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30/09/2019 1 Farmacologia II Insulina e Antidiabéticos Orais Prof(a): Dra. Marina Firmino Lima de Oliveira marina.oliveira@unidesc.edu.br Insulina A insulina é o principal hormônio responsável pela estocagem e utilização de nutrientes celulares. 1 2 30/09/2019 2 Produção de Insulina 3 4 30/09/2019 3 Funções da Insulina ❖ Regulação da quantidade de glicose no sangue (glicemia); ❖ No tecido adiposo, a insulina facilita a conversão de glicose em ácidos graxos e inibe a quebra dos lipídeos; ❖ No fígado, a insulina ajuda na conversão de glicose em glicogênio, além de diminuir a formação de glicose a partir de outras fontes, como os aminoácidos. 5 6 30/09/2019 4 A insulina é o principal hormônio responsável por estocagem e utilização de nutrientes celulares 7 8 30/09/2019 5 Diabetes Melito ❖ Sua prevalência é estimada em cerca de 7,6% da população adulta brasileira; ❖ É uma alteração metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia crônica e alterações do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, resultantes de defeitos na secreção de insulina; ❖ Complicações decorrentes da DM: neuropatia, nefropatia, retinoplatia; ❖ Diagnóstico Glicose plasmática elevada após uma noite de jejum (superior a 126 mg/dL) em pelo menos duas ocasiões Superior ou igual a 200 mg/dL em qualquer momento do dia, associado a sintomas característicos. Diabetes Melito Tipo I ❖ Surge predominantemente antes da idade adulta. No entanto, pode aparecer em adultos especialmente em não obesos; ❖ É um distúrbio catabólico em que a insulina está ausente, glucagon elevado e as células beta pancreáticas falham em responder a estímulos insulinogênicos; ❖Apresenta deficiência absoluta de insulina; ❖ É uma doença auto-imune, a presença de anticorpos parece resultar de uma agressão tóxica ou infecciosa as células beta pancreáticas em indivíduos cujo sistema imune é geneticamente predisposto a desenvolver resposta auto-imune contra céls beta alteradas. 9 10 30/09/2019 6 Diabetes Melito Tipo II ❖ Representa um grupo heterogêneo, abrangendo várias formas de diabete que ocorrem de modo predominante no adulto, mas ocasionalmente em adolescentes; ❖ Caracterizada pela resistência a insulina ou defeitos relacionados a secreção da mesma; ❖A maior parte dos pacientes é obesa. O DM2 esta frequentemente associado a hipertensão arterial, obesidade, dislipidemia e, em consequência a uma maior frequência de afecções cardiovasculares; ❖Além da resistência periférica a insulina, existe uma diminuição da secreção de insulina pelas céls beta do pâncreas frente a um estímulo de aumento da glicemia. 11 12 30/09/2019 7 13 14 30/09/2019 8 Tratamento ❖ Envolve um conjunto de medidas que tentam, passo a passo e simultaneamente aumentar o consumo e diminuir a oferta de glicose, sensibilizar tecidos periféricos a ação da insulina ou estimular sua liberação pelas céls beta; Objetivos do tratamento 1 - Diminuir os sintomas associados a doença; 2 - Prevenir complicações agudas; 3 - Prevenir complicações crônicas; 4 - Reduzir a taxa de mortalidade associada a DM 15 16 30/09/2019 9 Insulinas ❖ É indicada no tratamento de pacientes com DM1 e DM2 quando não há o controle adequado da glicemia com dieta e/ou antidiabético oral; ❖ Podem ser classificadas de acordo com o início e duração de sua ação em: ultra-rápida, rápida, intermediária e lenta; ❖ Não pode ser administrada por via oral; ❖ No DM1 usa-se insulinas para terapia basal (1 ou 2 injeções de insulina de ação intermediária ou prolongada) e terapia prandial (injeções diárias de insulinas de ação rápida, administradas junto as refeições). Insulinas de ação ultra - rápida Lispro ❖ Tem início de ação 15 min após sua administração SC, pico de ação com 1h e duração de ação de 3h; ❖ Melhora a qualidade de vida, pois os pacientes podem fazer a ingestão imediatamente antes das refeições, aumentando a flexibilidade e a liberdade nas atividades diárias; ❖ Dosagem ajustada antes das refeições. 17 18 30/09/2019 10 Insulinas de ação rápida Regular/Cristalina ❖ Tem início de ação 30 min após sua administração SC, atinge o pico máximo com 2 a 4h e esgota-se 6 a 8 horas após a injeção; ❖ È utilizada junto com a insulina de ação intermediária nas terapêuticas de forma intensiva do DM. 19 20 30/09/2019 11 Insulinas de ação intermediária NPH ❖ Sua atividade hipoglicemiante começa a manifestar-se 1 a 2 horas após a injeção SC, atinge o pico máximo com 8 a 12h e esgota-se após 22 a 28 horas; ❖ È usada geralmente em combinação com insulinas de ação ultra-rápida e rápida. Esse esquema consiste nos conceitos basal e bolos, como uma insulina de ação intermediária ou prolongada dada como basal, visando impedir a hiperglicemia entre as refeições, e os bolos, que visam impedir os picos hiperglicêmicos pós-prandiais. Insulinas de ação lenta Suspensão protamina zinco ❖ Cinética semelhante a NPH; ❖ Seu início de ação retardado pode levar a hiperglicemia pela manhã, se não for bem adaptada com um bolo de insulina lispro, aspart ou regular. Glargina ❖ Insulina de longa duração (24 horas) que corresponderia a insulina basal. Para tal, houve redução da solubilidade dos hexâmeros de insulina, estabilizando os cristais e constituindo uma forma de depósito de insulina. 