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TCC- Avalicação da deposição de gotas em pulverização utilizando-se de diferente adjuvantes - Corrigido DAF pós defesa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS 
ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE GOTAS EM 
PULVERIZAÇÃO UTILIZANDO-SE DE DIFERENTES 
ADJUVANTES 
 
 
 
ANDRÉ LUÍS DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
Trabalho de curso apresentado à 
Universidade Federal de Mato Grosso - 
UFMT - Campus Universitário de Sinop, 
como parte das exigências para 
obtenção do Título de Engenheiro 
Agrícola e Ambiental 
 
 
 
SINOP 
MATO GROSSO – BRASIL 
2017 
1 
 
ANDRÉ LUÍS DO ESPÍRITO SANTO 
 
 
 
 
 
 
 
 AVALIAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE GOTAS EM PULVERIZAÇÃO 
UTILIZANDO-SE DE DIFERENTES ADJUVANTES 
 
 
 
Orientador: Dr. Diego Augusto Fiorese 
 
 
Trabalho de curso apresentado à 
Universidade Federal de Mato Grosso - 
UFMT - Campus Universitário de Sinop, 
como parte das exigências para 
obtenção do Título de Engenheiro 
Agrícola e Ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP 
2017 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
TERMO DE APROVAÇÃO DE TC 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO TRABALHO: Avaliação da deposição de gotas em pulverização 
utilizando-se de diferentes adjuvantes 
 
 
ACADÊMICO: André Luis do Espírito Santo 
 
ORIENTADOR: Doutor Diego Augusto Fiorese 
 
 
 
APROVADO PELA COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DATA DA DEFESA: 21 de novembro de 2017. 
 
4 
 
 
“... 
Invista em teus sonhos 
Acredite, faça-o acontecer 
Viva-os, respire-os e transponha-os 
Deixe o universo conspirar para você!! 
Anime-se, busque-o haja o que houver 
Confie, mentalize, imagine, tenhas fé 
Pois tudo, num instante, concretizará 
Quando você menos esperar... 
Mas, adianto-lhes: coloque amor em tudo que irás fazer 
Aquela, com muita paixão e dedicação 
Que o Senhor, os seus sonhos, lhe ajudará a prover... 
Por isso, anime-se, viva e insista 
Porque Ele sempre lhe prepará o melhor da vida 
Enquanto você se doar, amar, buscar e sonhar... (André Luís do Espírito Santo) ” 
 
 
 
“... todos os dias, atente-se de olhar em seis direções: 
Para frente - Para saber onde você está indo e planejar com antecedência. 
Para trás - Para lembrar de onde veio e evitar os erros do passado. 
Para baixo - Para se certificar de que não está pisando no outro causando sofrimento. 
Para o lado - Para ver quem está precisando do seu apoio. 
Para cima - Para lembrar que Deus está no controle cuidando de Tudo e Todos. 
Para dentro - Para lembrar o quanto precisa se melhorar a cada dia no Caminho. ” 
(Dalai Lama) 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Dedico 
 
Incontestavelmente, aos pilares da minha vida: ao meu pai Sebastião Leonídio do 
Espírito Santo e minha mãe Natalina Aparecida Balbino do Espírito Santo. 
Também sagro às minhas irmãs Ana e Mayra, aos meus avós, a todos os meus 
familiares e a todos os meus amigos e pessoas que compõe e fazem parte de minha história 
até o presente momento. 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Sobretudo a Deus pela vida, por conceder-me saúde, perseverança, fé, 
determinação e motivação, manifestando a tua grandiosidade em todo o lugar, e 
principalmente nos meus familiares, amigos, pessoas próximas de inestimado apreço e 
aos colegas para concluir mais essa etapa de meu longo e abençoado caminho. 
Aos meus pais, Sebastião e Natalina, por todo ensinamento e simplicidade para 
vencer na vida e, sobretudo por incentivar a importância de todo meu estudo. A toda a 
minha família, amigos e pessoas próximas especiais, pois se sou e se me tornarei um 
ótimo profissional mais adiante, é porque eles sempre me apoiaram e estiveram do meu 
lado, sabendo da importância de cada passo que dava até chegar a esse glorioso 
momento de minha vida. 
Ao Professor Dr. Diego Augusto Fiorese pelo apoio, a orientação, os 
ensinamentos, a amizade, a compreensão das minhas limitações e por possibilitar a 
realização desse trabalho. 
Ao Professor Dr. Handrey Borges Araújo pelo companheirismo e amizade durante 
o período da graduação, por demonstrar e conduzir importantes dicas em todos os meus 
estudos. 
A Professora Dr. Roselene por todo o ensinamento, amizade, orientação e 
convivência ao longo da graduação. 
A Professora Dr. Solenir Ruffato, pela convivência, simplicidade, apoio, conselho, 
amizade, que também se somaram importantes para a conclusão desse trabalho. 
Ao professor Dr. Thiago M. Martins pela dedicação, contribuição, ensinamento e 
apoio nesse trabalho. 
Ao caro amigo e parceiro Eduardo Araújo, por nos conceder um pouco do seu 
tempo, e nos ajudar no processamento da imagem dos cartões com o software da 
Agroscan. 
Aos incansáveis e especiais amigos a Ariana, o Eduardo, a Gisela, o Gustavo, o 
Leomar, a Luciane, a Madrinha Márcia, a Mara, a Marfrânea, a Monyse, o Ronaldo 
Sampaio, a Roselene, o Paulo, a Solange, a Sonia, o Thiago, a Tia Cida, a Vera, o 
Wolfran, que são amigos para todas as horas, e com certeza, para toda a vida. 
A todos meus amigos e colegas de graduação, presentes e não presentes aqui, 
com quem passei ótimos momentos nesses anos de graduação. 
E ao Negão, um ser especial que sempre estará no meu coração! 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
RESUMO ....................................................................................................................... 8 
ABSTRACT .................................................................................................................... 9 
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................10 
2. REVISÃO DA LITERATURA .........................................................................................12 
2.1 Pulverização e a tecnologia de aplicação ...............................................................12 
2.2 Pontas e qualidade de gotas na aplicação .............................................................17 
2.3 Deriva ....................................................................................................................21 
2.4 Deposição de calda ................................................................................................22 
2.5 Adjuvantes, vantagens e suas desvantagens .........................................................23 
2.6 Adjuvantes comercias e alternativos ......................................................................25 
3. MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................................26 
3.1 Área experimental ..................................................................................................26 
3.2 Tratamentos ...........................................................................................................30 
3.1 Variáveis do experimento .......................................................................................31 
3.4 Parâmetros ............................................................................................................33 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .....................................................................................34 
5. CONCLUSÕES .............................................................................................................45 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................46 
 
