiras não tarifárias. Principais Desafios: Informação: acesso a informações de mercados coerentes, críveis e claras. Capacitação: suporte compreensivo, coordenado e baseado em necessidades específicas para o desenvolvimento de empresas sustentáveis. Estrutura Política: integração de políticas de suporte. Projeto de Cooperação SECEX/EU/PNUMA Esse projeto promove a rotulagem ambiental. Objetivos: - Aumentar o número de produtos exportados com o rótulo europeu (EU Ecolabel) pelos países participantes para a União Europeia; - Desenvolver roteiro para o conhecimento mútuo de programas nacionais de rotulagem ambiental; - Aumentar a competitividade dos produtos de exportação; - Intensificar a sustentabilidade ambiental dos processos produtivos; 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 18/28 - Estimular a demanda desses produtos certificados nos países participantes e na União Européia. Países Participantes: China, Índia, México, Brasil, África do Sul – grandes economias emergentes com poder de influência regional, fortes vínculos de comércio com a UE, problemas ambientais significativos associados aos seus padrões de produção e consumo, e aumento rápido nas vias de comércio. Quênia e Etiópia – precisam aumentar a competitividade dos seus produtos nos mercados mundiais e intensificar a integração regional. O setor escolhido pelo Brasil pela SECEX foi o setor de papel e celulose e o produto papel para cópia e impressão. As empresas selecionadas foram a International Paper do Brasil Ltda. e Suzano – Papel e Celulose. Condições exigidas pela UNEP para a escolha do setor: Exportações significativas para a UE, especificidades técnicas do ciclo de vida do produto final e relevância do setor para o país. Blue Angel – O programa da Alemanha Programa de rotulagem alemão que desenvolveu o primeiro rótulo ambiental no mundo (Alemanha 1977) Objetivos: - Receptividade junto ao mercado consumidor - Novo instrumento a induzir as empresas a melhorar seu desempenho ambiental. - Inovação no mercado por analisar o impacto do produto de forma mais abrangente e independente, passando, portanto, mais credibilidade para o consumidor. Os primeiros rótulos foram conferidos em 1979 para 48 produtos. Aproximadamente 17% dos rótulos foram concedidos para empresas não alemãs. Em 2011, existem, aproximadamente, 11500 produtos certificados. Categorias de produtos: - Produtos que estimulem a reciclagem (reprocessados, recicláveis ou que contenham material reciclado) como pneus recauchutados, garrafas retornáveis, papéis sanitários, papéis reciclados, entre outros; - Produtos destinados à redução de substâncias tóxicas; - Produtos que visem à redução dos níveis de emissões; - Produtos que visem à redução dos níveis de ruído; - Produtos que visem o aumento da eficiência no consumo de água. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 19/28 Environmental Choice - Nova Zelândia (1990) Environmental Choice Nova Zelândia segue as ISO 14024 (Rótulos e declarações ambientais - princípios orientadores). Iniciado e apoiado pelo Governo da Nova Zelândia, o Environmental Choice reconhece os genuínos movimentos feitos pelos fabricantes para reduzir os impactos ambientais de seus produtos e fornece um guia confiável e independente para os consumidores que querem comprar produtos que são melhores para o meio ambiente, sempre atentos a novas ideias e incentivando para que as pessoas enviem comentários para revisão de especificações existentes ou até mesmo introdução de novos. Princípios básicos: Promover produtos que contribuam para diminuir o consumo de energia, redução da geração de subprodutos perigosos e promoção da reciclagem e reutilização. Objetivo: Garantir que as categorias de licença sejam mantidas e atualizadas com as constantes mudanças das condições de mercado, exigir que as especificações de rotulagem ambiental sejam objetivas, razoáveis e verificáveis e avaliação dos impactos ambientais durante o ciclo de vida do produto. Rótulo Ecológico ABNT: Figura 2 - Rótulo ABNT - Qualidade Ambiental A ABNT é o único membro do Global Ecolabelling Network (GEN) na América do Sul, é certificada pelo INMETRO. É uma certificação que garante