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ANSIOLÍTICOS: Fármacos Ansiolíticos: Benzodiazepínicos, antidepressivos, buspirona, hidroxizina, beta bloqueadores, olanzapina e quetiapina e pregabalina. Benzodiazepínicos: Diazepam, lorazepam, bromazepam, nitrazepam, oxazepam, midazolam, aprazolam, clordiazepínico, clobazam, clonazepam (rivotril), nitrazepam, flunitrazepam, clordiazepóxido ● Eficácia clínica comprovada ● Riscos em longo prazo ● Atuam causando depressão indiscriminada no SNC Benzodiazepínicos são amplamente difundidos desde 1970 para tratamento de ansiedade, pois se mostraram mais seguros que os barbitúricos (que têm segurança muito baixa e maior dependência) Ansiedade - Caracterização: Ansiedade fisiológica X patológica Base neurológica: Envolve o sistema límbico principalmente o hipocampo e amígdala o giro do cíngulo. Envolve principalmente adrenalina, noradrenalina e serotonina. Regiões do tronco → substância cinzenta periaquedutal tem bastante envolvimento. Epidemiologia: 17% inclusive em adolescentes 6 a 20%, são responsáveis por ⅓ das medicações psicotrópicas. Estado emocional: Todos os pacientes devem receber tratamento. Cada paciente tem uma percepção individualizada do meio. Emoção a gente não consegue controlar. Cada pessoa tem todo direito de existir e de sentir suas emoções do jeito que ocorrer nesse sujeito. Transtorno do Pânico: Transtorno de ansiedade generaliza Transtorno de estresse pós traumático Transtorno obsessivo compulsivo Fobia Social e fobias específicas Transtorno de estresse agudo Transtorno de ansiedade por substâncias químicas. Evidências acerca dos Benzodiazepínicos: Eficácia clínica comparada: Diazepam e todos os derivados com semelhança. Mecanismo de Ação: Todos eles são moduladores alostéricos → comoduladores de receptores GABAa → canais iônicos de cloreto → quando o Gaba ativa esse canal de cloreto → junto com o GABA, para aumentar a frequência de abertura dos canais de cloreto, e conduzir à hiperpolarização neuronal e consequente depressão do SNC sobre a amígdala, induzindo menor atividade ansiogênica. Em transtorno de ansiedade generalizado há muitos ensaios com benzodiazepínicos, que apesar da consistência de benefício de mais de 27% de redução do sintoma em comparação ao placebo, 25 a 30% não percebem diferença. Em pânico há indicação de uso de alprazolam, clonazepam 4mg/dd, diazepam 30mg/dd e lorazepam em doses altas, que apresentaram benefício significativo em ensaios clínicos. Para ansiedade social pode ser utilizado o bromazepam, clonazepam, diazepam e lorazepam. Em relação aos ensaios clínicos o placebo também afeta a mensuração de ansiedade. Quem é portador de ansiedade também é portador de outras comorbidades, como depressão. Os benzodiazepínicos não diferem entre si nos transtornos de ansiedade. Buscar conhecer a causa da ansiedade. O efeito gratificante do medicamento gera relutância importante na suspensão da medicação. São usados de forma segura, se forem temporários e intermitentes. Caso contrário, os antidepressivos continuam como primeira droga de escolha, porque abrangem mais distúrbios de ansiedade, são menos promotores de dependência e são mais fáceis de suspender que os benzodiazepínicos. Como o uso de benzodiazepínicos por prazo de 3-4 meses resulta em prevalência de dependência de 20 a 30% (chegando a 40% em prazo de 6 meses), recomenda-se uso intermitente até a instalação da ação dos antidepressivos, pois o benzodiazepínico não possui período de latência → sensibilização do indivíduo → medos que a pessoa aprendeu, para desaprender → experiência cognitiva associada a geração do medo → psicoterapia quem faz e não o fármaco → medicamento apenas ameniza. Em transtorno de ansiedade generalizado há muitos ensaios com benzodiazepínicos, que apesar da consistência de benefício de mais de 27% de redução do sintoma em comparação ao placebo, 25 a 30% não percebem diferença. Os benzodiazepínico cobrem menos transtornos e tem maior potencial para dependência. O cenário ideal é o uso intermitente, apenas na agudização de um quadro preexistente (ex: no período de latência dos