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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Luciana Silva Soares¹ Professora: Maria Inmaculada Chao Cabanas ² RESUMO O presente trabalho tem como intuito o estudo da Importância do Lúdico na Educação Infantil para aprendizagem dos alunos. Para isso foi realizada uma investigação sobre a importância do tem em questão como cita Knebel (2014, p.278) a atividade lúdica é a ação expressada por meio de brincadeiras e jogos. O ato de brincar pode ser conduzido independentemente de tempo, espaço, ou de objetos isto proporciona que a criança crie, recrie, invente e use sua imaginação, tornando o espaço escolar atrativo. Assim a partir da problemática levantada foi delimitado o objetivo geral que teve como princípio refletir sobre a importância dos jogos e das brincadeiras, numa perspectiva lúdica, no processo de ensino aprendizagem do aluno da educação infantil. Palavras Chaves: Escola. Família. Educação. Ludicidade. INTRODUÇÃO De acordo com Costa (2005, p. 45), a “palavra lúdico vem do latim ludus, e significa brincar. Nesse brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras e a palavra é relativa também a conduta daquele que se joga, que brinca e se diverte.” Por sua vez o jogo possibilita a aprendizagem do jeito e o seu pleno desenvolvimento, já que conta com conteúdo do cotidiano, as regras as interações com objetos e o meio e a diversidade de linguagens envolvidas em sua prática. É inquestionável a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil. Ela está inserida Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo um dos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança: 1. Conviver, 2. Brincar, 3. Participar, 4. Explorar, 5. Expressar e 6. Conhecer-se. A partir dos seis direitos, a BNCC, estabeleceu também os campos de experiências fundamentais para que a criança possa aprender e desenvolver: · O eu, o outro e o nós; · Corpo, gesto e movimentos; · Traços, sons, cores e formas; · Escuta, fala, pensamento e imaginação; · Espaços tempo, quantidades, relações e transformações; . O ato de brincar é uma realidade do dia a dia da criança e que é capaz de exercitar a imaginação, permitindo que ela relacione com os seus interesses e as suas necessidades básicas, interagindo com o mundo que a cerca, refletindo, ordenando, desorganizando, destruindo e reconstruindo seu espaço. A brincadeira é, portanto, uma parte fundamental da aprendizagem e desenvolvimento da criança, momento em que ela exercita todos os seus direitos e estabelece contato com os campos de experiência, como protagonista de seu desenvolvimento. O lúdico promove na educação infantil uma pratica educacional conhecimento de mundo, oralidade, pensamento e sentido. Segundo Ribeiro (2013, p.1), o lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser humano. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância. Fantacholi ([s/d], p. 5), explica que por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. O lúdico é um recurso metodológico de suma importância para auxiliar a aprendizagem das crianças da educação infantil. Os jogos ensinam os conteúdos através de regras, pois possibilita a exploração do ambiente a sua volta, os jogos proporcionam aprendizagem maneira prazerosa e significativa assim agrega conhecimentos. Segundo Carvalho (1992, p.14), os jogos na vida da criança são de fundamental importância, pois quando brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade. O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre que engloba uma significação. É de grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos. (KISHIMOTO, 1996 p. 26). Como objetivos da pesquisa pode-se destacar que analisar de forma prazerosa, tipos de jogos e brincadeiras para serem desenvolvidas no âmbito escolar, ampliando e inovando o intelectual dos alunos, além de estudar como esses jogos contribuem para a formação das crianças na educação infantil. Como metodologia para a elaboração do trabalho será realizada através pesquisas bibliográficas, com a finalidade de contextualizar os métodos utilizados para a aprendizado do tema lúdico na educação infantil, sendo uma pesquisa explicativa para identificar a ludicidade no dia-a-dia na escola, em casa com os familiares, proporcionando mais aprendizado e interação de todos. A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL A educação infantil se divide em várias etapas, de acordo com a faixa etária da criança. O lúdico é nosso companheiro diário, já que desse modo as crianças se conhecem e se expressam melhor, adquirindo conhecimentos, conhecendo os limites de maneira agradável e saudável. (FRIEDMANN, 1996) As atividades realizadas são proporcionadas de