 
8 
 
RESUMO 
 
 
 
O trabalho verificou a interferência do uso de adjuvantes, incluindo um produto alternativo na 
deposição de gotas e na eficiência de cobertura. Ele foi conduzido no laboratório de Máquinas 
e Mecanização Agrícola da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop, 
utilizando-se de um conjunto trator agrícola e pulverizador de 600 litros equipado com pontas 
de jato plano (110 02). Foram avaliados dois adjuvantes comerciais em duas doses cada um 
(conforme bula do produto), e um produto alternativo contendo ingrediente tensoativo aniônico 
(redutor detensão superficial) em quatro doses, e a testemunha composta apenas por água. 
Um volume de calda de 120 L ha-1 foi utilizado para obter a deposição, colocaram-se papéis 
sensíveis à água posicionados a 0,5 m abaixo da barra de aplicação em cada uma das 4 
secções do pulverizador. Avaliou-se os parâmetros: diâmetro volumétrico de gotas, diâmetro 
mediano numérico, amplitude relativa, densidade de gotas e cobertura. Os resultados obtidos 
foram a taxa de cobertura variou de 20,56 a 23,95 %, a amplitude relativa mostrou um 
percentual com valores entre 0,88 a 1,12; a densidade de gotas variou entre 136 a 296 gotas 
cm-2, o diâmetro médio volumétrico dos tratamentos teve valores que oscilaram entre 150 e 
195 ɥm. O diâmetro mediano numérico ficou oscilando entre 385 a 524 µm. O produto 
alternativo, em alguns parâmetros, apontou respostas surpreendentes em algumas de suas 
doses com relação a qualidade de gotas. O Aureo obteve melhor resposta frente aos demais, 
com expressivo valor de coeficiente de homogeneização (CH). 
 
Palavras chaves: adjuvante alternativo, eficiência de cobertura e tecnologia de aplicação,. 
9 
 
ABSTRACT 
 
 
 
The work verified the interference of the use of adjuvant, including an alternative product in the 
deposition of pockets and the efficiency of the cover. It was conducted without Agricultural 
Machines and Mechanization Laboratory of the Federal University of Mato Grosso, Sinop 
Campus, using a 600L agricultural tractor and sprayer Equipped with flat and conical jet tips 
(110 02). Two commercial adjuvants, in two doses each (according to package insert), and an 
alternative product containing anionic surfactant (surface tension reducer) in four doses, and 
the control composed only of water were evaluated. A slurry volume of 120 L ha-1 was used to 
obtain the deposition, water-sensitive papers positioned 0.5 m below the application bar were 
placed in each of the 4 sections of the sprayer. The parameters were: volumetric diameter of 
droplets, numerical median diameter, relative amplitude, droplet density and coverage. The 
results obtained were the coverage rate varied from 20.56 to 23.95%, the relative amplitude 
showed a percentage with values between 0.88 to 1.12; the droplet density ranged from 136 
to 296 cm-2 drops, the mean volume diameter of the treatments ranged from 150 to 195 μm. 
The number median diameter ranged from 385 to 524 μm. The alternative product, in some 
parameters, pointed out surprising responses in some of its doses with respect to the quality 
of drops. Aureo was the treatment that gave the best response to the others, with an expressive 
coefficient of homogenization (CH). 
 
 
Keywords: application technology, alternative adjuvant, coverage efficiency 
. 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nos últimos anos com a expansão agrícola, foi observada uma crescente necessidade 
de melhorar a eficiência dos processos de produção de produtos de valor comercial 
considerável oriundos da agricultura. Também se reparou na evolução das máquinas e 
produtos agrícolas que auxiliam no aumento da produtividade no campo. Uma delas, era a 
aplicação de agroquímicos que vem sendo empregada para garantir sucesso na produção 
agrícola. Com isso, novas tecnologias estariam sendo empregadas para melhorar a eficiência 
da pulverização nesse ramo para reduzir os efeitos não desejados na aplicação. 
A evolução de maquinários específicos para essa aplicação no mercado deu um salto 
positivo e de grande importância no cenário agrícola, pois a aplicação de agroquímicos hoje, 
pode corresponder a quase 40,5% das despesas totais de insumos por hectare. Onde dentro 
de uma lavoura, R$ 550,36 do custo médio está vinculado ao uso de defensivos e R$ 1367,60 
são os custos médios totais de insumos na propriedade (IMEA, 2015). Corrigindo para os dias 
atuais, a uma taxa de aumento perto de 30% anual, baseado na inflação média dos produtos 
importados, os custos hoje seriam respectivamente de R$ 749,63 e R$ 1743,13. 
Tabela 1.Custo com os insumos da soja geneticamente modificada (GMO) na média de Mato Grosso 
das safras 2012 a 2016.Fonte: IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) 2015. 
 