21 22 30/09/2019 12 Glargina 23 24 30/09/2019 13 25 26 30/09/2019 14 • Volume máximo: 1,0 ml • Locais recomendados de Aplicação: Face externa anteroposterior do braço; Face anterolateral da coxa; Região abdominal dois dedos longe da cicatriz umbilical; • Rodízio dos locais de injeção 27 28 30/09/2019 15 ❖ Hipoglicemia Reações adversas a insulina Hemoglobina Glicosilada 29 30 30/09/2019 16 Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/apresentacoes-medicas/ahemoglobina-glicada.pdf Antidiabéticos Orais ❖ Geralmente utilizados no controle da DM2. ❖ São classificados de acordo com seu mecanismo de ação: 1. Hipoglicemiantes orais 2. Sensibilizadores de insulina 3. Anti-hiperglicêmicos 31 32 30/09/2019 17 Hipoglicemiantes Orais Sulfoniluréias ❖ Exemplos: clorpropramida, tolbutamida, glibenclamida, glimeperida. ❖ Mecanismos de ação propostos: 1. Liberação de insulina das células beta do pâncreas 2. Efeitos extrapancreáticos: inibição da liberação de glicose pelo fígado; potencialização da atividade insulínica presente; diminuição da insulinase; aumento na concentração de sítios receptores de insulina ❖ Indicada para pacientes diabéticos que ainda dispõem de massa de células beta funcionantes ❖ Pode ser associada a insulina Bloqueio dos canais de K+ causando a despolarização e influxo de Ca2+, que favorece a secreção dos grânulos de insulina Não estimula a “síntese” de insulina 33 34 30/09/2019 18 ❖ Reações adversas: • Hipoglicemia, ganho de peso • Deve ser evitada em pacientes com doença renal ou hepática •A clorpropamida pode determinar lesões graves, como síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa e fotossensibilidade grave Hipoglicemiantes Orais Repaglinida ❖ Sua ação consiste no aumento da secreção de insulina pelas células beta pancreáticas; ❖ Só é utilizada após as refeições; ❖ Difere das sulfoniluréias quanto ao estímulo para secreção de insulina Age em receptores diferentes; Apresenta um inicio de ação mais rápido Tempo de ação curto, prevenindo a hipoglicemia. Hipoglicemiantes Orais 35 36 30/09/2019 19 Nateglinida ❖ Seu início de ação é mais rápido e a duração mais curta do que a repaglinida. Começa a agir em 4 min, com duração de ação de 2h. ❖Apresenta portanto, menor risco de hipoglicemia, entretanto tem menor poder hipoglicemiante Hipoglicemiantes Orais Sensibilizadores de Insulina Biguaninas ❖ Exemplos: fenformina, metformina, buformina. ❖ Mecanismos de ação propostos: 1. Supressão da gliconeogênese (75%); 2. Diminuição da produçãohepática de glicose; redução da absorção gastrointestinal da glicose; redução do nível plasmático de glucagon; ❖ Com isso reduzem-se os elevados níveis de insulina plasmática característicos dos pacientes obesos com DM2 ❖ Principal indicação: pacientes com DM2 com índice de massa corpórea aumentado ou obesos ❖ Efeito colateral mais sério: acidose lática 37 38 30/09/2019 20 Sensibilizadores de Insulina Tiazolidinodionas ❖ Exemplos: rosiglitazona, pioglitazona ❖ Nova classe de drogas que agem aumentando a ação da insulina promovendo a utilização da glicose nos tecidos periféricos, provavelmente pela estimulação do metabolismo oxidativo da glicose no músculo e suprimindo a gliconeogênese no fígado; ❖ Estudos clínicos demonstram redução da resistência insulínica, redução dos níveis de triglicerídeos, redução do HDL, redução da pressão arterial, dos fatores pró-trombóticos, com consequente diminuição da aterosclerose. ❖ Principais efeitos colaterais: aumento de peso, retenção hídrica e hepatotoxicidade. Anti-hiperglicemiantes Inibidores da α-glicosidase ❖ Exemplo: acarbose ❖ Inibidor competitivo das α-glicosidases responsáveis pela digestão dos carboidratos, retardando a absorção dos mesmos; ❖ O resultado é a diminuição nos níveis de glicose, o que reduz o pico glicêmico pós-prandial, mantêm a normoglicemia, estabiliza o peso e protege as células beta, evitando hiperinsulinemia. ❖ Principais efeitos colaterais: predominantemente gastrointestinais 39 40 30/09/2019 21 41 42 30/09/2019 22 1 – Redução de Peso + Atividade Física 2 – Biguanina, ou glitazona, ou inibidor da α-glicosidase 3 - + sulfaniluréia 4 – insulina, retira inibidor da α-glicosidase Tratamento do Diabetes Tipo II 43 44 30/09/2019 23 45
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