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POLÍTICA NACIONAL DE MUDANÇA NO CLIMA
A Política Nacional de Mudança no Clima, instituída pela lei 12.187/09 e regulamentada pelo Decreto 9578/2018 que acolheu o princípio do desenvolvimento sustentável bem como conceitos de diplomas internacionais, é um avanço no combate as mudanças climáticas. Conforme consta no site da ONU:
“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.”
O Brasil, comprometido com ONU para Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 que visa superar as metas previstas no Decreto 9578/2018 o qual regulamenta o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, demanda estrutura, capacidade técnica e vontade política, pois, o país ainda é muito frágil no que tange a litigância climática, ao passo que a jurisprudência pátria apresenta poucos casos. 
Contudo, as decisões do Superior Tribunal de Justiça nos casos demandados estão de acordo com o previsto na Lei da Política Nacional da Mudança do Clima (Lei 12.187/2009), com o Acordo de Paris, em vigor desde 4 de novembro de 2016, e a COP 22, ocorrida em Marraquexe.
 Importante ressaltar que o embasamento das decisões nessas fontes normativas demonstra o comprometimento do Poder Judiciário com o meio ambiente em prol das presentes e futuras gerações e de fato é isso que precisa ser feito, uma vez que o país conta com uma política nacional de mudança do clima norteada pelos princípios da precaução e da prevenção que podem e devem ser exploradas bravamente pelo judiciário.
Cabe destacar a necessidade de atribuir às ações a denominação “climática” para que se invoque normas, preceitos e todos os meios adequados aos litígios climáticos. Nesse sentido, esclarece o Guia de Litigância Climática publicado pela Conectas:
“O litígio climático se define como uma ferramenta jurídica apta a acionar Poder Judiciário e órgãos extrajudiciais para avaliar, fiscalizar, implementar e efetivar direitos e obrigações jurídicas relacionados às mudanças climáticas. Dados indicam a existência de pelo menos 1.200 litígios climáticos ao redor do mundo, com o registro de casos de sucesso a favor da proteção do clima,8 como Massachusetts x EPA nos Estados Unidos, o caso Urgenda na Holanda e o caso Leghari no Paquistão. Nesses dois últimos casos, as ações demandavam melhores padrões de proteção climática, processos nos quais o Poder Judiciário exigiu que autoridades obedecessem a melhores padrões de proteção climática.”
O Brasil é o sétimo maior emissor global de gases de efeito estufa, e o país já está sofrendo com os efeitos das mudanças climáticas ao passo que estados e organismos internacionais já avançaram no reconhecimento do vínculo entre as mudanças climáticas e os direitos humanos.
Segundo o Guia de Litigância Climática, essa relação direta foi expressamente reconhecida pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2008, por meio da Resolução 7/23. Outros documentos, como a Declaração de Malé de 2007, os Acordos de Cancún de 2010 e o Acordo de Paris de 2015 têm seguido o mesmo diagnóstico de reconhecer que há um vínculo forte entre direitos humanos e mudanças climáticas.
O Acordo de Paris entrou em vigor em 2016 e seu preâmbulo reconhece que a mudança climática é uma preocupação comum da humanidade e que as partes, observando suas obrigações sob a ótica dos direitos humanos, deverão tomar as medidas cabíveis ao combate do aquecimento global, que consiste na alteração feita pelo homem na natureza e essa ameaça gera incertezas. 
A partir daí é possível refletir especialmente sobre os aspectos políticos pertinentes ao tema, uma vez que a humanidade pretende cooperar para garantir a vida humana e das espécies.
O referido acordo estabelece a política internacional sobre as mudanças climáticas no qual 195 países se comprometeram em limitar as futuras emissões de gases de efeito estufa de modo que o aumento da temperatura global não seja maior do que 2 °C. 
Nesse aspecto se verifica que a litigância climática consiste numa estratégia de impulsionar grandes empresas, industrias e, principalmente, o Poder Público em sua função legislativa e executiva, a assumirem e se responsabilizarem pelo controle e impactos do aquecimento global e mudanças climáticas, exigindo cada vez mais uma efetiva aplicação da legislação por parte do Poder Judiciário. 
REFERÊNCIAS:
http://www.planetaverde.org/arquivos/biblioteca/arquivo_20191206102840_7897.pdf
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/13
file:///C:/Users/tamar/Downloads/Guia_de_Litigancia_Climatica.pdf
http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/ODS-pos-bras.pdf
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/5949#:~:text=A%20litig%C3%A2ncia%20clim%C3%A1tica%20apresenta%2Dse,global%20antropog%C3%AAnico%20e%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas.
SETZER, Joana; CUNHA, Kamyla; FABBRI, Amália Botter (Coord.). Litigância climática: novas fronteiras para o direito ambiental no Brasil. São Paulo: Revista dos Tribunais

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