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ANTIPARKINSONIANOS A doença de Parkinson não tem cura, e não há medicações que faça prevenção e nem regeneração dos neurônios que se degeneram. Os fármacos apenas minimizam os sintomas. Epidemiologia: A doença de parkinson tem distribuição social. 1 a 2 casos por mil habitantes por ano. Acomete pessoas acima dos 65 anos → acomete 1% Caracterização da Doença: Os sintomas advém da morte dos neurônios da região nigroestriatal que se comunicam pela dopamina ao nível dos gânglios da base para fazer a coordenação motora → podem evoluir para região do tronco cerebral, córtex cerebral e atingir algumas regiões do SN Entérico. A bradicinesia é de longe o sintoma mais comum. É preciso faz a exclusão de outras doenças que podem levar a diagnósticos com sintomas parecidos com o mal de parkinson. Doença de Parkinson: Para diagnóstico: Bradicinesia associado com mais um dos sintomas abaixo. Conforme a doença avança pela evolução dos sintomas, o indivíduo adquire uma postura mais curvada para frente. Outros sintomas que costumam cursar com a doença são: micrografia, marcha com passos mais curtos, comorbidades neuropsiquiátricos→ podem alcançar graus severos (distúrbios do sono, da fala, prejuízo da mastigação, constipação). Diferença Mal/Doença de Parkinson x Parkinsonismo (condições que agregam sintomas mas que não são por morte de neurônios do gânglio da base, pode haver por conta de encefalite, trauma, abuso de drogas). Sinais cerebelares → pode cursar com sintomas de desvio motor. Início de encefalite. Para fechar o diagnóstico, indica-se as recomendações do banco neurológico de Londres que indicam a bradicinesia, e pelo menos + 1 das três manifestações. O diagnóstico é tardio, pois mesmo já havendo todo o dano neurológico, os sintomas aparecem mais tardiamente, fase pré sintomática, e como ainda não tem nenhum biomarcador para fazer prevenção, ainda não há profilaxia primária para se fazer. Assim, os sintomas vem por conta da morte dos neurônios dos gânglios da base. Fisiopatologia: Doença de parkinson então tem gênese lá nos gânglios da base. À época do diagnóstico, percebe-se morte de 50% dos neurônios dopaminérgicos da substância negra e queda de 60% a 80% da dopamina no estriado. Mecanismos da Lesão da Serotonina na Doença de Parkinson: Etiologia porque os neurônios morrem: existem alguns, mas ainda não consegue fazer profilaxia, nem regeneração dos neurônios. Contudo, já conseguimos descobrir que vários genes estão ligados ao desenvolvimento da doença. O envelhecimento é fator de risco, mas não explica a relação causal de fato. Toxinas exógenas e endógenas, também são consideradas → neurotoxicidade → pelo fato de ter maior prevalência da doença em zonas rurais, pessoas que moram nessa região por estarem mais expostos a pesticida. Morte celular por meio de: Excitotoxicidade mediada por glutamato, que promove o excesso da entrada de cálcio e ativa vias de apoptose entre outras consequências. Dano oxidativo → abordado, mas as intervenções não resultaram em benefícios. AINES: também não resultaram em benefícios. A não ser que o indivíduo seja sujeito a fazer palidotomia, ou implante de estimulador cerebral, a abordagem da doença de parkinson é com MEDICAMENTO. Os medicamentos são TODOS para controle sintomático. Medicamentos neuroprotetores, a ação básica dele prometia isso, mas com a apresentação clínica, não se observou isso. A partir da levodopa → DROGA DE PRIMEIRA ESCOLHA → reduz a mortalidade também. Disponibilizar mais dopamina pro SNC → ativador direto de receptor de dopamina ou condição de ofertar um pouco mais de dopamina na fenda e diminuir a captação dela. Os fármacos de um jeito ou de outro irão desembocar em uma dessas duas alternativas. A dopamina é originada a partir do aminoácido tirosina → hidroxilação → tirosina hidroxilase que converte em→ dopa descarboxilase→ retira o radical carboxila e está formado a dopamina. São transportadas pelas vesículas de neurotransmissores até a fenda sináptica e então liberadas. A levodopa quando ela é administrada para o tratamento de parkinson é adm por via enteral, e envolve os processos farmacocinéticos de absorção, distribuição e eliminação → via oral absorvida pelo intestino, porém para ir do sangue até o SNC, existe possibilidade de ela ser quebrada na periferia, pois existe dopa descarboxilase periférica, ela não está só nos neurônios. A levodopa não é administrada sozinha, precisa de um inibidor da dopa periférica, pois, senão irá chegar apenas 5% dela no SNC. Utiliza-se concomitantemente a Carbidopa ou Benserazida para inibir a dopa descarboxilase periférica. Se eu bloquear a dopa descarboxilase do neurônio do SNC → A levodopa não é convertida em dopamina e o remédio não terá efeito algum. Levodopa é o isômero levógiro da dopa. A dopa é usada para fabricar dopamina, então a levodopa é convertida em dopamina pelos neurônios, desde que ela chegue até os neurônios para isso, para ela chegar precisa usar