Atividade 2 Filosofia 7 semestre

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· Pergunta 1
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	Em Kant, a realização do bem e da liberdade não dependem do mundo sensível, elas são construções do homem. “O que o homem é ou deve vir a ser moralmente, bom ou mau, deve fazê-lo ou sê-lo feito por si mesmo. Ambos devem ser um efeito de seu livre arbítrio” (KANT, 1974b, p. 384). Como no homem as disposições naturais não se desenvolvem por si mesmas, o homem precisa fazer-se, precisa educar e ser educado. É a consequência da liberdade humana, a radical auto responsabilização que incute no homem a necessidade de fazer a si mesmo. E para Kant, é na medida em que o homem se constrói a si mesmo, guiado pela sua razão universal, que ele pode ser autônomo.
ZATTI, VICENTE. Autonomia e educação em Immanuel Kant e Paulo Freire / Vicente Zatti. – Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007 p.35.
 
A partir do texto, avalie as afirmações a seguir.
 
I. Kant contribui com a educação ao pensar sobre a essência humana, entendendo que a bondade e os vícios coexistem em nós.
II. Ao tratar sobre a razão universal, Kant está sugerindo que ela seja lei do agir humano, o que possui desdobramentos éticos.
III. Em Kant, educação e autonomia estão interligados, sendo que o humano precisa ser treinado, orientado e educado.
IV. Na concepção de Kant, a experiência é irrelevante para os processos educacionais, visto que a razão universal deve guiar o humano.
 
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
II e III.
	Resposta Correta:
	 
I, II e III
	Feedback da resposta:
	Incorreto. Kant valoriza a experiência na sua concepção de educação, sugere que os exemplos ( éticos) se tornem leis universais na sua crítica da razão pura.
	
	
	
· Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	Em 2009, 37.334 escolas tinham turmas do EJA fundamental. Já no ano passado, essa oferta só existia em 24.658 escolas, segundo os dados do Censo que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou no mês passado. Especialistas ouvidos pelo G1 explicam que a queda na oferta não está apenas relacionada ao aumento da escolarização dos adultos, que provocaria menor demanda. Apesar dos avanços, eles estimam que o número de brasileiros sem diploma varia entre 30 e 40 milhões. O país tem hoje 3,5 milhões de alunos matriculados no EJA, sendo que 59% deles estão no nível fundamental.
Fonte: Disponível 06/04/2019 em https://g1.globo.com/ educacao/noticia/2019/04/06/em-uma-decada-brasil-perde-um-terco-das-escolas-com-aula-do-ensino-fundamental-para-adultos.ghtml.
 
A partir do texto, avalie as afirmações a seguir.
 
I. Os dados são estatísticas da Educação de Jovens e Adultos; sobre estes, cabe à sociologia elaborar seu parecer, enquanto a filosofia precisa manter-se neutra, do contrário ideologiza-se.
II. Os dados revelam que o Brasil precisa avançar na superação do analfabetismo, fator que gera e alimenta as desigualdades, o que, segundo Marx, interessa aos donos do poder.
III. Os problemas exigem abordagem sociológica e filosófica, de modo que é preciso pensar a realidade à luz dos contextos, é necessário filosofar buscando alternativas, fundamentos para a crítica e diretrizes para a ação.
IV. Para a superação da injustiça social é imprescindível a erradicação do analfabetismo e a formação consistente de jovens e adultos, o que requer concepções filosóficas condizentes com os contextos destes.
 
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
II, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Exato! A notícia apresentada informa que vivemos em um País com grande número de pessoas que não usufruem do acesso à cultura outrora produzida e que, muito provável possuem dificuldades na conquista do emprego e da justa remuneração. Pensando filosoficamente este contexto podemos afirmar que a educação para a emancipação, para a liberdade e a autonomia como sugerido pelos filósofos Marx, Engels, Kant, Descartes, John Dewey dentre outros está longe de se efetivar. É preciso fazer esforço político para garantir este direito humano, é necessário ação (práxis filosófica) para questionar a realidade, desestabilizar a ordem e trazer a luz as mudanças.
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	[...] o homem é responsável pelo que é. Assim, a primeira decorrência do existencialismo é colocar todo o homem em posse daquilo que ele é, e fazer repousar sobre ele a responsabilidade total por sua existência. E quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que ele é responsável estritamente por sua individualidade, mas que é responsável por todos os homens.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987 p. 26.
 