Antuniassi e Baio (2008) afirmaram que o sucesso de uma aplicação de agroquímicos 
estaria relacionado à seleção das pontas de pulverização, ajuste do volume de calda, 
parâmetros operacionais, condições ambientais favoráveis e momento correto da aplicação, 
sempre considerando as recomendações agronômicas de cada produto. 
 A escolha do padrão de gotas é extremamente importante, pois influencia diretamente 
na cobertura do alvo e riscos de perdas por deriva. As características físicas da calda são 
fatores que interferem diretamente no espectro de gotas formado por pontas de pulverização, 
sendo as principais a viscosidade e tensão superficial. Quanto maior os valores de 
viscosidade e tensão superficial, maior a força necessária para a quebra das gotas no 
processo de pulverização. Deste modo, variações nos valores destas características 
usualmente interferem no espectro de gotas produzido (CHRISTOFOLETTI, 1999). 
Custo com os insumos da soja GMO na média de Mato Grosso da safra 2012/13 a 2015/16. 
Média do Mato Grosso 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 Média 
Unidade R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha R$/ha 
Despesas com insumos Total 1204,62 1248,89 1.439,72 1.600,87 1344,305 
Sementes 157,80 187,14 189,33 160,1 173,62 
Fertilizantes 634,28 640,16 566,25 690,98 637,22 
Defensivos 412,54 421,69 684,14 749,67 552,915 
Adjuvante 19,05 91,00 30,60 35,36 32,98 
11 
 
Segundo Hewitt (2007), a composição da calda seria um dos fatores mais importantes 
na formação do espectro de gotas a contribuir para efeitos bastante significativos na 
aplicação. O autor afirmou que era preciso mais informações sobre as propriedades físicas 
de uma grande variedade das misturas de tanque e adjuvantes, e da influência destas no 
espectro de gotas. Sabe-se que o comportamento dos adjuvantes pode ser bastante variável 
de acordo com as diferentes pontas de pulverização. 
Na aplicação de agroquímicos, faz-se necessário monitorar a qualidade operacional 
do processo selecionando-se indicadores de desempenho como diâmetro mediano 
volumétrico (DMV), diâmetro mediano numérico (DMN), taxa de aplicação, área de cobertura 
e amplitude relativa que permitem coletar dados no campo e a aferir suas conformidades de 
acordo com a prescrição técnica estabelecida dos fabricantes de adjuvantes (EMBRAPA, 
2009). 
Os principais parâmetros desses produtos avaliados foram: diâmetro volumétrico de 
gotas, diâmetro mediano numérico, taxa de aplicação, amplitude relativa densidade de gotas 
e cobertura da aplicação a uma taxa de aplicação de 120 L ha⁻¹, com um pulverizador de 
barras da Incomagri numa área dentro do Campus. 
Portanto, este trabalho visou comparar a eficiência na deposição de gotas em 
pulverização utilizando-se de diferente adjuvantes, sendo dois comuns no mercado e um 
produto alternativo em potencial, comparando-os entre si em quantidade e qualidade quando 
adicionados a água. 
Todos os procedimentos técnicos na preparação da calda, na manutenção dos 
equipamentos envolvido foram feitas de forma em que os produtos operem nas mesmas 
condições de trabalho. 
 
 
12 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA 
 
2.1 Pulverização e a tecnologia de aplicação 
 
Na safra de 2008, no momento em que os preços dos defensivos agrícolas caíram em 
15%, o cenário apontou para inflação dos valores desses produtos. Um exemplo era o 
glifosato, que era um dos principais herbicidas usados na cultura de cana-de-açúcar, cujo 
insumo inflacionou em mais de 50% na época. O litro, que antes custava US$ 3,50 em 2007, 
passou a ser vendido por US$ 7,80 em 2008, um aumento correspondente a 223% em um 
ano (BALEOTTI, 2008). 
Uma tese feita pela o IAC, Instituto Agronômico de Campinas, comprovou que as 
lavouras de tomate, aonde osinvestimentos em aplicação e produtos chegavam a 60% dos 
gastos na produção, as despesas caiam a pouco mais de 30% com a aplicação correta dos 
defensivos. Ramos afirmou que usando a tecnologia de aplicação de forma eficiente, os 
custos com a pulverização tenderiam a se reduzir sem que houvesse a redução na eficiência 
da operação e a produtividade (RAMOS,1998). 
Alguns estudos na área apontaram que seria possível diminuir esses custos com 
metodologias voltadas a tecnologia de aplicação. Mas para isso, tal ação precisaria ser 
planejada para inibir o desperdício de produto, a perda de produtividade e a necessidade de 
reaplicar. Os gastos também podem vir a serem reduzidos com o manejo correto da água na 
etapa de preparação da calda (THEISEN et al., 2007). 
Boller et al. (2007), comentou que outra vertente que possa contribuir para a redução 
de custos com a aplicação, seria o gerenciamento das atividades no campo como: o alvo em 
questão, o conhecimento das condições climáticas do ambiente ideal para aplicação, a 
escolha dos equipamentos certos para realizar a tarefa, a manutenção e calibragem dos 
pulverizadores e capacitação dos operadores. 
Segundo Andrade (2007) apud Baleotti (2008), a forma correta de aplicação destes 
itens: a definição do alvo, o conhecimento das condições climáticas do ambiente ideal para 
aplicação, a escolha correta do equipamento, a manutenção dos pulverizadores e a 
capacitação dos operadores poderia aumentar a eficiência operacional do trabalho (reduzindo 
volume de calda, aumentando a área tratada por dia, reduzindo a catação nas áreas) sem 
diminuir o potencial produtivo da cultura. 
Os erros na aplicação de defensivos representam uma fonte considerável de 
desperdício, que poderia alcançar a quase 70%, segundo alguns especialistas. Cometer tais 
equívocos na aplicação, causariam tamanhas perdas principalmente no dimensionamento e 
na manutenção dos equipamentos (THEISEN et al., 2007). 
13 
 
