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ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA Lojas Americanas S.A. Outubro/2020 3 Elaborado por: Dani Parpaiola de Mendonça Disciplina: Contabilidade financeira Turma: 02 4 Introdução O relatório apresentado tem como objetivo analisar os exercícios sociais da empresa Lojas Americanas S.A. referentes aos anos de 2017 e 2016, baseando-se nas demonstrações contábeis disponibilizadas em relação ao balanço patrimonial e a demonstração do resultado de exercício desses dois anos. A partir dessas informações será elaborado um relatório contendo a análise horizontal e vertical da empresa, além dos cálculos e análises dos índices de liquidez, estrutura de capital, lucratividade, rentabilidade e conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa. A Lojas Americanas S.A. é uma empresa brasileira do ramo de varejo fundada em 1929 em Niterói, no Rio de janeiro, que foi crescendo cada vez mais até se tornar uma das maiores empresas do ramo no país. Em 1940 ela abriu seu capital e se tornou uma sociedade anônima, foi se expandindo gradualmente ao longo dos anos e, em 1994, formou a joint venture Wal-Mart Brasil S.A., se unindo com uma das maiores cadeias de varejo do mundo, Wal-Mart Store Inc. Alguns outros acontecimentos que contribuíram significativamente para o crescimento da empresa foram a fundação da Americanas.com, em 1999 e da Americanas Express, em 2003. Além disso, ocorreu a fusão com a Submarino em 2006, que resultou na B2W e na futura expansão internacional da empresa e, no ano seguinte, ocorreu a aquisição da empresa BWU, responsável pela BLOCKBUSTER. Em 2014, a empresa possuía um total de 952 lojas e esse número continua crescendo. No ano de 2016, a empresa inaugurou 93 lojas e lançou um novo formato de loja de conveniência voltado para o setor de alimentação, levando ao início de uma fase de experimentação para a criação de um novo modelo de estabelecimentos. Em 2017, foram inauguradas 195 lojas novas no país, um recorde para a Lojas Americanas S.A. A partir dessas informações é possível dizer que os dois exercícios sociais analisados no relatório foram extremamente importantes na expansão e crescimento da empresa. 5 Desenvolvimento 1. Análise horizontal 1.1 Balanço patrimonial 2017 A.H. 2016 A.H. ATIVO TOTAL 17.400.408 36,27% 12.769.527 100% ATIVO CIRCULANTE 10.022.613 51,93% 6.596.830 100% Disponível (caixa e bancos) 2.029.213 592,00% 293.239 100% Aplicações financeiras 3.015.768 51,38% 1.992.235 100% Contas a receber 1.562.301 8,03% 1.446.172 100% Estoque 2.400.868 11,85% 2.146.536 100% Tributos a recuperar 408.889 20,07% 340.554 100% Despesas antecipadas 23.660 -3,15% 24.429 100% Outros ativos circulantes 581.914 64,54% 353.665 100% ATIVO NÃO CIRCULANTE 7.377.795 19,52% 6.172.697 100% Realizável a longo prazo 990.528 26,18% 785.025 100% Investimentos 3.188.906 19,65% 2.665.136 100% Imobilizado 2.810.785 19,73% 2.347.609 100% Intangível 387.576 3,37% 374.927 100% Dentro do ativo da empresa, o ativo circulante cresceu 52%, sendo que o disponível em caixa e bancos cresceu 592% e as aplicações financeiras e outros ativos circulantes aumentaram em 51% e 64%, respectivamente. Essas informações revelam que a empresa aumentou principalmente os bens direitos que podem ser convertidos no prazo de 12 meses. O ativo não circulante cresceu 19% de um exercício para outro, e dentro dele o realizável a longo prazo aumentou em 26%, enquanto os investimentos e o imobilizado aumentaram cerca de 20% cada. Sendo assim, os bens e direitos de longo prazo da empresa aumentaram em porcentagem menor, e seus componentes cresceram em proporções semelhantes, com exceção do intangível, que cresceu apenas 3%. 