O Pensamento citado refere-se à filosofia existencialista, da qual Jean Paul Sartre é um expoente. É característica desta filosofia:
 
I. Pensar antropocêntrico no qual o homem é liberdade, escolhe fazer-se, construir a própria história.
II. Defender a primazia da liberdade contrariando o pensamento medieval e religioso.
III. Entender o ser humano enquanto indivíduo que decide por si mesmo.
IV. Afirmar que primeiro existimos, depois construímos, o que equivale a dizer que a existência precede a essência.
 
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
I, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
I, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Incorreto!  Nas decisões que tomamos está presente o outro humano. Nossa ação, embora individual, abarca a totalidade do ser humano, diferente do que se afirma no item III.
	
	
	
· Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	“[...] Como vimos, para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, ou tão pouco de dentro, que ele possa receber ou aceitar. Está inteiramente abandonado, sem qualquer ajuda de nenhuma espécie, à insustentável necessidade de fazer-se até o mínimo detalhe. Assim, a liberdade não é um ser: é o ser do homem, ou seja, ser nada do ser. Se começássemos por conceder o homem como algo pleno, seria absurdo procurar nele depois momentos ou regiões psíquicas em que fosse livre: daria no mesmo buscar o vazio em um recipiente que previamente preenchemos a borda”.
SARTRE, J. P. O existencialismo é um humanismo. Tradução: Vergílio Ferreira. São Paulo: Abril S.A., 1973. p 55.
 
A partir da leitura deste trecho, é correto afirmar que o existencialismo
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
enfatiza a responsabilidade do homem sobre seu destino e livre-arbítrio.
	Resposta Correta:
	 
enfatiza a responsabilidade do homem sobre seu destino e livre-arbítrio.
	Feedback da resposta:
	Correto. Os filósofos existencialistas não acreditam que o homem nasça com um destino traçado. A maioria deles defende que o ser humano decide e faz a sua história, independentemente de forças exteriores. Uma característica base da corrente existencialista é a liberdade, e a concepção de que, ao existir, o homem constrói seu próprio ser.
	
	
	
· Pergunta 5
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	“Ora, muitos fazem uma outra pergunta: afinal, para que Filosofia? É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por exemplo, para que matemática ou física? Para que geografia ou geologia? Para que história ou sociologia? Para que biologia ou psicologia? Para que astronomia ou química? Para que pintura, literatura, música ou dança? Mas todo mundo acha muito natural perguntar: Para que Filosofia? Em geral, essa pergunta costuma receber uma resposta irônica, conhecida dos estudantes de Filosofia: ‘A Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual’. Ou seja, a Filosofia não serve para nada. Por isso, se costuma chamar de ‘filósofo’ alguém sempre distraído, com a cabeça no mundo da lua, pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que são perfeitamente inúteis”.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Ática, São Paulo 2000. p.10.
 
A pergunta pela utilidade do conhecimento e aplicação prática deste faz parte de uma das correntes filosóficas cuja denominação é
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Empirismo.Resposta Correta:
	 
Pragmatismo.
	Feedback da resposta:
	Incorreto. O pragmatismo é uma corrente filosófica empenhada em mostrar a utilidade social do conhecimento, mesmo que a longo prazo. Para tanto, defende a importância das evidências práticas dos saberes. As perguntas mencionadas no trecho citado são pragmáticas, na medida em que desejam saber a utilidade prática da filosofia. Para ampliar seus conhecimentos sugere-se a leitura da obra Convite à Filosofia, onde essa temática é abordada com afinco.
	
