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GE - Tópicos Integradores II - Farmácia - UNI 4 SER

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UNIDADE IV
TÓPICOS INTEGRADORES II -
FARMÁCIA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação:
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD
___________________________________________________________________________
Pereira, Lucas
Tópicos Integradores II Farmácia - Unidade 4 -
Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
___________________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 4
FormaS FarmacÊuTicaS LíQuidaS .................................................................... 6
Soluções .......................................................................................................................................... 6
Xaropes ............................................................................................................................................ 8
elixires .............................................................................................................................................. 9
Tinturas ............................................................................................................................................. 9
espíritos ............................................................................................................................................ 9
Soluções extrativas ........................................................................................................................ 9
SiSTemaS diSPerSoS ............................................................................................... 11
SiSTemaS diSPerSoS – SuSPenSÕeS ................................................................. 11
SiSTemaS diSPerSoS – emuLSÕeS ...................................................................... 13
SiSTemaS diSPerSoS – GÉiS .................................................................................. 14
SiSTemaS diSPerSoS – aeroSSÓiS ..................................................................... 15
FormaS FarmacÊuTicaS SemiSSÓLidaS .......................................................... 16
SiSTemaS TranSdÉrmicoS de LiBeraÇÃo de FármacoS ........................... 19
FormaS FarmacÊuTicaS SÓLidaS ...................................................................... 21
ÓvuLoS e SuPoSiTÓrioS .......................................................................................... 26
4
TÓPicoS inTeGradoreS ii - Farmácia
unidade iv
Para início de converSa
Olá, aluno(a) tudo bem?
Seja muito bem vindo(a) ao quarto módulo da disciplina Tópicos Integradores II – 
Farmácia. Essa unidade trabalhará a Farmacotécnica Avançada e você será apresentado 
aos princípios e tecnologias aplicadas à preparação de formas farmacêuticas e sistemas 
de liberação de fármacos. 
Você aprendeu a base do conhecimento das moléculas nas unidades anteriores, com 
tópicos como Bioquímica e Química Orgânica, nesta unidade você integralizará os 
conteúdos aprendidos e verá a inter-relação entre o desenho de produtos, formulação, 
produção e aplicação clínica de várias formas farmacêuticas nos cuidados aos 
pacientes, bem como será apresentado também as regulamentações e boas práticas 
acerca da produção e manipulação de produtos farmacêuticos.
Ao longo da sua trajetória no curso, um medicamento é um produto que pode ser 
utilizado como agente diagnóstico, de mitigação, tratamento, cura ou prevenção de 
doenças em humanos ou animais. É surpreendente a diversidade de ações e efeitos que 
os medicamentos têm sobre o organismo, podendo ser utilizados em várias condições 
patológicas comuns e raras, que envolvam órgãos, tecidos ou células. No entanto, 
produtos tão importantes como os medicamentos devem seguir padrões criteriosos de 
produção, manipulação, controle de qualidade e de segurança, você deve se preguntar 
quais padrões são esses? Quais técnicas você deve utilizar? Qual a Ciência Farmacêutica 
responsável por estudar esses padrões?
Eu respondo para você, é a Farmacotécnica! A parte das Ciências Farmacêuticas que 
trata da preparação de medicamentos, ou seja, da transformação de drogas (matérias-
primas) em medicamentos. Estuda o preparo, a purificação, as incompatibilidades físicas 
e químicas, e a escolha da forma farmacêutica (xarope, solução, suspensão, cápsulas, 
supositórios, etc.) mais adequada a finalidade pretendida. Então, nessa unidade você é 
convidado a conhecer mais profundamente a Ciência Farmacotécnica, se aperfeiçoar e 
apaixonar pela produção e manipulação de medicamentos. 
Se você ainda não está convencido da importância do estudo da Ciência Farmacotécnica 
para sua vida como profissional farmacêutico, recomendo que você assista os 
vídeos disponíveis nos links a seguir e mergulhe de cabeça no mundo da produção e 
manipulação de medicamentos.
5
veja o vídeo!
https://youtu.be/0EPW3FcPQz8 (Duração 25:11)
https://youtu.be/UmQV02MpvnQ (Duração 6:18)
Espero que aproveite estes vídeos.
Bons estudos!
orienTaÇÕeS da diSciPLina
Para iniciar e finalizar bem a unidade, solicito que você leia com calma os conteúdos 
apresentados, sempre acessando os materiais de apoio disponibilizados, bem como 
realizando as atividades propostas. Desejo uma boa leitura e bastante aprendizado 
pelo caminho.
Durante a Unidade 4 você aprenderá conteúdos importantíssimos relativos à 
Farmacotécnica, que servirão de suporte para sua vida acadêmica e profissional. Serão 
abordados tópicos como: Formas Farmacêuticas Líquidas, Sistemas Dispersos, Formas 
Farmacêuticas Semissólidas, Sistemas Transdérmicos, Formas Farmacêuticas Estéreis 
e Isotônicas, Formas Farmacêuticas Sólidas.
Ao final da unidade, você deverá ler obrigatoriamente na íntegra o livro-texto da 
disciplina para revisar e consolidar os conteúdos trabalhados. Feito isso, você estará 
apto e deverá responder obrigatoriamente o questionário relativo à Unidade 4.
Vamos começar?
https://youtu.be/0EPW3FcPQz8
https://youtu.be/UmQV02MpvnQ
6
FormaS FarmacÊuTicaS LíQuidaS 
Soluções
Para que você entenda, falando em termos físico-químicos, as soluções podem ser preparadas a partir de 
qualquer combinação de um dos três estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso. Isso quer dizer que: 
um soluto sólido pode ser dissolvido em outro sólido, líquido ou gás, isso também acontece com solutos 
líquidos e gasosos, logo, nove tipos de misturas homogêneas podem ser obtidos. Mas, é importante que 
você saiba: em farmácia, o interesse em soluções é limitado, em grande parte, as preparações de solutos 
sólidos e líquidos e, com menos frequência, de solutos gasosos em um solvente líquido.
Você deve estar se perguntando, mas o que são soluções? Na linguagem farmacêutica, “soluções 
são preparações líquidas que contêm uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em um solvente 
adequado ou em uma mistura de solventes mutuamente miscíveis”. De acordo com uso destinado, as 
soluções farmacêuticas podem ter diferentes classificações: como oral, ótica, oftálmica ou tópica. 
Guarde eSSa ideia!
É importante que você saiba, que dependendo da sua composição e finalidade do uso, 
as soluções ainda podem ser classificadas como: xaropes, elixires, espíritos, águas 
aromáticas, tinturas, extratos fluidos, soluções otológicas, soluções nasais, soluções 
oftálmicas e, aquelas preparadas para ser estéreis e livres de pirogênios, destinadas a 
administração parenteral, são classificadas como injetáveis, etc.
viSiTe a PáGina
Para entender um pouco mais sobre as diferentes formas 
farmacêuticas líquidas,você deve acessar a página disponível 
no link a seguir: http://dicasdefarmacia.com.br/resumo/forma_
farmaceutica_liquidas.html
Meu aluno (a), na maioria das vezes, essas preparações destinam-se a prover efeitos sistêmicos e, o fato 
de serem administradas na forma de soluções significa que são solúveis em sistemas aquosos e que sua 
absorção no trato gastrointestinal para a circulação sistêmica pode ocorrer mais rapidamente do que se 
outro tipo de forma farmacêutica fosse o escolhido para “entregar” a mesma substância ativa.
