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O Consumo Audiovisual na Era do Imediatismo

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CONSUMO AUDIOVISUAL NA ERA DO IMEDIATISMO 
 
CULPI, Julia Fernanda1 
 
RESUMO: O consumo audiovisual tem passado por constantes mudanças ao longo dos anos. A digitalização, a 
internet e o conteúdo On Demand provocam transformações na maneira em que a nova geração consome produtos 
audiovisuais. Isso ocorre devido à velocidade e à quantidade de informações a que somos expostos diariamente, 
nos tornando imediatistas. Com isso, novos desafios e oportunidades surgem no mercado audiovisual e o produtor 
de conteúdo necessita estar sempre atualizado para lidar com consumidores mais exigentes, ansiosos e com fácil 
acesso a múltiplos canais audiovisuais. 
O presente artigo busca identificar os hábitos de consumo audiovisual da geração imediatista, sua origem e como 
isso reflete na maneira de se produzir conteúdo digital em diferentes plataformas, seja para redes sociais, YouTube 
ou serviços de streaming. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Conteúdo audiovisual; Imediatismo; YouTube; Nativos digitais. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O audiovisual vem passando por transformações significativas no século XXI, tanto no 
que diz respeito à linguagem cinematográfica, quanto na produção e distribuição de obras de 
áudio e vídeo. 
 Para Philippe Dubois (2004), o vídeo não é mais somente uma forma de narrar 
acontecimentos, e sim, um modo de se expressar através de imagem e som. O autor aponta que, 
desde o seu surgimento, o vídeo sempre tem algo “novo” para mostrar, isso ocorre desde a 
criação da fotografia em 1839, do cinematógrafo em 1895 pelos irmãos Lumiére, do cinema 
mudo, da expansão cinematográfica durante a Segunda Guerra Mundial e do surgimento da 
televisão, em que o audiovisual passou a ser consumido com mais facilidade pelos espectadores. 
 
A expressão “novas tecnologias” no domínio das imagens nos remete hoje a 
instrumentos técnicos que vêm da informática e permitem a fabricação de objetos 
visuais. Uma perspectiva histórica elementar mostra claramente, porém, que não foi 
preciso esperar o advento do computador para engendrar imagens sobre bases 
tecnológicas. (DUBOIS, 2004, p. 31). 
 
 Em 124 anos de audiovisual, o que antes era consumido somente em salas de cinema, 
em preto e branco e sem diálogos em áudio, hoje, graças ao avanço tecnológico, assistimos nas 
mais variadas telas e aparelhos, como televisores, smartphones, computadores e tablets, sem 
 
1 Analista de marketing, graduada no curso de Tecnologia em Comunicação Institucional, UFPR e pós-graduanda 
em Marketing e Mídias Digitais, FGV. Contato: ju.culpi9@gmail.com 
contar a quantidade infinita de conteúdo que temos acesso por conta da Internet. Continuamos 
vivenciando a novidade a cada dia. 
Tal mudança começou a se tornar mais visível desde a evolução da tecnologia no final 
dos anos 90 e início dos anos 2000, com a criação das redes sociais e, principalmente, do 
YouTube em 2005, que tornou a possibilidade de produzir e divulgar vídeos muito mais 
acessível. O modo de consumir audiovisual não está mais nas mãos de grandes produtoras ou 
emissoras, e sim, na Internet e em suas diversas plataformas. 
Com isso, o mercado audiovisual começou a se tornar muito mais forte. A quantidade 
de vídeos vistos no YouTube hoje, segundo dados do YouTube Official Blog2, já ultrapassa 4 
milhões e redes sociais como Facebook e Instagram também não ficam para trás. 
Nos últimos 10 anos, começamos a presenciar o surgimento dos chamados “nativos 
digitais”, que já nascem completamente habituadas com a tecnologia em suas vidas. 
 
(...) nativos digitais, podem tomar decisões de compra em qualquer lugar e a qualquer 
momento, envolvendo uma grande variedade de dispositivos. (KOTLER, 2017, p. 34). 
 
 Essa geração está revolucionando o modo de consumo do audiovisual, por isso, criar 
um canal atrativo e que supra as necessidades dos nativos digitais é o grande desafio do produtor 
de conteúdo, visto que eles estão a cada dia mais conectados. 
 Cabe ao profissional de audiovisual entender como funciona essa integração, bem como 
os novos formatos e técnicas que estão sendo utilizadas hoje na criação de conteúdo em áudio 
e vídeo. 
 
