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Terapia Junguiana ADRIELLY SOUZA GIOVANNA MAYORAL MONALISA BRANDÃO SAMUEL DAVI THAÍS VILELA Apresentação do profissional Malu, 28 anos. Atuante na área clínica voltada para pacientes oncológicos, onde fez a sua residência. Conheceu a abordagem na faculdade, quando cursava a disciplina de Psicologia Analítica Segundo relatos de Malu essas frases marcam o sentido ao qual ela acredita que sejam eficazes onde ela nos conta que na hora do contato com o paciente não encontra os conceitos da abordagem, e sim um outro ser humano, sensível, que sente dor, que passa por perdas, assim como nós. “uma alma diante de uma outra alma” “Somos facilitadores para esse processo acontecer” Sobre os espaços que a abordagem junguiana tem sido utilizada e os formatos de trabalho, ela nos contou que enxerga a escolha da abordagem como um convite para ultrapassar a mentalidade de que só é possível aplicar os conceitos e métodos na clínica. “Além de pensar onde pode atuar, é importante pensar que qualquer abordagem pode ser utilizada em qualquer lugar de fala; hoje em dia temos isso de forma muito mais ampliada, com atendimentos onlines e possibilidades múltiplas, principalmente depois da pandemia. (...) Temos que sair desse lugar limitado onde uma abordagem é melhor que outra, é a gente que vai construir nossas necessidades, o quanto por exemplo eu sustento estar em uma abordagem analítica em um ambiente hospitalar, de adoecimento e morte; e isso não deixa de trazer pra mim toda a linguagem simbólica que consigo usar do mesmo jeito”. Durante a entrevista, a psicóloga nos indicou, como biografia, alguns livros, dentre eles: Obras Completas do Jung O livro vermelho Memórias, Sonhos e Reflexões O mapa da alma O método junguiano A busca do símbolo A vida de Carl Gustav Jung e a abordagem junguiana Nasceu em 26 de julho de 1875, vila de Kesswil, Turgóvia, Suíça Em 1879 seu pai foi transferido para a Basiléia Desde a pouca idade questões espirituais lhe chamavam muito a atenção Escolheu Medicina e então Psiquiatria 1900 - concluiu o curso e tornou-se estagiário em uma Clinica Psiquiatrica em um hospital de Zurique 1902 - passou a primeiro assistente e defendeu sua tese de doutorado - “Psicologia e patologia dos fenômenos ditos ocultos” 1903 - Jung se casou com Emma Rauschenbach A partir de 1905 deu cursos na Universidade de Zurique Montou um laboratório experimental para pesquisas independentes sobre as associações verbais 1907 - ocorre o famoso primeiro contato entre Jung e Freud Jung foi visitá-lo em Viena Freud viu em Jung o homem certo para levar a Psicanálise adiante 1910 - Jung foi eleito presidente da recém-criada Associação Psicanalítica Internacional 1911 - Psicologia do Inconsciente. 1912 - Metamorfoses e símbolos da libido. Jung e Freud rompem as relações A partir de 1913 começa um período de isolamento e exploração do mundo interno Jung chega à “descoberta” de um centro de energia psíquica no inconsciente Mesmo tendo base em algumas experiências tão pessoais a abordagem junguiana está longe de se basear em misticismo Ele utilizou o método científico, sempre submetendo sua obra a testes empíricos 1920 - Jung publica Tipos Psicológicos - Introversão e Extroversão 1921-1926 - Viagens para a África e para conviver com índios na América Nos anos seguintes apresentou conferências sobre arquétipos, inconsciente coletivo e alquimia 1940 - Psicologia e Religião. Sua obra foi proibida e queimada pelo nazismo 1944 - Psicologia e Alquimia 1957- Memórias, Sonhos, Reflexões 1958 - Um mito moderno sobre as coisas vistas no céu 1961 - Faleceu tranquilamente Influências teóricas Carl Gustav Jung desde a infância demonstrava interesse por matérias que envolviam filosofia, arqueologia e ciências naturais. Jung utilizou-se de todas as fontes disponíveis, pouco lhe importando quão extravagantes pudessem parecer aos outros cientistas, optando sempre pela via da análise subjetiva do indivíduo, seu interior, sonhos e visões. As concepções dos filósofos gregos atraíram Jung, mas seu pensador favorito foi Schopenhauer, que tratou do sofrimento, da confusão, da paixão e do mal. alem de Bleuler, Pierre Janet. Principais Construtos Persona/máscara Para Jung, a persona é um outro arquétipo, segundo Hall e Nordby (2000, p.36), ela “dá ao indivíduo a possibilidade de compor uma personagem que necessariamente não é ele mesmo”, ou seja, a persona é quem apresentamos ao mundo, um personagem. Inconsciente Na visão da psicologia Junguiana, o inconsciente é representado por padrões, que por sua vez são representados por arquétipos, influenciando sutilmente, sem percebermos, nossos pensamentos, emoções, comportamentos e opiniões. Inconsciente Pessoal De acordo com a psicologia Junguiana, o inconsciente pessoal