2017 A.H. 2016 A.H. PASSIVO E PL 17.400.408 36,27% 12.769.527 100% PASSIVO CIRCULANTE 5.519.766 27,29% 4.336.474 100% Obrigações sociais e trabalhistas 80.349 69,58% 47.382 100% Fornecedores 2.699.348 10,79% 2.436.543 100% Obrigações fiscais 241.729 3,86% 232.744 100% Empréstimos e financiamentos 2.169.848 75,89% 1.233.657 100% Dividendos e JCP a pagar 101.733 -11,54% 115.007 100% Outros passivos operacionais 226.759 -16,37% 271.141 100% PASSIVO NÃO CIRCULANTE 7.258.958 12,67% 6.442.597 100% 6 Empréstimos e financiamentos 7.001.300 11,01% 6.306.674 100% Passivo com partes relacionadas 195.976 155,71% 76.639 100% Previsões fiscais previdenciárias 61.682 4,04% 59.284 100% PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PL 4.621.684 132,19% 1.990.456 100% Capital social realizado 3.926.518 172,36% 1.441.673 100% Reservas de capital 71.587 55,14% 46.142 100% Reservas de lucros 597.146 23,83% 482.214 100% Ajustes avaliação patrimonial 26.433 29,40% 20.427 100% No passivo e patrimônio líquido o crescimento foi de 36%, com um aumento de 69% nas obrigações sociais e de 76% nos empréstimos e financiamentos. Em compensação, ocorreu a diminuição de 11% dos dividendos e JCP a pagar, além da diminuição de 16% em outos passivos operacionais, e a combinação dessas evoluções e involuções resultou em um crescimento de 27% do passivo circulante, ou seja, das obrigações a curto prazo da empresa. O passivo não circulante cresceu 12,67% com o aumento em 155% do passivo com partes relacionadas, que são as entidades que possuem relevância na organização gerencial da Lojas Americanas S.A. Já o patrimônio líquido da empresa teve aumento de 132%, sendo que o capital social realizado teve o maior crescimento, de 172%, seguido do aumento de 55% das reservas de capital, portanto, a empresa aumentou seu capital próprio de um exercício social para outro. 1.2 Demonstração do resultado de exercício (DRE) 2017 A.H. 2016 A.H. Receita líquida de bens ou serviços 11.000.183 6,1% 10.372.345 100% Custo dos bens ou serviços -7.110.019 6,5% -6.676.398 100% Lucro bruto 3.890.164 5,2% 3.695.947 100% Despesas operacionais -2.462.426 7,9% -2.281.406 100% Despesas com vendas -1.599.579 7,6% -1.486.372 100% Despesas gerais e administrativas -527.291 24,0% -425.286 100% Resultado de equivalência patrimonial -238.484 -13,8% -276.571 100% Outras receitas e despesas operacionais -97.072 4,2% -93.177 100% Resultado antes receitas e desp. financeiras 1.427.738 0,9% 1.414.541 100% Receitas financeiras 480.869 18,9% 404.262 100% Despesas financeiras -1.515.602 -0,5% -1.523.650 100% Resultado antes tributos sobre lucro 393.005 33,1% 295.153 100% Imposto de renda e contribuição social -155.377 86,1% -83.496 100% Lucro líquido do exercício 237.628 12,3% 211.657 100% Na análise horizontal da demonstração do resultado do exercício, a receita líquida, o custo dos bens, o lucro bruto e as despesas operacionais cresceram entre 5% e 8%, sendo que dentro das despesas ocorreu um aumento de 24% das despesas gerais e administrativas crescimento das receitas financeiras em 19%. 7 O lucro operacional das Lojas Americanas S.A. cresceu 33%, mas o imposto de renda e contribuição social cresceram 86%. Tudo isso resultou no crescimento do lucro líquido em 12%, aumentando a base para distribuição aos investidores e investimento nas operações das empresas de um ano para outro. 2. Análise vertical 2.1 Balanço patrimonial 2017 A.V. 2016 A.V. ATIVO TOTAL 17.400.408 100% 12.769.527 100% ATIVO CIRCULANTE 10.022.613 57,60% 6.596.830 51,66% Disponível (caixa e bancos) 2.029.213 11,66% 293.239 2,30% Aplicações financeiras 3.015.768 17,33% 1.992.235 15,60% Contas a receber 1.562.301 8,98% 1.446.172 11,33% Estoque 2.400.868 13,80% 2.146.536 16,81% Tributos a recuperar 408.889 2,35% 340.554 2,67% Despesas antecipadas 23.660 0,14% 24.429 0,19% Outros ativos circulantes 581.914 3,34% 353.665 2,77% ATIVO NÃO CIRCULANTE7.377.795 42,40% 6.172.697 48,34% Realizável a longo prazo 990.528 5,69% 785.025 6,15% Investimentos 3.188.906 18,33% 2.665.136 20,87% Imobilizado 2.810.785 16,15% 2.347.609 18,38% Intangível 387.576 2,23% 374.927 2,94% Na análise vertical do ativo do balanço patrimonial das Lojas Americanas S.A., a composição dos grupos se manteve semelhante nos dois exercícios sociais analisados, com exceção do disponível em caixa e bancos, que passou de 2% para quase 12% resultando no aumento do ativo circulante que, por sua vez, passou de ser 51% a ser 57% do ativo total da empresa. Ao mesmo tempo que o ativo circulante aumentou sua participação na composição, o ativo não circulante consequentemente diminuiu sua porcentagem de 48% para 42%. Logo, a empresa aumentou a parcela de bens e direitos a curto prazo e reduziu os bens de longo prazo. 