Carbidopa ou Benserazida que fazer a inibição da dopa carboxilase periférica para que ela chegue no SNC (que é o lugar onde ela precisa fazer ação) e então ser convertida. LEVODOPA NÃO É USADA SOZINHA → EDU FALOU MIL VEZES! Deve ser administrada sempre em jejum, pois, ela compete com outros elementos da dieta com outros transportadores intestinais que fazem o carreamento dela. Selegilina: Composto que faz a inibição da MAO tipo B, a MAOB é mais específica para quebrar dopamina, A selegilina impede que a MAOB quebre a dopamina citoplasmática → permite maior acúmulo dela nas vesículas de neurotransmissores → liberação potencializada dela→ para então ativar os receptores dopaminérgicos no estriado, para retomar a comunicação necessária para amenizar os sintomas. Entacapone: Catecol Orto Metil transferase - COMT→ é inativadora da dopamina presente na fenda sináptica→ se a COMT inativa a dopamina presente na sinapse e ela for bloqueada pelo fármaco Entacapone ou Capone (esse já foi abolido em vários países por ser muito hepatotóxico) → diminui a quebra sináptica de dopamina → mais presente então na fenda por um tempo maior e uma quantidade maior → mais dopamina ativando os receptores dopaminérgicos principalmente D1 e D2 entre a substância negra e o estriado → controle de sintomas → repõe parte do que os neurônios que morreram faziam. Agonistas Dopaminérgicos: Ação intrínseca direta. Receptores D1, D2 e D3 estão presentes lá nos gânglios da base. D1 e D2 de longe representam 90%. São estimulado pela própria dopamina para que conseguimos a manutenção de toda a neuroquímica motor do indivíduo. Medicamentos Agonistas Dopaminérgicos: São compostos artificiais que faz o papel da dopamina que os neurônios que sobraram, não possui condição o suficiente de manutenção. Bromocriptina: agonista D2 e de receptores D3 Lisurida: agonista parcial de receptor D1 e mais intenso de D2. Pergolida: agonista parcial D1 e mais intenso D2. Cabergolina: Exclusiva dos receptores D2 → traz atenuação dos sintomas. Ropinirole e Pramipexol: agonistas de receptores D2 e D3. Paramos de interferir sobre captação, usamos algo que faz o mesmo mecanismo da dopamina. Importante conforme a doença vai avançando.Por ano tem-se a estimativa que até 10% dos neurônios continuem a morrer no percorrer da doença. Antagonistas Muscarínicos: São de ação central. Na doença de parkinson há falta da ativação dopaminérgica → Biperideno → correção da Síndrome extrapiramidal motora → bloqueadores de receptor muscarínico do SNC, pode haver ação periférica, e isso gera efeitos adversos, porém, esses compostos já são mais lipossolúveis para aumentar a sua passagem pela barreira hematoencefálica para garantir o efeito terapêutico. Lá nos gânglios da base a ativação de receptores muscarínicos para a acetilcolina vai surtir em uma modulação proposta ao que desejamos para a dopamina → reduz a liberação de dopamina → doença de parkinson já tem essa falta → se a ativação muscarínica baixa a liberação de dopamina se eu bloquear essa via que baixa a liberação de dopamina eu caio no efeito contrário → faço antagonismo, bloqueio de receptor muscarínicos para evitar que esses receptores sinalizem a queda de dopamina. Se eu estou bloqueando a inibição estou permitindo que aconteça a liberação de dopamina. O Biperideno, o Triexifenidil e o Benztropina agem da mesma forma, bloqueiam os receptores muscarínicos que sinalizam a queda da liberação de dopamina, quando eu bloqueio a queda da liberação de dopamina eu permito que ela aconteça (igual matemática - com - fica +). Fármacos Neuroprotetores e o Glutamato: Da teoria e do papel foi muito bonita a hipótese, mas essas drogas não são neuroprotetores na prática clínica, por isso precisamos fazer os ensaios. Isso se baseia na hipótese da Excitotoxicidade Glutamatérgica. O glutamato é o principal aminoácido excitatório do SNC. O oposto do GABA é o principal inibitório do SNC. O glutamato regula várias funções tanto ao nível superior cerebral quanto periférico. Excitação neuroquímica motora, da dor, para ele existem vários tipos de receptores com base na funcionalidade. Potencialização sináptica a longo prazo para formação de memórias. Para glutamato existem receptores Ionotrópicos que são canais iônicos e Metabotrópicos que são todos acoplados a proteína G para mudar o metabolismo intracelular. Temos 8 tipos de receptores metabotrópicos conhecidos e 3 tipos de receptores ionotrópicos. AMPA e Cainato são receptores canais iônicos permeáveis ao Sódio, batem com a função do glutamato de ser excitatório no SNC, induzem despolarizam excitatório. Os NMDA são permeáveis ao Sódio e Cálcio, também serão excitatórios. Nas doenças neurodegenerativas, assim como no AVC, hipotetizou que o excesso de glutamato entrando em receptor NMDA promovendo a entrada de cálcio em excesso dentro da célula, poderia provocar morte celular e com base nisso se desenvolveu compostos para bloquear receptores NMDA para prevenir a excitotoxicidade mediada pelo