A convergência envolve uma transformação tanto na forma de produzir quanto na 
forma de consumir os meios de comunicação. (JENKINS, 2009, p. 44). 
 
A convergência vem sido discutida por Jenkins há mais de 10 anos, e hoje podemos 
dizer que para ser visto, é necessário imergir totalmente na internet, que contém mais conteúdo 
do que qualquer outro canal. 
Por isso, o produtor de conteúdo audiovisual deve entender que a convergência não é 
só uma nova forma de consumir de conteúdo, e sim, uma nova cultura que os nativos digitais 
vem trazendo, visto que eles já nasceram expostos a essa tecnologia, e essa realidade rápida, 
prática e imediata é a única que eles conhecem e vivenciam. 
 
2 Dados do YouTube Official Blog, disponível em: <https://youtube.googleblog.com/2012/07/heres-your-invite-
to-reuse-and-remix-4.html> 
https://youtube.googleblog.com/2012/07/heres-your-invite-to-reuse-and-remix-4.html
https://youtube.googleblog.com/2012/07/heres-your-invite-to-reuse-and-remix-4.html
As possibilidades audiovisuais são imensas, tanto para produzir o conteúdo, quanto para 
distribuí-lo em diferentes plataformas e canais que exigem linguagens e formatos distintos. 
 
1 NATIVOS DIGITAIS 
 
 Os nativos digitais, também conhecidos como Geração Z são aqueles que imergiram na 
tecnologia desde cedo. De acordo com a Época Negócios3, eles correspondem a cerca de 30% 
da população mundial e têm idade entre 10 e 18 anos. Para Prensky (2001), o que mais 
representa essa geração é o fato deles a conseguirem realizar diferentes tarefas ao mesmo 
tempo, com uma rapidez de aprendizado muito mais alta do que as gerações anteriores. 
 Além disso, os nativos digitais enxergam a tecnologia como algo natural, uma realidade. 
Essa geração está altamente conectada desde cedo, tanto que é comum vermos crianças de 5 
anos de idade já sabendo navegar na internet e se entretendo com vídeos do YouTube, por 
exemplo. Muitas delas já até produzem o seu próprio conteúdo audiovisual para outras crianças, 
sendo que, segundo a Revista Crescer4, 47% ou têm seu próprio canal no YouTube ou 
acompanham um youtuber com frequência. 
 Todos nós estamos acostumados a receber diversas informações diariamente, a todo 
momento e em qualquer lugar, algo que os nativos digitais conseguem lidar com muito mais 
facilidade, já que essa disponibilidade imediata molda totalmente seus hábitos em relação ao 
comportamento, consumo e maneira como se relacionam com outras pessoas. 
 
É verdade que, sendo nativos digitais, os consumidores jovens são os primeiros a 
adotar a conectividade, mas eles inspiram os mais velhos a fazerem o mesmo. Além 
disso, à medida que a população mundial envelhece, os nativos digitais se tornam 
maioria, e assim a conectividade acabará se tornando o novo normal. (KOTLER 
(2017, pg. 38). 
 
A Geração Z ainda está crescendo e, com o tempo, se tornará maioria. Por isso, é 
necessário que os produtores de conteúdo audiovisual conheçam seu público e saibam como 
saciar as vontades e a ansiedade de pessoas que tendem a ficar cada dia mais conectadas. 
É importante entendermos que não se trata somente de uma mudança tecnológica, e sim, 
de uma mudança de pensamento, comportamento e de necessidades como indivíduos num 
mundo gradativamente conectado e interativo. 
 
