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RESUMO_ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)_ A DIFÍCIL CONSTRUÇÃO pdf

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): A DIFÍCIL CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA 
UNIVERSAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA 
 
INTRODUÇÃO 
 
● Todos somos usuários do SUS, mesmo que paguemos por assistência 
privada. Consumimos serviços que são produzidos para garantir condições 
epidemiológicas/sanitárias e ambientais para toda população. Ex: controle de 
epidemia e pandemia. Ações sanitárias de alimentos, cosméticos, e 
estabelecimentos de saúde. 
 
● Apesar da importância do SUS, há uma discrepância entre a forma que o 
SUS é visto e como ele opera. Isso se deve pela multiplicidade de 
experiências negativas que muitos usuários têm com a insuficiência de 
recursos, falta de coordenação e má qualidade e a forma como esses 
problemas são abordados pela mídia: reforçando o senso comum de que o 
SUS é inferior/público/desvalorizado, apenas para os mais pobres. 
 
● O neoliberalismo representa uma ideologia que prega a redução estatal e 
enaltece os valores do mercado e do dinheiro (ou seja, gosta de privatizar 
tudo, só presta se tiver que pagar/ou for privado). Assim sendo, algo só teria 
valor se pudesse ser convertido em valor monetário. No caso dos sistemas 
públicos de saúde, como o SUS, cujo financiamento, apesar de ser garantido 
pela contribuição de cada cidadão, o uso dos serviços é visto como um 
favor/dívida, e não como direito adquirido pela luta política e social da 
dignidade da vida de cada cidadão. 
 
● Nessa perspectiva, o SUS tende a ser pensado como um SUS para pobres. 
Apesar dos sucessos alcançados, o SUS ainda apresenta inúmeros 
problemas políticos, gerenciais e organizacionais que comprometem seu 
acesso, a distribuição, qualidade e a humanização da atenção prestada à 
população. 
 
O QUE É O “SUS”? 
 
● O SUS pode ser entendido como uma política de Estado construída pelas 
forças sociais que lutaram pela democracia. 
 
● O SUS é uma conquista histórica do povo brasileiro, podendo ser 
considerada a maior política pública nascida. 
 
● O SUS é expressão de uma política de Estado que se fundamenta em uma 
concepção ampliada de saúde, traduzida em valores, diretrizes e dispositivos 
jurídicos. O SUS assume os princípios de universalidade, igualdade e 
integralidade da atenção à saúde. 
 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 
 
● O princípio fundamental do SUS é: a saúde é direito de todos e dever do 
Estado...artigo 196 da Constituição. 
 
● Para o SUS ser universal e todos terem acessos, há as seguintes 
dificuldades: 
Do ponto de vista econômico, ainda que a população não precise pagar pelos 
serviços do SUS (somos todos assegurados pelo Estado, como um convênio 
médico), uma parcela da população não dispõe de recursos para acessá-lo 
(transporte/região/bairros carentes e periféricos). 
Do ponto de vista sociocultural, a principal barreira é a comunicação: entre os 
prestadores de serviços e usuários. 
 
● Para o SUS ser igualitário/justo, há a necessidade de tratar desigualmente os 
desiguais, de modo a alcançar a igualdade de oportunidades de 
sobrevivência e de desenvolvimento pessoal e social entre os membros de 
uma sociedade. Para a noção de equidade, é necessário reconhecer a 
desigualdade entre as pessoas e os grupos sociais. 
 
● Para o SUS ser integrado (integralidade) diz respeito ao leque de ações 
possíveis voltadas a promoção de saúde, prevenção de riscos e agravos e a 
assistência aos doentes. 
 
SITUAÇÃO ATUAL DO SUS 
 
● O SUS se apresenta como uma arena permanente de conflitos, 
enfrentamentos, negociações, pactos, com os quais tenta-se administrar 
crises. 
 
CONCEPÇÕES DISTINTAS DO SUS 
 
- SUS DEMOCRÁTICO: vinculado ao projeto da RSB 
- SUS FORMAL: o da Constituição Federal e das Leis 
- SUS DOS POBRES 
- SUS REAL: espaço de enfrentamento entre projetos políticos distintos 
 
POLÍTICAS E PROGRAMAS ESPECIAIS 
 
A saúde do trabalhador: proteger a saúde de quem trabalha, atuando sobre os 
processos de trabalho e suas relações com saúde e doença. 
 
Saúde da mulher: as doenças nas mulheres tem maior relação com a 
discriminação que sofrem e com suas condições de vida. Mortalidade materna, 
aborto em condições de risco, violência doméstica e sexual, etc. 
 
Saúde da criança:​ atenção a saúde do recém-nascido, aleitamento materno, etc. 
 
Saúde bucal. 
 
Saúde mental: ​consolidado recentemente. 
 
Saúde a população negra: garantir equidade na efetivação do direito à saúde. 
Ampliar o acesso da população negra nos serviços, incluir questionário étnico-racial 
nos processo de educação dos trabalhadores da saúde, controle social, combater 
situações de abuso, exploração e violência. 
 
Saúde dos povos indígenas: taxas de mortalidade dos índios são maiores do que 
a população geral. 
 
Saúde dos homens: ​os homens são mais vulneráveis a doenças crônicas e graves 
e morrem mais precocemente que mulheres. 
 
Saúde do adolescente e do jovem: pessoas de 10 a 24 anos. Grupo com a 
violência como causa principal de morte. A saúde sexual também é um fator 
importante dessa faixa etária. 
 
Saúde da pessoa portadora de deficiência: promover a redução e incidência de 
pessoas com deficiência no país e garantir atenção integral. 
 
Saúde no sistema penitenciário​. 
 
ATENÇÃO DE SAÚDE NO SUS 
 
Atenção primária: prover acesso universal a um amplo de leques de ações de 
saúde, incluindo consultas médicas/odontológicas e de enfermagem. Vacinação, 
curativos, dispensa de medicamentos, palestras e mobilização comunitária. 
 
Atenção secundária e terciária: ofertar serviços de saúde, ambulatoriais e 
hospitalares exigindo a presença de médicos, especialistas e realização de 
procedimentos técnicos. 
 
DESAFIOS DO SUS 
 
O maior desafio é o político, ou seja as dificuldades de mobilização da sociedade 
em prol de um sistema universal e igualitário. 
 
A maior parte do PIB gasto em saúde é privado. Na gestão, encontra-se problemas 
em relação às mudanças de governos, gestores e partidos. 
 
Na infraestrutura, a insuficiência de estabelecimentos, serviços, equipamentos e de 
pessoal de saúde, especialmente em Norte e Nordeste. 
 
Quanto à organização, cabe ressaltar a insuficiência de organização das redes 
regionalizadas e hierarquizadas de serviços de saúde e na baixa efetividade de 
atenção básica.

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