	
	
· Pergunta 6
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	“O nosso conhecimento natural tem o seu princípio nos sentidos. Por onde podemos entender até onde pudermos chegar mediante os sensíveis. Ora, mediante eles, o nosso intelecto não pode chegar a ver a divina essência. Pois, as criaturas sensíveis, sendo efeitos de Deus, não adequadas à virtude da causa, partindo do conhecimento sensível, não podem chegar a conhecer a virtude total de Deus; e por conseqüência, não lhe podem ver a essência. Mas, como os efeitos são dependentes da causa, podemos por eles chegar ao conhecimento da existência de Deus e dos atributos que lhe convém necessariamente, como causa primeira de todos os seres, que sobrepassa todos os seus efeitos. E assim conhecemos a sua relação com as criaturas de todas as quais é causa; e como estas diferem dele por que não é nenhuma das que criou; e enfim, sabemos que o que dele removemos não é por deficiência sua, mas, por sobre-excelência”.
 
AQUINO, Tomás. Suma Teológica Art. 12. Disponível em: https://sumateologica.files.wordpress.com/2017/04/suma-teolc3b3gica.pdf Acesso 27/12/19). 
 
O trecho citado refere-se ao período da Filosofia Medieval (Século V- XV) cujo pensamento ocupava-se primordialmente com
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
a atribuição a Deus como causa primeira de todas as coisas, como outrora fizeram os socráticos
	Resposta Correta:
	 
a conciliação entre fé e razão, responsável pela expansão do cristianismo.
	Feedback da resposta:
	Incorreto. Durante a Idade Média os pensadores se ocupavam em oferecer as razões da fé, contribuindo para a expansão do catolicismo. Prova disso é que muitos dos pensadores são tidos como Santos pela Igreja (Tomás de Aquino, Agostinho de Hipona, Abelardo, dentre outros).  Tinham como intenção usar a razão pra arguir sobre a fé, a existência de Deus, o bem e o mal, a eternidade.
	
	
	
· Pergunta 7
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Enquanto a educação trabalha com o desenvolvimento dos jovens e das novas gerações de uma sociedade, a filosofia é a reflexão sobre o que e como devem ser ou desenvolver estes jovens e está sociedade. (...)O educando, que é, o que deve ser, qual o seu papel no mundo; o educador, quem é, qual o seu papel no mundo; a sociedade, o que é, o que pretende; qual deve ser a finalidade da ação pedagógica. Estes são alguns problemas que emergem da ação pedagógica dos povos para a reflexão filosófica, no sentido de que esta estabeleça pressupostos para aquela.
LUCKESI, C.C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991, p.31-32.
 
Acerca da relação entre filosofia e educação, avalie as afirmações a seguir.
 
I.  A filosofia e a educação possuem como tarefa em comum preparar o jovem para a vida na sociedade, ciente da adaptação que está exige.
II. Tanto a Filosofia quanto a educação pensam a vida humana em seus diferentes contextos, sendo que a educação busca responder aos desafios pedagógicos e a filosofia refletir sobre o porquê e o sentido deles.
III. Enquanto ciência humana, a filosofia exerce sua função de pensar, questionar, provocar o espanto tendo em vista a necessidade do aprofundamento das questões surgidas no e do fazer pedagógico.
IV. A relação entre educação e filosofia é consequência do fato de que educar as gerações compete à escola, ao passo que a filosofia faz parte do currículo escolar do ensino médio e em alguns casos no fundamental.
 
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
II, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
II e III.
	Feedback da resposta:
	Incorreto! Não cabe a educação e nem a filosofia promover acomodação e assimilação da realidade, ao contrário ambas questionam, querem desacomodar, libertar o humano do que não responde à promoção de sua dignidade. É tarefa da educação trabalhar com o desenvolvimento intelectual, moral e ético do sujeito, é tarefa da filosofia refletir como se dá esse processo, como se estabelecem as relações educador – educando. Nisto envolve-se uma concepção de ensino e aprendizagem que a escola impulsiona e com a qual se compromete, mas, se trata de um processo que antecede a instituição escolar, por ela perpassa e continua fora dela.
	