ao consumidor a responsabilidade ambiental e social envolvida em todo o processo de produção, além de servir como instrumento de marketing verde, que vem crescendo, acompanhando a conscientização do consumidor. A ABNT caracteriza o rótulo como uma premiação, uma vez que, para concessão é necessário estar de acordo com os critérios elaborados, o que exige esforço e adequação aos parâmetros considerados responsáveis para o meio ambiente (social e natural). Os critérios para a concessão da Marca ABNT - Qualidade Ambiental (Figura 2) variam de acordo com a categoria dos produtos e os métodos de produção. E estão disponibilizados para consulta no link: http://rotulo.abnt.org.br/index.php/criterio. Onde se encontram os critérios e as adequações legais para cada categoria. A ABNT criou um arquivo que contém as diretrizes para a elaboração dos critérios, de modo generalizado, da Marca ABNT - Qualidade Ambiental. Disponível em http://rotulo.abnt.org.br/pdfs/PG-1203.pdf. http://rotulo.abnt.org.br/index.php/criterio http://rotulo.abnt.org.br/pdfs/PG-1203.pdf 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 20/28 Forest Stewardship Council – FSC O FSC foi formalmente estruturado em 1993, é uma organizaçãointernacional, não-governamental, independente e sem fins lucrativos, que credencia e monitora organizações certificadoras independentes no mundo inteiro, garantindo que os certificados obedeçam a padrões de qualidade. Sediada no México, tendo em 31 de março de 2003, 516 membros afiliados, em 49 países, entre ambientalistas, pesquisadores, engenheiros florestais e empresários. Conselho Brasileiro de Manejo Florestal – FSC Brasil O Conselho Brasileiro de manejo Florestal é uma organização não-governamental independente e sem fins lucrativos, com estrutura de governança própria. Concebido em 1996 por um grupo de trabalho e credenciado formalmente como iniciativa nacional em 2002, o FSC Brasil é uma aasociação civil brasileira constituída por representantes de organizações dos setores social, ambiental e econômico. Os representantes desses setores pautam toda a atuação da organização desde sua governaça até a interação com diversos público por meio de seu programa técnico de mercado. Essa organização é financeiramente independente do FSC Internacional e capta recursos por meio de consórcios, convênios, e parcerias com empresas, ONGs e poder público. Missão: Promover o bom manejo das florestas brasileiras conforme os princípios e critérios do Forest Stewardship Council – FSC que conciliam benefícios ambientais com os benefícios sociais e viabilidade econômica. Atuação: - (Principal atividade) promover a certificação florestal FSC por meio da sensibilização dos diversos atores da sociedade sobre os benefícios socioeconômicos e ambientais do manejo responsável; - Coordena o desenvolvimento de padrões de certificações nacionais e regionais de manejo florestal; - Coordena consultas junto às operações florestais certificadas no Brasil com movimentos interessados na certificação sobre as propostas de políticas do sistema FSC; - Atua como Agente nominal da logomarca FSC, aprovando seu uso fora de produto e emitindo a licença numerada que garante a autorização para a sua aplicação; - Atua como um centro de informações para o desenvolvimento de inteligência de mercado sobre florestas e produtos certificados; - Atua na resolução de conflitos envolvendo partes interessadas no sistema de certificação FSC; - Coordena iniciativas que divulgam e promovam a certificação junto a produtores e consumidores. Certificação Florestal FSC: É uma ferramenta voluntária que atesta a origem da matéria-prima florestal em um produto. A certificação garante que a empresa ou comunidade maneja suas florestas de acordo com padrões ambientais corretos, socialmente justos e economicamente viáveis. -Manejo Responsável 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 21/28 Manejo florestal responsável significa utilizar os recursos da floresta respeitando os níveis de sustentação ecológica e os serviços ambientais a fim de gerar benefícios sociais para os trabalhadores e para as comunidades locais, além de promover a conservação ecológica. O Selo