2017 A.V. 2016 A.V. PASSIVO E PL 17.400.408 100% 12.769.527 100% PASSIVO CIRCULANTE 5.519.766 31,72% 4.336.474 33,96% Obrigações sociais e trabalhistas 80.349 0,46% 47.382 0,37% Fornecedores 2.699.348 15,51% 2.436.543 19,08% Obrigações fiscais 241.729 1,39% 232.744 1,82% Empréstimos e financiamentos 2.169.848 12,47% 1.233.657 9,66% Dividendos e JCP a pagar 101.733 0,58% 115.007 0,90% Outros passivos operacionais 226.759 1,30% 271.141 2,12% PASSIVO NÃO CIRCULANTE 7.258.958 41,72% 6.442.597 50,45% Empréstimos e financiamentos 7.001.300 40,24% 6.306.674 49,39% Passivo com partes relacionadas 195.976 1,13% 76.639 0,60% Previsões fiscais previdenciárias 61.682 0,35% 59.284 0,46% PATRIMÔNIO LÍQUIDO – PL 4.621.684 26,56% 1.990.456 15,59% Capital social realizado 3.926.518 22,57% 1.441.673 11,29% 8 Reservas de capital 71.587 0,41% 46.142 0,36% Reservas de lucros 597.146 3,43% 482.214 3,78% Ajustes avaliação patrimonial 26.433 0,15% 20.427 0,16% Ao analisar o passivo e patrimônio líquido da empresa, as maiores diferenças na composição estão nos percentuais do passivo não circulante e do patrimônio líquido. Apesar de ter aumentado na análise horizontal, o passivo não circulante passou de ser 50% da composição total para 41%, devido aos empréstimos e financiamentos que passaram 49% a 40% dentro desse grupo do balanço patrimonial. Consequentemente, o patrimônio líquido que respresentava 15% da composição passou a representar 26%, devido ao crescimento do capital social realizado, que passou de 11% para 22%. Sendo assim, é possível afirmar que a Lojas Americas S.A. aumentou sua parcela de capital próprio e reduziu a quantidade de obrigações a serem liquidadas no longo prazo. 2.2 Demonstração do resultado do exercício (DRE) 2017 A.V. 2016 A.V Receita líquida de bens ou serviços 11.000.183 100% 10.372.345 100% Custo dos bens ou serviços -7.110.019 -64,64% -6.676.398 -64,37% Lucro bruto 3.890.164 35,36% 3.695.947 35,63% Despesas operacionais -2.462.426 -22,39% -2.281.406 -22,00% Despesas com vendas -1.599.579 -14,54% -1.486.372 -14,33% Despesas gerais e administrativas -527.291 -4,79% -425.286 -4,10% Resultado de equivalência patrimonial -238.484 -2,17% -276.571 -2,67% Outras receitas e despesas operacionais -97.072 -0,88% -93.177 -0,90% Resultado antes receitas e desp. financeiras 1.427.738 12,98% 1.414.541 13,64% Receitas financeiras 480.869 4,37% 404.262 3,90% Despesas financeiras -1.515.602 -13,78% -1.523.650 -14,69% Resultado antes tributos sobre lucro 393.005 3,57% 295.153 2,85% Imposto de renda e contribuição social -155.377 -1,41% -83.496 -0,80% Lucro líquido do exercício 237.628 2,16% 211.657 2,04% Na análise vertical da demonstração do resultado de exercício, é possível perceber que os percentuais se mantiveram muito semelhantes de um exercício social para o outro, mesmo que tenham apresentado crescimento na análise horizontal. A diferença sempre está em torno da margem de 1%, e os percentuais de lucro bruto e lucro líquido ficaram praticamente inalterados. Isso mostra que a empresa manteve suas margens bruta, operacional e líquida estáveis de um ano para outro, quando comparadas a receita líquida de bens ou serviços. 3. Análise de NGC 2017 2016 Capital circulante líquido 4.502.847 2.260.356 Necessidade de capital de giro 1.729.447 1.323.546 Saldo de tesouraria 2.773.400 936.810 Custo de mercadorias vendidas 7.110.019 6.676.398 9 O capital circulante líquido da empresa duplicou principalmente devido ao aumento do ativo circulante no que diz respeito ao disponível em caixa e bancos. O resultado positivo demonstra que a empresa possui mais bens e direitos a serem administrados do que dívidas a serem quitadas no curto prazo. A necessidade de capital de giro também apresentou resultado positivo que aumentou um pouco de 2016 para 2017, ou seja, a entidade utiliza os recursos financeiros em aplicações em ativos operacionais. O saldo de tesouraria demonstra a diferença entre aplicações e dívidas financeiras. A Lojas Americanas S.A. apresenta um valor positivo e crescente, logo, possui folga financeira e não apresenta dependência de recursos de origem financeira para manter aplicações. 