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0 Porto Velho 2020 ANGLEIDE RODRIGUES DO NASCIMENTO DINIZ EVA ADRIANA ALVES DE SOUZA FRANQUECILENE ALVES DA SILVA GERLANE BANDEIRA DA SILVA DE OLIVEIRA KELÍ DE OLIVEIRA AFONSO MARIA LUIZA NEPONUCENO FEITOSA FERREIRA REJANE VIDAL PINHEIRO SERVIÇO SOCIAL A QUESTÃO SOCIAL E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA NO BRASIL 1 Porto Velho 2020 A QUESTÃO SOCIAL E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM TEMPOS DE PANDEMIA NO BRASIL Trabalho Acadêmico apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Antropologia; Ciência Política; Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II e Sociologia Crítica. Professores (as) Elias Barreiros; Maria Gisele de Alencar; Paulo Sérgio Aragão e Stefany Feniman. ANGLEIDE RODRIGUES DO NASCIMENTO DINIZ EVA ADRIANA ALVES DE SOUZA FRANQUECILENE ALVES DA SILVA GERLANE BANDEIRA DA SILVA DE OLIVEIRA KELÍ DE OLIVEIRA AFONSO MARIA LUIZA NEPONUCENO FEITOSA FERREIRA REJANE VIDAL PINHEIRO 2 INTRODUÇÃO A desigualdade e a concentração de renda, tem se intensificado na atual forma de acumulação capitalista, onde ocorrem mudanças na esfera de produção, e traz como consequência o agravamento da questão social, principalmente no atual capitalismo, em que o trabalho se torna cada vez mais social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade. No Brasil, estamos diante de uma sociedade desigualitária, que no tempo presente radicaliza a questão social e amplia as estratégias de subalternização, em que as pessoas estão vivendo em situação de miserabilidade, sem nenhuma condição de vida digna, sem emprego, sem oportunidade, ocorrendo a necessidade de se reconfigurar formas e significados das Políticas Públicas e dos sistemas de proteção social nesta época de pandemia da Covid-19. Nota-se, portanto a contradição do Estado em garantir, desenvolver e expandir a produção e o capital nacional do país e a defesa da questão social, no momento atual tão delicado com a Covid-19 em circulação, tornando-se mais evidente de um lado a promoção do desenvolvimento econômico e de outro a defesa da questão social. O coronavírus por sua imprevisibilidade e incontrolabilidade, tornou mais evidente a visão do mercado capitalista atual, inspirado em critérios exclusivamente quantitativos, onde apenas contam a maximização da produtividade e do consumo e a exploração ilimitada e precária da mão de obra da classe trabalhadora e dos recursos ambientais. Os trabalhadores informais se encontram em uma situação aparentemente sem solução, de um lado as contas continuam chegando, e de outro, estão desprovidos de qualquer garantia para efetuar os pagamentos, recebendo um auxílio emergencial aquém para suster a família, sendo impulsionado pela necessidade de garantir a vida, expondo-se aos riscos de contágio oriundos do mundo do trabalho, e esse grupo tende a fazer parte dos que mais serão afetados pela crise econômica, agora impulsionada pelo coronavírus, sendo esse dentre outras questões, um dos motivos de o Brasil ser considerado um dos países que mais será afetado pela pandemia da Covid-19, onde há uma alta informalidade do trabalho, devido à paralisação das atividades de trabalho. 3 4 DESENVOLVIMENTO O Serviço Social surge no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, e passou por várias modificações nas últimas décadas, e se posiciona de forma crítica ao processo capitalista. Segundo Iamamoto (2011), a gênese do Serviço Social no Brasil, enquanto profissão inscrita na divisão social do trabalho está relacionada ao contexto das grandes mobilizações da classe operária nas duas primeiras décadas do século XX, pois o debate acerca da “questão social”, que atravessa a sociedade nesse período, exige um posicionamento do Estado, das frações dominantes e da igreja. O movimento se consolida em virtude do que a ditadura militar proporcionou, marcando o “fim do início” da profissão, referindo-se principalmente as suas ações opressoras que impulsionaram movimentos sociais e o agravamento das expressões da questão social, o qual é o objeto de trabalho