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resumo do Artigo Cognição social e córtex cerebral

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Universidade Estácio de Sá
Curso de psicologia ARA 1096/3601213 - 1001
Curso de pscicologia
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Resumo do artigo
COGNIÇÃO SOCIAL E CÓRTEX CEREBRAL
Karen Aline Salvador Guerra 202002814667
Magdali Tenório Dos Passos Brito.201907320121
Neusete Albuquerque de Araújo.202008079209
Thaise Braga Reis 202002245891
Vitória Ataíde da Silva 202002175559
Janaina Mestre da Silva 202005006987
Gleicyane Ataíde Fonseca Teixeira 202009427561
Maria Lúcia Dos Santos Costa 202002537094
Yvette Maria Neves de Moura 202008348188
Madalena Siqueira 202008079152
Washington Santos Franco 201708243712
Maceió,05 de Novembro de 2020.
COGNIÇÃO SOCIAL E CÓRTEX CEREBRAL
COGNIÇÃO SOCIAL
É o processo neurobiológico que permite a interpretação e a conduta adequada aos signos sociais em resposta a indivíduos da mesma espécie.
As estruturas anatômicas que participam desse processo são: o córtex pré-frontal ventromedial, a amígdala, o córtex somatossensorial direto e a ínsula.
Uma lesão nessas áreas leva a um transtorno nas condutas sociais do indivíduo.
- CÓRTEX PRE-FRONTAL VENTROMEDIAL
A participação do Córtex pre-frontal ventromedial na cognição social ficou conhecida a partir do estudo de alguns casos, entre eles, o de Phineas Cage.
· Phineas Cage foi um operário norte americano que, após um acidente com explosivos em uma ferrovia, em 1948, teve o seu crânio perfurado por uma barra de metal, da bochecha até o alto da cabeça, sobrevivendo apesar da gravidade do fato. Seu comportamento, no entanto, modificou-se totalmente, tornando-se um homem desrespeitoso com os colegas, grosseiro e inconsequente. Ele sofria de fortes crises epiléticas. Os estudos sobre o seu caso, no entanto, só começaram quatro anos após a sua morte, em 1860.
Lesões em áreas orbitárias promovem mudanças de caráter no paciente, que passam a ter dificuldades de controlar os seus impulsos. 
Pacientes com lesão pré-frontal têm dificuldades na tomada de decisões e no raciocínio social.
Uma lesão no córtex pré-frontal ventromedial deixa o paciente impulsivo e sem noção das consequências futuras dos seus atos, pois ocasiona falhas na utilização de sinais somáticos, ou emocionais, que nos ajudam a tomar decisões e pautar a nossa conduta. 
É como se o marcador somático deles fosse desativado.
Marcador somático (Damasio, 1994) – padrão somatosensorial que qualifica se uma determinada situação é boa ou má, podendo levar a consequências negativas.
A partir de experiências com jogos de cartas, estudiosos (Bachara, Damasio, Tranel e Damasio, 1998) demonstraram uma dissociação dupla: 
· Pacientes com lesão pré-frontal dorsolateral direita têm déficit nas tarefas associadas à memória de trabalho, mas têm uma resposta eletrodérmica antecipatória. Já os pacientes com lesões pré-frontais ventromediais bilaterais não perdem a memória de trabalho, mas perdem a resposta eletrodérmica antecipatória ante a perspectiva de ganhar ou perder no jogo.
Quanto ao raciocínio social, foram realizados estudos com o paradigma de Wason, que avalia o raciocínio dedutivo, e chegou-se a outra conclusão de dissociação:
· Pacientes com lesão pré-frontal ventromedial rendem pouco quando precisam decidir acerca de situações sociais, mas, se o córtex pré-frontal dorsolateral estiver ileso, elas não têm dificuldade de decidir acerca de situações abstratas.
Porque a organização anatômica pré-frontal ventromedial está intimamente ligada às regiões que regulam a focalização da atenção e se relaciona com as estruturas executivas e sensoriais, como canaliza a atenção para componentes reguladores do estado afetivo, como a amígdala.
- AMÍGADALA
Localizada no lobo temporal dos mamíferos, a amígdala é uma estrutura cerebral formada por diferentes núcleos relacionados à manifestação de reações emocionais e à aprendizagem de conteúdo emocional importante, sendo associada à manifestação de comportamentos sociais.
A partir dos experimentos de kluver e Bucy (1939) com macacos, observou-se a intervenção da amígdala na cognição social. Ela está associada às emoções, elaborando uma avaliação cognitiva do conteúdo emocional de estímulos perceptivos complexos. 
Nesses experimentos, observou-se que a retirada bilateral da amígdala provocou mudanças emocionais nos macacos, como hipersexualidade, cegueira psíquica, ausência de reações ante estímulos perigosos e exclusão social por parte dos macacos sadios.
Há crescentes evidências de que a amígdala é uma das áreas cerebrais mais importantes para a ocorrência do comportamento agressivo em humanos. Estudos propõem que a percepção dos aspectos que se alternam na face, como a expressão do pânico, acontece no sulco temporal superior e na amígdala, principalmente na direita. 
A amígdala também está associada aos processos de ansiedade e estresse pós-traumático, quando os sinais perigosos e as respostas do estresse são aprendidos e reforçados, promovendo a somatização da ansiedade.
Estudos apontam que anormalidades estruturais ou funcionais na amígdala – como ocorre com pacientes portadores do espectro autismo, que não conseguem estabelecer contato visual com outra pessoa –, impede a capacidade de atribuir um estado mental ou inferir emoção em outra pessoa através do olhar. 
Foi daí que surgiu a teoria do transtorno amigdalino no autismo, que também foi observado em esquizofrenia e pacientes com lesão amigdalina.
- CÓRTEX SOMATOSENSORIAL E ÍNSULA
São estruturas cerebrais intimamente ligadas à capacidade da empatia ou habilidade de colocar-se no lugar do outro reproduzindo no próprio organismo o estado emocional do outro.
Mas para tanto, é necessário estarem preservados os mecanismos de interpretação dos signos emocionais relevantes e o córtex somatossensorial direito e a ínsula.
Pacientes que têm lesão nessas áreas, apresentam transtornos no juízo emocional de faces, ou seja, não conseguem identificar ou manipular expressões de emoções primárias, como nojo, medo, pânico, tristeza, surpresa, interesse, felicidade e desgosto.
Portanto, as lesões neurológicas do lobo frontal, sejam vasculares, tumorais, degenerativas ou traumáticas, acabam por determinar um transtorno mais ou menos perceptível de uma conduta social considerada normal para os padrões da vida em sociedade.

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