4. Cálculo dos índices de liquidez 2017 2016 Liquidez imediata 0.37 0.07 Liquidez corrente 1.82 1.52 Liquidez seca 1.38 1.03 Liquidez geral 0.86 0.68 GDE 24% 32% O índice de liquidez imediata demonstra que a empresa dispõe de 37% do disponível para pagar as dívidas de curto prazo. Apesar de ter aumentado de um exercício social para o outro, o índice ainda é positivo uma vez que não está tão próximo de 1,0, mostrando que a empresa possui uma eficiente gestão de fluxo de caixa. A liquidez corrente se manteve aumentando acima de 1,0, demonstrando que a empresa possui mais capital de giro do que dívidas concentradas no curto prazo, portanto ela se apresenta com capacidade de solvência. A liquidez seca mostra que desde 2016 a Lojas Americanas S.A. não depende do seu estoque para quitar as dívidas pois o índice está acima de 1,0 e aumentou para 1,38 em 2017. Isso se reflete também na queda da porcentagem do grau de dependência do estoque. A liquidez geral em crescimento é um fator positivo, pois demonstra que a empresa possui cada vez mais no ativo de curto e longo prazos para pagar suas dívidas. Em 2017, a Lojas Americanas S.A. dispõe de 86% de recursos de curto e longo prazos para arcar com o pagamento total das origens de recursos com terceiros. 5. Cálculo da estrutura de capital 2017 2016 Endividamento geral 0.73 0.84 Composição do endividamento 0.43 0.40 Imob. Capital próprio 1.38 2.71 Imob. Recursos não correntes 0.54 0.64 Passivo oneroso sobre ativo 0.53 0.60 10 A taxa de endividamento geral é alta, mas está diminuindo a dependência do capital de terceiros no financiamento do ativo, e é importante avaliar juntamente a composição das dívidas da empresa. A composição do endividamento mostra que, em 2017, 43% das dívidas se concentrava no curto prazo e os 57% restantes vencerão após o prazo de 12 meses. O índice de imobilização do capital próprio passou de 2,71 para 1,38 de um exercício para outro, ou seja, a dependência do capital de terceiros para complementar os investimentos diminuiu. Apesar da queda, a empresa ainda necessita de todo seu capital e mais uma parcela do capital de terceiros para financiar o ativo dos investimentos, imobilizado e intangível. O índice de imobilização de recursos não correntes demonstra a parcela dos recursos não correntes que foi revertida para aplicação no ativo dos investimentos, imobilizado e intangível. Nos dois exercícios analisados o índice se encontra abaixo de 1,0, ou seja, a empresa consegue financiar as aplicações através do capital próprio e recursos de terceiros a longo prazo, sem precisar recorrer aos de curto prazo. O passivo oneroso sobre o ativo diminuiu de 0,60 para 0,53, mas se manteve parecido. Isso demonstraque, em 2016, 60% das aplicações efetuadas no ativo estão sendo financiadas por recursos onerosos de terceiros e geram juros, e em 2017 esse índice passou a ser 53%. 6. Cálculo da lucratividade 2017 2016 Margem bruta 35,36% 35,63% Margem operacional 3,57% 2,85% Margem líquida 2,16% 2,04% Giro do ativo 63,22% 81,23% Os índices de lucratividade da Lojas Americanas S.A. tiveram pouquíssima alteração de um exercício social para o outro. Nos dois anos a margem bruta foi de cerca de 35%, ou seja, a empresa teve essa porcentagem de sobra no faturamento líquido para arcar com despesas operacionais e gerar lucro. A eficiência operacional passou de 2,85% para 3,57%, e o retorno líquido da empresa sobre seu faturamento líquido se manteve praticamente igual, na casa dos 2%. A maior diferença está no cálculo do giro do ativo, com queda do índice de um ano para o outro. Isso mostra que em nenhum dos dois anos o faturamento líquido foi cada vez mais insuficiente para cobrir o investimento total realizado na entidade. 