Levantamentos estatísticos demonstraram que, em média, pouco mais de 86% dos 
pulverizadores em barra usados na agricultura apresentaram alguma inconformidade 
operacional. O uso inadequado das pontas de pulverização, além do seu desgaste, sendo 
algumas delas danificadas, seriam as falhas mais comum de ocorrerem além dos problemas 
devido à falta de válvulas e manômetros como acessórios para monitorar e regular a pressão 
de gotejamento (ANTUNIASSI, 2006). 
Portanto considerando que as perdas alcançariam a quase 70% dos custos de 
aplicação, a sua correção poderia reduzir os investimentos no custo total de produção da 
cultura, segundo a FMC Technologies. Ainda o coordenador de marketing de cana-de-açúcar 
da FMC, Marcus Brites afirmou que: “O uso da tecnologia adequada aumentaria a janela de 
trabalho, otimizaria o maquinário e reduziria os custos” (BALEOTTI,2008). 
No momento de expansão da agricultura brasileira, na cultura da soja, a adoção da 
tecnologia de aplicação exige uma demanda por sistemas de produção sustentáveis, com 
padrões para atender o mercado internacional com qualidade e segurança. Para isso, essa 
técnica exige eficiência na aplicação de defensivos no campo para minimizar as perdas na 
produtividade e vislumbrar qualidade final do produto (BALBINO et al., 2011). 
Os erros cometidos na aplicação de defensivos agrícolas também poderiam ocasionar 
queda na produtividade de uma determinada cultura, caso se os produtos fossem 
pulverizados sem a cobertura total da área a ser tratada e o procedimento não conseguisse 
atingir os níveis desejáveis de controle. Um exemplo seria o tratamento com herbicidas em 
que, se a aplicação não for executada eficientemente e o problema não for corrigido a tempo, 
seria necessário a reentrada do pulverizador na área, o que aumentaria os gastos com uso 
de mais produtos e mão-de-obra adicional, além de outros fatores como compactação do solo 
e desgastes das máquinas (BALEOTTI, 2008). 
Outra desvantagem seria durante a etapa de dosagem, que também ocasionaria 
prejuízo econômico no caso de o uso de dose inferior estimada e necessária para a área ser 
tratada, pois haveria ineficiência no desempenho do tratamento fitossanitário, com perda do 
produto aplicado e prejuízo no sistema produtivo (ANDEF, 2010). 
Segundo Vieira (2007), se o volume for superior à dose programada, provavelmente 
haveria intoxicação da cultura em questão. A etapa fundamental desse processo seria o 
preparo de calda, que durante a diluição correta do produto propiciaria uma aplicação mais 
eficiente. Brites, coordenador de marketing de cana-de-açúcar da FMC, reforçou que durante 
esse preparo, seria fundamental que o usuário siga as indicações técnicas recomendadas do 
fabricante ou do Engenheiro Agrônomo responsável para evitar o desperdício, explicou 
Redson Vieira (2007) apud Baleotti (2008). 
14 
 
 A adoção de melhores procedimentos poderia auxiliar os produtores na redução de 
seus custos. Ao adotar-se uma política de gerenciamento da aplicação de defensivos 
agrícolas não somente ajuda a reduzir prejuízos econômicos, mas também na eficiência de 
aplicação. 
As operações envolvendo aplicação de defensivos agrícolas poderia ocasionar riscos 
devido ao seu uso indiscriminado e causaria diversos problemas como a alteração no 
metabolismo das plantas e redução do nicho bióticos. O seu uso intensivo e sem prévio 
conhecimento, gerariam grandes efeitos colaterais propiciando desequilíbrio biológico 
(KIMATI et al., 1997; TOKESHI, 2000; FRIGHETTO, 2000). 
Segundo Andrade (2007) apud Baleotti (2008), o procedimento correto significaria algo 
grandioso, pois deveria considerar o risco ambiental que poderia gerar uma contaminação 
significativa ao alcançar o lençol freático e até de áreas próximas. Teria também, o risco da 
contaminação do operador durante o manuseio do produto, do preparo da calda e da 
aplicação e ainda, intoxicação por deriva. 
A Tecnologia de aplicação consiste no emprego de todos os conhecimentos científicos 
que proporcionem a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em 
quantidade necessária, de forma econômica, minimizando a contaminação. Assim a 
pulverização seria processo físico-mecânico de transformação de uma substância líquida em 
partículas ou gotas. e a aplicação seria deposição de gotas sobre um alvo desejado, com 
tamanho e densidade adequados ao objetivo proposto (ANDEF,2010). 
A tecnologia de aplicação remeteria à eficiência em que o defensivo agrícola poderia 
atingir o alvo desejado de acordo com o equipamento envolvido e o tipo de ponta no momento 
da aplicação da calda em condições adversas. (SILVA, 2004). 
Assim, Bonini (2003) apud (MATUO,1990), discorreu sobre os aspectos da tecnologia 
de aplicação e respaldou sobre um crescente aumento do custo de produtos químicos, da 
mão de obra, da energia e a preocupação em relação à poluição ambiental destacando a 
necessidade de uso de uma tecnologia mais precisa na distribuição do produto no local bem 
como os procedimentos e equipamentos adequados para maior segurança na aplicação. 
Os defensivos devem ser aplicados com eficiência de modo que todos os fatores 
envolvidos na sua aplicação como: tipo de alvo a ser atingido, o momento ideal para realização 
da pulverização, a experiência do aplicador, a qualidade da água, o defensivo mais adequado, 
os equipamentos de aplicação, as condições climáticas e o uso de adjuvantes agrícolas já 
seriam conhecidos (MAROCHI; SCHMIDT, 1996). 
Antuniassi (2007) mostrou que ao adicionar o óleo à calda, ele teve como função 
reduzir o risco de evaporação e melhoraria a sua absorção, pois o óleo apresentou uma 
15 
 