forma lúdica: jogos, brincadeiras, expressão corporal que promovem o desenvolvimento motor e sócio afetivo das crianças. Enfatizamos os jogos na área do conhecimento lógico -matemático, e preservação na área de ciências. (FRIEDMANN, 1997) Desta forma é possível entender que os jogos tradicionais infantis são tipo livre, espontâneo, no qual a criança brinca pelo prazer de brincar. Segundo Kishimoto (2002): [...] a brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típico da vida humana enquanto todo – da vida natural/ interna do homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, e paz com o mundo. A criança que brinca sempre, com determinação auto ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto sacrifício para de seu bem e dos outros. O brincar, em qualquer tempo, não é trivial, é altamente sério e de profunda significação. Para Piaget “ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos.” O educador deve ser instigado a inserir o lúdico na sua forma de trabalhar, sendo levados a ter consciência das vantagens de transmitir seus conhecimentos através de jogos e brincadeiras. Segundo Vigostski (1934): [...] O efeito educativo da brincadeira infantil, na qual as crianças se sentem ligadas por toda uma rede de regras complexas ao mesmo tempo aprendem a subordinar-se a regras a essas regras como a subordinar a elas o comportamento das outras e a agir nos limites rigorosos traçados pelas condições da brincadeira. Inserir brincadeiras, jogos, atividades interativas nos primeiros anos da educação infantil é algo que tem favorecido o percurso da criança na escola. Através do lúdico a criança começa a desenvolver sua capacidade de imaginação, abstração e aplicar ações relacionadas ao mundo real e ao fantástico. . 2.1. Breve história da ludicidade no Brasil Os índios, os portugueses e os negros foram os precursores dos atuais modelos e maneiras de desenvolvimento do lúdico que mantemos até hoje, no Brasil. Nos últimos séculos, houve no Brasil, uma grande mistura de povos e raças, cada qual com suas culturas, crenças, educação. Umas diferentes das outras e também com sua forma de desenvolvimento da ludicidade entre seus pares; todavia essa herança torna nosso país ainda mais rico do ponto de vista cultural e educacional. Toda herança cultural e educacional deve ser utilizada para o aprendizado universal de nossos alunos, haja vista que lidamoscom várias etnias, raças e povos e, portanto, devemos resgatar e desenvolver o que de mais importante houver de cada uma para o ensino dos alunos nos dias atuais. [...]a criança é um ser em pleno processo de apropriação da cultura, precisando participar dos jogos de uma forma espontânea e criativa. (KISHIMOTO, 2000). Os jogos e brincadeiras que temos hoje são originários dessa miscigenação que ocorreu nesse período, mas é incerto afirmar de qual povo exatamente seriam suas origens. O que devemos ressaltar é justamente que, o que temos é um material importante trazido como herança dos nossos antepassados e que devem ser preservados, valorizados e utilizados para o ensino dos nossos alunos, sempre estimulando o resgate histórico que merece cada um deles. Os índios sempre se fizeram valer de seus costumes para ensinar seus filhos a caçar, pescar, brincar, dançar; uma maneira lúdica do aprendizado e que representa a cultura, a educação e a tradição de seus povos. Seus filhos constroem seus próprios brinquedos com materiais extraídos da natureza; caçam e pescam com o olhar diferente dos adultos e seus objetivos são sempre o de brincar e se divertir sem que de fato o façam para sua real necessidade de sobrevivência. Os negros também trouxeram seus costumes, semelhante aos dos índios, sendo necessária, desde criança, a construção de seus próprios brinquedos, saber pescar, nadar, caçar. Cultura, educação e tradição desenvolvidas de forma criativa, lúdica, e que ao mesmo tempo satisfazia suas reais necessidades de sobrevivência. Os filhos dos portugueses quando vieram para o Brasil não tinham seus contatos com a ludicidade como atos para a sobrevivência, o tinham como ato de lazer e para seu enriquecimento intelectual. Seus costumes, trazidos de Portugal, eram totalmente diferentes dos existentes no Brasil dos índios e dos trazidos pelos negros, em suas bagagens, nos navios negreiros da África até aqui. Já no final da Idade Média e início da Idade Moderna em meados do século XV a Igreja Católica, tornou-se responsável por extinguir os jogos da educação por considerar o jogo algo profano. Seu uso para o ensino volta a ter destaque logo em seguida com os jesuítas, mas que não se perpetuou, pois em meados de 1758 os jesuítas foram expulsos e o Brasil ficou sem nenhum sistema organizado de