Você pode estar se perguntando por que escolher uma forma farmacêutica líquida dentre tantas outras 
disponíveis, quais as vantagens dessa forma farmacêutica? As formas farmacêuticas líquidas apresentam 
como vantagens a facilidade de administração (formas farmacêuticas líquidas são mais bem aceitas 
pelos pacientes e facilmente administradas), a flexibilidade de posologia (formas farmacêuticas líquidas 
permitem uma adequação da dosagem, sendo normalmente acompanhadas de um copinho medidor), a 
http://dicasdefarmacia.com.br/resumo/forma_farmaceutica_liquidas.html
http://dicasdefarmacia.com.br/resumo/forma_farmaceutica_liquidas.html
7
absorção mais rápida e eficiente (como mencionado anteriormente, a absorção de fármacos que já estão 
em solução facilita a absorção desses no trato gastrointestinal). Mas, como você já deve esperar, também 
existem desvantagens em optar por formas farmacêuticas líquidas, como: se o fármaco for instável em 
solução; quando o fármaco apresenta problemas organolépticos (estéticos, como: sabor, odor); essas 
formulações são propensas a contaminação microbiana e; dependendo do paciente e do nível de instrução 
dele também será um problema a imprecisão de medidas de posologia.
Normalmente, as soluções são preparadas e você terá que expressar a concentração dessas soluções de 
alguma maneira, a concentração das preparações farmacêuticas é expressa em porcentagem, como você 
pode observar abaixo:
•	 p/v: Peso da substância dissolvida em 100 mL de solução (sólido-líquido);
•	 p/p – Peso da substância dissolvida em 100g de excipiente (sólido-sólido);
•	 v/v – Volume da substância dissolvida em 100mL de solução (líquido-líquido).
dicaS
É importante que você saiba também que alguns fatores interferem na solubilidade do 
soluto nas soluções, estão entre os principais: pH do solvente; agitação; temperatura 
e pressão; tamanho de partícula do soluto; constante dielétrica do solvente; co-
solventes. Algumas substâncias químicas em determinado solvente requerem maior 
tempo para se dissolverem, então, para acelerar a dissolução, várias técnicas podem 
ser empregadas pelo farmacêutico, como: aplicar calor, reduzir o tamanho de partícula 
do soluto, usar agente solubilizante ou submeter os componentes a agitação vigorosa. 
A maioria das substâncias químicas é mais solúvel em temperaturas elevadas, por isso 
o aquecimento pode ser utilizado para aumentar a velocidade de dissolução. Mas muito 
cuidado deve ser tomado ao utilizar o aquecimento para facilitar a dissolução, pois 
muitos fármacos são degradados em temperaturas elevadas, e a vantagem da rápida 
dissolução pode ser suprimida pela degradação da substância ativa.
Além ou em vez de elevar a temperatura do solvente para aumentar a velocidade de 
dissolução, o farmacêutico pode optar pela redução do tamanho de partícula do soluto, 
que pode ser feito com gral e pistilo em pequena escala ou um micronizador industrial 
em grande escala. A redução do tamanho de partícula aumenta a área superficial do 
soluto, fazendo que aumente também a velocidade desse soluto no solvente desejado.
Normalmente uma solução é composta por: um ou mais solutos dissolvidos em um 
único solvente ou mistura de solventes e, tem-se sempre a presença de excipientes 
para melhorar ou estabilizar alguma propriedade da solução, dentre os mais utilizados 
e importantes para que você saiba estão: corretivos de pH; solubilizantes e tensoativos; 
conservantes; antioxidantes; corantes; aromatizantes; edulcorantes. É importante que 
você saiba também que dentre os solventes mais utilizados para o preparo de soluções 
estão: água; álcool; glicerina; propilenoglicol; polietilenoglicol; sorbitol.
8
Xaropes
 
Em relação aos xaropes, é importante que você saiba que xaropes são soluções aquosas concentradas 
de açúcar (até 85%) ou um substituto, que podem ou não conter adição de fármacos e flavorizantes. Os 
xaropes que não possuem substâncias medicinais são denominados xaropes não medicamentosos ou 
veículos flavorizados. Os xaropes são uma forma farmacêutica agradável para se administrar fármacos 
de sabor desagradável, ou para administração de medicamentos a crianças, uma vez que o seu sabor 
agradável elimina a relutância em tomar o medicamento. Talvez os fármacos mais frequentemente 
administrados na forma de xaropes sejam os antitussígenos e anti-histamínicos.
Normalmente os principais componentes encontrados nos xaropes são: água purificada, o fármaco, 
açúcar (sacarose ou um substituto para edulcorar e aumentar a viscosidade), conservantes, flavorizantes 
e corantes. Muitos dos xaropes disponíveis comercialmente contêm também: solventes especiais, 
solubilizantes, espessantes ou estabilizantes. Como já mencionado, a sacarose é o açúcar empregado 
com mais frequência na maioria dos xaropes, mas, é importante que você saiba, que em circunstâncias 
especiais, ela pode ser substituída completamente ou em parte por outros açúcares ou substâncias 
como sorbitol, glicerina e propilenoglicol. Para pacientes diabéticos, a sacarose pode ser substituída por 
metilcelulose ou hidroximetilcelulose produzindo uma viscosidade muito semelhante, e como agentes 
edulcorantes, sacarina e aspartame são bastante utilizados produzindo um xarope excelente e muito 
similar ao de sacarose.
Em relação a sua preparação, os xaropes podem ser preparados geralmente por quatro métodos gerais, 
esses métodos, bastante conhecidos são: dissolução com aquecimento; dissolução por agitação vigorosa a 
frio; adição de sacarose em uma solução medicamentosa pronta ou em um líquido flavorizado; percolação 
da fonte de substância ativa ou da sacarose. Algumas vezes, mais de um desses métodos podem ser 
utilizados, e a seleção pode ser apenas uma questão de preferência do farmacêutico.
veja o vídeo!
Para entender um pouco mais sobre os xaropes e sua manipulação, 
assista os vídeos a seguir: 
https://youtu.be/J9b-Sq80B0w (Duração: 4:33)
https://youtu.be/GbJmU6w_CyE (Duração: 5:02).
https://youtu.be/J9b-Sq80B0w
https://youtu.be/GbJmU6w_CyE
9
elixires
Tendo aprendido o que são xaropes, você agora está pronto para conhecer os elixires. São preparações 
farmacêuticas líquidas, límpidas, hidroalcóolicas, edulcoradas e normalmente flavorizadas que apresentam 
um teor alcoólico na faixa de 20 a 50%. Os elixires geralmente possuem em sua composição: água, um 
ou mais co-solventes (glicerina, propilenoglicol, sorbitol), edulcorantes artificiais e corantes. Comparados 
aos xaropes, os elixires são menos doces e menos viscosos, pois contêm menor proporção de açúcar, 
entretanto, por seu caráter hidroalcóolico, os elixires são mais adequados para manter em solução 
componentes solúveis em álcool e água.
Uma vantagem dos elixires em relação às formas sólidas reside na flexibilidade e facilidade de 
administração em pacientes que têm dificuldade em engolir, no entanto, como desvantagem, os elixires 
contêm etanol, não sendo adequado para crianças e adultos que devem evitar a ingestão de álcool. Os 
elixires são preparados por dissolução simples com agitação e/ou mistura de dois ou mais líquidos. Os 
componentes geralmente são dissolvidos separadamente no seu respectivo solvente e depois a porção 
aquosa é acrescentada a alcoólica.
Tinturas
É importante que você saiba que tinturas são soluções alcoólicas ou hidroalcóolicas preparadas partir de 
matérias-primas vegetais ou substâncias químicas. Dependendo da preparação, as tinturas contêm etanol 
em quantidades que variamde 15 a 80%. Devido ao seu teor alcoólico bastante elevado, alguns médicos 
e pacientes preferem utilizar outras formas farmacêuticas.
espíritos
Tendo aprendido o que são as tinturas, agora você pode entender o que são espíritos. São soluções alcoólicas 
ou hidroalcóolicas de substâncias voláteis que possuem concentração alcoólica elevada, geralmente acima 
de 60%. Os espíritos podem ser preparados por dissolução simples, maceração ou destilação.
Soluções extrativas
Após apresentar a você as tinturas e os espíritos, chegou a vez das soluções extrativas, são soluções 
obtidas por dissolução parcial de uma droga de composição heterogênea, pois o solvente utilizado apenas 
dissolve alguns constituintes da droga, ficando a maior parte desta por dissolver. Outra informação 
importante para você é que as tinturas e os extratos são os produtos farmacêuticos mais preparados por 
meio de extração.
