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Rodrigo Pires módulo II - seminário IV

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IBET
Módulo II – CONTROLE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
SEMINÁRIO IV – EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, COMPENSAÇÃO E REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Aluno: Rodrigo Gonçalves Pires. 
1. Criticar a expressão “extinção do crédito tributário”. É correta a tradicional separação das causas de extinção prescritas no art. 156 do CTN em modalidades de fato e modalidades de direito? Justifique
A obrigação tributária possui cinco elementos essenciais para sua criação e existência. São eles: sujeito ativo, sujeito passivo, objeto, crédito tributário e débito tributário. Tendo em vista que o artigo 156 do CTN utiliza a expressão “extinção do crédito tributário” o legislador destacou somente um dos elementos que podem extinguir o crédito tributário, omitindo dessa forma, os outros elementos. Sendo assim, entendo que o mais adequado nessa ocasião, seria o legislador utilizar o termo “extinção de obrigação tributária” para elencar todos os elementos da obrigação. 
A doutrina tradicional realiza a separação das causas de extinção da obrigação tributária em modalidades de fato e de direito. Contudo, o artigo 156 do CTN lista em seus incisos modalidades causas de extinção que versam sobre causas jurídicas, ou seja, causa de direito. Portanto, é incoerente a separação de modalidades realizadas pela doutrina tradicional. 
2. Quem tem legitimidade ativa para pleitear a repetição do indébito tributário? E em caso de substituição tributária? E na hipótese prevista no art. 166 do CTN, há alguma alteração do sujeito legitimado? Responda as perguntas analisando criticamente os anexos I e II.
De acordo com o artigo 165 do CTN “o sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento”. Sendo assim a legitimidade para pleitear a repetição de indébito está com o contribuinte que recolheu o tributo a maior ou quando o pagamento foi realizado diante de relação jurídica tributária inexistente. Contudo, há situações na qual o contribuinte que efetuou a obrigação de recolher do tributo, não é o contribuinte de fato, ou seja, ele não é o contribuinte que arcou com o impacto financeiro. Nessa situação, conforme mencionado no artigo 166 do CTN, existe a possibilidade do contribuinte de direito, aquele que por determinação legal recolheu o tributo, pleitear o ressarcimento do indébito, desde que autorizado de forma expressa pelo contribuinte de fato.
3. A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário altera a cláusula do art. 3º do CTN quanto à prestação tributária qualificar-se como estritamente pecuniária? Justifique. As previsões de extinção do crédito tributário por dação em pagamento de bens imóveis em legislações municipais e estaduais antes da Lei Complementar n. 104/01 são válidas? Têm aplicação jurídica? (Vide anexos III e IV).
A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis, como causa extintiva do crédito tributário, não está em descompasso com que prevê o art. 3º do CTN, pois a regra extintiva não deve ser confundida com a regra-matriz de incidência. A regra matriz de incidência tributária, assim como norma individual e concreta produzida a partir da sua aplicação continuam a estabelecer como enfoque da obrigação tributária o pagamento da pecúnia, sendo a dação em pagamento apenas uma terceira norma que se refere a extinção a obrigação, e não necessariamente o enfoque vinculado a obrigação. Em relação as legislações municipais e estaduais anteriores à LC nº 104/200, entendo que são válidas e que são aplicadas até que sejam expulsas do sistema por força de outra norma ou declaração judicial, entretanto, vislumbro o vício formal ao ser veiculado matéria geral em matéria tributária relativa a extinção da obrigação tributária, matéria que é reservado ao veículo introdutor da lei complementar, de competência nacional, além de violar também a exigência de licitação para aquisição de bens pela Administração Pública.
4. Que é compensação tributária? Quando nasce o direito subjetivo à compensação tributária? Determinada lei editada em momento posterior ao do nascimento do “direito subjetivo” à compensação estabelece limites ao seu exercício, como por exemplo, limitando o crédito a compensar a determinado valor por mês, impedindo a incidência de juros de mora ao crédito. Essas novas regras que limitam a compensação se comparadas à legislação até então vigente impactam o exercício do direito de compensar consagrado anteriormente à vigência dessa lei? Há direito adquirido à compensação? (Vide anexos V). 
Trata-se de uma modalidade de extinção de crédito tributário, ocorrendo na ocasião a qual duas pessoas se tornam ao mesmo tempo credora e devedora reciprocamente. Na visão de Paulo de Barros a compensação é o “acerto de contas entre fisco e o contribuinte”. Ela encontra-se na legislação no artigo 156, II do CTN. 
O direito subjetivo tem origem com a edição e entrada em vigor da lei que autoriza essa prática. O artigo 170 do CTN diz que “a lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública”. Dessa forma, só será criada o direito quando na relação se tem Certeza na existência e quando há determinação da quantia dos créditos e débitos que se pretende compensar (quantum devido).
Em relação a lei editada em momento posterior ao nascimento do direito subjetivo não é permitido limitar o exercício a compensação, visto ter direito adquirido. Trata-se de não proibição que lei posterior prejudique direito adquirido com as legislações já consolidadas. 
5. Considerando o artigo 170-A do CTN, o artigo 489, §1°, inciso VI, 926 e seguintes do CPC responda: é possível a compensação de indébito discutido em ação judicial antes do trânsito em julgado da mesma? 