temperatura de evaporação superior à da água, e por isso, quanto maior o percentual de óleo 
na calda menor seria a fração de gotas evaporada durante o processo de aplicação. 
Miller e Butler Ellis (2000), afirmaram que o uso de adjuvantes promoveu mudanças 
nas propriedadesda calda pulverizada e podem influenciar tanto no processo de formação 
das gotas como no seu comportamento em contato com o alvo. 
Em condições de queda hídrica, as plantas à medida que avançam a sua maturidade, 
a sua espessura cuticular aumenta, elevando a restrição à penetração de agrotóxicos diluídos 
em água. Em ambientes sob alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, as plantas são 
induzidas a fechar os estômatos para reduzir as perdas de água através das superfícies 
foliares, posteriormente, dificultando a penetração de produtos aplicados. Com isso, boas 
condições de temperatura e umidade relativa do ar elevada implicam na hidratação da cutícula 
e facilitam a penetração e a atuação de agrotóxicos (QUEIROZ et al., 2004,). 
Segundo Holloway (1994), discorreu que se as gotas de pulverização espalhadas nas 
folhas poderiam ser retidas, repelidas ou dividir-se em gotas menores, de acordo com o seu 
tamanho, com a velocidade de deposição, com as propriedades físico-químicas implícitas à 
calda e com às características da superfície foliar. Tais propriedades contidas nas gotas, 
estariam diretamente relacionadas aos componentes da sua formulação, com enfoque à 
concentração de adjuvantes na composição de cada produto. 
Ainda Theisen et al. (2004) apontaram que para vencer essas barreiras imposta pelas 
plantas, segundo as condições agrometereológicas, umas das soluções para facilitar à 
penetração dos defensivos seria usar substâncias inertes denominados aditivos ou 
adjuvantes, que seriam capazes de modificar a atividade dos produtos aplicados e as 
características da pulverização. Esses produtos poderiam ser adicionados à formulação dos 
defensivos, ou serem adicionados à calda no momento da pulverização. 
Kissmann (1997) afirmou que os adjuvantes poderiam desempenhar várias funções 
distintas. Pois eles são substâncias ou compostos sem propriedade fitossanitária, que são 
adicionados para preparação da calda, cujo foco é aumentar a eficiência ou modificar 
determinadas propriedades da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis 
problemas. Traduzindo; um ingrediente que melhoraria as propriedades físicas de uma 
mistura (SBDA,2013). 
Segundo Vargas e Roman (2006), os adjuvantes seriam repartidos em dois grupos: os 
modificadores das propriedades de superfície dos líquidos (surfactantes, espalhante, 
umectante, detergentes, dispersantes e aderentes, entre outros) e os aditivos (óleo mineral 
ou vegetal, sulfato de amônio e uréia, entre outros) que afetariam a absorção devido à sua 
ação direta sobre a cutícula. 
16 
 
Um dos efeitos dos adjuvantes, destacam-se a redução da tensão superficial das gotas 
pulverizadas, provocando o seu achatamento, o que eleva a sua superfície de contato com o 
alvo biológico e melhora a cobertura da folha. A tensão superficial refere-se às forças que 
existem na interface de líquidos não miscíveis, impedindo que eles se misturem (AZEVEDO, 
2001). 
Quando uma gota de água está sobre uma superfície, o ângulo de contato depende 
das características dessa superfície. Se for hidrorrepelente, o contato será menor e a gota 
ficará mais esférica (coesão). Se a superfície for mais hidrófila, a gota se espalha, podendo 
até formar um filme uniforme (adesão) (KISSMANN, 1997; CRUZ FILHO; CHAVES, 1979). 
Quando se mesclam produtos com características diferentes, nem sempre existe 
compatibilidade física. 
 Os tensoativos, em geral, possuem estruturas em sua molécula com propriedades 
hidrofílicas e outra lipofílica, ajudando a compatibilizar a mistura de água com óleos, formando 
as emulsões. Kissmann (1997) falou que a capacidade de ligação dessas partes seria variável 
e um produto de interface poderia ter um segmento hidrofílico pequeno e um lipofílico grande, 
ou vice-versa. 
Geralmente, os adjuvantes hidrofílicos, com alto balanço de propriedades 
hidrofílicos/lipofílicos (HLB), melhoram a penetração dos agrotóxicos com maior solubilidade 
em água; já os adjuvantes com um HLB baixo, melhoram a penetração dos produtos com 
baixa solubilidade em água (HESS; FOY, 2000). 
 Ruiter et al. (1990) relataram que espécies que tiveram dificuldade de serem molhadas 
retiveram mais calda quando essa continha uma maior concentração de adjuvante. Portanto, 
poderia dizer que uma maior concentração de adjuvante seria requerida para que se possa 
ultrapassar a barreira formada por ceras epicuticulares cristalinas das plantas. 
Boller et al. (2007) relataram que outras funções dos adjuvantes seriam o estímulo da 
atividade fisiológica das plantas, a adequação do pH da calda (sequestrantes de cátions e 
sulfato de amônio), a redução da reatividade de íons recentes na água (quelatizantes), a 
redução da evaporação (óleos vegetais e minerais e umectantes), o aumento da absorção 
(uréia), a redução da formação de gotas pequenas (espessantes ou redutores de deriva), o 
aumento da adesão das moléculas às plantas (adesionantes), a redução da decantação da 
calda (dispersantes), a facilitação de misturas (emulsificantes), a facilitação da penetração 
das gotas nos tecidos vegetais óleos vegetais e minerais), a redução da formação de espuma 
ou quebra rápida da espuma formada (antiespumante) e a acidificação da calda 
(acidificantes). 
 
17 
 
2.2 Pontas e qualidade de gotas na aplicação 
 
As pontas têm três funções muito importantes: determinar a vazão, o tamanho das 
gotas e o formato do jato de pulverização. A vazão é função direta do tamanho do orifício, da 
pressão e das características do líquido pulverizado. Já o tamanho das gotas e o formato do 
jato da pulverização dependem do modelo da ponta, além da pressão e das características 
da calda (ANDEF,2010). 
Segundo o IAC (2006), as pontas de jato leque são pontas que proporcionam um jato 
de pulverização plano, no formato de um leque, recomendado para aplicação de defensivos 
agrícola. As pontas de jato plano podem ainda ser subdivididas nos seguintes tipos: 
Jato plano padrão: ideal para utilização em pulverizador de barras, onde há 
sobreposição entre os jatos das diferentes pontas. 
Jato plano uniforme: recomendada para aplicação em faixas sem sobreposição. 
Jato plano de baixa deriva (pré-orifício): possui um pré-orifício especialmente 
desenhado para proporcionar gotas maiores (médias a grossas), com redução no percentual 
de gotas menores do que 100 micrometros (μm) no espectro gerado. 
 