10
Guarde eSSa ideia!
É importante que você conheça os principais métodos oficinais de extração, estão 
entre eles: 
•	 Maceração/Lixiviação – a droga é pulverizada em contato direto com o líquido 
extrator à temperatura ambiente.
•	 Digestão – preparada com aquecimento direto das partes da droga na faixa de 
30 – 40 °C.
•	 Infusão – preparada por aquecimento indireto, primeiro o solvente é fervido, depois 
é filtrado sobre as partes da droga.
•	 Decocção – aquecimento direto das partes da droga com o solvente até a ebulição.
Tendo aprendido algumas formas farmacêuticas líquidas bem como seus métodos de preparo, é importante 
te mostrar agora o material de acondicionamento dessas formas farmacêuticas líquidas. São utilizados 
principalmente fracos de vidro ou de plástico e, é importante manter essas formulações em local seco e 
arejado, visto que calor, luz e umidade podem levar a degradação ou crescimento de microrganismos na 
preparação. Em relação ao controle de qualidade dessas formas farmacêuticas líquidas, é importante que 
você saiba que os principais testes realizados são: descrição do aspecto; volume médio; densidade; pH; 
teor; viscosidade e controle microbiológico.
veja o vídeo!
Para entender um pouco mais sobre as formas farmacêuticas 
líquidas e fixar o conteúdo apresentado, assista o vídeo disponível 
no link a seguir: https://youtu.be/f1NWKBus-lQ (Duração 5:15).
https://youtu.be/f1NWKBus-lQ
11
SiSTemaS diSPerSoS
Tendo aprendido um pouco sobre as formas farmacêuticas líquidas homogêneas (soluções), agora você 
poderá adentrar de cabeça no mundo das preparações líquidas contendo fármacos não dissolvidos ou 
imiscíveis que se encontram uniformemente distribuídos no veículo (solvente). Nessas preparações, a 
substância dissolvida é chamada fase dispersa, e o veículo é denominado fase dispersante, em conjunto 
eles produzem o sistema disperso. Normalmente, as partículas da fase dispersa são materiais sólidos 
insolúveis no meio dispersante, mas a fase dispersa também pode ser um líquido insolúvel e imiscível na 
fase dispersante, nesse caso são chamadas de emulsões. A fase dispersa também pode ser formada por 
pequenas bolhas de ar em uma solução ou emulsão, nesse caso são chamados de aerossóis. O tamanho 
das partículas dispersas pode variar muito, desde partículas muito grandes e visíveis a olho nu, até 
aquelas de dimensão coloidal variando entre 1 nm e 0,5 mM.
Guarde esta informação dependendo do tamanho de partícula, as dispersões podem ser classificadas de 
diferentes formas: partículas grandes – dispersões grosseiras (10 a 50 mM), compreendem as suspensões 
e emulsões; partículas de menor tamanho – dispersões finas (0,5 a 10 mM); partículas com dimensões 
coloidais – dispersões coloidais.
SiSTemaS diSPerSoS – SuSPenSÕeS
PaLavraS do ProFeSSor
Agora que você entendeu o que é um sistema disperso, vamos falar especificamente sobre as suspensões, 
que são preparações que contêm partículas de fármaco finamente divididas (fase interna), distribuídas 
de modo uniforme em um veículo no qual esse fármaco exibe solubilidade mínima. Em se tratando de 
suspensões medicamentosas, algumas já são encontradas prontas para uso, o que quer dizer que as 
partículas já estão dispersas devidamente em um veículo líquido, que pode conter ou não estabilizantes e 
outros adjuvantes farmacêuticos. Mas também são encontradas preparações nas formas de pós destinados 
a suspensão em veículos líquidos, esse tipo de preparação geralmente consiste em uma mistura de pós, 
contendo o fármaco e agentes suspensores, a qual deve ser diluída e agitada com quantidade específica 
de veículo que normalmente é a água purificada. Fármacos instáveis normalmente apresentam-se como 
pó para reconstituição por meio de um veículo aquoso no momento da administração.
Dentre as razões para o uso de suspensões, é importante que você saiba que muitas substâncias são 
instáveis em solução, porém estáveis em suspensão. Logo, a suspensão garante estabilidade química e 
permite a administração de uma forma farmacêutica líquida, preferível a sólida devido a maior facilidade 
de deglutição e flexibilidade da administração de diferentes doses. Essa característica é particularmente 
importante quando pensamos em pacientes lactente, crianças e idosos. Além da eficácia terapêutica, 
estabilidade química dos componentes da formulação, durabilidade da preparação e aparência, algumas 
outras características são desejadas em uma suspensão: sedimentação lenta e redispersão fácil após 
agitação suave do recipiente; o tamanho de partícula da fase dispersa deve permanecer constante por 
longos períodos; a suspensão deve escoar rápida e uniformemente do recipiente.
12
dica
É importante que você saiba, que durante o preparo de uma suspensão, o farmacêutico 
deve conhecer muito bem as características da fase dispersa e da dispersante. Em 
alguns casos os fármacos apresentam pouca afinidade pelo veículo que será empregado 
e, consequentemente, não são molhados com facilidade pelo veículo e tendem a 
formar grumos ou flutuar na superfície do líquido. Quando isso acontece, o pó deve ser 
molhado com antecedência para torná-lo mas penetrável pela fase dispersante. Para 
um veículo aquoso, geralmente álcool, glicerina e propilenoglicol são utilizados como 
agentes molhantes. Essa mistura com agentes molhantes pode ser feita com auxílio de 
gral e pistilo (em pequena escala) ou em um moinho coloidal (em grande escala). 
Após molhar o pó, o meio dispersante é então adicionado e completamente misturado. 
Uma parte do veículo deve ser utilizada para lavar o equipamento de mistura e só depois 
disso completar o volume final da suspensão, para garantir que ela tenha a concentração 
desejada. Para finalizar, o produto final deve ser passado em um moinho coloidal ou 
outro misturados para obtenção de uma preparação uniforme. Sempre que necessário, 
deve-se utilizar conservantes, os parabenos (metilparabeno e propilparabeno) são 
os normalmente utilizados. Em relação ao acondicionamento, todas as suspensões 
devem ser acondicionadas em recipientes de boca larga, deixando espaço suficiente 
acima do líquido para permitir a agitação e facilitar o escoamento. Devem também ser 
armazenadas em recipientes hermeticamente fechados e protegidos de congelamento, 
calor excessivo e luz.
veja o vídeo! 
Para entender um pouco mais sobre as suspensões e ver como 
elas são preparadas, assista os vídeos a seguir: 
https://youtu.be/al_F6HoVX0U (Duração: 4:49). 
https://youtu.be/ggktjW2NkAg (Duração: 4:43).
https://youtu.be/al_F6HoVX0U
https://youtu.be/ggktjW2NkAg
13
SiSTemaS diSPerSoS – emuLSÕeS
Agora que você já entendeu o que é uma suspensão, seguimos com estudo das emulsões. Uma emulsão 
é uma dispersão em que a fase dispersa é composta de pequenos glóbulos de um líquido em um veículo 
no qual é imiscível. Duas fases distintas também são observadas nas emulsões, a fase dispersa é a fase 
interna e a fase dispersante é a fase externa, ou contínua. As emulsões podem se apresentar de duas 
formas: óleo-em-água (O/A) ou água-em-óleo (A/O). Para preparar umaemulsão estável, uma terceira 
fase é necessária, chamada de emulgente (tensoativo, faz o contato entre as duas fases). A viscosidade 
de uma emulsão pode variar bastante, tudo depende dos constituintes, e as emulsões podem apresentar-
se como preparações líquidas ou semissólidas. 