	
	
· Pergunta 8
0 em 1 pontos
	
	
	
	Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência; efetivamente, que outra coisa poderia despertar e pôr em ação a nossa capacidade de conhecer senão os objetos que afetam os sentidos e que, por um lado, originam por si mesmos as representações e, por outro lado, põem em movimento a nossa faculdade intelectual e levam-na a compará-las, ligá-las ou separá-las, transformando assim a matéria bruta das impressões sensíveis num conhecimento que se denomina experiência? Assim, na ordem do tempo, nenhum conhecimento precede em nós a experiência e é com esta que todo o conhecimento tem o seu início.
KANT IMANUEL. Crítica da razão Pura. Edição da Fundação Calouste Gulbenkian Av. de Berna. Lisboa 2001.
 
Leia o que se afirma abaixo e depois assinale a alternativa que corresponde ao pensamento de Kant:
 
I. Imanuel Kant é um empirista e, como tal, acredita que todo aprendizado e ensino deve pautar-se na experiência proporcionada pelos sentidos.
II. Para Kant, o conhecimento começa na experiência (objeto dos sentidos) e posteriormente é processado no intelecto, racionalizado.
III. Segundo Kant, o conhecimento racional precede a experiência proporcionada pelos sentidos, visto que no intelecto já se encontram as impressões do sensível.
IV. Pode-se dizer que Kant realiza uma síntese entre empirismo e racionalismo, sendo o conhecimento resultado de experiência e razão.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
II, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
II e IV.
	Feedback da resposta:
	Incorreto. Visto que em Kant razão e experiência são necessárias no processo de aquisição do conhecimento. A experiência permite acesso as coisas, a racionalidade as separa, assemelha e apreende. 
	
	
	
· Pergunta 9
0 em 1 pontos
	
	
	
	No Livro VIII da República, diálogo de Platão, lê-se na alegoria da Caverna a concepção de educação do Filósofo Platão. A alegoria conta que homens estavam presos, acorrentados em uma caverna enxergando apenas as sombras de outros homens que passavam carregando objetos às costas, quando um deles se libertou e visualizou além das sombras, viu a realidade, voltou para alertar os companheiros, mas não foi compreendido por eles.
 
À luz desta alegoria, é correto afirmar que
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
o filósofo dialoga sobre mentira e verdade no mito citado, procurando mostrar que estamos presos na mentira, uma vez que a verdade cega nossa visão e nos impede o acesso à luz.
	Resposta Correta:
	 
o filósofo entende que a educação é um caminho para os homens se desapegarem do supérfluo, se libertar  da ignorância e buscar a verdade.
	Feedback da resposta:
	Incorreto! Não está em questão as discussões acerca da verdade e da mentira, do processo ser ou não solitário, o que se destaca no mito é a concepção de caminho que pode levar os humanos a compreender melhor a realidade, o que resulta em compromisso com os que ainda não entenderam, com os que ainda se encontram presos a pré conceitos e ilusórias concepções acerca do mundo e da vida.
	
	
	
· Pergunta 10
0 em 1 pontos
	
	
	
	O mundo do compreensível (modelo) é eterno, como eterno é também o Artífice (a inteligência). O mundo sensível, ao contrário, construído pelo Artífice, nasceu, isto é, foi gerado, no sentido vervê-lo e tocá-lo, pois ele tem um corpo e tais coisassão todas sensíveis; e as coisas sensíveis (...) estão sujeitas a processos de geração e são geradas”.
REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario. História da Filosofia. Vol I. p. 143. (Adaptado)
 
O trecho citado pertence à filosofia de Platão, que pode ser situado no período:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Pré-socrático – prevalecia a pergunta pela origem/ princípio de todas as coisas.
	Resposta Correta:
	 
Filosofia Antiga – onde se destaca a lógica, a razão única capaz de alcançar o inteligível.
	Feedback da resposta:
	incorreto.  O pensamento citado refere-se a Platão, filósofo antigo que destacou a razão e a lógica como meio para buscar e atingir a verdade. O filósofo Platão precisa ser situado depois do período pré-Socrático, sendo discípulo de Sócrates, antes da idade média, cujas contribuições para a filosofia se estendem até nossos dias
	
	
	
Sexta-feira, 20 de Março de 2020 17h18min39s BRT