glutamato que poderia estar contribuindo para a morte neuronal nas doenças degenerativas → assim surgiram os neuroprotetores → para evitar o excesso de cálcio intracelular e consequente dano neuronal. Cuidado esses medicamentos são relativamente novos e não existem ensaios com base na comprovação desses. Cuidado com a transposição da prática para a clínica→ NÃO RETARDAM O AVANÇO DA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER → apenas fazem contorno sintomático. Ao mesmo tempo que são bloqueadores NMDA são bloqueadores da captação de dopamina que faz o controle sintomático que eles têm. Os receptores NMDA são um poucos mais especializados dos que os outros dois. A excitotoxicidade que poderia promover, poderia favorecer promovendo a morte neuronal. E por lógica o bloqueio NMDA seria interessante de prevenir a EXCITOTOXICIDADE Glutamatérgica que seria a do excesso de excitabilidade intracelular de cálcio → sua entrada. Não resultou em prevenção de morte neuronal, nem paralisia da doença e nem retardo de avanço. Apenas resultou na melhora sintomática. Por conta da melhora sintomática se pesquisou ao nível dopaminérgico → são bloqueadores de recaptação de dopamina na fenda sináptica e promotores liberação de dopamina pelos neurônios. Memantina e Amantadina como bloqueadores de receptores NMDA para Glutamato: A Amantadina → são bloqueadores de receptores de NMDA para receptores de Glutamato para prevenir a excitotoxicidade → processo patológico pelo qual células nervosas são danificadas ou mortas por estimulação excessiva por neurotransmissores tais como glutamato. Isto ocorre quando receptores para o neurotransmissor excitatório glutamato (receptores de glutamato) tais como o receptor NMDA, que são canais iônicos permeáveis a sódio e ao cálcio → são sobre-ativadas pela tempestade glutamatérgica. Excitotoxinas como NMDA os quais se ligam a estes receptores, bem como níveis patologicamente elevados de glutamato, podem causar excitotoxicidade ao permitir que níveis elevados de íons cálcio entrem na célula. O influxo de cálcio nas células ativa certas enzimas internas e aumento de radicais livres, que passam a danificar estruturas celulares tais como componentes do citoesqueleto, membrana e DNA. Assim, a Memantina e a Amantadina são antagonistas de receptores de NMDA para Glutamato. Se ligam em receptores de glutamato bloqueando e impedindo com que o excesso de cálcio aconteça impedindo a morte neuronal → ensaios clínicos não comprovaram esse benefício → o que acontece é que aumentam a liberação de dopamina e impedem a recaptação sináptica dela → para controle sintomático. Seleção de medicamentos: A seleção será definida com base em IDADE e APRESENTAÇÃO SINTOMÁTICA: Sintomas leves SEM comprometimento funcional. Pacientes COM comprometimento funcional. Após 5 anos de tratamento, discinesia tardia surgiu em 80% dos pacientes mais jovens (menos de 70 anos) e 44% dos mais velhos em tratamento com Levodopa. A doença vai avançando e a eficácia dos medicamentos irão diminuindo, pois diminui a expressão e a sensibilidade dos receptores dopaminérgicos, pois além de causar a morte neuronal ao longo do tempo e por mais que continuem usando os agonistas dopaminérgicos ou aqueles que aumentam a recaptação de dopamina. O próprio uso dos fármacos podem induzir discinesia tardias. Levodopa é a PRIMEIRA escolha e mais eficaz → acima dos 70 anos, administrado juntamente com Carbidopa → devido a discinesia. Única droga que baixou mortalidade. Abaixo dos 70 anos o risco de discinesia tardia é o dobro com o uso de Levodopa. Deve optar por Selegilina (inibidor da quebra de dopamina no citoplasma)→ paciente com sintomas leves → eficácia comprovada em nível 2. A Amantadina (bloqueadora da captação de glutamina) e os anticolinérgicos (principalmente se tiver bastante tremor) também são eficazes, não precisam ser combinados os 3 fármacos. Aqui as comprovações também são de nível 2. A administração desses, em pacientes com menos de 70 anos retardam a terapia dopaminérgica. Em 10 anos ficará nivelado as duas medidas, mas se eu puder retardar o surgimento de discinesia tardia, melhor, devido o prejuízo funcional. Em pacientes com comprometimento funcional muito importante na realização de atividades rotineiras → pode talvez, precisar iniciarcom Levodopa, antes dos 70 anos se os sintomas estarem muito gritantes. Nesse caso posso pensar em levodopa e agonistas dopaminérgicos → de longe a levodopa porque é mais eficaz→mais de 3 décadas de ensaios clínicos comprovando→ É SUPERIOR NO CONTROLE DE SINTOMAS MOTORES e diminui a mortalidade. A LEVODOPA SUPERA OS AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS em controle de sintomas motores e redução de mortalidade. Se eu puder atrasar o tratamento com ela, vou cair em prevenção na população que tem mais predisposição a discinesia tardia. Entre os agonistas dopaminérgicos não há superioridade, todos possuem potencial parecido para controlar os sintomas de parkinson. Meia vida