desempenha um papel importante na produção dos sonhos. Santana (2005) afirma que as experiências que passaram “despercebidas” durante o nosso dia podem surgir num sonho durante a noite. Inconsciente Coletivo O inconsciente coletivo consiste num conjunto de aspectos individuais e coletivos, sendo capaz de moldar nossas opiniões em relação ao mundo. Arquétipos Os arquétipos podem ser entendidos como imagens primordiais, um conjunto de representações do que seria o modelo ideal de algo que já faz parte do nosso inconsciente, para Jung isso ajuda a explicar relatos passados, vividos por outras gerações; eles podem surgir através de sonhos, nas fantasias ou mesmo na vida cotidiana. Individuação Segundo Santana (2005, p.9), “o processo pelo qual a consciência de uma pessoa se diferencia ou se individualiza de outras é conhecido como individualização e a meta desse processo é fazer o indivíduo conhecer-se a si mesmo tão completamente quanto for possível (autoconsciência)”. Sombra De forma prática, o arquétipo da sombra pode ser entendido como elementos ou conteúdos que não foram integrados na personalidade da pessoa, mas residem em seu inconsciente. Eles vivem na “sombra” porque seus atributos são negados por serem considerados inaceitáveis pelo indivíduo. Objetivos da terapia Recursos e formação O principal recurso é a fala, porém, há materiais que por ventura necessitam ser utilizados a depender da demanda do paciente; Para a formação Junguiana na Bahia temos dua escolas reconhecidos: Testando Conhecimentos Questão 1 A) a concepção de empatia apresentada por Carl Rogers. B) o conceito de registro no imaginário proposto por Jacques Lacan. C) a ideia de reverie enunciada por Wilfred Bion. D) o inconsciente coletivo formulado por Carl Gustav Jung. E) o mecanismo de identificação projetiva preconizado por Melanie Klein. É fato conhecido que diferentes pessoas, de diferentes culturas, partilham certos mitos e imagens como, por exemplo, a figura da mãe associada a um símbolo da criação. Esse fato exemplifica: Questão 2 A) sombra. B) inconsciente pessoal. C) arquétipo. D) couraça. E) Persona. Uma pessoa que está em terapia, sonha que está em um lugar sagrado, participando de um ritual durante o qual todas as pessoas se sentam ao redor de um círculo de fogo, fazendo orações e pedidos. De acordo com uma abordagem junguiana, o material desse sonho ilustra o conceito de Questão 3 A) em séries, pois dificilmente um sonho isolado pode ser interpretado com segurança. B) com base no momento atual do indivíduo, pois indicam os desejos que o paciente quer realizar no aqui e agora. C) à luz de narrativas mitológicas, pois todo sonho traz um conteúdo arquetípico a ser ampliado e desvelado. D) com extrema cautela, pois, na maioria das vezes, o conteúdo onírico original foi distorcido pela atividade consciente. E) a partir das associações livres do paciente, pois todo o conteúdo de um sonho é específico do indivíduo que sonhou. O uso dos sonhos no contexto psicoterapêutico é habitual nas abordagens psicodinâmicas. Como princípio geral, Carl Gustav Jung recomendaque os sonhos devem ser interpretados preferencialmente: Questão 4 A) Jung propõe a existência de um Inconsciente coletivo, o qual corresponde ao material comum a todos os seres humanos, o que significaria que todos pensam da mesma maneira. B) Inconsciente pessoal contempla o conteúdo mais profundo do inconsciente, sendo uma herança comum que transcende o espaço e a cultura. C)Arquétipos funcionam como uma concentração de energia psíquica, são potenciais de materialização, grandes “ideias”, “forma vazia” que cria novas coisas. D) Complexos facilitam o contato do indivíduo com o meio, corresponde às “máscaras”, posturas diferenciadas para se adaptar ao ambiente. E) A persona corresponde ao conteúdo composto de fraquezas, aspectos imaturos, reprimidos, ações que o indivíduo não conseguiu realizar por falta de energia psíquica. Sobre os elementos contidos na psique, de acordo com a teoria junguiana, assinale a alternativa correta. BIBLIOGRAFIA BOLETIM CLÍNICO - NÚMERO 20 - JULHO/2005 Disponível em: <https://www.pucsp.br/clinica/boletim-clinico/boletim_20/boletim_20_11.html>. GRINBERG, Paulo (1997). Jung, o Homem Criativo. São Paulo: FTD, 1997. HALL, Calvin S. ; NORDBY, Vernon J. (2000). Introdução à Psicologia Junguiana. São Paulo: Cultrix, 2000. Santana, Leonardo (2005) SIMBOLISMO DO FOGO E TENTATIVAS DE SUICÍDIO. FACS – FACULDADE DE CIÊNCIAS E SAÚDE, BRASÍLIA/ DF. Acesso em 06 de novembro de 2020, disponível em https://core.ac.uk/download/pdf/185253566.pdf STEIN, M. Jung - o mapa da alma. São Paulo: Cultrix, 2006. SILVEIRA, Nise Jung: vida e obra: 7- ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.19 OBRIGADESSSS!
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