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Danielle Carvalho P5 – Medicina Cesmac SEMIOLOGIA 07.02.2020 Sistema Endócrino · TSH: Hormônio tireoestimulante · TRH: Hormônio tirotropina-estimulante · DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS · Hipofunção da glândula; · Hiperfunção da glândula; · Primário: distúrbio na glândula; · Central: · Secundário: distúrbio na hipófise; · Terciário: distúrbio no hipotálamo; Tireoide · FUNÇÕES · Metabolismo basal, proteico, lipídico e glicídico; SNC; S. motor; S. autônomo; S. circulatório; S. digestivo; Pele; Esqueleto; Função Renal. · ANAMNESE · Sexo (mais comum em mulheres); · Idade (idade fértil); · História pessoal e familiar de doença autoimune; · Naturalidade e procedência (regiões de dieta com baixa ingesta de iodo – bócio endêmico); · Profissão (manipulação de materiais iodados -> hipertireoidismo fictício); · Gestação recente (desencadeamento para doenças autoimunes). · EXAME FÍSICO · Abaixo da eminência da cartilagem cricoide; · INSPEÇÃO: · Paciente fazendo uma leve extensão do pescoço; · Cicatrizes; · Abaulamentos; · Hiperemia (processos infeciosos); · Extase de jugular; · Massas palpáveis; · Bócio. · PALPAÇÃO (Tireoide) · Tamanho, consistência (fibroelástica), sensibilidade, superfície lisa ou nodular, mobilidade, presença de frêmitos (presentes no hipertireoidismo devido a uma produção autônoma da glândula); · Inclinar a cabeça para frente para relaxar a musculatura; · Localização da glândula tireoide: o istmo da glândula tireoide se localiza imediatamente abaixo da cartilagem cricoide; · Palpação anterior: colocando-se à direta um pouco à frente do paciente, com o polegar direito palpa-se o lobo direito da tireoide, e com o polegar esquerdo, o lobo esquerdo; · Palpação posterior: paciente sentado e o examinador em pé atrás do paciente. O paciente deve inclinar a cabeça para o lado a ser palpado, não se usa o polegar, apenas os outros dedos. OBS: palpar os linfonodos de todas as cadeias cervicais e descrever suas características. PALPAÇÃO DA TIREOIDE: avaliar localização – tópica ou ectópica, tamanho, consistência – elástica ou endurecida, sensibilidade dolorosa, superfície – lisa ou presença de nódulos, mobilidade, frêmito · AUSCULTA: tireoide (sopros - em casos de hipertireoidismo) e artérias (carótidas e subclávias); · PERCUSSÃO: Bócios mergulhantes/ volumosos (descem para a região torácica – mudança do som claro pulmonar do tórax para o maciço – deslocamento de traqueia visível na radiografia). Sinal de Pemberton: bócio volumosos que cresce internamente, comprimindo traqueia e veia cava superior. Dessa forma, ao elevar os braços acima da cabeça, o paciente fica dispneico, com distensão das veias do pescoço, pletora facial ou com estridor. Hipertireoidismo Excesso de produção e de secreção do hormônio tireoidiano. Tireotoxicose: manifestação clínica do excesso de hormônio tireoidiano na circulação. · CAUSAS: · Doença de Graves: doença autoimune na qual a tireoide ganha uma hiperfunção; · Adenoma: um nódulo da tireoide ganha autonomia, produzindo hormônios; · Tireoidites: processo de inflamação da tireoide, no qual em um processo inflamatório a tireoide é destruída e os folículos tireoidianos são rompidos, liberando hormônios tireoidianos na periferia); · Administração em excesso do hormônios exógenos. OBS: Todo hipertireoidismo é uma tireotoxicose, mas nem toda tireotoxicose é um hipertireoidismo. +T3 e T4 -> Feedback negativo para a hipófise -> para de produzir TSH -> Feedback negativo para o Hipotálamo -> para de produzir TRH -> · T3 e T4 Elevados · TSH Reduzido · EXAME FÍSICO: · Determinação do peso, frequência cardíaca, pressão arterial; · Bócio difusoDoença de Graves · Oftalmopatia · Dermopatia (mixedema pré tibial) (pele em “casca de laranja”) “Qualquer paciente com bócio difuso e hipertireoidismo tem Doença de Graves até que se prove o contrário!” · SINAIS E SINTOMAS: · Hipersensibilidade ao calor; · Aumento da sudorese corporal; · Perda de peso; · Aumento do