do profissional de Serviço Social, o qual gerou um nível de insatisfação por parte dos Assistentes Sociais no que diz respeito principalmente ao ferimento dos direitos humanos, que todo cidadão deveria possuir, principalmente o direito de expressão e de liberdade, saindo assim o Assistente Social da condição caritativa para um agente de transformação, rompendo o conservadorismo cristão. É neste período histórico que a renovação profissional se consolida, e em decorrência de diversos fatores, a mudança de perspectiva dos profissionais da época se concretiza em relação a sua prática profissional, quando sua atuação conservadora se encontrava obsoleta e insuficiente para atender a uma classe que necessitava de respostas práticas e eficientes, de atitudes que defendessem e lutassem pela efetivação de seus direitos como cidadãos. Há uma grande necessidade do fortalecimento do objetivo do Assistente Social, sempre repensando, refazendo, reinventando novas ações profissionais, partindo sempre de uma percepção tanto dos fundamentos do Serviço Social quanto do atual Projeto Ético-Político, como sendo um processo em constante construção e disputa. O neoliberalismo foi desenvolvido a partir da década de 1970, em que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, e deveria ocorrer num grau mínimo caso fosse necessário em 5 setores imprescindíveis. Desde seu surgimento, promete ao gestor um povo pacífico e trabalhador, capaz de aumentar o bom relacionamento entre empregador e empregado, em que a liberdade econômica e política podia se apresentar como democracia que consistia na liberdade política e econômica para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país, mas ao longo dos anos o que se tem observado é uma degradação crescente, uma enorme precarização do trabalho, o qual se tem voltado para a produção de mercadorias em larga escala, que destrói o meio ambiente numa esfera global, quanto mais aumentam a competitividade e a concorrência, mais devastadoras são as conseqüências. A partir desse pressuposto podemos perceber uma ação destrutiva contra a força humana de trabalho. A crise estrutural que vem ocorrendo na virada do século XX para o século XXI é notória, as relações sociais são competitivas, confrontadas com a permanente mudança exigida pela ordem espontânea do mercado, e precisam superar as resistências por meio de “pressões” e impedir a ação de forças coletivas contestatórias. “É neste quadro de precarização estrutural do trabalho que os capitais globais estão exigindo dos governos nacionais o desmonte da legislação social protetora do trabalho. E flexibilizar a legislação social do trabalho significa aumentar ainda mais os mecanismos de extração do sobretraballho, ampliar as formas de precarização e destruição dos direitos sociais que foram arduamente conquistados pela classe trabalhadora, desde o início da Revolução Industrial, na Inglaterra e especialmente após 1930, quando se toma o exemplo brasileiro. (ANTUNES, 2008, p. 22). O Serviço Social surge em um contexto de emergência da questão social com a chegada do capitalismo, a priori, pautado em ações de cunho assistencialista, benemérito e filantrópico realizados principalmente pela Igreja Católica, para atender as mais diversas expressões da questão social. Nesse momento a Igreja Católica teve importante papel, principalmente noque se refere a um dos primeiros marcos filosóficos do Serviço Social, o neotomismo, baseado nas doutrinas da Igreja Católica, doutrinas que subsidiaram a prática profissional do Assistente Social na perspectiva assistencialista, mas principalmente moralista, estabelecendo-se o processo de recristianização da Igreja Católica (AGUIAR, 2011). O amadurecimento da profissão já na década de 80, proporciona 6 aos profissionais uma visão totalitária da sociedade e de tudo que dela faz parte, as contradições, a exploração, a alienação, a mais valia, que contribui para a acumulação capitalista, a propriedade privada e a luta de classes, originária de todos esses processos. Os Assistentes Sociais, profissionais que atuam diretamente com a questão