FSC: O selo FSC atesta ao consumidor que toda a cadeia produtiva envolvida na fabricação do produto foi certifcada pelo sistema FSC, permitindo à sociedade valorizar as iniciativas que promovem o manejo responsável das florestas. Leed - Green Building Rating System É o selo norte-americano para construções sustentáveis. Entre os princípios estão otimização energética, uso de material reciclado, entre outros. Fairtrade É o selo do comércio justo. O respeito ao meio ambiente faz parte dos valores, mas a principal intenção desse selo é criar uma relação justa, solidária e sem atravessadores entre os pequenos produtores. Cria um sistema de commodities para produtos orgânicos ou não, desenvolvidos por pequenos proprietários. O comércio justo é um movimento que guarda semelhanças com diversas outras iniciativas de desenvolvimento sustentável. Os princípios e exigências de certificação de comércio justo são, em boa parte, congruentes com a agricultura orgânica. Na Alemanha, por exemplo, compra-se muito 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 22/28 café com as duas certificações. Este comércio mantém laços com o consumo consciente, movimento que introduz responsabilidade sócio-ambiental no ato de consumo. Um produto deste comércio é certamente um alvo para consumidores conscientes. O comércio justo também possui sinergia grande com os Arranjos Produtos Locais (APL’s), concentração de organizações de um mesmo ramo de atividade em um determinado espaço. Procel É o selo do Inmetro de eficiência energética de determinado eletrodoméstico, e se popularizou graças a economia na conta de luz com a escolha do produto. A classificação vai de A a G, do mais eficiente ao menos eficiente respectivamente. Os selos de advertência Além dos selos digamos “positivos”, existe uma série de determinações para avisar o consumidor do perigo ou suposto dano que esse produto pode causar. É o caso da obrigatoriedade de avisar se o produto tem glúten ou é transgênico, por exemplo. Esse último, aliás, só agora começa a ser adotado, após muita pressão, pelas empresas. Agricultura orgânica Desde 2010, todo o produto orgânico brasileiro exceto aqueles vendidos diretamente pelos agricultores familiares, levam o selo do SISORG – Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 23/28 Ferramentas de Transparência Pacto Global Iniciativa desenvolvida pelo ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan. O Pacto Global advoga dez princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das nações Unidas Contra a Corrupção. Direitos Humanos As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente; e assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos. Trabalho As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; eliminar de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório; abolir efetivamente o trabalho infantil; e eliminar a discriminação no emprego. Meio Ambiente As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e Incentivar o desnvlvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. Contra a Corrupção As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina. Relatórios de Sustentabilidade Ambiental Relatório de Sustentabilidade Empresarial é um documento no qual as empresas associadas expõem suas ações nas áreas de ecoeficiência e responsabilidade social,e os impactos econômicos, ambientais e sociais causados por suas atividades cotidianas. Além disso, o relatório de sustentabilidade apresenta os valores e o modelo de gestão da organização demonstrando a visão estratégica e o compromisso da organização para conduzir suas atividades para o desenvolvimento sustentável. Esses relatórios são utilizados também como ferramenta de transparência da gestão ambiental da empresa, pois são públicos e geralmente são divulgados pelas empresas com o objetivo de mostrar suas ações na área socioambiental. Por que é interessante para a instituição? Demonstrar compromisso de ser transparente: Ao relatar as ações de sustentabilidade, a empresa atende a grande cobrança por investimentos em sustentabilidade e melhora a comunicação com os steakholders. O relatório garante a empresacredibilidade, valor e transmite