comprida e bem lipossolúveis. Fazem a ativação direta dos receptores, acreditava-se que podia ter diferença com a levodopa. Contudo, Levodopa supera a eficácia clínica motora e baixa na mortalidade. Farmacocinética e Prescrição: Não há porque ficar dando via injetável. Os medicamentos são dados via oral, com uma única exceção. Levodopa precisa ser administrada em jejum, por possuir competição por receptores intestinal. Para supressão da lactação, dose única é o suficiente na administração de Cabergolina. A selegilina é um pró fármaco → meia vida curta, porém os metabólitos ativos são de meia vida mais longa, e por isso, conseguem ser usado 2x ao dia, assim, são os metabólitos ativos que atenuam os sintomas. Rasagilina → análogo da selegilina. Apomorfina → agonista dopaminérgico D1 e D2 → não tem relação com efeito analgésico → esse é feito via injetável. Efeitos Colaterais: Levodopa: O segmento do paciente precisa ser feito para acompanhar o benefício e fazer a mensuração dos efeitos colaterais, para controlá los, para garantir bem estar do indivíduo. Dopamina atuando em zonas que não tem efeito algum. Dopamina é precursora da Noradrenalina → haverá controle do SN Autonômico. Efeitos Periféricos: Náusea → estimulação da zona quimiorreceptora → A zona quimiorreceptora do gatilho presente próximo no assoalho na barreira hematoencefálica, perto do 4 ventrículo, possui receptores D2 para levodopa→ se comunica com o centro bulbar do vômito podendo desencadear o vômito para reflexo da êmese. Conversão em Dopamina → arritmias por receptores adrenérgicos Alfa e Beta → A levodopa se for convertida na periferia em Dopamina, existe chance dela ativar receptores adrenérgicos Alfa 1 (vasoconstritores) Beta 1 (indutores do aumento da força de contração do miocárdio e da frequência cardíaca). A ação da dopamina sobre o Sistema Cardiovascular tanto de modo direto quanto indireto pode contribuir para o surgimento de arritmias. Receptores Endoteliais Dopaminérgicos → hipotensão postural → Na periferia há receptores dopaminérgicos D1 vasculares que são vasodilatadores baixa a resistência periférica → pode fazer hipotensão postural. Se aumentar as doses aos poucos, esse efeito tende a não acontecer. Se fizer o aumento do escalonamento de dose para mais de forma gradual, terá menor efeito colateral de forma periférica para levodopa. Efeitos Centrais: Os mais importantes. Os agonistas dopaminérgicos → principalmente D2, tendem a assumir maior concentração no SNC devido a lipossolubilidade. Tendem a se concentrar mais as atividade aumentadas nas vias mesolímbica (desvio e instabilidade na via emocional) e mesocortical (envolvida com comportamento e motivação). Toda essa projeção é dedutiva e compreensiva nessas conexões que a dopamina entra e não dá pra selecionar só para os gânglios da base. Os agonistas dopaminérgicos tendem a ter menos efeitos periféricos devido a sua lipossolubilidade, concentrando-se mais a nível de SNC. As ações periféricas tendem lógica de causa e efeito escalonadas, se você fizer o escalonamento de dose para mais de forma gradual. Os efeitos centrais envolvem o aumento das atividades dopaminérgicas devido a lipossolubilidade nas vias mesolímbica e mesocortical (funções executivas, tomada de decisão, planejamento) acompanhando ou não alterações emocionais. Depressão Ansiedade Agitação Irritação Insônia Alucinações Confusão Discinesia Tardia e Flutuações Motoras com a Levodopa em Longo prazo: Nosso problema crônico está aqui, ao longo dos anos, com a levodopa a induzir a discinesia tardia. Aqui induzida por agonista dopaminérgico, nesse caso → levodopa Se desenvolve depois de 3 a 5 anos de tratamento, a apresentação de movimentos involuntários, descordenados, descorenoicos, aspecto atecoico. A doença ainda passará por avanços, por morte neuronal → muda a sensibilidade a expressão de receptores para dopamina → se eu puder retardar o tratamento com levodopa → melhor, para tentar retardar essa discinesia tardia. Não é só ela que acontece, acontece também flutuações motoras. A eficácia do medicamento mesmo em dose terapêutica, cai por causa da morte neuronal → haverá alternância de períodos que o medicamento funcionará, e outros em que não haverá efeito → SÍNDROME DO LIGA E DESLIGA. A ação não se instala então haverá flutuação de controle motor mesmo usando a levodopa em si e como não posso ficar aumentando a dose continuamente e indefinido, haverá os efeitos neuropsiquiátricos e periféricos. Preciso contornar e trazer conforto pro paciente→ introdução dos agonistas dopaminérgicos quando a levodopa começa a causar essas flutuações posso usar também o entacapone, a Amantadina para fazer a atenuação a longo prazo. O mais comum de acontecer são as flutuações motoras, os agonistas dopaminérgicos então diminuem as flutuações motoras, mas sobre a discinesia tardia a Amantadina que tem um pouco mais de eficiência, porém ainda sem evidência clínica como queríamos. A fisiopatologia ainda é mal compreendida da