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2ª série_Filosofia_TRILHA_semana 24_A política no sentido grego

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Filosofia
2ª SÉRIE
SEMANA 24
Olá estudante!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de Filosofia sobre a política no sentido grego. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos 2 aulas e vamos tratar sobre:
	AULA: 46
	A política no sentido grego I
	AULA: 47
	A política no sentido grego II
	
A importância da pólis (Cidade-estado) grega é tão significante para a filosofia que a tradição ocidental afirma que a “filosofia é filha da pólis”, ou seja, não poderia ter havido filosofia na Grécia, se não existisse a organização democrática dos gregos. Principalmente, se verificamos que o apogeu da democracia grega aconteceu graças à existência da pólis, que era a cidade-Estado autossuficiente, na Atenas figura como modelo organizacional político, então conseguimos ter uma noção do como a filosofia política esteve presente desde o princípio da pólis.
Embora os sofistas tenham contribuído muito com civilização grega, o fato de terem sido criticados em demasia por Sócrates e os filósofos posteriores, impediu de se reconhecer a importante contribuição deles em educar os cidadãos de uma certa elite, que ansiavam por chegar ao governo da pólis, mas não tinham uma educação adequada para serem políticos.
Precisamos ter em mente também, que o cidadão era a figura central da democracia grega, esse título era concedido somente aos homens maiores de idade, que fossem livres e filhos de pais atenienses. Sob este aspecto, o modelo de governo ideal terá representação distinta para os filósofos. Por exemplo, para Platão, um governo feito por um rei filósofo, modelo denominado como sofocracia, seria o ideal sistema entre governados e governante.
Ao que se refere à filosofia política de Platão, não seria exagero entendermos que ele se pauta quase que inteiramente sob a noção de Justiça. Não à toa, uma das principais senão a principal obra da filosofia de Platão é sobre a Justiça. Esta obra chega para nós sob o título, República. A grande questão política para o autor é como organizar uma comunidade perfeita, em que o indivíduo encontra a sua perfeita formação, ou seja, se prepara desde a infância (a partir dos sete anos) para exercer seu papel de cidadão. 
O projeto desta sociedade almejada pelo filósofo, se funda no princípio que constitui toda a filosofia platônica. "Se os filósofos não governarem a cidade ou se os que agora achamos reis ou governantes, não cultivarem verdadeira e seriamente a filosofia, se o poder político e a filosofia não coincidirem nas mesmas pessoas e a multidão dos que agora se ocupara exclusivamente de uma ou da outra não for rigorosamente impedida de fazê-lo, é impossível que os males da cidade tenham fim e até mesmo, não cessaram os males do género humano" (Rep., V., 473 d). 
Em sua obra, República, Platão se dirige a explicar que nenhuma comunidade humana pode subsistir sem a justiça. Luta-se contra a opinião sofística que queria reduzi-la ao direito do mais forte, para tanto Platão exemplifica a necessidade de justiça, mencionando que nem mesmo um bando de salteadores ou de ladrões poderia realizar qualquer roubo, se os seus componentes violassem as normas da justiça uns em prejuízo dos outros. Isto mostra o quanto a noção de justiça é condição fundamental do nascimento e da vida do estado. Este deve ser constituído por três classes: a dos governantes, a dos guardiões ou guerreiros e a dos cidadãos, que exercem qualquer outra actividade (agricultores, artesãos, comerciantes, etc.). 
A sabedoria pertence à primeira destas classes, porque basta que os governantes sejam sábios para que todo o estado seja sábio. A coragem pertence à classe dos guerreiros. A temperança, como acordo entre
governantes e governados sobre quem deve comandar o estado, é virtude comum a todas as classes. Mas a justiça compreende em si estas três virtudes. Porque é por meio da justiça que se realiza o bem comum em que cada cidadão se dedica à tarefa que lhe é própria e tem o que lhe pertence. 