antidepressivos), pois os benzodiazepínico têm efeito imediato. Antidepressivos como Ansiolíticos: Agem de forma diferente dos benzodiazepínicos. Modificam a captação da monoaminas da serotonina e noradrenalina principalmente. Indivíduo em depressão tem pouca liberação de monoamina na fenda. Quando utiliza antidepressivo bloqueia as proteínas que fazem a devolução das monoaminas na fenda → parte para a figura da direito → ficam presentes na sinapse por um tempo um pouco maior → serotonina mais elevada e mais presente causa o efeito ansiolítico dos antidepressivos. Mostraram com base em ensaios clínicos, tratam mais transtornos de ansiedade e provocam menos dependência e mais fácil de fazer o desmame → preferível da classe da Floxetil. São fármacos de primeira escolha para tratamento de transtorno de ansiedade. Latência: Os antidepressivos têm latência para começar o efeito→ o bloqueio que acontece eleva as monoaminas na fenda sináptica → esse excesso começa a ativar receptores que funcionam como interruptor → sinalizam para o neurônio o grau de liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. Como o antidepressivo está fazendo sobrar noradrenalina e serotonina na fenda sináptica, elas ativam autorreceptores que as liberam e promovem queda a liberação intrínseca das próprias. A latência então ocorre porque o efeito do antidepressivo bloqueador de captação de noradrenalina e serotonina precisa se sobrepor a essa queda de liberação mediada pelo autorreceptor interno e isso leva um prazo de 7-14 dias com os fármacos da classe dos inibidores seletivos da captação da serotonina (exceto a fluoxetina que tem latência de 28 dias), com os tricíclicos leva 4 semanas e com os atípicos de 7-14 dias também. Nesse período de latência os sintomas podem piorar, os efeitos adversos antidepressivos vão se sobressair pois o efeito terapêutico ainda não se instalou. Antidepressivos tricíclicos (ADT): Compreendem a Clomipramina, Imipramina, Amitriptilina, Nortriptilina, Desmipramina, Doxepina. Utilizados para: pânico, TAG e TOC, TEPT. Clomipramina supera os demais em TOC. Latência 4 a 6 semanas (maior em idosos e no TOC). Fazem bloqueio de captação sináptica de NA e 5HT. Aumentando a oferta sináptica destes. Também causam bloqueio muscarínico, alfa1 adrenérgico e H1 (não seletivos). A falta de seletividade, expande efeito colateral. Tem maiores efeitos adversos quando comparados a ISRS→ pelo bloqueio muscarínico faz inibição parassimpática → boca seca → taquicardia→ retenção urinária→ prisão de ventre por redução da motilidade gástrica → midríase com maior predisposição ao glaucoma de ângulo fechado → aumento do humor aquoso. O bloqueio alfa 1 adrenérgico faz vasodilatação → impedimento da vasoconstrição, gerando vasodilatação periférica com hipotensão postural → ↓PA. O bloqueio H1 causa insônia e sedação, com redução do estado de alerta. Pela elevação de serotonina → diminui a libido, cefaléia, etc. São menos tolerados e com maior taxa de desistência do tratamento. Inibidores da recaptação de serotonina (ISRS): Compreendem a Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Citalopram, Escitalopram, Fluvoxamina. Utilizados paraTAG, TOC, pânico, TEPT, ansiedade social (com evidência clínica). Latência de 7 a 14 dias. Fluoxetina tem de 28 dias. Fazem bloqueio seletivo específico da captação de serotonina. Com estes ocorre menor ou nenhum bloqueio H1 e alfa 1 adrenérgico, gerando menos efeitos colaterais. Os ISRS são melhor tolerados que os ADT e por isso preferidos. Não há diferença de eficácia entre os ISRS e os ADT, porém estes têm mais efeitos adversos por isso prefere-se ISRS. Para apontar superioridade entre os ISRS são necessários mais estudos comparativos. No SUS só tem Tricíclicos e Fluoxetina (para o paciente que não se adapta bem ao tricíclico devido aos efeitos colaterais, porém o custo é mais alto) justamente por isso. Antidepressivos Atípicos: Compreendem a Duloxetina, Reboxetina, Venlafaxina, Mirtazapina. Dentre os antidepressivos atípicos apresentam evidência suficiente para recomendação: Venlafaxina→ utilizada para transtorno de ansiedade generalizado, pânico, TEPT