discinesia tardia, logo, a abolição dessa por total nem sempre será realizada. São fenômenos distintos flutuação motora → oscilação mesmo estando sob ação medicamentosa. Levodopa e a Discinesia tardia: Alterações pré sinápticas que sugerem que alguns neurônios perdem a capacidade de armazenar a dopamina e causando ativação excessiva D1 → descontrole motor que acontece na discinesia tardia. Hipótese também da função reguladora de liberação de dopamina que ligada a receptor de serotonina e receptor de canabinóides, porém precisam ser melhor estudadas. O córtex motor passa a sofrer neuroplasticidade anormal de conexão com as vias que integram os sinais do gânglio da base até o córtex motor→ pós sinapticamente perdem a capacidade de armazenar a dopamina e causando ativação excessiva D1 que está ativando a mais os receptores. Outras hipóteses sugerem que pode haver envolvimento do glutamato também, receptores ionotrópicos e metabotrópicos, porém, também precisam de maiores esclarecimentos. Efeitos Adversos dos Antiparkinsonianos: Os agonistas dopaminérgicos então, estão fazendo a ativação artificial dos receptores dopamina. Logo, teremos excesso de ativação das vias mesocorticais e mesolímbica. Os efeitos adversos então são caracteristicamente sobre comportamento e emoções do indivíduo. Ressalva: Pergolida pode causar fibrosamento das valva cardíacas, a cabergolina também tem essa hipótese de envolvimento, bem como a bromocriptina.Quando o indivíduo é mais velho, possui risco para problemas cardíacos, sugere-se a realização de ecocardiograma anualmente para acompanhamento. A selegilina é indutora do aumento de disponibilidade de dopamina na sinapse por meio da quebra da MAOB cursando com sintomas de náusea e vômito, porém cursam com menor intolerância gastrointestinal como diarreia, dor abdominal. Se a selegilina estivesse sendo usada sozinha, teria pouca alteração de atividades mesolímbica e mesocortical. Se ela tiver junto com a levodopa daí os efeitos colaterais centrais podem ser mais evidentes, vertigem, cefaléia, exacerbação dos efeitos da levodopa por conta da promoção aumentada da liberação dela. A selegilina por ser indutora por meio da quebra da MAOB pode cursar com a Síndrome Serotoninérgica quando vc tá usando antidepressivo inibidor da recaptação da serotonina, que aumenta a disponibilidade de serotonina na fenda + o bloqueio da MAO que faz com outras monoaminas sejam liberadas, pode correr o risco de ocorrer Síndrome Serotoninérgica quando a selegilina está junto com algum fármaco da classe da serotonina, como a fluoxetina, duloxetina→ ela é contra indicado uso concomitante. Para a selegilina aguardar 2 semanas, e depois inicia o tratamento com antidepressivo. Os metabólitos ativos da selegilina são de meia vida comprida, mais de 12 horas, então é indicado afastar ela dos antidepressivos. O bloqueio de receptores de muscarínicos que regulam a liberação de dopamina → libera mais dopamina → aumenta dopamina inclusive em outros órgãos do SNC → podendo causar o efeito que não queremos como nos antipsicóticos → alucinações, etc. O restante envolve bloqueio de receptores periféricos no SN Parassimpático → causa miose, bloqueio pelo antimuscarínico causa midríase a visão ficar turva. Vago libera acetilcolina para baixar a frequência cardíaca, o antimuscarínico pode causar bloqueio que pode aumentar frequência cardíaca. A ativação colinérgica induz a secreção salivar, logo o antagonista muscarínico pode causar boca seca. O bloqueio periférico diminui a contração da bexiga e a motilidade intestinal. Com os neuroprotetores os níveis de efeitos colaterais são pequenos, náusea, vômito não acontece em prevalência mais de 10% e como estou bloqueando os receptores de glutamato, posso ter alguma oscilação entre graus de excitabilidade de diferentes regiões e como isso irá afetar a liberação de outros neurotransmissores. Os efeitos adversos podem ser, náusea, vômito, vertigem, ansiedade, insônia, cefaléia, nervosismo, alucinações, depressão, sonolência e fadiga. Os efeitos colaterais são principalmente centrais. COm neuroprotetores em torno de 1 a 2% podem exibir alguma alteração de pressão→ hipotensão ou hipertensão. Observar se o indivíduo tem distúrbio cardiovascular concomitante. Interações Medicamentosas: Devido a relação lógica de causa e efeito, teria mais chances delas se concretizarem. A Eritromicina opção as penicilinas para cobrir cocos gram positivo quando a pessoa não responde a penicilina. Porém ele é um grande inibidor de enzimas hepáticas assim o metabolismo da bromocriptina fica afetado. A Eritromicina atrasa o metabolismo hepático da Bromocriptina. Por isso, ela assume nível sanguíneo maior, e a sua meia vida maior também, quando da associação. Selegilina e Antidepressivos → a Selegilina é inibidores da MAO e os antidepressivos inibidores da captação de monoaminas. A Selegilina é inibidora da MAOB → a MAOB inativa tanto a dopamina quanto outras monoaminas se eu tiver o efeito inibidor da MAOB