apetite; · Hiperdefecação; · Nervosismo/Irritablidade/Ansiedade; · Taquicardia, palpitações e dispneia de esforço (Aumento da PAS e redução da PAD); · Fraqueza muscular; · Exoftalmia: NÃO É OFTALMOTAPIA DA DOENÇA DE GRAVES! OBS: Idosos: manifestações mais sutis (geralmente apresentam apenas manifestações cardíacas). · Retração palpebral superior – característica da Fáscies Basedowiana; · Mãos quentes e úmidas; · Unhas de Plummer (unhas descoladas do leito); · Bócio difuso; · Sinal de Lid Lag (tirotoxicose) – Positivo no hipertireoidismo, e não apenas na Doença de Graves. Impossibilidade da pálpebra de acompanhar o movimento dos olhos. Doença de Graves: hiperfunção da doença tireoidiana. · Doença autoimune · AC vão causar autoagressão intraorbitária; · Espessamento dos músculos extraoculares. Diagnóstico Exames complementares HIPERTIREOIDISMO · TSH, T4 livre, T3 livre ou total: · T3 livre e total só deve ser pedido quando o paciente tem hipertireoidismo; · Normais: eutireoidismo; · T4 livre, T3 livre ou total elevados + · TSH elevado: hipertireoidismo central · TSH reduzido: hipertireoidismo primário · T4 livre, T3 livre ou total normais + TSH reduzido: hipertireoidismo subclínico; · Cintilografia da tireoide e RAIU de 24h: · Na Doença de Graves há uma hiperfunção da glândula tireoidiana, detectando uma coloração mais escurecida na glândula. · Nódulo produtor de hormônio tireoidiano – Doença de Plummer (Adenoma tóxico) · TRAb: anticorpo que pacientes com D. de Graves produzem. Crise Tireotóxica ou Tempestade Tireoidiana · Exarcebação do hipertireoidismo; · Mortalidade de 10%; · 1 a 2% dos casos de tireotoxicose; · Fatores precipitantes: infecção é o mais comum; · Quadro Clínico: sinais e sintomas da exarcebação da tireotoxicose: · Febre (típica e pode exceder 41°C), marcante taquicardia, insuficiência cardíaca, tremores, náuseas e vômitos, diarreia, desidratação, inquietação, agitação extrema, delírio ou coma. Hipotireoidismo · Primário: causado por disfunção intrínseca da glândula tireoide, resultando em deficiência na síntese e na secreção dos hormônios tireoidianos; · Doença de Hashimoto; · Secundário: Causa hipofisária por deficiência de tireotrofina (TSH); · Terciário: Causa hipotalâmica por deficiência de hormônio liberador da tireotrofina (TRH). Baixa de T4 e T3 TSH Elevado · FATORES DE RISCO: · Idade>60 anos · Sexo feminino · Bócio · Doença nodular tireoidiana · História familiar de doença tireoidiana · História de radioterapia para cabeça e pescoço (radiação externa e iodo radioativo) · Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana · Fármacos (amiodarona, lítio, tionamidas, interferon-alfa) · Baixa ingestão de iodo, Síndrome de Down, S. de Turner. · SINAIS E SINTOMAS: · Pele seca, letargia, fala lenta, edema palpebral, sensação de frio, sudorese intensa, pele fria, edema facial, cabelos ásperos, palidez cutânea; · Macroglossia; · Fáscies mixedematosa; · DIAGNÓSTICO: · Dosar TSH e T4 livre (não pede T3) Tireoidites Inflamação da tireoide TIREOIDITE SUBAGUDA – GRANULOMATOSE – QUERVAIN (EMERGêNCIA) · Precedida por infecção viral, facilmente confundida com faringite; · Aumento doloroso da tireoide; · Sinais e sintomas de tireotoxicose (a tireoide inflamada rompe os folículos, liberando hormônios na corrente sanguínea); · Sintomas constitucionais (febre, tremores, sudorese, mal-estar); · Tireoide sensível ao exame, modestamente aumentada, endurecida; · Função tireoidiana com evolução em quatro fases; · Dosagem de T4 livre : Elevado; · Cintilografia da tireoide: captação praticamente zerada, pois os folículos foram rompidos. TIREOIDITE AGUDA · Sintomas precedidos por uma infecção aguda do trato respiratório superior; · Dor cervical anterior unilateral de início súbito; · Febre · Manifestações sistêmicas de infecção (febre, sudorese, astenia, calafrios) · Tireoide com edema assimétrico, dor, calor, consistência flutuante e pele eritematosa · Linfonodomegalia cervical; · NÃO HÁ DESTRUIÇÃO DE FOLÍCULOS TIREOIDIANOS! · Bacteriano.
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