sua responsabilidade ambiental e compromisso com a sustentabilidade. Demonstrar capacidade de participar em mercados competitivos: esses relatórios demonstram que a empresa entende a relação do seu desempenho cotidiano e a sustentabilidade sendo este um 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 24/28 indicador de que a gestão é feita com qualidade, garantindo assim, que a empresa se torne mais competitiva e com maior valor agregado. Planejar atividades: tornar-se mais sustentável e posicionar a empresa: Em algumas empresas esses relatórios podem ser usados como formas de implementação ou aperfeiçoamento da gestão de sustentabilidade corporativa. Seguir a legislação: Atualmente na maioria dos países os relatórios de sustentabilidade são voluntários, no entanto, algumas empresas resolveram produzir esses relatos para se antecipar a possíveis legislações e também para se tornarem competitivas em países em que esses relatórios já são obrigatórios. Na Dinamarca, Noruega, Suécia, França e Holanda esses relatórios socioambientais são obrigatórios. Global Reporting Initiative - Iniciativa Global de Geração de Relatórios (GRI) A Global Reporting Initiative (GRI) é uma organização internacional pioneira, sem fins lucrativos que desenvolveu uma Estrutura de Relatórios de Sustentabilidade usada no mundo inteiro. Esta organização defende o uso desses relatórios como um caminho o desenvolvimento sustentável e para que as organizações se tornem mais sustentáveis. Sua estrutura é baseada em rede. Missão: Tornar a sustentabilidade uma prática padrão de relatórios para todas as empresas e organizações através de um sistema de comunicação que fornece métricas e métodos para medir e 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 25/28 relatar os impactos e desempenho relacionados à sustentabilidade. A Secretaria da GRI está localizada em Amsterdã, na Holanda, e há escritórios regionais na Austrália, Brasil, China, Índia, África do Sul e EUA. Fases do processo de elaboração dos relatórios da GRI: Identificação de forma participativa dos impactos ambientais, econômicos e sociais causados pela organização; Comunicação com os steakholders sobre os impactos identificados; Definição dos melhores indicadores para mostrar as contribuições sociais, econômicas e ambientais da organização; Definição de metas; Monitoramento dos indicadores e coleta de dados para serem inseridos no relatório; Divulgação dos dados coletados na forma de relatório final de sustentabilidade. Programas não-governamentais de rotulagem ambiental 1. Green Seal, Estados Unidos: (Corrêa, 1998) http://www.sparkleteam.com/wp-content/uploads/2013/02/green-seal-certified-logo.jpg Criada em 1989 nos Estados Unidos, a organização não-governamental Green Seal tem como objetivo estabelecer padrões de rotulagem ambiental para auxiliar os consumidores na escolha de produtos ambientalmente mais sustentáveis. Apesar de atualmente ser financiada por contribuintes individuais e fundações, a intensão é que futuramente ela se torne auto-suficiente. O programa recebe propostas voltadas tanto para a área industrial como para o público em geral. No processo de formulações de critérios o Green Seal utiliza um tipo de avaliação ambiental para cada produto, em seguida aponta os impactos ambientais no ciclo deste produto, com toda uma assistência da UL (Underwrite Laboratories) na definição e criação de alguns critérios específicos. Após esta etapa, o programa submete a proposta a uma avaliação pública, que envia seus comentários e estes são revisados e incorporados como critérios. As normas e as exigências ambientais para o produto que teve os critérios estabelecidos devem ser cumpridas e os critérios devem ser revisados a cada 3 anos. Para que o selo seja concedido, o produtor deve informar sobre os métodos e os processos de produção, submeter o produto a testes e, caso necessário, as fábricas são sujeitas a uma auditoria ambiental. Sendo atendidos todos os critérios, o Green Seal disponibiliza o uso do logotipo. Para cobrir os custos dos testes o fabricante deve pagar cerca de U$3.000 por produto e, tendo o contrato assinado, o mesmo deverá pagar uma taxa anual de monitoramento. Entre as categorias de produtos com critérios aprovados estão: Produtos de papel, óleo de motor duplamente refinado, lâmpadas fluorescentes compactas, instalações hidráulicas de alta eficiência, produtos de limpeza doméstica, tintas, portas e janelas, películas para janelas, sacos plásticos reutilizáveis, refrigeradores, lavadouras e secadoras de roupas, tampas de panelas, fornos e fogões, aquecedores de água, mangueiras, veículos de frota com baixa poluição, entre outros. 