sobre a serotonina, ao passo que ter também o bloqueio de recaptação da serotonina por antidepressivo→ mais liberação de serotonina induzido pela Selegilina e mais bloqueio da captação da serotonina pela Fluoxetina, por exemplo→maior risco de desencadear Síndrome Serotoninérgica. Afastar a Selegilina pelo menos por 2 semanas da introdução de Antidepressivos. Antipsicóticos Típicos também são bloqueadores de receptores muscarínicos, existe potencial para aumentar o potencial de efeito adverso da classe do Biperideno. O mesmo acontece com os Antidepressivos Tricíclicos, são pouco seletivos bloqueiam receptores muscarínicos, alfa 1 adrenérgicos e histamínicos. Redundam na mesma categoria de toxicidade. Os Anti Histamínicos de primeira geração também entram, Carbinoxamina, diferinamida outros que também são antagonistas muscarínicos, podem aumentar a toxicidade dos medicamentos da classe do Biperideno, ou seja, se somam com a classe do Biperideno. Metoclopramida (Plasil) ele é anti vômito porque ele é antagonista de D2 lá na zona de gatilho ou seja, a Levodopa e os agonistas dopaminérgicos podem causar náuseas e vômitos porque elas ativam D2 na zona quimiorreceptora do gatilho, assim, o plasil faz o contrário. Por isso, não se administra concomitantemente, pois, se a Levodopa irá atuar ativando D2, o efeito de um ou de outro é o que irá predominar. Antipsicóticos Típicos e Atípicos são bloqueadores de D2 para baixar os sintomas de psicose. Pode haver demência, delírio, ansiedade, depressão como efeito adverso da própria medicação de agonistas dopaminérgicos ou da Levodopa. Se eu precisar introduzir um antipsicótico deve de ser a Quetiapina ou a Clozapina pois, são os que tendem a diminuir menos o efeito antiparkinsoniano para alívio sintomático para a doença de parkinson da levodopa e dos agonistas dopaminérgicos. Benazinas e a Discinesia Tardia: Uma hipótese mais recente passou a ser testado em ensaios clínicos maiores depois de 2017. Por conta da hipótese de que o neurônio poderia perder a capacidade de armazenar dopamina. Se a gente conseguir controlar o excesso de dopamina que o neurônio pré sináptico não estava mais conseguindo armazenar, será que consegue contornar a discinesia tardia? Essa classe incluem Incluem a Tetrabenazina, Valbenazina e Deutetrabenazina. Os estudos ainda não são tão ideais quanto gostaríamos. Mecanismo de Ação: As Benazinas atuam no transportador de dopamina para a vesícula de liberação→ são bloqueadores da enzima de transporte da dopamina para a vesícula transportadora para liberar menos dopamina. Nos ensaios clínicas houveram diferenças significativas quanto ao placebo. Essa medicação é para manejo de atuação com diminuição de sintomas. Discinesia tardia envolvendo os antipsicóticos. Antiparkinsonianos em outras doenças: Síndrome das Pernas Inquietas que é aliviada por agonistas dopaminérgicos → Pramipexol Ruperinol → nessa síndrome tem urgÊncia de se movimentar e essa urgência é aliviada conforme a pessoa deixa em repouso. Pouco conhecida ainda. Além do envolvimento de vias opioidérgicas. Prevalência de 5% a 15% e ocorre mais em femininas. Distonia Responsiva à Dopa → doença genética que surge na infância → mais em mulheres → é utilizado a levodopa em si. Distonia Aguda induzida por antipsicóticos → uso do Biperideno para atenuar a Síndrome Parkinsoniana induzida por antipsicótico que são agonistas D2 da dopamina → atuam junto nos gânglios da base bloqueando D2→ simulam parte dos sintomas da doença parkinsoniana. Hiperprolactinemia, inibição de lactaçãoe prolactinoma → bloqueio dos receptores D2 na hipófise → baixa prolactina → como antipsicóticos fazem o contrário, bloqueio de D2, aumenta a secreção, como os agonistas dopaminérgicos D2, fazem o contrário dos antipsicóticos → fazem queda da liberação de prolactina → Cabergolina → com dose única → faz o bloqueio. A inibição de lactação de Prolactinoma também consegue a redução da secreção de prolactina. QUESTÕES: Paciente do sexo feminino de 62 anos, compareceu para consulta em abulatório de geriatria para avaliação pós-cirurgica de reconstrução de articulação do joelho direito, mas por causa de movimentação involuntária grave por todo o corpo, a recuperação foi comprometida, houve infecção local e o procedimento foi refeito há 21 dias. A família tinha suspendido toda a medicação de que ela fazia uso logo após a cirurgia e referiam que após terem feito isso, a paciente ficou em estado quase completo de rigidez. Sua história começa há 12 anos atrás, com rigidez no membro inferior direito, seguida de movimentos dançantes que se espalhavam pelo hemicorpo e a faziam cair. Ela foi diagnosticada com doença de Parkinson e era tratada com carbidopa + levodopa e cloridrato de selegilina, em doses ajustadas gradualmente. Seis anos após o início da doença, era clara a percepção de queda de eficácia e seu tratamento passou a incluir carbidopa + levodopa, entacapone e pramipexol. Com o tempo seus sintomas pioraram, com progressão dos movimentos involuntários gradativamente maiores para o outro hemicorpo e distonia do membro inferior direito, levando à lesão articular. De história familiar relevante, segundo a paciente, seu pai tivera doença de Parkinson aos 50 anos e sua mãe e alguns tios maternos tiveram doença de Alzheimer. 