e ansiedade social. Ação pelo bloqueio de recaptação da serotonina e noradrenalina. Mais segura que os tricíclicos. Não age em receptores muscarínicos, H1 e Alfa1 adrenérgicos. Mirtazapina→ utilizada para TEPT. É antagonista dos receptores pré sinápticos reguladores da liberação de noradrenalina e 5HT (bloqueia o receptor alfa 2 adrenérgico no SNC, possui localização pré sináptico - controla a liberação→ é inibidor da liberação da serotonina e noradrenalina → previne a queda de liberação de serotonina e noradrenalina). Tratamento Farmacológico da Ansiedade: Buspirona serve apenas para o transtorno da ansiedade generalizada → é Agonista → ativadora de receptores 5HT1 na amígdala → promove abertura de canais de K+→ faz efluxo → mais negativo → hiperpolarização da amígdala → droga órfã. Não causa dependência. Não causa sedação excessiva. O viés principal é que tem prazo de latência → 2 semanas → fator de má adesão. Hidroxizina → antihistamínico e antiemético → ensaios clínicos demonstraram eficácia apenas em transtorno de ansiedade generalizado → atenuou sintomas por apenas 5 semanas. A classe da Fluoxetina e Atípicos são mais seguros. A história familiar também conta para a seleção. Custo também conta para essa seleção. Venlafaxina e Desvenlafaxina a diferença é uma metilação. Antipsicóticos Atípicos: Sedativos obrigatórios → Olanzapina e Quetiapina → receptores dopaminérgicos D2 e 5HT2A → podem ser usado em associação com antidepressivos. Prescrição Benzodiazepínicos: Além do uso VO, também estão disponíveis por via EV, podendo utilizar injetável para conter quadro de crise de pânico aguda, por exemplo Por causarem depressão em diversas regiões do SNC, também podem ser úteis no tratamento de insônia (depressão de áreas indutoras de alerta Também cabe o uso na preparação de exame diagnóstico em que se queira perda de consciência como na anestesia geral e na endoscopia → midazolam. Há ainda a prevenção de convulsões com medicações benzodiazepínicas, pois as convulsões são resultantes de atividades dessincronizantes neuronais do SNC e os benzodiazepínicos diminuem a excitabilidade neuronal A longo prazo também são compostos acessórios de terapia de desmame de etilistas. Gestantes: há experiências com diazepam e clordiazepóxido, costumam ser mantidos na gravidez pois não há evidência de teratogênese, má formação ou digenesia. Lactação: há risco da criança apresentar sedação, sonolência excessiva e, se não for possível suspender o uso, pode-se pensar na interrupção da lactação temporariamente. Farmacocinética: Estes fármacos são bem absorvidos → 90 a 95% por via enteral→ rápidos→ devido a alta lipossolubilidade, fazendo com que atravesse melhor as membranas, a despeito de administração com ou sem alimentos → em 20 minutos já costumam se instalar devido a sua alta solubilidade. Ligam-se muito às proteínas plasmáticas e são extensamente metabolizados pelo fígado. Via de excreção principal é renal, conjugados com ácido glicurônico. Atenção para Doença Hepática e Idosos. A maioria possui meia vida intermediária a alta, pois produzem vários metabólitos ativos com meia vida longa (20-40 horas), chegando a possuir meia vida terminal até 160h. Deve-se iniciar com doses menores em face a propensão de sedação e redução do tempo de reflexo. Administrados 1x/dia → 1 hora antes de deitar, ajuda na indução do sono e suprem o outro dia. Fazem interações com outros depressores do SNC, os quais deve ser evitada a associação: barbitúricos (abrem canais gaba-A), antipsicóticos (são bloqueadores dopaminérgicos), álcool (abre canais de cloreto, bloqueia canais de cálcio e sódio), opióides, derivados canabinóides e anti-histamínicos de primeira geração (promovem redução do estado de alerta gerado pela histamina). Reações Adversas dos Benzodiazepínicos: ● São bastante seguros porque a dose tóxica difere bastante da terapêutica, e há antídoto específico. ● Mais prevalentes→ sedação, sonolência e retardo no tempo de reação (são depressoras do SNC - aumentam o influxo de cloreto e hiperpolariza os neurônios). Presentes mesmo com administração enteral. ● Menos prevalentes→ amnésia anterógrada (ex.: anestesia geral com Midazolam antes da Endoscopia), ataxia, tonturas e confusão mental (mais prováveis por via parenteral). Pode ocorrer depressão cardiorespiratória, se utilizado fora da faixa de segurança. ● Efeitos paradoxais→ psicose, paranóia, nervosismo e agressividade. Triazolam foi suspenso por conta deste quadro. Ocorrem na tentativa de contrabalancear a supressão da atividade cerebral causada por benzodiazepínicos → rara. ● Tolerância→ depressão cerebral de modo contínuo evoca maior liberação contra-reguladora de NT (excitatórios). Também ocorre modificação de expressão e sensibilidade de receptores gaba-A. Há necessidade de aumentar a dose para obter o mesmo efeito. Antídoto = Flumazenil (para intoxicação aguda - não utilizar na dependência). É antagonista competitivo - liga no mesmo sítio e desloca o benzodiazepínico. ● Dependência→ psicológica, pela produção de efeito gratificante e receio do retorno dos sintomas com a interrupção da medicação, que causa relutância para suspender os fármacos. De preferência restringir o uso para crises agudas (1-2 meses). Uso por 2-3 meses chegam a causar 20-30% de dependência, e por 4-6 meses chega a 43%. A chance de recaída é de 69-80% após a suspensão do fármaco, mas não motiva o uso contínuo do benzodiazepínico. Deve-se fazer redução gradual da droga. ● Desmame→ substituir a droga de meia vida curta por um de meia vida longa (prorroga a abstinência). Após entrar com benzodiazepínico de meia vida longa, realizar suspensão de 50% da dose, seguida de decréscimo conforme tolerabilidade do paciente. O mais viável é a inserção concomitante de antidepressivo. A terapia comportamental auxilia neste processo. Menor ½ vida: midazolam, alprazolam, lorazepam, bromazepam. Interações Medicamentosas: Os insuficientes hepáticos devem receber doses menores e o intenso metabolismo hepático motiva interações por inibição e indução do fígado, através da interação com as enzimas CYP. ● Inibidores→ atrasam a eliminação hepática (pioram e aumentam a sedação provocada pelos benzodiazepínicos). ■ Cetoconazol, itraconazol■ Cimetidina ■ Eritromicina, claritromicina ■ Fluoxetina ● Indutores→ aceleram a eliminação hepática (fazem o efeito do benzodiazepínicos passar mais cedo). ■ Rifampicina (anti-TB) ■ Fenobarbital, Fenitoína, Carbamazepina (anticonvulsivantes) ■ Contraceptivos ■ Anti-hipertensivos ● Levodopa → pode piorar o distúrbio motor de parkinsonismo, pois os benzodiazepínicos atingem muitas zonas motoras. QUESTÕES: 1 - Explique o mecanismo de ação dos benzodiazepínicos e compare-os em termos de eficácia clínica sobre transtornos de ansiedade. R: São moduladores alostéricos, moduladores de receptores GABAa que se tratam de canais iônicos de cloreto. Intensificam a resposta ao GABA facilitando a abertura de canais de cloreto ativados pelo GABA. Se ligam especificamente a um sítio regulador do receptor, distinto do sítio de ligação ao GABA e atuam alostericamente aumentando a afinidade do GABA pelo receptor resultando no aumento da frequência de abertura dos canais de cloreto. Nossos tecidos excitáveis despolarizam a partir da entrada do sódio (cátion), como o cloreto é um ânion ele promove o contrário, a hiperpolarização, (por diminuir o potencial de repouso dos neurônios) fazendo com que seja mais difícil desencadear potencial de ação excitatório, inclusive para geração de sintomas de ansiedade. Sobre a eficácia clínica na atenuação do transtorno da ansiedade, os ensaios clínicos têm demonstrado que benzodiazepínicos têm consistência efetiva em dose mais alta, como o diazepam de 30mg/dia ou o alprazolam 4mg/dia. 2 - Compare os ansiolíticos benzodiazepínicos com os fármacos antidepressivos quando da seleção de fármacos para tratamento de transtornos de ansiedade. R: Antidepressivos promovem diferença significativa de redução da intensidade dos sintomas de ansiedade, tratam mais tipos de transtornos de ansiedade (são mais abrangentes) e são menos promotores de dependência que os benzodiazepínicos a longo prazo. São também mais fáceis de serem retirados quando há suspensão dos medicamentos, sendo, então, fármacos de primeira escolha para o tratamento dos transtornos de ansiedade. Porém, causam latência. 