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APS - Resenha Critica - Etica e Moral

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Genuska Leiko Yokoyama 
Kezia Isabel de Oliveira 
Michele Oliveira Cardoso 
RESENHA CRÍTICA 
LIVRO “MORAL E ÉTICA: DIMENSÕES INTELECTUAIS E AFETIVAS” DE 
YVES DE LA TAILLE 
 
 
Por meio de uma breve leitura do livro “moral e ética: dimensões intelectuais e 
afetivas” é possível observar que o autor aborda os conceitos de moral e a 
ética com profundidade, focando o que representam essas duas palavras na 
Filosofia. Busca refletir sobre os processos mentais que o individuo utiliza 
para basear seus princípios morais. Mediante análise de quatro teorias sobre 
a moralidade, relativista e heterônoma, utilizadas pelas teses de Durkheim e 
Freud e as escolhas de cada ser para proporcionar o que em seu conceito é 
caracterizado como qualidade de vida, ou seja, a razão é utilizada como fonte 
de moralidade, tese utilizada por Piaget e Kohlberg. 
La Taille abordar com esmero diversos questionamentos para os quais a 
Psicologia Moral moderna tem buscado respostas. Mas por que se remeter à 
Filosofia e buscar autores do passado? A resposta para esta pergunta é 
simples, pois esta obra não é fruto de ideias infundadas, mas sim uma 
produção que reúne o que há de mais relevante sobre os fatores que levam 
as pessoas a agir com base em valores. 
 Sendo assim, autor destrincha o significado de moral e ética para esclarecer 
o que está implícito nos dois conceitos. Da moral, ele resgata a ideia de um 
dever para garantir a regulação da convivência humana. Comparar 
possibilidades de ação, perceber a necessidade do outro e pensar no que 
está em jogo faz parte da dimensão intelectual envolvida no ato de agir bem. 
Mas, como o "saber" fazer pode não ser suficiente, é preciso um "querer" 
fazer. Essa é a dimensão afetiva do agir, que é traduzida pela palavra ética. 
La Taille vai aos contemporâneos para traçar uma linha do desenvolvimento 
afável, que começa no despertar do senso moral e termina com a formação 
da personalidade ética. Assim, diferencia a presença de sentimentos como 
culpa, indignação e simpatia. Alumbrado por sua paixão pela Psicologia 
Moral, é aqui que o autor apresenta uma das mais belas conclusões sobre 
como educar, “ainda que não se remeta à Educação diretamente: somente 
tendo por si auto respeito, é possível respeitar os outros”. 
Desta forma, podemos discorrer sobre os elementos necessários para a 
experiência psicológica para que a vida tenha sentido e seja uma vida boa, 
sendo eles: a experiência subjetiva de bem estar; a transcendência desta 
experiência tanto de prazer, como do aqui-agora, tomando uma perspectiva 
de vida como um todo que faz sentido; ver a si mesmo como alguém de valor, 
capaz de se desenvolver e ter autor respeito por estar associado a valores 
morais, o que não equivale a ter uma boa autoestima, pois esta não está 
necessariamente ligada a valores morais. 
O respeitar a si mesmo é o sentimento que liga moral e ética, mas, para isso, 
são fundamentais três sentimentos: justiça, generosidade e honra. Estes três 
sentimentos buscam justificar a avaliação positiva intrínseca da própria 
trajetória. A justiça e generosidade implicam na busca de simetria nas 
relações interpessoais, e a honra, ao conferir legitimidade ao sujeito que age 
de acordo com princípios dos quais se sente representante. 
Assim podemos concluir que, voltamos à oposição entre as teorias 
psicológicas que apontam para o potencial de autonomia moral, traduzida 
pela adesão a morais da reciprocidade e aquelas que ignoram tal 
potencialidade. Vimos que as primeiras necessitam de explicações 
energéticas, e que aquelas assumidas pelas segundas reforçam a tese da 
radical heteronômia dos homens e do relativismo moral. 
As opções no plano ético não são dadas para todo o sempre, podem se 
modificar, evoluir assim como, a moral evolui. É bem provável que à moral 
heterônoma, cujos conteúdos são coercitivamente colocados pela sociedade, 
correspondam opções éticas também heterônomas, e que à moral autônoma, 
inspirada pela reciprocidade entre os homens, correspondam outras opções 
éticas, como sentido da vida que pressupõe maior individualismo e 
participação nas decisões sociais, identidade cosmopolita e não grupal, o 
cultivo da reflexão. 
Por fim, entendemos que refletir sobre a motivação moral por intermédio das 
opções éticas permite maior flexibilidade para dar conta da variedade de 
condutas que são observadas. Mas, uma coisa é certa, tal abordagem 
encontra-se fortalecida e inspirada em novas investigações.

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