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Resenha do filme Minhas Mães e Meu Pai2

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Resenha do filme Minhas Mães e Meu Pai 
Disciplina: Relações Familiares 
Professora: Danielle Rabelo
Alunas(os): Gerluci Maria da Silva Santos – 01048056 
Gustavo Cardoso Mota – 01046442 
Joice de Paiva Soares – 01213578 
Mayara Camila P. de M. Chaves - 01215309 
Sandro Manoel do Nascimento – 01210983
O filme nos apresenta varias reflexões acerca da família homoafetiva, do processo da inseminação artificial, da fase da adolescência e das crises familiares. O conceito de concepção familiar tem sido ampliado pelas inúmeras mudanças ocorridas ao longo da história, como por exemplo: a adoção, a monoparentalidade, as recomposições e a formação de casais homoafetivos. Tais arranjos, no entanto, não devem ser entendidos como decorrentes de uma crise na instituição família, mas como um reflexo de mudanças na sociedade contemporânea. 
De acordo com Mello (2005), que concebe a instituição familiar a partir dos vínculos existentes entre as pessoas. Assim, os atributos dos seus membros não estariam subordinados às determinações naturais, mas focados na “criação de condições que assegurem o bem-estar físico e emocional dos seres humanos em interação.” (p. 40) 
Minhas Mães e Meu Pai conta a história de uma família aparentemente muito comum e tradicional, exceto pelo fato de que se trata de uma família com duas mães, ou seja, um casal de mulheres lésbicas. 
A partir desse conteúdo é possível compreender o que Mello (2005) denomina de visão de mundo includente, onde não há diferenças jurídicas relacionadas ao sexo, gênero ou papéis, pelo contrário, todas as pessoas são tidas como possuidoras de direitos e garantias que devem ser assegurados e ainda a família, enquanto instituição mesma, é caracterizada a partir dos vínculos existentes nas relações entre seus membros. Ou seja, assim como homens e mulheres têm possibilidades diversas, as configurações familiares e seus papéis, fluidos, não são essencializados como obra da natureza; a caracterização da instituição familiar se dá justamente pela “criação de condições que assegurem o bem-estar físico e emocional dos seres humanos em interação.” (p. 40) 
Nic e Jules tiveram dois filhos, Laser e Joni, ambas geraram uma das crianças por meio de inseminação artificial porém utilizando o mesmo doador de sêmen, Paul, 
que aparece no filme quando os dois irmãos sentem a curiosidade e a inquietação de conhecerem o pai biológico e secretamente Joni entra em contato com a clínica onde foi feito o procedimento e consegue os dados de Paul, o seu pai biológico. Os adolescentes conseguem marcar um encontro com Paul que a partir daí começa a conviver e tentar se envolver na vida dos “filhos”, dando início a uma série de acontecimentos e alterações na dinâmica da família. Depois de um certo tempo de convivência entre Paul e a família a qual ele doou sêmen, Jules, uma das mães, se envolve com ele, traindo a esposa. Após a descoberta, o fato trouxe vários conflitos a família, inclusive para os filhos que ficam bem chateados. Mas não pelo fato da mãe se relacionar com o homem que para a sociedade é o “correto”, e sim por ela ter traído a sua outra mãe. Acreditamos que essa foi uma certa frustração do filme porque o que o senso comum diz sobre lésbicas? Que é por “falta de homem”, aí o filme traz exatamente uma mulher lésbica, traindo uma outra mulher com um homem. Em filmes heterossexuais o homem quando trai, geralmente trai com outro homem? Acredito que não. Mesmo tratando da questão com certa leveza, o filme ainda apertou o botão do estereótipo da mulher lésbica. Outra curiosidade do filme é quando as mães desconfiam que o filho estaria tendo uma relação com outro homem, elas dizem que acham que esse não seria a pessoa ideal para o seu filho; podemos perceber a questão de uma das mulheres do casal, por ter uma condição financeira mais ativa e ser a responsável pela manutenção da família, ela transparece uma personalidade mais dominante; mas entendemos é que os problemas de um casal, seja ele, homossexual, heterossexual, bissexual, dentre outros, estão suscetíveis a enfrentar problemas típicos que pode acontecer com qualquer casal – traição, ciúmes, desconfiança e entre outros. Eles se sentem uma família, e os filhos encaram lidam bem com isso, se sentem muito felizes mas como toda família existindo seus altos e baixos. 
Bibliografia: 
MELLO, Luiz. Novas Famílias: Conjugalidade Homossexual no Brasil Contemporâneo. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

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