1 - Não deveria ter sido feita a associação de levodopa + carbidopa com pramipexol e entacapone, pois haverá ativação dopaminérgica excessiva que causará mais efeitos adversos. Certo ou errado. Por quê? R: Errado, pois, o Entacapone→ Catecol Orto Metil transferase - COMT→ é inativadora da dopamina presente na fenda sináptica→ se a COMT inativa a dopamina presente na sinapse e ela for bloqueada pelo fármaco Entacapone ou Capone (esse já foi abolido em vários países por ser muito hepatotóxico)→ diminui a quebra sináptica de dopamina→ mais presente então na fenda por um tempo maior e uma quantidade maior → mais dopamina ativando os receptores dopaminérgicos principalmente D1 e D2 entre a substância negra e o estriado → controle de sintomas → repõe parte do que os neurônios que morreram faziam. Pramipexol: agonistas de receptores D2 e D3→ Paramos de interferir sobre captação, usamos algo que faz o mesmo mecanismo da dopamina. Importante conforme a doença vai avançando. Por ano tem-se a estimativa que até 10% dos neurônios continuem a morrer no percorrer da doença. Esses medicamentos são importantes, pois conforme a doença vai avançando a eficácia do medicamento levodopa vai diminuindo por conta da morte neuronal. 2 – Posto que trata-se do tratamento de maior eficácia e que baixa a mortalidade, levodopa deve sempre ser o fármaco de primeira escolha para manejo de medicamentoso da doença de Parkinson. Certo ou errado. Por quê? R: Errado, pois a seleção será definida com base em IDADE e APRESENTAÇÃO SINTOMÁTICA: Sintomas leves SEM comprometimento funcional. Pacientes COM comprometimento funcional. Após 5 anos de tratamento, discinesia tardia surgiu em 80% dos pacientes mais jovens (menos de 70 anos) e 44% dos mais velhos em tratamento com Levodopa. A doença vai avançando e a eficácia dos medicamentos irão diminuindo, pois diminui a expressão e a sensibilidade dos receptores dopaminérgicos, pois além de causar a morte neuronal ao longo do tempo e por mais que continuem usando os agonistas dopaminérgicos ou aqueles que aumentam a recaptação de dopamina. O próprio uso dos fármacos podem induzir discinesia tardias. Levodopa é a PRIMEIRA escolha e mais eficaz → acima dos 70 anos, administrado juntamente com Carbidopa → devido a discinesia. Única droga que baixou mortalidade. Abaixo dos 70 anos o risco de discinesia tardia é o dobro com o uso de Levodopa. Deve optar por Selegilina (inibidor da quebra de dopamina no citoplasma)→ paciente com sintomas leves → eficácia comprovada em nível 2. Em pacientes com comprometimento funcional muito importante na realização de atividades rotineiras → pode talvez, precisar iniciar com Levodopa, antes dos 70 anos se os sintomas estarem muito gritantes. Nesse caso posso pensar em levodopa e agonistas dopaminérgicos → de longe a levodopa porque é mais eficaz→mais de 3 décadas de ensaios clínicos comprovando→ É SUPERIOR NO CONTROLE DE SINTOMAS MOTORES e diminui a mortalidade. A LEVODOPA SUPERA OS AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS em controle de sintomas motores e redução de mortalidade. Se eu puder atrasar o tratamento com ela, vou cair em prevenção na população que tem mais predisposição a discinesia tardia. 3 – Fármacos neuroprotetores devem ser associados aos medicamentos que contornam os sintomas da doença de Parkinson porque irão retardar o avanço da doença. Certo ou errado. Por quê? R: Errado. Da teoria e do papel foi muito bonita a hipótese, mas essas drogas não são neuroprotetores na prática clínica, por isso precisamos fazer os ensaios. Isso se baseia na hipótese da Excitotoxicidade Glutamatérgica. O glutamato é o principal aminoácido excitatório do SNC. O oposto do GABA é o principal inibitório do SNC. O glutamato regula várias funções tanto ao nível superior cerebral quanto periférico. Excitação neuroquímica motora, da dor, para ele existem vários tipos de receptores com base na funcionalidade. Potencialização sináptica a longo prazo para formação de memórias. Para glutamato existem receptores Ionotrópicos que são canais iônicos e Metabotrópicos que são todos acoplados a proteína G para mudar o metabolismo intracelular. Temos 8 tipos de receptores metabotrópicos conhecidos e 3 tipos de receptores ionotrópicos. AMPA e Cainato são receptores canais iônicos permeáveis ao Sódio, batem com a função do glutamato de ser excitatório no SNC, induzem despolarizam excitatório. Os NMDA são permeáveis ao Sódio e Cálcio, também serão excitatórios. Nas doenças neurodegenerativas, assim como no AVC, hipotetizou que o excesso de glutamato entrando em receptor NMDA promovendo a entrada de cálcio em excesso dentro da célula, poderia provocar morte celular e com base nisso se