Meu caro(a), saiba que a etapa inicial para preparação de uma emulsão é a seleção do emulgente. O 
emulgente deve ser compatível com os outros componentes da formulação e não interferi na estabilidade 
ou eficácia do agente terapêutico. Os principais emulgentes utilizadas nas emulsões farmacêuticas são: 
carboidratos (goma arábica, pectina, etc.); substâncias proteicas (gelatina, gema do ovo, caseína); álcoois 
de elevada massa molecular (álcool esteárico, álcool cetílico, etc.) e; tensoativos (oleato de trietanolamina, 
lauril sulfato de sódio, etcc.); sólidos finamente divididos (argilas coloidais, hidróxido de magnésio e 
hidróxido de alumínio, etc).
E ainda é importante que você saiba que as emulsões podem ser preparadas de diferentes formas 
dependendo da natureza dos seus constituintes, em pequena escala elas podem ser preparadas utilizando 
um gral de porcelana e um pistilo, um homogeneizador de bancada, entre outros. Em grande escala, 
tanques misturadores podem ser utilizados. O emulgente pode ser misturado com óleo antes da adição da 
água, ou pode ser adicionado a água antes da adição do óleo, depende das propriedades dos materiais, 
em ambos os casos a outra fase é incorporada lentamente para formar a emulsão.
Você está com alguma dúvida? Precisa de ajuda para esclarecer algum conteúdo?
Estamos a sua disposição, basta sinalizar.
veja o vídeo! 
Para entender um pouco mais sobre as emulsões e ver como elas 
são preparadas, assista os vídeos a seguir: 
https://youtu.be/_cSpQd7go-A 
(Duração: 4:31). 
https://youtu.be/K6bYCIV8Yzg 
(Duração 35:04). 
https://youtu.be/M9VS9Go68tY 
(Duração 4:01)
https://youtu.be/_cSpQd7go-A
https://youtu.be/K6bYCIV8Yzg
https://youtu.be/M9VS9Go68tY
14
SiSTemaS diSPerSoS – GÉiS
Você agora está ponto para aprender sobre outra forma farmacêutica, os géis. São sistemas semissólidos 
constituídos por dispersões de pequenas partículas inorgânicas ou de grandes moléculas orgânicas 
interpenetradas por um líquido. Também podem ser definidos como sistemas semissólidos que consistem 
em dispersões de pequenas ou grandes moléculas em um veículo líquido aquoso que adquire a consistência 
semelhante às geleias pela adição de um agente gelificante. Alguns agentes gelificantes que podem ser 
citados são: carbômero 934, carboximetilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose. Os géis são divididos em 
géis de fase única: aqueles nos quais as macromoléculas estão uniformemente distribuídas por todo 
o líquido, sem ligações aparentes entre elas e o líquido e; sistemas de duas fases: gel constituído de 
floculos de pequenas partículas distintas, também chamado de magma.
Algumas características que você deve conhecer dos géis: possuem consistência de gelatina, 
transparentes e TIXOTROPIA (fenômeno associado à diminuição da viscosidade do sistema provocado 
por forças mecânicas, sendo, porém, reversível quando em repouso); são livres de gordura, cujo teor de 
água á bastante alto, logo, a possibilidade de contaminação é alta; possuem baixíssima penetrabilidade 
cutânea, o uso álcool isopropílico e propilenoglicol aumenta a penetração cutânea; na sua formulação 
contém gelificantes, umectantes, conservantes, antioxidante, quelantes e outros.
Uma das formas de preparação dos géis é pela precipitação da fase dispersa, para obter um grau fino de 
subdivisão das partículas, conferindo assim um caráter gelatinoso. Também é possível preparar géis por 
meio da hidratação direta de substâncias inorgânicas, em que a forma hidratada constitui a fase dispersa. 
Alguns veículos não aquosos podem ser utilizados para melhorar a formação de gel, como propilenoglicol, 
o proprilgalato e a hidroxiproprilcelulose. Para garantir a uniformidade da dosagem, os géis devem ser 
agitados antes do uso, essa informação deve ser incluída na embalagem do produto.
veja o vídeo! 
Para entender um pouco mais sobre os géis e ver como eles são preparados, assista os 
vídeos a seguir: 
https://youtu.be/d0MmqWrF2ds
(Duração 2:44)
https://youtu.be/5YNJ7VF9tdQ
(Duração 30:40)
https://youtu.be/2M7VVMSTxYo
(Duração 5:46)
https://youtu.be/3JvomIs_GsY
(Duração 3:01).
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https://youtu.be/d0MmqWrF2ds
https://youtu.be/5YNJ7VF9tdQ
https://youtu.be/2M7VVMSTxYo
https://youtu.be/3JvomIs_GsY
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???
SiSTemaS diSPerSoS – aeroSSÓiS
Nesse tópico você aprenderá um pouco sobre os aerossóis, formas farmacêuticas pressurizadas que, 
quando acionadas, emitem uma fina dispersão de materiais líquidos e/ou sólidos que contêm uma ou 
mais substâncias ativas em forma gasosa. Os aerossóis diferem da maioria das formas farmacêuticas em 
relação a dependência da embalagem, válvula e adjuvante (o propelente) para que ocorra a liberação física 
do medicamento na forma apropriada. O recipiente do aerossol é chamado de embalagem pressurizada, 
a pressão é aplicada ao sistema por meio de um ou mais propelentes gasosos. A ativação da válvula do 
aerossol faz com que a pressão exercida pelo propelente force o conteúdo da embalagem a passar pela 
abertura da válvula. A forma física dos conteúdos que são emitidos depende da formulação do produto 
e do tipo de válvula da embalagem. O conteúdo expelido pode ter a forma de uma fina neblina, uma 
dispersão grosseira úmida ou seca, um jato ou uma espuma estável ou que se desfaz rapidamente, vai 
depender do uso ao qual se destina a formulação do aerossol.
Algumas vantagens dos aerossóis em relação a outras formas farmacêuticas são: remoção do medicamento 
sem exposição ou contaminação do material remanescente; os fármacos dentro da embalagem estão 
protegidos de degradação frente ao oxigênio atmosférico, ou da ação da luz, bem como a esterilidade 
pode ser mantida durante todo o tempo de prateleira do produto; aplicação de medicamentos tópicos sem 
que a área afetada seja tocada, além da rápida volatização do propelente proporcionar ação refrescante; 
a dose do medicamento pode ser controlado por meio do uso de válvulas especiais (dosificadoras); além 
disso, a aplicação do aerossol é um processo limpo, requer pouca ou nenhuma lavagem pelo usuário.
vocÊ SaBia?
Você sabe qual é a eficácia de um aerossol farmacêutico? Pois é, depende da obtenção da 
correta combinação de formulação, recipiente e válvula. Como você deve esperar, a formulação 
não deve interagir quimicamente com os componentes da embalagem ou da válvula, nem 
interferir na estabilidade da formulação ou na integridade da operação do sistema. 
A embalagem e a válvula devem ser capazes de resistir à pressão exigida pelo e à 
corrosão, e a válvula deve contribuir para a forma do produto a ser emitido. Para o 
envasamento os hidrocarbonetos fluorados podem ser liquefeitos por resfriamento 
abaixo do seu ponto de ebulição ou por compressão do gás à temperatura ambiente. Em 
relação ao uso, o farmacêutico deve orientar os pacientes, que deve ser informado se o 
inalador necessita de agitação antes do uso, como segurá-lo entre o dedo indicador e o 
polegar, deve ser instruído sobre a coordenação entre a inalação e atuação do inalador 
ao liberar uma dose. Por sim, também deve ser orientado a prender a respiração por 
alguns segundos, para obter o máximo de benefício do medicamento.
viSiTe a PáGina
Para entender um pouco mais sobre os aerossóis e ver como eles 
são preparados, acesse o link a seguir: http://dicasdefarmacia.
com.br/resumo/forma_farmaceutica_gasosa.html
http://dicasdefarmacia.com.br/resumo/forma_farmaceutica_gasosa.html
http://dicasdefarmacia.com.br/resumo/forma_farmaceutica_gasosa.html
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FormaS FarmacÊuTicaS SemiSSÓLidaS
Agora você irá conhecer um pouco mais sobre as preparações farmacêuticas semissólidas, são formas 
farmacêuticas destinadas à aplicação tópica. Bons exemplos de formas farmacêuticas semissólidas são 
aspomadas, cremes e géis, que podem ser aplicadas sobre a pele ou na superfície do olho, ou ainda, 
utilizadas por via nasal, vaginal ou retal. Essas preparações são utilizadas tanto por seus efeitos locais 
quanto sistêmicos, devendo-se considerar sempre o perigo de absorção sistêmica para gestantes ou 
lactantes. As preparações semissólidas para uso tópico são denominadas produto dermatológico tópico 
e são utilizadas para tratamento de alterações dérmicas, tendo a pele como órgão-alvo. Já os produtos 
Transdérmicos são planejados para liberar o fármaco para circulação geral e, consequentemente, produzir 
efeitos sistêmicos, onde a pele não é o órgão-alvo.