7. Cálculo da rentabilidade 2017 2016 Rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) 5,14% 10,63% Payback 19 anos 9 anos Rentabilidade do investimentos (ROI) 1,37% 1,66% Payback 72 anos 60 anos 11 A rentabilidade do patrimônio líquido diminuiu pela metade de 2017 para 2016, antes os acionistas tiveram uma remuneração de 10% sobre o capital investido na empresa e, em 2017, o percentual foi para 5%. Consequentemente, o tempo de payback da empresa passou de 9 anos para 19 anos, mas o melhor seria se esses números estivessem em ascensão de um exercício social para o outro. Quanto a rentabilidade dos investimentos, o índice mostra que nos dois exercícios sociais a Lojas Americanas S.A. obteve cerca de 1% de retorno em relação aos investimentos totais realizados, apresentando uma queda de 0,3% no índice de um exercicio para o outro. 8. Prazos médios 2017 2016 Prazo médio de compras 132 dias - Montante de compras 7.364.351 - Prazo médio estoques 121 dias 116 dias Prazo médio recebimentos 51 dias 50 dias Ciclo operacional 172 dias 166 dias Ciclo financeiro 40 dias - Os cálculos dos prazos médios referentes aos exercícios sociais de 2017 demonstram que a empresa leva 132 dias para pagar aos fornecedores suas obrigações referentes as compras de mercadorias. Já o prazo médio de estoques de 121 dias mostra que esse é o tempo que a Lojas Americanas S.A. leva entre o momento de compra e venda das mercadorias, e o prazo de recebimentos informa que o período entre a venda das mercadorias e o recebimento efetivo do dinheiro dos clientes é de 51 dias. A partir do cálculo dos três prazos, é possível determinar que o ciclo operacional da empresa nesse ano foi de 172 dias, ou seja, esse foi o tempo entre a compra das mercadorias e o recebimento pelas duas vendas. O ciclo financeiro, por sua vez, foi de 40 dias, logo, a empresa leva esse período de tempo entre o pagamento dos fornecedores das mercadorias e o recebimento das vendas aos clientes. Se compararmos os prazos e ciclos dos dois anos, é possível concluir que houve um aumento principalmente no número de dias entre a compra e a venda das mercadorias, levando ao aumento do ciclo operacional da Lojas Americanas S.A. 12 Conclusão Após a realização dos cálculos e índices apresentados ao longo do desenvolvimento do relatório, além da análise dos mesmos, é possível concluir que, no geral, a Lojas Americanas S.A. apresenta crescimento e evolução a partir das informações contábeis referentes ao exercício social de 2016 e 2017. A empresa apresenta bons índices de liquidez que aumentaram, melhoraram e demonstram que a mesma possui mais capital de giro do que dívidas a serem quitadas em 12 meses, e também não depende do valor em estoque para pagar essas dívidas. A taxa de endividamento e o índice de imobilização do capital próprio diminuíram, revelando que a dependência do capital de terceiros para quitar dívidas e complementar investimentos está em queda, e a empresa não precisa recorrer ao capital de terceiros de curto prazo para financiar aplicações, como é mostrado no índice de imobilização de recursos. Todas essas informações são ainda mais positivas ao considerar que, em 2016 e 2017, a empresa passou por uma grande expansão através do aumento no número de lojas. Em contrapartida, a análise de lucratividade da Lojas Americanas S.A. demonstra que a margem bruta, operacional e líquida praticamente não sofreram alterações, mas ocorreu uma queda no giro do ativo, e o faturamento líquido não foi suficiente para cobrir o investimento total realizado na empresa. Também ocorreu uma diminuição na rentabilidade do patrimônio líquido (ROE), ou seja, na remuneração destinada aos acionistas sobre o capital investido, o que consequentemente aumentou o tempo de payback e não é um bom índice para a empresa. 13 Referências bibliográficas HTTPS://AONLINE.FGV.BR/. CONTABILIDADE FINANCEIRA. Disponível em: https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/content/283484/Home. Acesso em: 1 out. 2020. LASA. CONTABILIDADE FINANCEIRA. Disponível em: https://ri.lasa.com.br/. Acesso em: 5 out. 2020. LIMEIRA, A. et al. Gestão Contabil e Financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.
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