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Relação Ventilação Perfusão

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Davi Cassiano, 119B
Relação Ventilação Perfusão
- Em diversas regiões dos pulmões não há conformidade/equilíbrio entre ventilação e perfusão.
- Assim, parte da ventilação é perdida (Ex.: espaço morto) bem como parte da perfusão não está pareada com condições ideais de ventilação. 
- Assim, há um desvio de sangue: o sangue não participa efetivamente das trocas gasosas pois está passando por uma região pouco ventilada/ não ventilada, bem como, uma parte da ventilação não está sendo aproveitada pois está ventilando alvéolos sem uma perfusão adequada.
- A maior parte da ventilação alveolar e perfusão sanguínea estão pareados de maneira onde há condições ideias de trocas gasosas. 
	. Porém, outra parte é perdida através da ventilação do espaço morto.
	. Há também perca de uma parte da ventilação por um desvio de sangue para outras regiões, shunt.
- Relação de ventilação pulmonar e regiões pulmonares-
- A base é mais bem ventilada que o ápice do pulmão.
- Diferença de perfusão entre os locais. 
- Representação do pulmão na posição sentada:
- No experimento é observada uma diferença de pressão entre a base e o ápice do pulmão.
	- O conjunto sofre ação da gravidade: o pulmão é tracionado para baixo 
	- Pressão intralveolar é mais negativa na região superior que na região inferior. 
	- Assim, as variações de pressão intrapleural e ventilação trabalham em diferentes pontos. 
	- Na base: a variação de pressão intrapleural é associada a maior variação de volume. A variação de pressão nessa região começa em um patamar de -2,5 cmH2O(de acordo com o experimento).
	- No ápice, o volume e pressão variam menos. A variação de pressão nessa região começa em um patamar de -10cmH2O(de acordo com o experimento).
	- Portanto, a complacência na base é maior pois para uma mesma variação de pressão intrapleural produz uma maior variação de volume se comparado com o ápice.
-Perfusão-
- Na base, a perfusão também é maior que no ápice.
- Assim, a base aparenta ter maior perfusão e ventilação que o ápice: 
-Pressão de perfusão-
- As pressões sistólica, diastólica e média na artéria pulmonar equivalem respectivamente a 25, 10 e 15 mmHg, e a pressão média no átrio esquerdo equivale a 10mmHg. 
- Considerando o sistema arterial pulmonar como uma coluna de sangue contínua, na direção da base para o ápice.
- Assim, sendo a distância entre a base e o ápice igual á 30cm: 
	. A diferença de pressão hidrostática será de 30cmH2O ou 23mmHg.
- Dividindo então o pulmão em 3 zonas: 
 
- Portanto: 
· Ápice(Zona 1): Pressão alveolar no ápice (PA) > Pressão arterial (Pa) > Pressão Venosa (Pv):
. Produz uma compressão externa nos vasos sanguíneos do ápice pois a pressão arterial tende a ser menor se comparada a regiões inferiores. 
· ‘Meio’(Zona 2): (Pa) > (PA) > (Pv):
. Ainda assim, a pressão alveolar tende a produzir certo grau de compressão sobre o vaso, gerando fluxo intermitente em função das variações de pressões alveolares e intravasculares.
· Base (Zona 3): (Pa) > (Pv) > (PA):
. Gradiente favorável a perfusão sanguínea gerando perfusão adequada na região. 
- Assim, a ventilação/perfusão da base em direção ao ápice: 
	. Maior perfusão e ventilação na base.
	. Diminui em direção ao ápice. 
	. A perfusão cai muito mais que a ventilação (isso indo da direção base-> ápice). 
-Relação ventilação perfusão-
- Onde então ocorrem as condições ideais para as trocas gasosas?
	.A zona de troca ideal é onde a relação ventilação/perfusão mais se aproxima de 1.
	. Nessas condições, os alvéolos são ventilados e corretamente perfundidos.
	. Essa condição acontece na maior parte dos pulmões porém, o ápice é mais ventilado que perfundido ao passo que a base mais perfundida que ventilada. 
OBS: NÃO CONFUNDIR: A ventilação e perfusão são maiores na base que no ápice independente da constatação anterior que leva em conta a relação ventilação/perfusão e não os fatores em separado. 
-Conceitos- 
VENTILAÇÃO
· Ápice: 
. Pressão intrapleural mais negativa;
	. Maior gradiente de pressão transmural.
	. Alvéolos grandes porém menos complacentes que os alvéolos da base.
	. Menor ventilação.
· Base: 
. Alvéolos menores e mais complacentes.
. Pressão intrapleural menos negativa.
. Menor gradiente de pressão transmural.
. Maior ventilação.
PERFUSÃO
· Ápice:
. Pressão intravascular menor. 
. Menor recrutamento de distensão de vasos.
. Maior resistência.
. Menor fluxo sanguíneo. 
· Base:
. Maior pressão intravascular. 
. Maior recrutamento e distensão dos vasos sanguíneos. 
. Menor resistência.
. Maior fluxo de sangue. 
. Mais ventilação e perfusão nessa região, portanto. 
-Experimento- 
- Tomando a relação ventilação/perfusão dos alvéolos analogamente a um tanque que se enche por uma torneira com água e possui um ralo que drena a água: 
	. Sangue venoso chega em determinado alvéolo que possui determinada ventilação(VA) e pressão alveolar(PA).
	. Pressão parcial de gases chegando no lado venoso. 
	. Na saída dessa região o fluxo sanguíneo final tem pressões parciais de gases diferente do lado venoso. 
	. Se há uma quantidade de sangue, com seu determinado conteúdo de CO2 perfundindo o alvéolo há trocas dentro do alvéolo que dependem da ventilação. 
	. O mesmo vale para o oxigênio: a quantidade do gás levada pela circulação depende do quanto a ventilação trás de O2 para o alvéolo e o quanto o fluxo sanguíneo absorve do O2 que chegou ao alvéolo.
- Em condições ideais: há sempre um nível estável de O2 no alvéolo.
	. No caso do O2 o seu grande determinante é a ventilação alveolar (traz o O2 para o alvéolo) e a quantidade de perfusão, as trocas gasosas, o quanto de O2 está sendo levado pelo fluxo sanguíneo para a circulação.
	. No caso do CO2 o fluxo determina a quantidade de CO2 que chega ao alvéolo (VCO2) e a ventilação determina a quantidade de CO2 excedente levada para a atmosfera. 
- A ventilação trás O2 para o alvéolo. O fluxo sanguíneo (perfusão) drena o O2 para os capilares pulmonares e carregando para o corpo.
- O fluxo sanguíneo trás CO2 para o alvéolo. A ventilação leva o CO2 para fora do alvéolo em direção a atmosfera: 
	. Em equilíbrio: há um nível de O2 constante (o mesmo para o CO2). 
	