social, devem compreender que a diversidade humana é um fato concreto, principalmente em meio ao caos que o mundo vive em meio à pandemia do Covid-19, exigindo-se, portanto do profissional a busca incessante de alcançar o ser humano em sua totalidade, buscando-se meios e formas diferentes de intervenção, seja ela racional, emocional ou material. A relação com novos saberes possibilita a compreensão da totalidade que perpassa o ser humano, partindo de uma visão vocacional para uma postura profissional, proporcionando a aplicação da teoria psicossocial, através da intervenção social ou tratamento social, e essa ajuda psicossocial se dá a partir dos princípios, diálogos, pessoa e transformação, tendo como finalidade primordial a intervenção do profissional principalmente nessa época excepcional de pandemia da Covid-19, em que o Serviço Social desenvolveu ainda mais uma dimensão crítica e política. Com essa pandemia do novo coronavírus, aumentaram o desemprego e a precarização do trabalho, e atualmente a economia mundial vem sofrendo com o desemprego e a diminuição das vendas no comércio em geral, o desemprego aumentou e a informalidade também. Por ora, não há planejamentos e ações que garantam que a economia seja retomada de forma firme a curto prazo. Ainda não foi regulamentada a Política de Crédito para as micro e pequenas empresas, as maiores geradoras de emprego. Estudiosos fazem uma reflexão sobre o mercado de trabalho e falam do surgimento de uma nova classe social no mundo, inclusive no Brasil. O professor Guy Standing* chama de pós-proletariado, ou melhor, de precariado. São os trabalhadores em condições proletárias e precárias, é a classe que está perdendo seus direitos culturais, civis, sociais, políticos e econômicos. A característica dessa classe é o emprego casual, informal e precário, é o trabalhador que não tem benefícios sociais, não é assistido pelo governo ou tem atendimento reduzido. São trabalhadores sem carteira assinada, muitos nem estão nas estatísticas. Nesta pandemia cresceram o número de trabalhadores informais com base em aplicativos, deliverys e outros com baixa 7 remuneração. As medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid- 19 colocaram em evidência o trabalho dos entregadores de aplicativos e as condições a que estes trabalhadores e trabalhadoras estão submetidos, com jornadas extenuantes, critérios de remuneração pouco claros e completa ausência de direitos ou benefícios sociais. “No caso dos trabalhadores por aplicativo, eles claramente são trabalhadores subalternos e dependentes das empresas porque eles não tem autonomia. Eles não tem tempo livre que não tenha sido colonizado pelo tempo de trabalho. Como eles são dependentes, eles não exercem um atividade profissional autônoma, eles não trabalham para si próprios. Eles trabalham para as empresas, então é um erro chamá-los de empreendedores. Na realidade eles são trabalhadores precários, ou seja, sem um contrato de trabalho, sem acesso a direitos trabalhistas, sem acesso a direitos previdenciários. Eles não podem ser considerados empreendedores”. (RUY BRAGA). Segundo Ricardo Antunes o “empreendedorismo” é uma categoria com forte sentido apologético e de manipulação. No fundo, significa dizer que você precisa criar as condições para fazer seu próprio negócio e, portanto, sobreviver. É uma categoria que transfere para o indivíduo a capacidade, a necessidade e a obrigação de se virar fora da legislação social do trabalho. Com o distanciamento social e a necessidade de os trabalhadores ficarem em casa, também foi ampliado o trabalho remoto, conhecido como home office. Esta é uma nova forma de trabalho, que muitas empresas foram se adequando e devem ampliar o seu uso doravante. Muitas empresas irão modernizar suas atividades de trabalho, precarizando ainda mais os direitos e benefícios dos trabalhadores que precisam sair em busca de qualificação para atender as exigências do mercado atual. Foram aprovados projetos do atual Governo Brasileiro no Congresso Nacional que permitiram a redução de salários e da jornada de trabalho, dificilmente