Com efeito, as tarefas em um estado são muitas e todas necessárias à vida da comunidade: cada qual, mediante sua habilidade, deve executar sua participação em favor da sociedade que pertence. Só assim cada homem mantém sua individualidade, mas ao mesmo tempo percebe a importância e necessidade do coletivo social, coletivo este como o próprio estado, se revela um só organismo vivo. A justiça garante a unidade e, consigo, a força do estado. Mas garante igualmente a unidade e a eficiência do indivíduo. 
A natureza da justiça nos deixa perceber que a conhecemos pela determinação da injustiça. O estado de que fala Platão é o estado aristocrático, em que o governo pertence aos melhores. Mas esse estado não corresponde a nenhuma das formas de governo existentes. Todas estas são degenerações, do estado perfeito; e os topos de homem correspondentes são degenerações do homem justo, que é uno em si e com a comunidade, pois que é fiel à sua tarefa. 
Às degenerações do estado e correspondem degenerações ou corrupções dos indivíduos. A primeira é a timocracia, governo fundado na honra, que nasce quando os governantes se apropriam de terras e de casas; corresponde-lhe o homem timocrático, ambicioso e amante do mandato e das honras, mas desconfiado em relação aos sábios. A segunda forma é a oligarquia, governo fundado no património, em que são os ricos quem comanda, corresponde-lhe o homem desejoso desesperadamente por riquezas. A terceira forma é a democracia, na qual os cidadãos são livres e a cada um é permitido fazer o que quiser; corresponde-lhe o homem democrático, que não é parco como o oligárquico, antes tende a abandonar-se a desejos descomedidos. Finalmente, a mais baixa de todas as formas de governo é a tirania, que nasce frequentemente da excessiva liberdade da democracia. É a forma mais desprezível, porque o tirano, para se proteger do ódio dos cidadãos, é obrigado a rodear-se dos piores indivíduos. O homem tirânico é escravo das suas paixões, às quais se abandona desordenadamente, e é o mais infeliz dos homens.
	Escola/Colégio:
	Disciplina:
	Ano/Série:
	Estudante:
LISTA DE EXERCÍCIOS
AULA – 46
1. O apogeu da democracia grega aconteceu graças à existência da pólis, que era:
a) A cidade-Estado autossuficiente, na qual Atenas se destaca pelo modelo democrático.
b) Um lugar onde as pessoas se reunião para conversar sobre os assuntos da cidade.
c) Uma cidada da Jônia por volta de 594 a.C.
d) Uma forma de governo na cidade de Atenas, seu representante foi Sólon.
2. O cidadão era a figura central da democracia grega, esse título era concedido
a) A todos os homens que moravam nos arredores da cidade
b) A todos que nasciam em Atenas, incluindo escravos, mulheres e crianças.
c) A todos que pagam impostos e se inscreviam para nas assembleias.
d) Somente aos homens maiores de idade, que fossem livres e filhos de pais atenienses.
AULA – 47
3. Os sofistas contribuíram muito com civilização grega, embora fossem muito criticados pelos filósofos tradicionais, a contribuição deles foi:
a) Sua contribuição foi mínima, na verdade eles terminaram de destruir a política grega da pólis.
b) Demonstrar como os aristocratas da época eram mais qualificados para o debate político que os cidadãos da eclésia.
c) Educar os cidadãos de uma certa elite, que ansiavam por chegar ao governo da pólis, mas não tinham uma educação adequada para serem políticos.
d) Os sofistas buscavam dar aulas para os aristocratas que tinham uma boa educação e herdavam o poder de seus próprios familiares que já ocupavam cargos públicos.
4. O modelo de governo ideal para Platão era:
a) Um governo feito por um rei filósofo, sofocracia.
b) Um governo feito pelos aristocratas da nobreza.
c) Um governo feito pelas almas de bronze, os agricultores.
d) Um governo feito pelas almas de prata, os guerreiros e defensores da cidade.

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