Para você ficar bem informado, é necessário que você saiba que as pomadas são preparações 
semissólidas destinadas à aplicação sobre a pele ou as membranas mucosas, podendo conter substâncias 
medicamentosas ou não (protetoras, emolientes ou lubrificantes). As bases das pomadas podem 
ser empregadas por seus efeitos físicos ou como veículos para pomadas medicamentosas. Algumas 
características importantes das pomadas são: elas podem ser utilizadas para proteger um ferimento 
cutâneo do meio ambiente, promover a hidratação e lubrificação da pele, além disso, elas devem ter 
boa aderência a pele ou mucosas, devem amolecer ou fundir com a temperatura corporal, não devem 
apresentar arenosidade. A maioria das pomadas possui excipientes não-aquosos de fase única, são 
untuosas, apresentam aspecto homogêneo (uma única fase, consistência mole, inerte, inodora, física 
e quimicamente estável. As pomadas também devem possuir compatibilidade com a pele e com os 
fármacos, pois são veículos para fármacos medicamentosos.
Segundo a farmacopeia americana (United States Pharmacopeia – USP), as bases das pomadas podem 
ser classificadas em quatro grupos: bases hidrofóbicas, bases de absorção, bases removíveis por água 
e bases hidrossolúveis. Em relação as características, as bases hidrofóbicas são denominadas bases 
de hidrocarbonetos, produzem um efeito emoliente, protegem quanto a perda de umidade, além de 
agir como agentes oclusivos. As pomadas com bases hidrofóbicas podem permanecer sobre a pele por 
longos períodos sem ressecar e, por serem imiscíveis com água, são de difícil remoção por lavagem. 
Alguns exemplos de bases hidrofóbicas que você deve conhecer são: vaselina, vaselina branca, pomada 
amarela (cera amarela 5% + vaselina 95%) e pomada branca (cera branca + vaselina branca). Outra 
característica importante que você deve conhecer é que quando se deseja a incorporação de pós em uma 
base hidrofóbica, a vaselina líquida pode ser utilizada como agente de levigação.
Você também precisa saber que as bases de absorção podem ser de dois tipos: as que permitem a 
incorporação de soluções aquosas, resultando na formação de uma emulsão água-em-óleo (A/O), 
como exemplo temos o petrolato hidrofílico. Temos também aquelas que já são emulsões A/O (bases 
emulsionadas), que possibilitam a incorporação de quantidades adicionais de soluções aquosas como 
a lanolina. Essas bases de absorção não oferecem o mesmo grau de oclusão das hidrofóbicas, nem são 
facilmente removíveis por lavagem, uma vez que a fase externa é oleosa. As bases de absorção são 
úteis como coadjuvantes farmacêuticos por permitirem a incorporação de pequenos volumes de soluções 
aquosas em bases hidrofóbicas. A incorporação segue a seguinte ordem, primeiro há a adição da solução 
aquosa na base de absorção, e depois a incorporação da mistura na base hidrofóbica.
17
Meu aluno(a), as bases removíveis pela água são emulsões óleo-em-água (O/A) semelhantes aos cremes, 
são facilmente retiradas da pele com água, por isso são também chamadas de bases laváveis, elas podem 
ser diluídas com água ou em soluções aquosas, a pomada hidrofílica USP é um exemplo dessa base. 
Para finalizar as bases das pomadas, você deve conhecer as bases hidrossolúveis, bases essas que não 
contém componentes oleosos, são completamente laváveis e por isso são chamadas “não oleosas; essas 
bases amolecem muito com adição de água e por isso não são adequadas para incorporação de grandes 
quantidades de soluções aquosas, são utilizadas principalmente para veiculação de substâncias sólidas. 
A pomada de polietilenoglicol é um exemplo dessa base.
Você deve saber que a seleção da base apropriada depende da avaliação cuidadosa de vários fatores, 
como: a velocidade necessária de liberação do fármaco a partir da base da pomada; se a absorção deve ser 
percutânea ou tópica; se é desejável a oclusão da umidade da pele; qual a estabilidade do fármaco na base 
da pomada; a influência do fármaco sobre a consistência ou outras propriedades da base; se é desejável 
que a base seja facilmente removida por lavagem com água; bem como as características da superfície 
na qual será aplicada a pomada. É importante que você saiba que dois métodos gerais são utilizados 
para preparação de pomadas: a incorporação, onde os componentes são misturados até ser obtida uma 
preparação uniforme e; a fusão, onde todos ou alguns componentes de uma pomada são combinados e 
fundidos juntos para, em seguida, são mantidos sob agitação constante até o resfriamento e solidificação. 
Você também deve saber que alguns testes são exigidos para as pomadas, como: carga microbiana; 
conteúdo mínimo (determinação da massa ou do volume do produto); em relação ao acondicionamento 
(deve ser feito em frascos de boca larga, tubos de metal ou plásticos); o armazenamento (deve ser feito 
em recipientes bem fechados, e em locais frescos); em relação a rotulagem (deve conter o tipo de base 
utilizada – se solúvel ou insolúvel em água).
Tendo aprendido um pouco sobre as pomadas, você será apresentado agora sobre outro tipo de forma 
farmacêutica semissólida, os cremes. São preparações semissólidas que contêm um ou mais agentes 
medicinais dissolvidos ou dispersos em emulsões óleo-em-água (O/A) ou água-em-óleo (A/O) ou em 
outros tipos de bases removíveis por água”. São utilizados principalmente em produtos para aplicação 
tópica sobre a pele e naqueles de aplicação retal ou vaginal. Muitos pacientes e médicos preferem 
cremes às pomadas devido a maior facilidade de espalhamento e remoção. Um exemplo são os cremes 
evanescentes compostos por: hidróxido de potássio, Metilparabeno, Água + ácido esteárico, óleo mineral 
leve e lanolina anidra. 
18
Para reFLeTir
Anteriormente nesse texto, você já ouviu falar de outro tipo de formas farmacêuticas 
semissólidas, os géis, se tiver deixado passar, retorna no texto e revisa para fixar o 
conteúdo. Para finalizar esse tópico vou te apresentar outras preparações semissólidas 
que você deve conhecer: as preparações transdérmicas: são pomadas, cremes e/ou géis 
que permitem a administração sistêmica de fármacos. Para isso, essas preparações 
frequentemente contêm promotores de absorção no veículo, tais como: dimetilsulfóxido 
(DMSO), etanol, propilenoglicol, PEG, ureia, dimetilacetamida, laurilsulfato de 
sódio, lectina, terpenos, entre outros; os emplastos: são massas adesivas sólidas ou 
semissólidas espalhadas em uma cobertura de papel, tecido, molesquim (tipo de tecido 
que imita couro) ou plástico, eles são aplicados sobre a pele para proporcionar um 
contato prolongado com o local de ação; e as pastas: que são preparações semissólidas 
destinadas à aplicação sobre a pele, geralmente contêm uma proporção maior de 
material sólido (cerca de 25% ou mais) do que as pomadas e, por isso, apresentam 
consistência firme, estão entre as características das pastas: devem ter pós finamente 
divididos, devem possuir ligeiro efeito secante, onde a água seca e fica o pó na pele, 
são ótimas para absorverem exsudatos cutâneos e são indicadas para lesões com 
tendência a formação de crostas.
veja o vídeo! 