 
Figura 1. Tipo de distribuição dos bicos de jato leque. Fonte: Andef 2010 
A sua escolha é um dos parâmetros mais importantes da tecnologia de aplicação pois 
além da pressão, fatores como o tamanho médio das gotas, a qualidade do espectro gerado, 
a composição da calda, em função das formulações dos produtos e dos adjuvantes contidos 
na solução seriam afeados diretamente (ANDEF,2010). 
CUNHA et al. (2007) discorreu que os fatores de suma importância para a 
determinação da qualidade de gotas são o diâmetro da mediana volumétrica (DMV), a 
amplitude relativa (AR) e a porcentagem de gotas com diâmetro inferior a 100 micrometro 
(µm). Esses atributos, em conjunto, definem o potencial de deriva de gotas, a uniformidade 
de gotas e o tamanho típico das gotas produzidas por um tipo bico de pulverização. 
18 
 
Tabela 2. . Quadro de recomendação. Fonte: ANDEF 2010. 
Classe de 
Pulverização 
DMV* aproximado 
(normal ASAF) 
Pontas Recomendação 
Muito Fina <100 µm Jato Plano Duplo Fungicida, 
Fina 100-175 µm Jato Plano Comum Inseticida e Herbicida 
Média 175-250 µm Jato Plano Comum de contado 
Grossa 250-375 µm Jato Plano duplo com 
Ar 
 
Muito Grossa 375-450 µm Jato Plano com Ar 
Extra-<Grossa >450 µm Jato Plano com Ar 
 
O DMV é o diâmetro da gota que divide o volume das gotas pulverizadas em duas 
partes, de forma que a soma dos volumes das gotas de diâmetro menor seja igual à soma do 
volume das gotas de diâmetro maior (ANTUNIASSI e BAIO, 2008). 
 
 
Figura 2. Demonstração gráficade DMV. Fonte: Drescher 2016. 
Eles ainda disseram que quanto maior o valor da amplitude relativa (AR), maior seria 
a faixa de tamanho das gotas pulverizadas, heterogeneidade. Caso os espectros fossem 
homogêneos, teriam o valor de amplitude relativa tendendo a zero. Por isso, os valores de 
DMV e AR devem ser analisados simultaneamente para a caracterização da pulverização 
pois, isoladamente o DMV é apenas referência e não infere a dispersão dos dados. 
O diâmetro volumétrico é aferido por três parâmetros: 
Diâmetro volumétrico D10 (µm): é a distribuição dos diâmetros das gotas de maneira 
tal que os diâmetros menores que compõem 10% do volume total de líquido da amostra. 
Diâmetro volumétrico D50 (µm): conhecido como diâmetro mediano volumétrico 
(DMV), é a distribuição dos diâmetros das gotas de maneira tal que os diâmetros menores 
que compõem 50% do volume total de líquido da amostra. Ele é muito importante para a 
calibração da deposição, pois expressa o padrão de diâmetro de gotas que atingiu a amostra. 
Diâmetro volumétrico D90 (µm): é a distribuição dos diâmetros das gotas de maneira 
tal que os diâmetros menores que compõem 90% do volume total de líquido da amostra. 
A partir deles se obtém o fator de dispersão (Fd), também conhecida como amplitude 
relativa em que ela, segundo Matthews (2000), expressa a variação do tamanho de gotas, 
19 
 
relacionando-a com o diâmetro mediano volumétrico, e que, quanto mais elevado o seu valor 
maior seria a variação do tamanho das gotas, e quanto menor for o seu valor, mais 
homogêneo seria o espectro de gotas. Ela é definida por: 
Fd ou AR =
(D90 – D10)
D50
 
Equação. (1) 
Antuniassi e Baio (2008) discorreu também que outro parâmetro de classificação do 
espectro de gotas é o diâmetro mediano numérico (DMN) definido como o tamanho das gotas 
dentro do espectro de pulverização que divide, as gotas totais, em duas quantidades iguais. 
Ele é determinado pelo diâmetro que divide o número de gotas pulverizado em duas partes: 
50% do espectro de gotas menores que o DMN, e outros 50% de gotas maiores o DMN. 
 
Figura 3. Relação entre DMV e DMN. Fonte: Drescher 2016. 
 
Eles ainda analisaram a relação entre o DMV/DMN, possibilitando gerar um parâmetro 
de homogeneidade do espectro de gotas chamado coeficiente de homogeneidade (CH) ou 
coeficiente de dispersão, em que, tanto mais distantes estão um dos outros, a pulverização 
seria heterogênea. Em outras palavras, quanto mais próximo de um (1) mais homogêneo era 
espectro. Isto se deve pelo fato o DMV ser influenciado por gotas maiores (maior volume) e o 
DMN ser influenciado por gotas menores (maior número) como demonstrado na Figura 4. 
20 
 
 
Figura 4. Qualidade de aplicação. Fonte: Drescher (2016). 
 A densidade de gotas (gotas cm-2) é um indicador que fornece informações de quantas 
gotas atingiram uma área equivalente em um centímetro quadrado. Esse é um parâmetro 
internacionalmente indicado para a calibração da deposição. A Associação Nacional de 
Defesa Vegetal, a ANDEF (2010), falou que a densidade de gotas indicada para aplicação de 
herbicidas, deveria ser de 20 a 30 gotas cm-2. 
 