desenvolveu compostos para bloquear receptores NMDA para prevenir a excitotoxicidade mediada pelo glutamato que poderia estar contribuindo para a morte neuronal nas doenças degenerativas → assim surgiram os neuroprotetores → para evitar o excesso de cálcio intracelular e consequente dano neuronal. Cuidado esses medicamentos são relativamente novos e não existem ensaios com base na comprovação desses. Cuidado com a transposição da prática para a clínica→ NÃO RETARDAM O AVANÇO DA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER → apenas fazem contorno sintomático. Ao mesmo tempo que são bloqueadores NMDA são bloqueadores da captação de dopamina que fazo controle sintomático que eles têm. 4 – Biperideno e trihexifenidil também podem ser utilizados no tratamento inicial da doença de Parkinson, posto que possuem efeito colinérgico que resulta em ativação de receptores nicotínicos na junção neuromuscular, e por isso, atenuam os sintomas da doença. Certo ou errado. Por quê? R: Errado, eles atuam em receptores muscarínicos. Biperideno → correção da Síndrome extrapiramidal motora → bloqueadores de receptor muscarínico do SNC, pode haver ação periférica, e isso gera efeitos adversos, porém, esses compostos já são mais lipossolúveis para aumentar a sua passagem pela barreira hematoencefálica para garantir o efeito terapêutico. Lá nos gânglios da base a ativação de receptores muscarínicos para a acetilcolina vai surtir em uma modulação proposta ao que desejamos para a dopamina → reduz a liberação de dopamina → doença de parkinson já tem essa falta → se a ativação muscarínica baixa a liberação de dopamina se eu bloquear essa via que baixa a liberação de dopamina eu caio no efeito contrário → faço antagonismo, bloqueio de receptor muscarínicos para evitar que esses receptores sinalizem a queda de dopamina. Se eu estou bloqueando a inibição estou permitindo que aconteça a liberação de dopamina. O Biperideno, o Triexifenidil e o Benztropina agem da mesma forma, bloqueiam os receptores muscarínicos que sinalizam a queda da liberação de dopamina, quando eu bloqueio a queda da liberação de dopamina eu permito que ela aconteça (igual matemática - com - fica +). 5 – Carbidopa não deveria ter sido empregada com levodopa, pois como impede sua conversão em dopamina, prejudica o tratamento da doença. Certo ou errado. Por quê? R: Errado. a Levodopa sempre deve estar associada a Carbidopa, pois, a levodopa não é administrada sozinha, precisa de um inibidor da dopa periférica, pois, senão irá chegar apenas 5% dela no SNC. Utiliza-se concomitantemente a Carbidopa ou Benserazida para inibir a dopa descarboxilase periférica. Se eu bloquear a dopa descarboxilase do neurônio do SNC → A levodopa não é convertida em dopamina e o remédio não terá efeito algum. Levodopa é o isômero levógiro da dopa. A dopa é usada para fabricar dopamina, então a levodopa é convertida em dopamina pelos neurônios, desde que ela chegue até os neurônios para isso, para ela chegar precisa usar Carbidopa ou Benserazida que fazer a inibição da dopa carboxilase periférica para que ela chegue no SNC (que é o lugar onde ela precisa fazer ação) e então ser convertida. LEVODOPA NÃO É USADA SOZINHA → EDU FALOU MIL VEZES! Deve ser administrada sempre em jejum, pois, ela compete com outros elementos da dieta com outros transportadores intestinais que fazem o carreamento dela. 6 – O tratamento medicamentoso com fármacos antiparkinsonianos deve ser estabelecido com base em elevação gradual da dose para evitar efeitos adversos da levodopa como, constipação, gastrite, reação alérgica, fraqueza, tontura. Certo ou errado. Por quê? R: Errado. O tratamento medicamentoso com fármacos antiparkinsonianos deve de ser sim estabelecido com base em elevação gradual da dose para evitar efeitos adversos da levodopa, porém esses efeitos são mais predominantemente em ação central, e não periférica como citado no enunciado. Sobre os Efeitos Centrais: Os mais importantes. Os agonistas dopaminérgicos → principalmente D2, tendem a assumir maior concentração no SNC devido a lipossolubilidade. Tendem a se concentrar mais as atividade aumentadas nas vias mesolímbica (desvio e instabilidade na via emocional) e mesocortical (envolvida com comportamento e motivação). Toda essa projeção é dedutiva e compreensiva nessas conexões que a dopamina entra e não dá pra selecionar só para os gânglios da base. Os agonistas dopaminérgicos tendem a ter menos efeitos periféricos devido a sua lipossolubilidade, concentrando-se mais a nível de SNC. As ações periféricas tendem lógica de causa e efeito escalonadas, se você fizer o escalonamento de dose para mais de forma gradual. Os efeitos centrais envolvem o aumento das atividades dopaminérgicas devido a lipossolubilidade nas vias mesolímbica e mesocortical (funções executivas, tomada de decisão, planejamento) acompanhando ou não alterações emocionais. São efeitos adversos centrais: Depressão, Ansiedade, Agitação, Irritação, Insônia, Alucinações e Confusão.