3 Dados da Época Negócios, disponível em <https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/08/geracao-
z-sera-maioria-em-2019.html> 
4 Dados da Revista Crescer, disponível na Folha de São Paulo: <https://f5.folha.uol.com.br/viva-
bem/2018/06/47-das-criancas-tem-canal-ou-youtuber-que-acompanha-com-frequencia-diz-pesquisa.shtml> 
https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/08/geracao-z-sera-maioria-em-2019.htmlhttps://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/08/geracao-z-sera-maioria-em-2019.html
https://f5.folha.uol.com.br/viva-bem/2018/06/47-das-criancas-tem-canal-ou-youtuber-que-acompanha-com-frequencia-diz-pesquisa.shtml
https://f5.folha.uol.com.br/viva-bem/2018/06/47-das-criancas-tem-canal-ou-youtuber-que-acompanha-com-frequencia-diz-pesquisa.shtml
 
2 IMEDIATISMO E CULTURA DA CONVERGÊNCIA 
 
 A realidade da nossa sociedade hoje compreende pessoas muito mais apressadas, 
ansiosas e estressadas, com vontades imediatas. A facilidade de ter tudo conectado e interligado 
faz o processo de comunicação se tornar mais rápido e instantâneo. 
 
Assim, como artistas e ‘trabalhadores culturais’ que não têm a intenção de desistir da 
atividade da média que escolhemos, nós apesar disso pedimos a nós próprios uma 
extrema consciência do imediato, assim como o comando de certos meios diretos de 
implementar essa consciência de forma lúdica, imediatamente (já) e imediatamente 
(sem mediação). (BEY, 1992, pg. 17). 
 
 O imediatismo é uma consequência do avanço da tecnologia em nossa sociedade. 
Quanto mais conteúdo consumimos, mais queremos consumir e o mais rápido possível. Isso 
acontece de maneira desenfreada, fazendo com que a inovação e a objetividade na forma de 
produzir e distribuir conteúdo sejam essenciais. 
O audiovisual também tem enfrentado transformações, principalmente com o 
surgimento do streaming e conteúdos On Demand, que deixam a experiência de assistir um 
vídeo ou a um filme muito mais prática e a poucos cliques de distância. 
 Por isso, o mercado audiovisual como um todo necessita estar totalmente imerso nas 
novas formas de consumir conteúdo e nas demasiadas plataformas que tendem a ser 
interligadas. 
 Tal fato está totalmente conectado à cultura da convergência defendida por Jenkins 
(2009), que afirma que essa conectividade multiplataforma é uma convergência moldada de 
acordo com as novas tendências e hábitos de consumo. 
 
Graças à proliferação de canais e à portabilidade das novas tecnologias de informática 
e telecomunicações, estamos entrando em uma era em que haverá mídias em todos os 
lugares. (...) Prontos ou não, já estamos vivendo numa cultura da convergência. 
(JEKINS, 2009, pg. 43). 
 
 A teoria de Jenkins hoje se faz mais real do que nunca, pois, as mídias já estão em todos 
os lugares e o on-line e off-line se integram mais a cada dia. 
 A geração imediatista aumenta o consumo desenfreado e tende a transformar as 
maneiras que qualquer produto ou serviço é vendido hoje. Além disso, força que tais 
transformações sejam feitas constantemente, já que com o imediatismo, tudo se torna obsoleto 
de maneira frenética. E, com esse mercado exigente, rapidez e qualidade precisam andam lado 
a lado. 
 
3 O AUDIOVISUAL NOS ÚLTIMOS ANOS 
 
 O audiovisual é um dos setores que mais cresce no mundo inteiro, sendo responsável 
por gerar cerca de 98 mil empregos e 25 bilhões de reais todo o ano no Brasil, de acordo com 
pesquisa realizada no Festival de Gramado5. Além disso, nos anos de 2002 até 2017, os 
ingressos vendidos de cinema nacional somaram 2,6 bilhões de reais, número que continua 
crescente. 
 Em relação à economia, é possível observar no gráfico da Pesquisa Anual de Serviços 
2007-2014, do IBGE6, que o lucro do mercado audiovisual é grande e o valor total mostra taxa 
de aumento. 
 
 
Fonte: IBGE (Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa Anual de Comércio 2007- 
2014, Pesquisa Anual de Serviços 2007-2014. Elaboração: ANCINE / SEC). 
 