voltarão às regras anteriores, e várias alterações foram feitas na legislação trabalhista que reduziram vantagens para os trabalhadores. [...] Segundo a qual a democracia, como o Governo do povo, de todos os cidadãos, ou seja, de todos aqueles que gozam do direito de cidadania, se distingue da monarquia, como Governo de um só, e da aristocracia, como Governo de poucos. (BOBBIO.,MATTEUCCI.,PASQUINO, 2004, p. 319). A pandemia trouxe consigo seqüelas irreparáveis a curto prazo, 8 além de afetar economicamente o país, assolou de maneira drástica a saúde e a educação. No campo da educação os problemas só se agravam, mais precisamente quando se trata de acesso à educação, sendo a classe menos favorecida, os pobres, sempre sofreram com o descaso com a falta de vagas escolares e oportunidades. Por serem pobres e consequentemente marginalizados, a pobreza é o principal obstáculo para o acesso à educação. A pandemia trouxe mudanças sem precedentes para todos mundialmente, em consequência disso muitas coisas sofreram mudanças, temos como exemplo, a educação, que teve sua continuidade de modo remoto, atingindo mais uma vez as pessoas desprovidas de recursos tecnológicos, evidenciando assim as famílias que possuem condições financeiras de seguir com os estudos em meio à pandemia. O fato é que se faz necessário com urgência criar Políticas Públicas educacionais a fim de mitigar as desigualdades sociais existentes e que estas atendam essa parcela de pessoas que em meio a um caos sofrem bem mais. Muitos são os problemas enfrentados por essa população que é marginalizada, pois com a chegada dessa doença cresceu de maneira desenfreada os problemas sociais como os de classe, gênero e raça. O Estado deve além de apoiar financeiramente os jovens dar apoio necessário de fato, a fim de mitigar toda essa problemática que envolve estudo e trabalho. A inserção dos jovens no mercado de trabalho tem sido um dos maiores desafios atualmente dos governantes. A falta de políticas públicas que possa mitigar toda essa problemática põe em risco o futuro dessa geração que busca uma oportunidade. Muitos são os entraves na caminhada rumo ao primeiro emprego, uma delas, senão a de maior peso é a falta de experiência, pois um jovem sem experiência tem os mesmos custos de encargos trabalhistas de um com experiência, então porque dar oportunidade a um jovem sem experiência? Esse é um obstáculo que o governo enfrenta no combate ao desemprego. Há uma normativa favorável que pode ajudar na dissolução desse problema que é a Medida Provisória número 905 que em seus artigos 9/13 apresenta possibilidades de se reverter esse quadro crônico que é o desemprego. Nesta medida há incentivos e apoio do governo frente ao desemprego, havendo contratação de jovens sem experiência e capacitação destes, em contrapartida haverá uma redução de 50% de encargos sociais. Medidas como estas se encaradas com rigor teremos grandes chances de mudar a posição 9 que se encontramos jovens que são de vulneráveis. A persistência do desemprego além de ser algo negativo para o próprio jovem é também para o país e para a sociedade. Políticas Públicas em prol do enfrentamento do desemprego devem ser elaboradas com urgência mais precisamente no cenário em que nos encontramos, pois a pandemia afetou não só a economia, como também a saúde, os estudos e o trabalho, e não havendo oportunidades de emprego, estes jovens serão expostos a empregos temporários e precários. O investimento nos jovens é de suma importância para o país, a inserção destes no mercado de trabalho além de ativar o potencial e a energia desses jovens traz benefícios como contribuição previdenciária que gera receita para o país. A pandemia provocada pela COVID-19 evidencia a importância do conceito de biopolítica para que se compreenda o modo como somos governados. Além de tornar evidente o mecanismo fundamental da biopolítica, que toma a vida simultaneamente como objeto e fundamento das estratégias de governo, e o mais importante do que reconhecer as estratégias governamentais é perceber que algo como uma pandemia é incapaz de por si próprio