- Em condição de ventilação normal: 
	. O ponto de equilíbrio para a PAO2 (pressão parcial de oxigênio nos alvéolos) é de aproximadamente 100 mmHg. A PACO2 (pressão parcial de CO2) é de aproximadamente 40 mmHg. 
- Hipoventilação (redução na ventilação pulmonar):
	. Tendência de acúmulo de CO2 nos alvéolos pois o fluxo continua a trazer o gás para os alvéolos mas há uma restrição na ventilação prejudicando a saída do mesmo.
	. Também, redução do oxigênio pois a ventilação que é responsável por trazer o gás para os alvéolos está reduzida mas o fluxo que retira o gás dos alvéolos continua a acontecer normalmente.
. Assim, PO2 alveolar está reduzida e a PCO2 alveolar está aumentada. 
 - Hiperventilação: 
	
	. Redução da PACO2 alveolar e aumento da PAO2 alveolar. 
- Condição ideal: 
	. Relação ventilação/perfusão = 1 (V/Q=1). 
	
-Condições de ventilação perfusão-
- Na imagem, da esquerda para a direita: 
	. PvO2 (sangue venoso com O2 chegando da artéria pulmonar) igual a PAO2 ( pressão parcial de oxigênio alveolar) de modo que o conteúdo arterial de oxigênio (PaO2) é igual ao sanguíneo. Ventilação e perfusão em desequilíbrio, shunt (desvio fisiológico). V/Q=0.
 . PvO2 (sangue venoso com O2 chegando da artéria pulmonar) e PAO2 ( pressão parcial de oxigênio alveolar) em equilíbrio com o fluxo sanguíneo de modo que o conteúdo arterial de oxigênio (PaO2) é dito ideal. Ventilação e perfusão adequados.
. PvO2 (sangue venoso com O2 chegando da artéria pulmonar) é inexistente e PAO2 ( pressão parcial de oxigênio alveolar) em equilíbrio com a pressão de O2 do ar inspirado (PIO2) pois não há trocas em decorrência da ausência de fluxo. Existência de ventilação sem trocas, espaço morto fisiológico. V/Q= ∞.
- Alvéolo com grande ventilação, mais ventilado que perfundido: 
	. Acúmulo de oxigênio no alvéolo. Aumento da PaO2 e discreto aumento do oxigênio no sangue. 
-
Diminuição da ventilação, menos ventilado que perfundido: 
	. Retirada do O2 alveolar para o vaso. Diminuição da PaO2 e diminuição do conteúdo de O2 na circulação. 
	. Uma resposta fisiológica normal em uma região que está sendo pouco ventilada é a vasoconstição local promovendo desvio de sangue para regiões mais bem ventiladas. 
+ Portanto, o conteúdo final de O2 e pressão parcial do gás no sangue é uma combinação da diferentes regiões de troca nos pulmões e o que está favorecido em cada uma (ventilação ou fluxo).
-Pressões parciais adequadas- 
- Pressão parcial de oxigênio na atmosfera: 150mmHg.
- Pressão parcial de CO2 na atmosfera: 0mmHg (aproximadamente).
- Pressão parcial de oxigênio no alvéolo: 100mmHg.
- Pressão parcial de CO2 no alvéolo: 40mmHg. 
- Perfusão sanguínea normal: 
	- Na entrada do alvéolo PaO2 40mmHg, PaCO2 45mmHg. Favorável as trocas gasosas. 
	- Na saída do alvéolo PO2 no sangue de 100mmHg, PCO2 no sangue 40mmHg.
-Conclusão- 
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