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Pragas na Bananeira: Manejo e Controle


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Pragas da bananeira
 Disciplina: Fruticultura 
 Docente: Fernando Higino de Lima e Silva
 Discente: Danilo Alves Porto
 Kesiel Rodrigues dos Santos
Rio Verde 
2019
No artigo, foram apresentados dados sobre as principais espécies de pragas que ocorrem na cultura da bananeira e as estratégias básicas para minimizar os prejuízos, bem como informações sobre o manejo para cada uma. Na agricultura brasileira, os prejuízos de infestação por insetos são de 7,7%, o que proporciona perdas anuais de cerca de 15 bilhões de dólares (OLIVEIRA et al., 2014)
Broca-do-rizoma
A broca-do-rizoma é considerada a praga mais importante por apresentar grande severidade e ampla incidência. O inseto, na forma adulta, é um besouro de cerca de 1 cm de comprimento. Durante o dia, abriga-se entre bainhas foliares das plantas, restos da cultura e rizomas das plantas colhidas, dificultando sua observação pelos produtores. Os ovos são colocados preferencialmente na base das plantas, a cerca de 2 mm de profundidade. Após sete dias, ocorre a eclosão da larva. A duração da fase larval varia de 30 a 50 dias, de acordo com a cultivar utilizada e condições ambientais.
Danos A forma larval é a responsável pelos danos diretos, decorrentes da construção de galerias no rizoma, as quais prejudicam o desenvolvimento das plantas, facilitando o tombamento e reduzindo a produtividade e a qualidade dos frutos. 
Monitoramento e manejo 
Como as larvas desenvolvem-se abaixo da superfície do solo, tornando difícil sua observação, o monitoramento baseia-se na amostragem de adultos, mediante o uso de armadilhas vegetais feitas de pedaços de pseudocaule ou rizoma. As armadilhas devem ser feitas com bananeiras recém-colhidas (até 15 dias após a colheita). Para armadilhas feitas com pseudocaule, a eficiência de captura é maior, quando se usa a parte basal. Recomenda-se a utilização de 20 armadilhas/hectare, com coletas semanais e substituição quinzenalmente. Como a captura dos insetos pode variar de acordo com as condições meteorológicas, o tipo de armadilha, sua posição e idade, é muito importante que essa informação seja complementada com a avaliação dos danos no rizoma. 
Na implantação do bananal, recomenda-se a utilização de mudas certificadas para evitar a introdução da praga. Em bananais já implantados, devem-se realizar as práticas culturais recomendadas, como adubação e irrigação equilibradas, desbaste, uso de coberturas vegetais, manejo do pseudocaule e resíduos da colheita. Essas medidas visam reduzir locais de abrigo para o inseto, assim como possibilitar a atuação dos inimigos naturais das pragas, como formigas predadoras e nematoides entomopatogênicos, os quais têm grande importância no controle biológico natural.
O controle químico é uma importante estratégia do MIP. Os inseticidas a ser utilizados devem ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a cultura. Recomenda-se que as aplicações sejam feitas de acordo com os procedimentos de segurança estabelecidos pelo fabricante, sob a supervisão de um profissional habilitado.
O conhecimento dos fatores biotecnológicos que interferem na população de uma praga é fundamental para o desenvolvimento e aplicação de medidas de controle que apresentem baixo impacto ambiental. O bananal constitui-se num ecossistema cuja estabilidade propicia a atuação de inimigos naturais e favorece a aplicação de novas técnicas de controle biológico, reduzindo a população de pragas. 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/171372/1/ART17064.pdf