2. EcoMark, Japão: Criada em 1989 no Japão possui um comitê formado por acadêmicos, grupos de consumidores e especialistas de diversos setores padronizam e certificam os produtos, é membro do GEN (Global Ecobelling Network) que é uma rede global, sem fins lucrativos, fundada para melhorar, promover e desenvolver a rotulagem ambiental de produtos e serviços. Age na área de produtos relativamente menos impactantes em comparação com similares, no seu completo ciclo de vida. Após uma seleção nos produtos eco-friendly a JEA (Japan Environment Association) escolhe os qualificados para utilizar o selo EcoMark. O selo oferece uma variedade de produtos com menores impactos ambientais mas não tem como função analisar a qualidade e segurança do produto, baseado no sistema de produção mais limpa, apenas reduz os impactos causados pela produção do produto. Os produtos analizados podem ser papel, têxteis, produtos de limpeza, aparelhos eletrônicos, entre outros. 3. Bra Miljöval, Suécia: É um rótulo ecológico criado pela Sociedade Sueca para a Conservação da Natureza em 1987, em inglês é conhecido como “Good Environmental Choice”. Começou a atuar em 1988 sobre marcas de detergente e papel, o Bra Miljöval foca em produtos com grande impacto ambiental e grande utilização,venda. The Nature Conservancy atuou também com papel não-branqueado, baterias livres http://www.sparkleteam.com/wp-content/uploads/2013/02/green-seal-certified-logo.jpg 28/02/2018 Cap. 6 Certificação e Rotulagem Ambiental - Núcleo de Gestão Ambiental da UNIRIO https://sites.google.com/site/ngaunirio/cap-6-certificao-e-rotulagem-ambiental 26/28 de mércurio e detergentes ambientalmente adaptados, a partir desses expandiu-se para outros tipos de produtos e serviços. Para se obter esse rótulo é necessário cumprir vários fatores e critérios, incluindo transporte e consumo de energia elétrica, com uma visão bem abrangente dos impactos ambientais possíveis, por isso também inclui serviços em seu programa de rotulagem ambiental. ANEXO 1: Maquiagem Verde e Obsolescência Planejada, estudo de caso: Maquiagem Verde e Obsolescência Planejada foram temas em debate realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro –UNIRIO. O evento contou com a participação do Dep. Federal Chico Alencar (PSOL) e foi organizado pelos alunos do curso de Ciências Ambientais sob orientação do Professor Alexandre Agripa Faria. Para ver mais sobre o evento, acesse o link: https://docs.google.com/document/d/1y8GinPb8DGVI41Sjpe4qyTKwpD7sDsZQ-N_baocrywY/edit# Referências: Conselho Empresarial Para o Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <http://www.cebds.org.br>. Acesso em 03 de novembro de 2013. Global ReportingInitiative, Disponível em<https://www.globalreporting.org/Pages/default.aspx>. Acesso em: 03 de novembro de 2013. Relatórios de Sustentabilidade da GRI: Quanto vale essa jornada? . Global Reporting. Disponível em: <https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Portuquese-Starting-Points-2- G3.1.pdf> Acesso em 03 de novembro de 2013VII seminário de metrologia - ABNT Aspectos da Rotulagem Ambiental Projeto de Cooperação entreSECEXUnião EuropéiaPNUMA www.pactoglobal.org.br NAHUZ, Mareio Augusto Rabelo. O sistema ISO 14.000 e a certificação ambiental. Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 35; n. 6, p. 55-66 Nov./Dez. 1995. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n6/a07v35n6.pdf> BARBOZA, Elza Maria Ferraz. Rotulagem ambiental. Rótulos e Análise do Ciclo de Vida (ACV). Novembro de 2001. Disponível em: <http://acv.ibict.br/publicacoes/realtorios/Rotulagem%20Ambiental.pdf> SIQUEIRA, Rosana Rocha. 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