Para entender um pouco mais sobre as pomadas e ver como elas são 
preparadas, acesse o link a seguir: https://youtu.be/5QG2BavsN4c 
(Duração 6:53)
https://youtu.be/5QG2BavsN4c
19
SiSTemaS TranSdÉrmicoS de LiBeraÇÃo de FármacoSPara continuar seu estudo nessa unidade, te convido agora a conhecer os sistemas transdérmicos 
(patches transdérmicos), eles são desenhados para que a substância ativa atinja a circulação sistêmica. 
Podem ser classificados em dois tipos: sistemas monolíticos e sistemas controlados por membranas. Nos 
sistemas monolíticos, o fármaco é incorporado em uma camada matricial. Essa matriz, na qual o fármaco 
está disperso, é composta de um material polimérico que controla a liberação do fármaco, tornando-o 
disponível para a absorção percutânea. Na preparação dos sistemas monolíticos, o fármaco e o polímero 
são dissolvidos ou misturados, formando uma matriz que é submetida a uma operação de secagem. A 
maioria dos sistemas transdérmicos de liberação de fármacos é projetada para conter excesso de fármaco 
e manter a capacidade de liberação além do tempo recomendado para a substituição do adesivo. Esse 
excesso assegura disponibilidade e absorção contínuas do fármaco a partir de um sistema transdérmico 
até que o mesmo seja substituído por um novo.
É importante que você saiba que os sistemas transdérmicos de liberação de fármacos controlados por 
membrana contêm um reservatório de fármaco, usualmente na forma líquida ou de gel, uma membrana 
que controla a velocidade de liberação e camadas anterior, adesiva e de proteção. A vantagem desses 
sistemas controlados por membrana é que a velocidade de liberação permanece constante, uma vez que 
a solução do fármaco no reservatório permanece saturada. Em sistemas com membranas, uma pequena 
quantidade de fármaco frequentemente é adicionada à camada adesiva para dar início à absorção e 
ao aparecimento do efeito farmacoterapêutico tão logo seja aplicado sobre a pele. Esses sistemas 
controlados por membrana podem ser preparados por meio da pré-construção da unidade de liberação, 
do enchimento do reservatório do fármaco e selagem ou por laminação, em um processo contínuo de 
construção, dosagem e selagem.
Você deve saber também que a velocidade de transporte do fármaco em todos os tipos de sistemas 
transdérmicos de liberação de fármacos, seja ele monolítico ou com membrana, é controlada por uma 
membrana artificial ou natural (a pele). Os sistemas transdérmicos de liberação de fármacos são acondicionados 
em embalagens individuais lacradas, para proteção e preservação até o uso. O polibutilacrilato é geralmente 
o material utilizado como agente adesivo, e as membranas de liberação do fármaco são geralmente 
preparadas a partir do polietileno, com estruturas microporosas de diferentes diâmetros e poro para garantir 
o ajuste às especificações requeridas para cada sistema transdérmico de liberação de fármacos. Os sistemas 
transdérmicos devem conter algumas características que apresento agora a você: liberar o fármaco na pele 
para absorção percutânea em níveis terapêuticos e com um fluxo ótimo; possuir agentes medicinais com as 
características físico-químicas necessárias para a adequada liberação; ocluir a pele para garantir um fluxo 
unidirecional do fármaco; não ser irritante ou sensibilizante para a pele; aderir bem à pele a apresentar 
tamanho, aparência e local indicado para o uso o tratamento do paciente.
20
viSiTe a PáGina
Para entender um pouco mais sobre os sistemas transdérmicos de liberação de fármacos 
e ver como eles são preparados, acesse o link do artigo e da dissertação a seguir:
https://core.ac.uk/download/pdf/48580717.pdf 
e 
http://www.rbfarma.org.br/files/PAG07a13_ASPECTOS.pdf
veja o vídeo! 
Para entender um pouco mais sobre as os sistemas transdérmicos de liberação de 
fármcos e ver como eles são preparadas, acesse o link a seguir: 
https://youtu.be/vrofk3016LQ (Duração 23:33) 
e 
https://youtu.be/HgorBVO3VRc (Duração 3:05)
https://core.ac.uk/download/pdf/48580717.pdf
http://www.rbfarma.org.br/files/PAG07a13_ASPECTOS.pdf
https://youtu.be/vrofk3016LQ
https://youtu.be/HgorBVO3VRc
21
???
FormaS FarmacÊuTicaS SÓLidaS
Nesse tópico você será apresentado as formas farmacêuticas sólidas, estão entre elas: pós e grânulos, 
cápsulas e comprimidos. A maioria das matérias-primas apresentam-se na forma de pós, são sólidos que 
podem ter várias estruturas e serem amorfos ou cristalinos. O termo pó, refere-se a forma física de um 
material, ou seja, uma substância seca com partículas finamente divididas, mas também remete a um 
tipo de preparação farmacêutica, ou seja, uma forma farmacêutica, por exemplo, um pó medicamentos – 
pó oral, pó tópico. Um conceito mais prático no âmbito da farmácia seria: os pós são misturas secas de 
fármacos e/ou substâncias, de partículas finamente divididas, que podem ser destinadas ao uso interno 
ou externo. É importante que você saiba que os pós medicamentosos têm um uso limitado na terapêutica, 
mas são largamente empregados na preparação de outras formas farmacêuticas, sejam elas, comprimidos 
e cápsulas, soluções e suspensões, pomadas e/ou cremes.
vocÊ SaBia?
Meu estudante, você sabia que os pós medicamentos são usados tanto internamente, 
via gastrointestinal (deglutidos após reconstituição com água), por exemplo, antiácidos, 
laxantes, suplementos alimentares, pós para inalação, quanto externamente, 
administração tópica (aplicados na superfície das mucosas), por exemplo, antisséptico, 
antimicrobiano, secante, etc.? Pois é, entre as vantagens em se administrar a forma 
farmacêutica na forma de pós estão: é mais estável que as preparações líquidas, 
apresenta excelente conservação devido ao baixo teor de água (inibe o crescimento 
de microrganismos), é conveniente para dispensar altas doses de fármaco (é feita 
diluição em água antes do uso e isso evita uma forma farmacêutica sólida muito 
grande para deglutir), pós são formados de pequenas partículas com grande área 
superficial de exposição do fármaco apresentando rápida dissolução nos fluidos do 
trato gastrointestinal, possuem absorção mais rápida e regular que os comprimido (pois 
não precisam desintegrar e desagregar), e desenvolvem menor irritação gástrica devido 
a rápida dissolução quando comparado aos comprimidos.
Mas é importante que você saiba que os pós também apresentam desvantagens, eles tem grande área 
superficial de exposição do fármaco e está mais sujeito a problemas como: higroscopia (absorção de 
água do ar), hidrólise (quando armazenado em ambientes úmidos), sublimação (passagem do fármaco do 
estado sólido para o vapor), oxidação (pelo contato direto com o ar), fotólise (devido a exposição à luz: 
vitaminas A, E e D), e os pós não tem a capacidade de mascarar sabor e odor desagradável. Antes do uso 
na preparação de produtos farmacêuticos, é necessário realizar a determinação das propriedades físicas 
e químicas dos pós, através de testes como: morfologia, pureza, estabilidade, solubilidade, tamanho de 
partícula, uniformidade e compatibilidade com outros componentes da amostra. As partículas dos pós 
podem variar de extremamente grossas 10 mm (1cm) de diâmetro, a muito finas, próximas a dimensões 
coloidais (1 mm). Essa classificação é feita passando o por um tamis calibrado, onde o tamanho da malha 
vai determinar o que é um pó muito fino, fino, moderadamente grosso, grosso ou muito grosso.
