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POLÍTICA ANTIGA E MEDIEVAL Costuma-se dizer que a democracia nasceu na Grécia, mais precisamente em Atenas. Os gregos foram os primeiros a filosofar e também foram os primeiros a refletir criticamente sobre a política por isso afirma-se que eles inventaram a política.Porém isso não significa que antes disso as pessoas não exerciam o poder político, elas exerciam mas foi apenas entre os gregos que foram elaboradas teorias sobre a capacidade humana de refletir sobre a organização da vida coletiva. A acrópole constituía a parte elevada que servia de ponto de defesa da cidade e local privilegiado para a construção do templo. A ágora era a praça central destinada às trocas comerciais dos cidadãos e eles se reuniam lá para debater os assuntos da cidade e resolver problemas legais. Os sofistas exerceram influência muito forte ao ensinarem retórica, que é a arte de bem falar de utilizar a linguagem em um discurso persuasivo, é bem verdade que esse tipo de educação se destinava a elite intelectual,aqueles bons oradores capazes de pronunciar discursos convincentes e oportunos em assembleias políticas, no entanto Sócrates e seus discípulos acusavam os sofistas de superficialidade e de pronunciar discursos vazios ao enfatizarem a persuasão e não a verdade da argumentação. PLATÃO: Platão escreveu a alegoria da caverna e do ponto de vista desse conhecimento, aqueles que se libertam das correntes elevam-se da opinião à ciência alcançando o verdadeiro conhecimento tornando-se então filósofos,e por isso devem retornar ao meio das pessoas comuns para orientá-las no verdadeiro caminho do saber. Platão imagina então a utopia da cidade de Calípolis,com base no princípio de que as pessoas ocupam lugares e funções diversas na sociedade por serem de naturezas diferentes.Ele propõe que o estado e não a família assuma a educação das crianças até os 7 anos a fim de evitar a cobiça e os interesses inadequados o estado orienta para que não se consumassem casamentos entre desiguais como objetivo de alcançar melhores condições de reprodução e ao mesmo tempo criar instituições para educação coletiva das crianças. Esse governo deveria acontecer da seguinte forma: até os 20 anos todos serão educados da mesma maneira após a indicação do seu tipo de alma, ocorre a primeira seleção aqueles que possuem alma de bronze vão dedicar-se a agricultura artesanato e ao comércio cabendo a eles portanto a subsistência da cidade,os demais continuariam os estudos por mais 10 anos até a segunda seleção aqueles que tem alma de prata eles vão ser destinados a guarda do estado a defesa da cidade,os mais notáveis que sobraram das seleções anteriores por terem alma de ouro são instituídos na arte do pensar ,ou seja na arte de dialogar ,eles estudam filosofia fonte de toda a verdade que eleva a alma até o conhecimento mais puro e aos 50 anos aqueles que passarem com sucesso pela série de provas são admitidas no corpo supremo de magistrados,cabe a eles o governo da cidade por serem os únicos a ter ciência da política como homens mais sábios sua função é manter a cidade coesa também seriam os mais justos uma vez que justo é aquele que conhece a justiça como virtude principal a justiça constitui a condição do exercício de outras virtudes. Para Platão a política é a arte de governar pessoas com o seu consentimento e político é aquele que conhece a difícil arte de governar,decorre desse raciocínio que a democracia é um regime inadequado porque a igualdade só é possível na reparação dos bens mas nunca do igual o direito do poder para o estado ser bem governado é preciso que os filósofos tornem-se reais ou os reis tornem sem filósofos desse modo Platão propõe o modelo aristocrático de poder. Para ele existiam quatro formas de governos degenerados elas são: Timocracia é um governo que cultua o impulso guerreiro e o desejo de honrarias. Oligarquia poder exercido pelos mais ricos. Democracia poder atribuída ao povo entendido como os mais pobres e o político manipula e engana o povo é uma política falaciosa. Tirania governo de um só que assume todos os poderes geralmente em decorrência dos abusos da democracia. ARISTÓTELES: ele era discípulo de Platão porém recusou o autoritarismo da utopia platônica por considerá-la impraticável e inumana,fez críticas a sofocracia por atribuir poder ilimitado apenas uma parte do corpo social,os mais sábios, e não aceitou que a família fosse dissolvida nem que a justiça,virtude por excelência do cidadão,pudesse desvincular se da amizade e da philía. A justiça distributiva segundo a qual a distribuição justa é o que leva em conta o mérito das pessoas não se dá igual para desiguais já que pessoas são diferentes. A justiça comutativa ou corretiva é a que corrige os erros da justiça distributiva,a fim de restaurar a equidade mesmo que as pessoas sejam desiguais no mérito elas devem ter a necessidade o necessário para sua vida por isso a cidade deve impedir a má distribuição de riquezas e oportunidades além de dependendo do caso pune comportamentos injustos. A lei para Aristóteles é o princípio que rege a ação dos cidadãos é a expressão política da ordem natural sejam elas leis escritas sejam não escritas ou trazidas pelo costume. Aristóteles prefere excluir a cidadania a classe dos artesãos comerciantes e trabalhadores braçais em geral,em primeiro lugar porque a ocupação não lhes permite tempo ósseo necessário para participar do governo,em segundo lugar porque reforçando o desprezo que os antigos tinham pelo trabalho manual esse tipo de atividade embrutece a alma e torna quem exerce incapaz da prática da virtude esclarecida,para Aristóteles homens livres e com cidadãos aprisionados em guerras não deveriam ser escravizados mas sim bárbaros,nome genérico atribuído aos não os gregos, que por serem considerados inferiores possuíam disposição natural para escravidão recomendava apenas que o tratamento do senhor escravo não fosse cruel que até pendurar perdurar sem laços afetivos como nas antigas famílias dos tempos homéricos quando os escravos pertenciam ao lar. Aristóteles tinha uma tipologia das formas de governo que se tornou clássico cujos critérios de distinção são: No critério número o governo pode ser monarquia:governo de um só , aristocracia: governo de um pequeno grupo ou politeia: governo constitucional da maioria. No critério valor as três formas são boas se visam ao interesse comum e são mais corrompidas degeneradas se motivam o interesse particular a cada uma das três formas novas descritas correspondem respectivamente a três formas degeneradas elas são: tirania: governo de um só que visa no interesse próprio, oligarquia: governo dos mais ricos ou nobres e democracia: governo em que a maioria pobre governa em entretenimento da minoria da maioria rica. Para Aristóteles a monarquia, a aristocracia ou a politeia constitui igualmente formas corretas e adequadas do exercício do poder.
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