viabilizar uma transformação política. É um fenômeno de consequências políticas profundas em que se percebe no isolamento, um momento para formular novas idéias políticas. Não dá para ignorar que a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, trouxe diversos desdobramentos na saúde, na política e na sociedade, até porque ninguém vai conseguir acabar com a pandemia sozinho e é essa troca de idéias que trará o progresso em relação a um remédio. A pandemia do coronavírus suscitou medidas emergenciais, especificamente no Brasil, em que foram estabelecidos o fechamento indeterminado de escolas e universidades públicas, o distanciamento social e a permanência de todos em suas residências para evitar a disseminação do problema. Houve um colapso no sistema público de saúde com a pandemia, o qual já era debilitado dificultando a assistência clínica, aos mais graves devido à falta de leitos de terapia intensiva, de equipamentos de suporte ventilatório e de profissionais da saúde. A realidade que estamos vivenciando, com a transmissão sustentada do coronavírus no Brasil, é um cenário em que os baixos investimentos 10 nesse setor e o número insuficiente e a precariedade dos equipamentos dificultam ainda mais o trabalho dos profissionais, colocando a saúde da população em risco, e ainda, aumentando os desafios cotidianos das equipes estratégicas, sendo que há poucos profissionais na saúde pública do Brasil, e com a entrada do coronavírus no Brasil, os profissionais da saúde estão com uma sobrecarga de estresse físico e mental, isso não só desmotiva os profissionais, mas também diminui a qualidade do atendimento, já que a demanda não é reduzida ao longo do dia, aumentando ainda mais a chance do desenvolvimento de infecções hospitalares e proliferação do vírus. O investimento na saúde pública é baixo, intensificando e precarizando o sistema. A epidemia de coronavírus no Brasil expôs uma situação complicada no já complexo sistema de saúde público. Mesmo diante de programas públicos reconhecidos mundialmente, ainda sofremos com a baixa tecnologia, infraestrutura precária, profissionais desmotivados e agora, sobrecarregados física e emocionalmente devido à infecção pela Covid-19. 11 CONCLUSÃO O momento de pandemia da Covid-19 que estamos vivenciando, nos trouxe a um momento de reflexão e análise profunda da questão social e a precarização do trabalho, onde se verifica que os trabalhadores denominados de autônomos na realidade não possuem autonomia, permanecem subordinados à valorização do valor e seu trabalho necessário a sobrevivência, em que o trabalhador precisa escolher morrer pela falta de renda ou morrer pela contração do vírus. A produção do sujeito neoliberal perpassa por medidas que organizam a sociedade civil e que orientam os trabalhadores a enxergarem como liberdade a ausência de garantias, percebe-se uma radicalização das desigualdades sociais, advindo das mudanças nas esferas do trabalho e da produção. A expressão maior da questão social centra-se na precarização das relações de trabalho e no desemprego, principalmente nessa época de pandemia da Covid-19. O capitalismo contemporâneo se apresenta com um forte poder ideológico, enfraquecendo as lutas de classes, tanto que os sistemas de proteção social na atualidade oscilam entre diferentes formatos de transferência de renda ou de bens e serviços. No Brasil o sistema público de saúde já era precário, e com a pandemia a assistência clínica, os leitos de terapia intensiva, os equipamentos de suporte de ventilação e de profissionais da saúde, encontra-se caótico, os profissionais da saúde estão com uma sobrecarga de estresse físico e mental muito grande, isso não só desmotiva os profissionais, mas também diminui a qualidade do atendimento. Políticas Públicas em favor do enfrentamento do desemprego devem ser elaboradas com urgência mais precisamente no cenário em que nos encontramos, pois a pandemia afetou não só a economia, como também a saúde, os estudos e o trabalho, e não havendo oportunidades de emprego, a classe trabalhadora está exposta a empregos temporários e precários, mas infelizmente não existem grandes novidades no campo das desigualdades, potencialmente letal aos grupos mais vulneráveis, foi necessário um inimigo invisível para evidenciar mais as desigualdades já existentes e passadas por despercebidas diante do ritmo que tomava conta de nossa rotina. 