3 - Explique os efeitos adversos dos ansiolíticos benzodiazepínicos. R: Por serem depressores do SNC os benzodiazepínicos têm como efeito colateral frequente a sedação e sonolência por gerarem a hiperpolarização neuronal que torna mais difícil a produção de um potencial excitatório. Da mesma forma, geram retardo do reflexo motor pelo mesmo mecanismo podendo colocar pacientes como idosos em risco por aumentar as chances de queda. Por alterarem a neurotransmissão em áreas responsáveis pela função cognitiva relacionada a memória e atenção, ocorre a perda de informações adquiridas após a administração do medicamento gerando uma amnésia anterógrada. Já a reação paradoxal (inquietação psicomotora, nervosismo, agressividade, paranoia e confusão mental) outro efeito colateral, porém mais raro que os anteriores, é causado por um reflexo de liberação de neurotransmissores excitatórios de forma rebote. Superdosagem: causam sono prolongado sem depressão grave da respiração ou da função cardiovascular. No entanto, na presença de outros depressores do SNC, particularmente o álcool, podem causar depressão respiratória grave ou até ameaça de vida. Esses efeitos podem ser revertidos com o seu antagonista, o flumazenil. Tolerância: a tolerância se desenvolve quando são utilizados de forma contínua, como para o tratamento da epilepsia por gerar redução da resposta desejada pelo uso contínuo e necessidade de aumento de dose. Dependência: os benzodiazepínicos possuem síndrome de abstinência característica ao interromper o uso. A retirada depois de administração crônica causa sintomas físicos como nervosismo, tremores, perda do apetite e algumas vezes convulsões. Por isso, o ideal é a retirada gradual do medicamento. Os sintomas de abstinência tanto física como psicológica tornam difícil para os pacientes deixarem de tomar o medicamento, mas o desejo compulsivo que ocorre com muitos fármacos de abuso, não é o principal problema. 4 - Explique a aplicabilidade dos outros compostos ansiolíticos apresentados. R: A buspirona é que um agonista, ativador de receptor serotoninérgico 5HT1A no sistema límbico (especificamente na amígdala) chamada de “droga órfã” só tem aplicabilidade no tratamento de TAG e é eficaz no seu tratamento, mas não no tratamento de fobias. Ela não causa dependência, sedação ou sonolência excessiva e seus efeitos ansiolíticos levam dias ou semanas para se desenvolver e seus efeitos adversos parecem ser menos problemáticos do que os dos benzodiazepínicos. Os betabloqueadores como o atenolol e o propranolol atuam principalmente sobre os sintomas somáticos periféricos da ansiedade. Está cada vez mais comum sua utilização empírica, quando o indivíduo sabe que irá passar por algum evento que cause ansiedade e poderá apresentar sintomas como tremor, taquicardia e sudorese sendo eficazes na redução dos sintomas FÍSICOS da ansiedade e não afetando o comportamento afetivo. Os antipsicóticos atípicos são tranquilizadores poderosos por bloquearem receptores de domina D2 (depressão do SNC) e bloquearem 5HT2A para a serotonina. Podem ser utilizados em associação aos tricíclicos e ISRS ou (menos comum) como monoterapia, a olanzapina é aprovada e eficaz no tratamento de ansiedade social e TAG e pode ser usada como tratamento adjuvante com antidepressivos no tratamento do pânico para aumento da intensidade de ação. A quetiapina é utilizada no tratamento de TAG e ansiedade social usualmente associada com ISRS. Já a risperidona e o aripiprazol também são utilizados associados aos antidepressivos, porém, têm menos estudos. A hidroxizina um anti-histamínico tem eficácia em TAG em doses de 50-100mg até 4x/dia. Por último, os anticonvulsivantes como o ácido valpróico, lamotrigina, carbamazepina, topiramato e gabapentina por causarem depressão central podem ser efeitos para a ansiedade. A pregabalina, outro anticonvulsivante, merece destaque por apresentar ser eficaz no tratamento do TAG e da ansiedade social
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