ensino. Hora ou outra vinham professores enviados de Portugal para ministrar cursos, tais como o curso de álgebra, segundo uma carta régia de 1799, sobre o ensino de matemática no Brasil. [...]brincar com criança, não é perder tempo, é ganha-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda vê-los sentados, enfileirados em sala sem ar com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. (CARLOS DRUMMOND ANDRADE) 2.2. O conceito do lúdico e sua importância Lúdico é a forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, raciocínio de uma criança através de jogos, música, dança, mímica. O intuito é educar, ensinar se divertindo e interagindo com os outros. O brincar é considerado uma importante fonte de desenvolvimento e aprendizado. Segundo a Academia Brasileira de Letra (2001), traz o significado do lúdico como o que se refere a jogos, brinquedos e divertimentos: o aspecto lúdico da aprendizagem. Para Vygotsky (1991), na atividade de jogo a criança desenvolve o seu conhecimento do mundo adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar. Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos. Já Wajskop (2009), ressalta que o lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma maneira agradável de os alunos aprenderem. Através do brincar, a criança aumenta a sua independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura popular e ainda desenvolve habilidades motoras, diminuindo a agressividade e assim trabalhar a imaginação e a criatividade, aprimorando a inteligência emocional, aumentando a integração com os colegas, promovendo assim, o desenvolvimento um crescimento sadio. Kishimoto (2002), ressalta a importância de usar atividades lúdicas no processo de ensino e aprendizagem pode ser uma grande ajuda, para o desenvolvimento do/a educando/a, os jogos e brincadeiras são atividades que despertam muito o interesse do aluno. Kishimoto (2002) destaca ainda que: [...] O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola. Já para Santos (2002), o lúcido se caracteriza por ser uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento. De acordo com Ferreira: [...] a ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece a atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos (FERREIRA; SILVA RESCHKE [s/d], p.6). Almeida (2014) complementa as atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, porque colabora na sua formação, no seu desenvolvimento pessoal e consequentemente no desenvolvimento de uma autoestima satisfatória. A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 2008, p. 41). LÚDICO COM JOGOS E BRINCADEIRAS O brincar é tão importante para a criança que passou de um simples para um direito garantido na Declaração Universal dos Diretos da Criança, onde no quarto requisito deixa claro que criança terá direito a alimentação, recreação e assistência médica adequada. Estabelecendo de forma igualitária que a recreação é tão importante quanto à alimentação e a saúde para a criança. Salientando que, o brincar é muito importante no processo de desenvolvimento da criança. Para Winnicott (1982) é no Brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou adulto fluem sua liberdade de criação. Mesmo as mais simples brincadeiras, aquelas que todo mundo faz com bebês, são estímulos importantes para o desenvolvimento infantil. Nas palavras de Bettelheim (1988, p. 105): O Referencial Curricular Nacional para a Educação nos informa que: Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança, desde muito cedo, pode se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde ter determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação... A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre pessoas. Wajskop (2009), afirmar que a criança que brinca pode adentrar o mundo do trabalho pela via da representação e da experimentação; o espaço da instituição deve ser um espaço de vida e interação, e os materiais fornecidos para as crianças podem ser uma das variáveis fundamentais que auxiliam a construir e a apropriar-se do conhecimento universal. Para Wajskop (2009): [...] Do ponto de vista do desenvolvimento da criança, a brincadeira traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas. O uso do lúdico é de extrema relevância no aprendizado do aluno. Pois quando este alunofaz uso de maneira adequada pode levar a se apropriar do conteúdo com mais prazer e de forma que faça sentido para a ela. Carvalho (1992), afirma que desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante. O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998), traz que o professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Piaget (1978) destaca que nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação, pois, eles