 
Analisando os dados, podemos concluir que o mercado audiovisual brasileiro tem se 
mostrado mais presente nos últimos anos e isso acontece tanto pelo aumento das produtoras e 
distribuidoras a produzirem filmes, tanto por iniciativas governamentais. 
Quando falamos sobre o audiovisual na era da internet, temos que citar o YouTube, que, 
de acordo com a Gizmodo Brasil7, possui mais de um bilhão de usuários, sendo que a cada 
minuto são recebidas cerca de 300 horas de vídeo no site. Além do número de horas assistidas 
 
5 Dados do Festival de Gramado, disponível em: <http://www.festivaldegramado.net/pib-do-audiovisual-supera-
o-da-industria-farmaceutica-no-brasil/> 
6 Dados da Pesquisa Anual de Serviços 2007-2014, do IBGE, disponível em <https://oca.ancine.gov.br/valor-
adicionado-pelo-setor-audiovisual-2016> 
7 Dados da Gizmodo Brasil, disponível em: <https://gizmodo.uol.com.br/inicio-historia-youtube/> 
http://www.festivaldegramado.net/pib-do-audiovisual-supera-o-da-industria-farmaceutica-no-brasil/
http://www.festivaldegramado.net/pib-do-audiovisual-supera-o-da-industria-farmaceutica-no-brasil/
https://oca.ancine.gov.br/valor-adicionado-pelo-setor-audiovisual-2016
https://oca.ancine.gov.br/valor-adicionado-pelo-setor-audiovisual-2016
https://gizmodo.uol.com.br/inicio-historia-youtube/
aumentar 50% a cada ano. Por isso, a produção de conteúdo para o YouTube é essencial para 
quem trabalha com audiovisual. 
Além disso, outra evolução notória do audiovisual em termos de distribuição é com os 
serviços de streaming, que, segundo a Cuponation8, entre 2014 e 2017 teve um aumento de 
90% no Brasil, com destaque para o uso de dispositivos móveis, tornando o nosso país o 6º 
maior consumidor de streaming de filmes e séries do mundo. 
O audiovisual tem sofrido um grande avanço em termos de produção e distribuição, e, 
com isso, o aumento do consumo imediato, principalmente dos nativos digitais, faz com que 
quem produz conteúdo tenha que se adequar a formatos que sejam atrativos ao seu público. 
Com a evolução da tecnologia, os consumidores de audiovisual têm acesso a um catálogo 
infinito de possibilidades, o que aumenta significativamente sua experiência e torna o mercado 
muito mais amplo. 
Com as diferentes formas de assistir a produções audiovisuais, a possibilidade de o 
próprio consumidor produzir o seu conteúdo é muito grande, por conta da facilidade de fazer e 
distribuir o seu produto nas diferentes plataformas disponíveis na internet. Por isso que hoje, é 
comum vermos produtoras e diretores de cinema renomados lançarem suas obras diretamente 
em serviços de streaming, como é o caso do diretor Alfonso Cuarón, que lançou o filme “Roma” 
em 2018 somente na Netflix, tendo sido indicado a 10 Óscares e levando 3, nas categorias de 
melhor fotografia, melhor diretor e melhor filme estrangeiro. Exemplos como esse reforçam 
ainda mais a convergência midiática. 
 
4 HÁBITOS DE CONSUMO DOS NATIVOS DIGITAIS 
 
 Os nativos digitais possuem um hábito de consumo imediatista, estando sempre 
conectados e antenados às tendências, tanto para se informar, quanto para estar por dentro do 
que está acontecendo no mundo, visto que essa geração é extremamente curiosa. 
 De acordo com a pesquisa do Neil Patel9, o Facebook conta com 127 milhões de 
usuários ativos mensais apenas no Brasil. Em seguida temos o YouTube com 100 milhões de 
usuários/mês e depois o Instagram, com 65 milhões de usuários em 2019 no Brasil, além de ser 
a rede social preferida entre os brasileiros, segundo a Rock Content10. 
 
8 Dados da Cuponation, disponível em: <https://www.cuponation.com.br/insights/streamings-2019> 
9 Dados do Neil Patel, disponível em: <https://neilpatel.com/br/blog/redes-sociais-mais-usadas/> 
10 Dados do Rock Content, disponível em: <https://rockcontent.com/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/> 
https://www.cuponation.com.br/insights/streamings-2019
https://neilpatel.com/br/blog/redes-sociais-mais-usadas/
https://rockcontent.com/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/
 