De acordo com o artigo 170-A do CTN: É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Essa alteração foi trazida em 2001 através da LC 104. A Lei é literal em vedar esse tipo de compensação. Dessa forma, o CARF por diversas ocasiões, respeitando a letra da lei, procedeu no sentido de vedar a compensação realizada com base em decisão judicial pendente de julgamento. Contudo, atualmente, com a alterações legislativas no sentido de tornar um modelo jurídico nacional de fortalecimento de precedentes e no âmbito de evitar uma provável judicialização da controvérsia os tribunais passaram a autorizar compensação de indébito discutido em ação judicial antes do trânsito em julgado da mesma.
6. Em razão da não homologação da compensação e a consequente aplicação da multa isolada nos termos do art. 74, §17 da Lei n. 9.430/96 (com redação dada pela Lei n. 13.097/15). Pergunta-se: a) A compensação não homologada equivale a não pagamento de tributo? b) Que se entende por falsidade da declaração? E qual a multa aplicada no caso de falsidade da declaração? c) A aplicação da penalidade na hipótese de não homologação ou de falsidade da declaração ofendem algum princípio jurídico tributário? Padece de algum vicio de inconstitucionalidade a lei 13.670/2018 que em seu artigo 6° alterou o artigo 74 da lei 9430/96 que regula a compensação no âmbito da União? Justifique. 
A) Conforme o parágrafo 2º do artigo 74 da lei n. 9.430/96 “a compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação”. Dessa forma entendo que a compensação só será efetivada quando revertida em linguagem competente, dependendo de sua homologação para extinção do crédito tributário.
B) Falsidade seria o ato de agir omitindo ou deturpando informações. A multa aplicável seria a isolada agravada de acordo com o art. 18 § 16 da Lei 9.430/96 (com redação dada pela Lei 12.249/2010);C) Entendo que o percentual exigido pela lei 9.430,96 fere o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, visto o valor é extremamente elevado. Além desse fato, de forma indireta, a multa por essa penalidade acaba por inibir o sujeito passivo de questionar perante o fisco, indo em contramão do princípio constitucional que é o direito a petição.
7. Diante da sistemática implementada pelo CPC/15 relativamente aos julgamentos de casos repetitivos, pergunta-se: é possível falar em direito subjetivo à repetição/compensação do indébito a partir do momento em que proferida decisão em recurso especial e/ou recurso extraordinário repetitivos (vide art. 928 do CPC/15), ainda que o contribuinte não tenha ajuizado ação de repetição/compensação do indébito cujo fundamento seja objeto do recurso repetitivo? 
Em sede de casos repetitivos, proferida sentença em RE ou REsp, torna o débito líquido e certo, mesmo estando a matéria discutida nas instâncias inferiores. Além disso, o julgamento de casos repetitivos, garante além da razoável duração do processo, a celeridade da tramitação. Desse modo, é possível falar em direito subjetivo do contribuinte que mesmo não ajuizando a ação de repetição\compensação do indébito, já possui ao seu favor uma decisão proferida pelo STF e STJ. O art. 928 do CPC, que prevê a sistemática dos julgamentos de recursos repetitivos, criada para trazer mais celeridade processual, garantir a segurança jurídica nas decisões e, de certo modo, funcionar como filtro para barrar demandas repetitivas de casos análogos que ocupavam parcela considerável da pauta de julgamento dos tribunais.
Diante deste cenário, o legislador criou uma sistemática que elege um ou mais recursos como representativos da controvérsia para resolver o mérito da questão não apenas para estes, mas para todos os demais recursos que versam sobre o mesmo assunto. Portanto, o contribuinte tem sim o direito de ajuizar a ação de repetição/compensação do indébito cujo fundamento seja objeto do recurso repetitivo, o que não significa a procedência da ação.  
8. Considerando os elementos da obrigação tributária (sujeito ativo e passivo, objeto, direito, crédito, dever e débito) e o conteúdo do artigo 156[footnoteRef:1] do CTN, identifique para cada uma das hipótese de extinção nele elencadas e a seguir reproduzidas qual elemento da obrigação tributária é diretamente afetado: [1: Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.   
] 
Elementos da obrigação tributária:
a) pagamento - É a forma direta de extinção da obrigação tributária e do crédito tributário.
b) compensação – Trata-se de acerto de contas entre credores e devedores recíprocos. Ocorre entre crédito e débito líquidos e certos.
c) transação - Extinção do crédito tributário.
d) remissão - crédito tributário.
e) prescrição - Causa extintiva do crédito tributário.
f) decadência - Causa extintiva do crédito tributário.
g) conversão do depósito em renda - extingue-se p dever jurídico cometido pelo sujeito passivo, fazendo desaparecer, o direito subjetivo de quem estiver investido o sujeito credo, decompondo-se a relação jurídica. 
h) pagamento antecipado e homologação do “lançamento” nos termos do art. 150, §§ 1º a 4º do CTN - crédito tributário.
i) consignação em pagamento – crédito tributário.
j) decisão administrativa irreformável - sujeito ativo e passivo e objeto. É a decisão proferida que nega a existência do vínculo ou que decreta a anulação do lançamento.
h) decisão judicial transitada em julgado - sujeito ativo e passivo, objeto, direito, crédito, dever e débito. Ocorre quando o poder judiciário reconhece que o crédito tributário não é devido.
i) dação em pagamento de bens imóveis – objeto e crédito.

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