revelam uma lógica diferente do racional. Este tipo de jogo revela uma lógica própria da subjetividade tão necessária para a estruturação da personalidade humana quanto à lógica formal, advinda das estruturas cognitivas. Já no “faz-de-conta” as crianças procuram se espelharem na imagem de uma pessoa, de uma personagem de um objeto e de situações que no momento não esteja presente e clara para elas. Dessa forma, no surgimento do jogo de regras elementos fundamentais do brinquedo captados e novas transformações surgem, promovendo o desenvolvimento dos processos psicológicos da criança. No entanto, Vygotsky (1979) conclui que no brinquedo a criança cria uma situação imaginária. Na evolução do brinquedo tem-se a mudança da predominância de situações imaginárias para a predominância de regras. Este ainda cita as contribuições de Vygotsky (1994, p. 135) este diz que: Nesta época de globalização e de avanços tecnológicos o valor dos velhos brinquedos e brincadeiras está passando por um processo de transição, pois as crianças estão deixando de se envolverem com tais situações devido a influência do computador, vídeo game, televisão e outros brinquedos eletrônicos que deixam o espaço e o tempo da criança restrito apenas a imaginação e não a manipulação que corresponde a situação real. Para Cunha (2005), a ludicidade é tão importante para a saúde mental humana, precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço de exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. Segundo Cunha (2005): [...] As relações cognitivas e afetivas, consequentes da interação lúdica, propiciam amadurecimento emocional e vão, pouco a pouco, construindo a sociedade infantil. Especialmente nos jogos grupais, a interação acontece de maneira mais fácil, pois é estimulada pela necessidade que os elementos de grupo têm de alcançar determinadas metas. Para extrair resultados mais ricos dessa interação é necessário mudar sempre os elementos dentro de cada grupo. A formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto (Santos, 1997; Kishimoto, 1999). A afetividade como sustentáculo significativo e fundamental de uma pedagogia que se alicerça na arte-magia interdisciplinar do ensinar-aprender (Rojas, 1998). Sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas e contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo. Credita ao aluno, isto é, 'a sua ação, à parte de responsabilidade no desenvolvimento. Mesmo procurando fazer sua parte, o professor e a escola dão/respeitam a possibilidade de que outra coisa aconteça. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando a importância que a intervenção lúdica tem na formação dos alunos ressalto a necessidade fundamental da efetiva implementação de propostas de ensino que utilizem este recurso como importante aliado na construção do conhecimento e em todo o processo de ensino-aprendizagem. As atividades lúdicas nas aulas não são simplesmente uma brincadeira, é um momento de socialização e de aprendizado. Essas atividades são essenciais para que a criança, construa sua percepção do mundo, interagindo tanto com o ambiente em que está inserida quanto com as outras crianças ao seu redor. Todas as expectativas foram alcançadas dentro do enfoque lúdico em sala de aula, ensinar com jogos, brincadeiras, e brinquedos, a aula fica muito mais atrativa. Assim, garantir um espaço de ludicidade na instituição de ensino é garantir um ensino e aprendizagem com uma perspectiva de um ambiente de socialização, de edificação de relação com o outro, de assimilação de diferentes culturas, de aprendizado, resolução e escolhas e de ampliando a imaginação e capacidade criadora do educando. Jogar e brincar, são coisas simples na vida das crianças. O jogo o brincar e os brinquedos, desempenham um papel fundamental na aprendizagem, e negar esse papel na escola é renegar nossa própria história de aprendizagem. Os jogos e brincadeiras fornecem o desenvolvimento físico-motor envolvendo características como socialização, trocas de ideias, ações, emoções e atitudes que as crianças desenvolvem de acordo com sua brincadeira, imaginação. Dentro desse contexto fica o reconhecimento e a valorização do lúdico como ponto de partida fundamental para o desenvolvimento da criança. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS https://www.academia.edu/37226883/A_LUDICIDADE_NA_EDUCACAO_-_IBPEX_DIGITAL MARQUES; M. E. S. Jogos e brincadeiras na educação infantil: o lúdico como ferramenta de estimulação da aprendizagem. 2016. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Parnamirim, 2016. Disponível em: <https:// monografias.ufrn.br/jspui/handle/123456789/2937>. 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