Tabela 3. Parâmetro de densidade de gotas recomendado para produtos não sistêmicos ou de baixa 
translocação. Fonte: ANDEF 2010. 
Produto Cobertura (gotas cm-2) Pulverização 
Herbicida 20-30 Média- Grossa 
Inseticida 50-70 Média- Fina 
Fungicida 70-100 Fina 
 
 Os fatores que influenciariam o tamanho e densidade de gotas tipo de equipamento, 
ângulo de ataque dos bicos, pressão de trabalho, a formulação da calda e a taxa de aplicação 
(ANDEF, 2010). 
O volume de aplicação é corresponde ao volume de produto pelo equipamento 
pulverizador calculado a partir do volume aplicado ou taxa de aplicação (quantidade aplicada 
pelo pulverizador em determinada área) e do volume coletado (quantidade que foi capturada 
pelos cartões hidrossensíveis). 
Cunha et al. (2001) afirmou que a elevação na taxa de aplicação, assim como a 
diminuição do tamanho de gotas, na teoria propicia a melhoria no nível de cobertura em função 
do maior número de gotas pulverizadas até o alvo. Logo as gotas muito pequenas, estariam 
21 
 
sujeitas aos fatores climáticos, podendo serem desviadas ou terem parte seu volume 
evaporado antes de atingirem o alvo, não alcançando muitas vezes o seu objetivo. 
 A cobertura corresponde a porcentagem de área coberta pela mancha das 
gotas em relação a área total da amostra. 
 
2.3 Deriva 
 
Friedrich (2004) afirmou que a deriva seria um dos principais motivos de perdas de 
defensivos e o causador da contaminação do meio ambiente. Ponderou-se que cerca de 50% 
dos agrotóxicos seriam desperdiçados devido às más condições de aplicação segundo 
Velloso et al. (1984). Matuo (1990) e Christofoletti (1999), disseram que a deriva era tudo 
aquilo que não atinge o alvo durante a aplicação e Miller (1993) definiu deriva como parte da 
pulverização agrícola que era desviada para fora do ambiente de aplicação pela ação do 
vento. 
Ainda Miller (2004) disse ainda que o agrotóxico poderia ser retirado da área em 
questão na forma de gotas ou vapor. E a sua perda ocorreria na forma de vapor durante ou 
depois da aplicação, e estaria diretamente relacionada a pressão de vapor e das 
características da formulação do produto. 
Wolf (2000) e Sumner (1997) falaram que ao inserir os adjuvantes à calda de 
pulverização, poderia ocasionar uma certa alteração no diâmetro das gotas pulverizadas, 
diminuindo assim, o risco de deriva. No entanto, Wolf e Gardisser (2003), observaram que a 
interferência ao adicionar adjuvantes à calda em aplicações aéreas, concluíram que poucos 
produtos mostraram ação antideriva, enquanto alguns aumentariam o risco potencial de 
deriva. 
A adição de adjuvantes alteraria a distribuição volumétrica da calda causada pela 
aplicação aérea e diminuiria o risco potencial de deriva das aplicações pois, acentua a 
deposição de calda no alvo disseram Cunha e Carvalho (2005). 
Johnson e Swetnam (1996), disseram que a seleção correta das pontas era primordial 
para a eficiência na aplicação, sendo um fator determinante da quantidade que seria aplicada 
por área, da uniformidade de aplicação, da cobertura obtida e do risco potencial de deriva. 
Entretanto, fatores como altura de lançamento da gota em relação ao alvo, densidade do 
líquido pulverizado e temperatura do ar também influenciariam na deriva, e precisariam ser 
considerados. 
 Velini et al. (2011) utilizaram o método cromatográfico e de balanço de massas para 
a determinação de deriva em pulverização aérea em cana-de-açúcar, concluiu-se que o 
método utilizado era adequado para a quantificação de perdas e deriva. Carbonari et al. (2011) 
22 
 
utilizaram balanço de massas e cromatografia para determinação de deriva em pulverização 
de herbicidas pré-emergentes em cana-de-açúcar, e chegaram a valores de perdas entre 2,72 
e 38,65%. 
 
 
2.4 Deposição de calda 
 
Para isso seria preciso obter a faixa total de aplicação (ABNT, 1988), também 
conhecida como perfil básico da deposição, conforme preconiza a norma ASAE - American 
Society of Agricultural Engineers S386.2 (ASAE, 1995). Considera-se a faixa total de 
aplicação um parâmetro básico do planejamento operacional eficiente da aplicação aérea, 
quando se procede a sobreposição das faixas (CORRÊA et al, 2004). 
Para avaliação do depósito de calda de pulverização, há diversas opções: através da 
utilização de alvos artificiais (tiras de papel, laminas de vidro), colocados próximos aos alvos 
reais (folhas, caules, solo etc.); uso de papeis sensíveis, que mostram as gotas apenas em 
função da sensibilidade a umidade; utilização de corantes especiais, como fluorescentes 
(sensíveis sob luz ultravioleta), possibilitando a observação da distribuição, ou corantes 
solúveis em agua, para determinação das quantidades depositadas através de lavagem do 
material coletado;e uso da condutividade elétrica, para determinação de concentrações de 
substancias traçadoras (sais), técnicas estas que permitem a utilização de alvos reais. 
(PALLADINI, 2000). 
Cartões hidrossensíveis têm sido empregados por diversos pesquisadores, para 
avaliar deposições de pulverizações, que os utilizam para leitura com auxílio de microscópios 
ou de “scanners” ligados a equipamentos de processamento informatizados (BOUSE, 1994). 
O uso de papel sensível à água foi recomendado por Carvalho (1995) para avaliar 
pulverizações aero agrícolas quanto à densidade de gotas e o DMV (diâmetro mediano 
volumétrico) das mesmas. 
A maior limitação do uso de cartões hidrossensíveis seria a umidade relativa do ar 
acima de 80%, que afeta a sensibilidade do papel. As avaliações dos depósitos seriam 
utilizadas nas pesquisas de tecnologia de aplicação como instrumento para desenvolver e 
melhorar as técnicas de aplicação de defensivos (Palladini, 2000). Para Carbonari (2005), a 
avaliação de uma pulverização poderia ser realizada através de um estudo da deposição de 
gotas sobre superfícies-alvo, que podem ser naturais ou artificiais. Concluiu-se que para 
avaliação mais criteriosa, a cromatografia mostrou-se melhor método de identificação de 
penetração de calda. 
 