Fonte: Rock Content 
 
 O tempo de permanência nas redes sociais também é algo a se considerar. De acordo 
com a pesquisa da HootSuite e We Are Social11, o brasileiro fica, em média, 9 horas por dia 
conectado, sendo que destas, 4 são em conexões móveis.Em relação ao YouTube, de acordo com o Mídia Interessante12, 60% dos acessos são 
por via smartphone ou tablet e as pessoas passam 40 minutos do dia na plataforma, que equivale 
a aproximadamente 4 a 5 horas por semana. 
Os assuntos que mais interessam os nativos digitais são de cunho educativo, já que, 
segundo o Centro Pew de Pesquisa13, 80% dos nativos digitais utilizam vídeos para aprender. 
Além disso, 7 em cada 10 usuários afirmam que assistir YouTube ajuda eles a fugir do estresse, 
por isso, vídeos de entretenimento também são muitos consumidos por essa geração. 
 
11 Dados da Hootsuit e We Are Social, disponível no G1 Em Movimento em: <https://g1.globo.com/especial-
publicitario/em-movimento/noticia/2018/10/22/brasileiro-e-um-dos-campeoes-em-tempo-conectado-na-
internet.ghtml> 
12 Dados do Mídia Interessante, disponível em: <http://midiainteressante.com/2016/10/dados-youtube-canais-
existem-internet-mundial.html> 
13 Dados do Centro Pew de Pesquisa, disponível no Think With Google em: 
<https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/advertising-channels/v%C3%ADdeo/quer-entender-geracao-z-o-
youtube-mostra-o-caminho/> 
https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/2018/10/22/brasileiro-e-um-dos-campeoes-em-tempo-conectado-na-internet.ghtml
https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/2018/10/22/brasileiro-e-um-dos-campeoes-em-tempo-conectado-na-internet.ghtml
https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/2018/10/22/brasileiro-e-um-dos-campeoes-em-tempo-conectado-na-internet.ghtml
http://midiainteressante.com/2016/10/dados-youtube-canais-existem-internet-mundial.html
http://midiainteressante.com/2016/10/dados-youtube-canais-existem-internet-mundial.html
https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/advertising-channels/v%C3%ADdeo/quer-entender-geracao-z-o-youtube-mostra-o-caminho/
https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/advertising-channels/v%C3%ADdeo/quer-entender-geracao-z-o-youtube-mostra-o-caminho/
 Já quando falamos de filmes e séries, a Hub Entertainment Research14 aponta que a 
Netflix lidera o ranking de acessos, sendo responsável por 13,75% do tráfego de internet no 
mundo. Na plataforma, 37% dos conteúdos mais consumidos são de séries originais da Netflix, 
o que demonstra a força do streaming. Em seguida ficam as sérias licenciadas, com 34% e 29% 
filmes do catálogo. 
Quando se fala sobre consumo de audiovisual por meio de serviços On Demand, de 
acordo com a Research, Society and Development15, 56,2% dos nativos digitais preferem fazer 
maratona de episódios das suas sérias preferidas e 83,2% possuem interesse nas escalas entre 7 
e 10 por conteúdo audiovisual. 
Ainda nesta pesquisa, foi comprovado que, 47% destes jovens dizem ser mais 
imediatistas do que consumistas, ou seja, preferem apreciar os conteúdos na hora, local e 
momento que bem entenderem. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os nativos digitais nasceram na tecnologia e vivem lado a lado suas transformações, o 
que gera um impacto na forma em que pensam, agem e se comportam. Hoje, podemos afirmar 
que essa geração é moldada pela conectividade, instantaneidade e imediatismo, pois a rapidez 
e quantidade de conteúdo que somos expostos diariamente é grande. 
O on-line e o off-line já não se distinguem tanto como antigamente e as redes sociais 
consomem uma parte considerável do nosso dia, principalmente as que possibilitam o consumo 
de conteúdo em áudio e vídeo. 
Com base nas pesquisas apresentadas, pode-se afirmar que os nativos digitais são 
indivíduos muito opinantes, que gostam de estar por dentro das tendências mundiais. Com isso, 
o conteúdo audiovisual começa a se tornar muito relevante para essa nova geração, seja através 
de vídeos que transmitem algum conhecimento ou de entretenimento puro. 
O imediatismo nesta geração está se tornando mais comum e frequente, mostrando que 
veio para ficar. Por isso, o desafio dos produtores de conteúdo audiovisual é saciar esses jovens 
com inovação e qualidade. 
 