22
A determinação do tamanho de partícula é essencial, visto que o mesmo pode interferir em vários fatores, 
como: velocidade de dissolução de partículas que devem ser dissolvidas (a micronização pode aumentar a 
velocidade de dissolução do fármaco e sua biodisponibilidade); suspensabilidade de partículas destinadas 
a permanecer não solubilizadas, mas dispersas de modo uniforme em um veículo líquido (p. ex., dispersões 
finas têm partículas de 0,5 – 10 µm); distribuição uniforme de substâncias ativas em misturas de pó ou em 
formas farmacêuticas sólidas, assegurando a uniformidade do conteúdo; grau de penetração de partículas 
que devem ser inaladas para deposição profunda no trato respiratório (p. ex., 1 – 5 µm); grau de aspereza 
das partículas sólidas nas pomadas, nos cremes dermatológicos e nas preparações oftálmicas(p. ex., pós 
finos devem ter tamanho entre 50 – 100 µm).
Hoje já existem vários métodos para determinação do tamanho de partícula dos pós, entre eles: a 
tamisação, microscopia, método por sedimentação, dispersão ou espalhamento de luz, laser holográfico, 
impacto em cascata e métodos em linha. A redução do tamanho de partícula é chamada cominuição, e 
facilita a extração de substâncias naturais, aumenta a velocidade de dissolução e aumenta a absorção de 
fármacos; em pequena escala pode ser realizada através da trituração com auxílio de gral e pistilo, em 
grande escala é realizada em aparelhos como o FitzMill Comminutor. Os pós com tamanho de partícula 
adequado podem ser adicionados em outras formas farmacêuticas, como pomadas por exemplo, através 
da levigação é realizada a incorporação do pó. A mistura de pós pode ser realizada por técnicas como, 
espatulação, trituração, peneiramento e tombamento.
Para reFLeTir
Agora que você conhece os pós, vou te apresentar os grânulos, são aglomerados de 
partículas menores, tem como características um tamanho entre 0,2 a 4 mm. Podem 
ser usados como forma farmacêutica final ou misturados a excipientes para preparação 
de comprimidos ou cápsulas. Você deve saber que entre as razões para granulação 
estão: prevenir a segregação dos constituintes de uma mistura de pós; melhorar 
propriedades de fluxo da mistura; e melhorar as características de compactação da 
mistura. Os principais métodos para granulação são pela via úmida ou pela via seca. 
Os grânulos possuem como vantagens, melhor estabilidade que os pós devido a menor 
área de exposição ao ar, umidade, luz e calor; a possibilidade de formular preparações 
extemporâneas para fármacos que são instáveis em solução ou suspensão, podem 
ser dispensados na forma de grânulos secos que são dissolvidos com água antes do 
uso; grânulos também apresentam melhor fluidez e compressibilidade do que os pós 
(propriedades úteis para preparação de comprimidos); a possibilidade de revestimento 
mascara o odor e sabor desagradável, também protege o fármaco e possibilita uma 
liberação modificada; a granulação também reduz o risco associado à produção de 
poeira tóxica durante a manipulação de pós; e, os grânulos ocupam menos espaço, são 
mais densos que os pós, são estocados mais facilmente pois ocupam menor volume 
por unidade de peso.
23
Como mencionado anteriormente a granulação ocorre por duas vias principais que diferem basicamente 
na adição de uma solução aglutinante, a granulação por via seca é a via escolhida quando o princípio 
ativo não suporta umidade (hidrólise), calor (termossensível) e quando é muito solúvel nos líquidos de 
molhagem utilizados. Para garantir a coesão de grânulos preparados por via seca utiliza-se ligantes 
ou aglutinantes sob a forma de pós secos. Quando o pó não apresenta inconveniente com a solução 
aglutinante a ser utilizada a via úmida é a escolhida e as principais soluções aglutinantes utilizadas são: 
álcool, xarope, solução aquosa de gelatina, de amido ou de polivinilpirrolidona. A granulação em escala 
industrial é realizada em aparelhos sofisticados com o leito fluidizado e o spray drying.
Tendo apresentado a você os pós e grânulos, agora vamos falar das formas farmacêuticas sólidas 
denominadas cápsulas. São formas farmacêuticas sólidas nas quais as substâncias ativas e/ou inertes 
são encerradas em um pequeno invólucro de gelatina, esses invólucros podem ser duros (mais comuns 
para medicamentos) ou moles (mais comuns para cosméticos). As cápsulas de gelatina dura são utilizadas 
na maioria das cápsulas comerciais, constituídas de gelatina, açúcar e água; podem ser transparentes, 
incolores e essencialmente insípidos ou coloridas com vários corantes (FD&C e D&C). A gelatina é estável 
na presença de ar quando seca, mas sujeita a decomposição microbiana na presença de umidade, contém 
de 13-16% de umidade, por isso as preparações prontas sempre são acompanhadas acondicionadas com 
um agente secante, como a sílica gel ou carvão ativo. 
Os invólucros de gelatina dura são produzidos em duas partes: o corpo da cápsula e uma tampa mais curta. 
As duas partes se encaixam quando unidas, com a tampa ajustando-se de forma perfeita sobre a abertura 
do corpo. Estão entre as vantagens da cápsula de gelatina dura a fácil deglutição, rápida desintegração, 
proteção e possibilidade de mascarar sabor/odor dos princípios ativos. Entre as desvantagens estão 
compostos que reajam com a gelatina, a dificuldade de obter uma uniformidade de peso dependendo 
da manipulação, apresenta um custo de produção elevado e sensibilidade ao calor e a umidade. Os 
invólucros são produzidos industrialmente pela imersão de pinos de forma e diâmetro determinados em 
um reservatório com controle de temperatura contendo uma mistura de gelatina fundida.
Guarde eSSa ideia!
É importante que você saiba que a capacidade em peso da cápsula vai variar de acordo 
com a densidade do pó ou granulado. A preparação de cápsulas de gelatina dura é 
dividida nas seguintes etapas gerais: desenvolvimento e preparação da formulação e 
seleção do tamanho da cápsula; preenchimento dos invólucros; selagem das cápsulas 
(opcional); limpeza e polimento das cápsulas cheias. O preenchimento das cápsulas se 
dá após mistura de pós ou granulados revestidos ou não. É necessário que a matéria-
prima apresente boa fluidez para garantir o preenchimento rápido e eficaz. A espessura 
das partículas da matéria-prima de enchimento deve ser o mais regular possível, a 
fluidez é melhorada com adição de: talco, estearato de magnésio, pó de silício, ou 
granulação por via seca. É interessante adicionar adjuvantes diluentes (lactose, 
manitol, amidos modificados) para facilitar dispersão no tubo digestivo.
24
veja o vídeo! 
Para aprender mais um pouco sobre as cápsulas de gelatina 
dura assista o vídeo disponível no link a seguir: https://youtu.be/
TCeONl2SNMI (Duração 18:28)
É importante que você saiba que as cápsulas de gelatina mole são constituídas de gelatina a qual 
glicerina, propilenoglicol ou sorbitol foi adicionado; apresentam mais umidade do que as de gelatina 
dura, a água representa cerca de 30-40% do gel de formulação úmido. Devido ao alto teor de água podem 
conter conservantes (metilparabeno e/ou propilparabeno); podem ser fabricadas em diversos formatos, 
oblongas, ovais, formato de supositório, redondas ou em formatos especiais. Podem apresentar uma ou 
duas tonalidades incluindo marcar de identificação. Podem ser produzidas com objetivo de obter vários 
sistemas de liberação diferentes, como: soluções ou suspensões, mastigáveis, dissolução bucal, lacre 
destacável (twist-off sofgels) e fusão. São produzidas em um reator com matrizes formatadoras que dão 
o formato da cápsula desejado.
veja o vídeo! 