12 REFERÊNCIAS ALVES MARTINS, Emanuela. SERVIÇO SOCIAL NO PERÍODO DITATORIAL BRASILEIRO, OS ASPECTOS QUE IMPULSIONARAM O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DA PROFISSÃO. Disponível em: http:// http://www.congressohistoriajatai.org/anais2014/305.pdf. Acesso em: 27/10/2020. ANTUNES, Ricardo. Trabalho e precarização numa ordem neoliberal. 2000. 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Disponível (on-line) em:https://WWW.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Judith-Butler-a-violência-da- negligencia-/4/47496. Acesso em: 01/11/2020. CONTI. de Davi. “Em tempos de pandemia – biopolítica, política internacional e fim da exceção humana, 20 de abril de 2020. Disponível em: http://anpof.org/portal/index.php/pt-BR/comunidade/coluna-anpof/2551-em-tempos- de-pandemia-biopolitica-politica-internacional-e-fim-da-excecao-humana. Acesso em: 01/11/2020. DOETA. Paula Adamo. Pandemia ameaça cria 'geraçao perdida de jovens expondo- os a empregos precários diz OCDE. Bbc News Brasil, São Paulo, 27 mai. 2020. Disponível em:<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52814564>. Acesso em: 27/10/2020. FERIANI, Daniela; MESQUITA, Marcos Roberto. Fundamentos Antropológicos e Sociológicos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2018. p. 136 e 137. PASTORE. José. Artigo: As dificuldades dos jovens no mercado de trabalho. Correio Braziliense, São Paulo, 03 jan. 2020. Disponivel em:<https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/01/03/internas_opiniao,818003/artigo-as-dificuldades-dos-jovens-no-mercado-de-trabalho.shtml>. Acesso em: 19/10/2020. https://www.institutomillenium.org.br/mercado-de-trabalho-impactos-do-coronavirus-e-reformas-importantes-para-modernizar-o-setor/#.X43e4opsQRk.whatsapp https://www.institutomillenium.org.br/mercado-de-trabalho-impactos-do-coronavirus-e-reformas-importantes-para-modernizar-o-setor/#.X43e4opsQRk.whatsapp http://anpof.org/portal/index.php/pt-BR/comunidade/coluna-anpof/2551-em-tempos-de-pandemia-biopolitica-politica-internacional-e-fim-da-excecao-humana http://anpof.org/portal/index.php/pt-BR/comunidade/coluna-anpof/2551-em-tempos-de-pandemia-biopolitica-politica-internacional-e-fim-da-excecao-humana https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52814564 https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/01/03/internas_opiniao,818003/artigo-as-dificuldades-dos-jovens-no-mercado-de-trabalho.shtml https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/01/03/internas_opiniao,818003/artigo-as-dificuldades-dos-jovens-no-mercado-de-trabalho.shtml 13 PRESSE. France. Pandemia afeta acesso à educação de estudantes pobres, jovens e pessoas com deficiência, diz relatório da Unesco. G1, São Paulo, 23 jun. 2020. Disponivel em:<https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/23/pandemia-afeta- acesso-a-educacao-de-estudantes-pobres-jovens-e-pessoas-com-deficiencia-diz- relatorio-da-unesco.ghtml>. Acesso em: 27/10/2020. WENDLING, José Ricardo. A precarização do trabalho e o pós-pandemia, 25/06/2020. Disponível em:<https://amazonasatual.com.br/a-precarizacao-do- trabalho-e-o-pos-pandemia>. Acesso em: 02/11/2020. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/23/pandemia-afeta-acesso-a-educacao-de-estudantes-pobres-jovens-e-pessoas-com-deficiencia-diz-relatorio-da-unesco.ghtml https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/23/pandemia-afeta-acesso-a-educacao-de-estudantes-pobres-jovens-e-pessoas-com-deficiencia-diz-relatorio-da-unesco.ghtml https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/23/pandemia-afeta-acesso-a-educacao-de-estudantes-pobres-jovens-e-pessoas-com-deficiencia-diz-relatorio-da-unesco.ghtml https:// INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
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