14 Dados da pesquisa New TV Times and Places, disponível no Hub Entertainment Research em: 
<https://hubresearchllc.com/reports/?category=2018&amp;title=2018-new-tv-times-and-places> 
15 Dados do artigo A Geração Imediatista e a Comunicação Audiovisual, disponível no Research, Society and 
Development em 
<https://www.researchgate.net/publication/330749069_A_geracao_imediatista_e_a_comunicacao_audiovisual> 
https://hubresearchllc.com/reports/?category=2018&amp;title=2018-new-tv-times-and-places
https://www.researchgate.net/publication/330749069_A_geracao_imediatista_e_a_comunicacao_audiovisual
Estar presente em todas as plataformas é essencial, já que o fato de poder navegar em 
mídias sociais diferentes é algo que atrai os jovens e possibilita que o produtor de conteúdo 
possa criar produtos audiovisuais de diversos formatos e categorias. 
O audiovisual está alcançando mais pessoas ao longo dos anos. A internet possibilita ao 
produtor de conteúdo diversas possibilidades de criação, pois existe público para todos e nichos 
poucos explorados. Ou seja, a era imediatista também proporciona liberdade para quem produz 
vídeos, tanto para criar, como para distribuir. 
Quando pensamos no futuro, precisamos levar em conta que a convergência de mídias 
é algo mais do que real, e os próximos conteúdos que vão dominar o consumo serão aqueles 
que saibam trabalhar de maneira transmidiática e interativa. 
Portanto, pode-se concluir que, para produzir conteúdo na era imediatista, não existe 
uma regra ou fórmula a ser seguida, porém, é necessário focar em produtos audiovisuais que 
convergem entre as diferentes mídias e levem consigo a interatividade. Dessa forma, o 
audiovisual consegue alcançar mais pessoas e inovar na forma em que é produzido e distribuído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
47% DAS CRIANÇAS têm canal ou youtuber que acompanha com frequência, diz pesquisa. 
Folha de São Paulo. 2018. Disponível em:https://f5.folha.uol.com.br/viva-bem/2018/06/47-
das-criancas-tem-canal-ou-youtuber-que-acompanha-com-frequencia-diz-pesquisa.shtml. 
Acesso em: 4 Set. 2019. 
 
ANCINE. VALOR ADICIONADO PELO SETOR AUDIOVISUAL. Observatório 
Brasileiro do Cinema e do Audiovisual. Rio de Janeiro, RJ, 2016. 24 p. Disponível em: 
https://oca.ancine.gov.br/valor-adicionado-pelo-setor-audiovisual-2016. Acesso em: 5 Set. 
2019. 
 
ANDERSON, Matt. Quer entender a Geração Z? : O YouTube mostra o caminho. Think With 
Google. 2018. Disponível em:https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/advertising-
channels/v%C3%ADdeo/quer-entender-geracao-z-o-youtube-mostra-o-caminho/. Acesso em: 
10 Set. 2019. 
 
AS 10 REDES SOCIAIS MAIS USADAS NO BRASIL (E NO MUNDO) EM 2018 E 2019. 
Neil Patel. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/redes-sociais-mais-usadas/. Acesso 
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BEY, Hakim. Imediatismo. 1. ed. 1992. 
 
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Movimento. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-
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internet.ghtml. Acesso em: 10 Set. 2019. 
 
COSTA, Thaís. Quais são as redes sociais mais usadas no Brasil em 2019?. Rock Content. 
2019. Disponível em: https://rockcontent.com/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/. 
Acesso em: 4 Set. 2019. 
 
DADOS e Curiosidades do Youtube : (Números até 2° semestre 2016). Mídia 
Interessante. 2016. Disponível em: http://midiainteressante.com/2016/10/dados-youtube-
canais-existem-internet-mundial.html. Acesso em: 10 Set. 2019 
 
DUBOIS, Philippe. Cinema, Video, Godard. 1. ed. São Paulo, SP: COSAC & NAIFY, 2004. 
 
GERAÇÃO Z será maioria em 2019. Época Negócios. 2018. Disponível 
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https://insider.com.br/geracao-z-habitos/. Acesso em: 9 Set. 2019. 
https://neilpatel.com/br/blog/redes-sociais-mais-usadas/
 
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