Para aprender mais um pouco sobre as cápsulas de gelatina mole 
e o reator onde são produzidas assista o vídeo disponível no link a 
seguir: https://youtu.be/m0SR3X4nZPY (Duração 2:10)
É importante que você saiba que os testes de controle de qualidade 
realizadas para cápsulas são: peso médio, desintegração, 
dissolução, doseamento e uniformidade de conteúdo.
PaLavraS do ProFeSSor
Agora apresento a você as formas farmacêuticas sólidas denominadas comprimidos, são formas 
farmacêuticas sólidas contendo princípios ativos, normalmente preparados com o auxílio de adjuvantes 
farmacêuticos adequados, podem variar em tamanho, peso, forma, dureza, espessura, característica de 
desintegração, etc. Quanto a via de administração, podem ser administrados por via oral, sublingual, bucal 
e vaginal. Podem ser obtidos por moldagem (processo artesanal – não mais utilizado) ou compressão em 
máquinas modernas, capazes de exercer grande pressão para compactar o material em pó ou granulado. 
Em sua composição normalmente apresentam: princípio ativo, diluentes, aglutinantes, desintegrantes, 
antiaderentes, corantes e flavorizantes. São preparados por três métodos principais, granulação por via 
úmida, granulação a seco e compressãodireta. Basicamente o que difere as três formas de obtenção do 
precipitado para compressão é que, na granulação por via úmida vai ser adicionada a solução aglutinante, 
na via seca são produzidos grânulos, mas sem adição de solução aglutinante, e na compressão direta 
não vai ter etapa de granulação. As diferenças de indicações de diferentes métodos de produção vão 
depender das propriedades das matéria-prima.
https://youtu.be/TCeONl2SNMI
https://youtu.be/TCeONl2SNMI
https://youtu.be/m0SR3X4nZPY
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Você deve conhecer também as drágeas, comprimidos revestidos com açúcar e corante, possuem como 
vantagens o fato de o revestimento proteger o princípio ativo da umidade e do ar, também mascara o sabor 
e odor desagradáveis, além de ser um atrativo comercial. Como principais desvantagens do processo de 
drageamento, existe a impossibilidade de baixo custo, o processo é de difícil preparação, e há o aumento 
inevitável do tamanho do comprimido. Outros comprimidos importantes para seu conhecimento são: os 
comprimidos revestidos com películas, comprimidos de liberação entérica, comprimidos mastigáveis, 
comprimidos efervescentes e os comprimidos de liberação controlada.
Algumas características controladas dos comprimidos que você deve saber são, aparência geral, tamanho, 
forma e variação de peso; espessura; dureza e friabilidade; liberação e teor do fármaco: tempo de dissolução, 
desintegração e uniformidade de conteúdo. Testes de controle em processo após a compressão que são 
realizados nos comprimidos são: peso médio; espessura; dureza; dissolução/desintegração; friabilidade e 
uniformidade de conteúdo, todos esses testes são realizados pelo setor de controle de qualidade.
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ÓvuLoS e SuPoSiTÓrioS
Para finalizar nosso estudo de farmacotécnica, apresento a você as formas farmacêuticas destinadas à 
inserção nos orifícios corporais. Os supositórios são formas farmacêuticas sólidas, destinadas a inserção 
nos orifícios corporais, que se fundem, amolecem ou dissolvem quando inseridos nas cavidades corporais, 
podem desempenhar efeitos locais ou sistêmicos. Os supositórios destinados a ação local com frequência 
são usados para aliviar constipação ou dor, irritação, prurido e inflamação associados a hemorroidas ou 
outras condições anorretais. As membranas mucosas do reto e da vagina permitem a absorção de muitos 
fármacos solúveis para obtenção de efeito sistêmico. Embora o reto seja frequentemente usado como local 
para absorção de fármacos, a vagina é pouco empregada para esse propósito. Dependendo da cavidade 
de administração, são classificados de diferentes formas, supositórios são as formas farmacêuticas para 
administração no reto; óvulos são as formas farmacêuticas para administração na vagina; e as velas são 
formas farmacêuticas para administração na uretra.
É importante que você saiba que os supositórios são cilíndricos, com uma ou ambas as extremidades 
afiladas, apresentam aproximadamente 32 mm de comprimento, com uma superfície lisa e sem 
rugosidades ou cristalização. O peso do supositório depende da densidade da base e do ativo, para 
adultos os supositórios apresentam aproximadamente 2 g quando se emprega manteiga de cacau como 
base, para uso pediátrico, geralmente se usa metade do peso e tamanho de um adulto. Supositórios de 
ação local geralmente desempenham função de laxantes, analgésicos locais, para tratar irritação ou 
inflamação. Já os supositórios de ação sistêmica, são utilizados para fármacos que são inativados no 
estômago, pois dessa forma o fármaco burla o efeito de primeira passagem; também são utilizados para 
fármacos irritantes para o estômago, pacientes que estejam impossibilitados de deglutir ou pacientes 
com episódios de vômitos.
Você deve saber também que alguns fatores interferem na absorção dos fármacos a partir de supositórios, 
podem ser fatores fisiológicos como o conteúdo do cólon ou pH, e podem ser também fatores físico-químicos 
relacionados ao fármaco, como solubilidade do fármaco ou tamanho de partícula, e podem ser relacionados 
a base, como a capacidade de fundir, amolecer ou dissolver na temperatura corporal ou a capacidade de 
liberação do fármaco. Observa-se que se um fármaco lipossolúvel for incorporado em uma base oleosa, o 
fármaco terá menor tendência de escapar para os líquidos aquosos circundantes do que uma substância 
hidrofílica presente em uma base gordurosa. Logo, fármacos hidrossolúveis devem ser incorporados a uma 
base lipofílica, já fármacos lipossolúveis devem ser incorporados a uma base hidrofílica.
A escolha da base depende de alguns fatores importantes, como, ela deve ser sólida a temperatura 
ambiente, porém tem que ter a capacidade de fundir, amolecer ou se dissolver na temperatura corporal; 
a base não deve interagir com fármaco, deve ser inerte. São classificadas como lipofílicas (as principais 
bases lipossolúveis são: manteiga de cacau, óleo de dendê, óleo de semente de algodão, ácido palmpitico 
e esteárico, monoestearato e monopalmitato de glicerina) e hidrofílicas (as principais bases hidrossolúveis 
são: gelatina glicerinada e polietilenoglicóis – não se funde a temperatura corporal, se dissolve e permite 
uma liberação mais lenta do ativo).
Você também deve saber que os supositórios podem ser preparados por moldagem seguindo as etapas 
a seguir: fusão da base; incorporação do fármaco; envase nos moldes; resfriamento e solidificação e 
remoção dos moldes. É importante destacar que os moldes devem ser lubrificados e calibrados para 
determinação da quantidade de base necessária.
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veja o vídeo! 
Para aprender mais um pouco sobre os supositórios e como são 
produzidos assista o vídeo disponível no link a seguir: 
https://youtu.be/PuM1cGCtiIs 
(Duração 4:18) 
e 
https://youtu.be/eXD7O3DKFrw 
(Duração 14:13).
PaLavraS FinaiS
Olá, caro(a) aluno(a)
Você chegou ao fim de mais um módulo. Nessa unidade você aprendeu conceitos 
essenciais da Farmacotécnica Avançada para sua vida acadêmica e profissional, espero 
que tenha sido proveitoso para você e que tenha se esforçado ao máximo na absorção 
dos conteúdos. 
Para encerrar a unidade, recomendo a leitura na integra do seu livro-texto como forma 
de revisão e fixação do conteúdo abordado nessa unidade. É essencial que você acesse 
o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realize as atividades avaliativas propostas. 
Se ficou alguma dúvida do que foi sinalizado nesse Guia, consulte o seu Tutor. Ele 
estará à disposição para atendê-lo(a) e auxiliar no que for necessário.
Nos encontramos na próxima unidade.
Bons estudos! 
https://youtu.be/PuM1cGCtiIs
https://youtu.be/eXD7O3DKFrw
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