23 
 
2.5 Adjuvantes, vantagens e suas desvantagens 
 
Explícito no Decreto Federal Nº 4074/2002, que define “adjuvantes” são produtos 
utilizados em mistura com produtos formulados para melhorar sua aplicação. Os adjuvantes 
são substâncias ou compostos sem propriedade fitossanitária, que quando adicionados a 
preparação da calda, tendem aumentar a eficiência ou modificar determinadas propriedades 
da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis problemas (SBDA). 
Os adjuvantes podem ser classificados segundo seu grau de ionização ou da sua 
dissociação em água. O aniônico, como o lauril-sulfato de sódio, vem sendo usado em 
formulações de agrotóxicos pois, são ótimos agentes molhantes e detergentes, tendo como 
uma pequena desvantagem apenas na capacidade de reagir com sais presentes na água e 
com as moléculas dos defensivos agrícolas, modificando o equilíbrio eletrolítico nas caldas. 
Já os catiônicos, na maioria das vezes fitotóxicos, tem elevado custo, baixo poder 
detergente e precipitam na presença de sais. Os não-iônicos são eletricamente neutros e não 
se ionizam ou dissolve em água e, por isso, se quer chegam a alterar o equilíbrio eletrolítico 
nas formulações e nas caldas. Esses tipos de produtos se agrupam aos mais importantes 
adjuvantes para defensivos (AZEVEDO, 2001). 
Nas lavouras, já existe o emprego de óleos como adjuvantes. Existem óleos do tipo 
mineral e vegetal. Os óleos minerais são formulados a partir de uma parte da destilação do 
petróleo. Já os óleos vegetais são retirados com a utilização de solventes ou por 
pressurização, e normalmente são constituídos por uma cadeia contendo 16 ou 18 carbonos 
e logo após, são purificados. Os óleos minerais e os óleos vegetais possuem vasta aplicação 
para uso. E são utilizados isoladamente tanto para controle de insetos e fungos, quanto para 
adjuvantes quando adicionados às caldas. 
 Mendonça et al. (2007) disseram que ao exercerem a função de adjuvante, os óleos 
facilitam sua dispersão e a absorção da calda, reduzindo a perda do ingrediente ativo e a 
tensão superficial. As principais vantagens do uso do óleo na aplicação de defensivos, se 
destacariam por facilitar a penetração da calda pela cutícula e a sua ação antievaporante, que 
proporcionaria a diminuição das perdas por evaporação da água, além da promoção de 
melhor molhabilidade em superfícies hidrofóbicas. 
Outros benefícios que poderiam ser expostos seriam que quando se utiliza os óleos 
como aditivos eles reduzissem a hidrólise do defensivo no tanque e diminuíssem a 
fotodecomposição, disse Durigan em (1993). Segundo Hess (1997), os óleos miscíveis 
utilizados como adjuvantes possuíam de 80 a 98% de óleo não-fitotóxico e de 2 a 20% de 
surfactante, nessa formulação, contribuíam para o aumento da absorção de herbicidas 
lipofílicos quando se utilizava somente do surfactante. 
24 
 
Segundo estudos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
(Embrapa), o uso de adjuvantes multifuncionais durante as aplicações permite reduzir a dose 
de herbicidas em mais de 50%, comparativamente aquelas realizadas sem eles. (VARGAS et 
al., 2016). 
Se tratando das funções dos adjuvantes, alguns de seus constituintes nitrogenados 
têm uso com certos agrotóxicos afim de promover melhor eficiência ou diminuir a influência 
de vários fatores durante a aplicação. A sua forma de reagir é múltipla, variando um pouco de 
composto para composto, dependendo de alguns aspectos fisiológicos das plantas e de 
condições ambientais, por exemplo, a temperatura. 
Outras vantagens da utilização de adjuvantes, afirma Boller et al. (2007), seriam a 
ligeira absorção dos produtos logo após a sua aplicação, além da facilidade de cobrirem as 
superfícies cerosas de alguma espécie de plantas. Vale lembrar, que os adjuvantes também 
poderiam facilitar a entrada da calda entre as ranhuras das folhas, podendo aguçar a 
penetração da calda nas hifas dos fungos e teias de ácaros e, por conseguinte, a poderiam 
alterar o período residual de fungicidas. 
Deve-se atentar, no entanto, aos efeitos indesejáveis que podem ser acompanhados 
com o uso de adjuvantes, tais como fitotoxidez, redução ou extinção da seletividade de alguns 
produtos. Segundo Ryckaert et al. (2007), a forma correta de uso dos adjuvantes modificaria 
o desempenho do produto ao ser aplicado. Contudo, o aumento na eficiência da aplicação do 
defensivo, elevaria o impacto ambiental. Isto só seria possível se houvesse a presença 
residual da molécula do adjuvante no ambiente. Por isso, ao adicionar os adjuvantes, os 
períodos de carência deveriam ser respeitados, em função da sua persistência residual nos 
produtos vegetais. 
Fagliari et al. (2004) falaram que a ação dos defensivos era dependente de seus 
constituintes na calda, que apesar de não estruturarem o ingrediente ativo, melhoraram sua 
eficiência. Hoje, há uma série desses produtos disponíveis no mercado, o que facilita ainda 
mais seleção por parte dos técnicos. O efeito dos adjuvantes nas aplicações é um processo 
que envolve muitos aspectos físicos, químicos e fisiológicos bem complexos, pois os 
defensivos têm compatibilidade diferente com os adjuvantes (CHOW, 1993). 
Boa parte dos problemas vindos do uso de aditivos para calda, vem-se do 
desconhecimento de sua ação e das restrições para sua utilização (ANTUNIASSI, 2006). 
Segundo Zollinger (2000), a consistência de regulamentos e marketings e a complexidade da 
interação entre a planta, o produto, o ambiente, a qualidade de água e o adjuvante causariam 
confusões na correta seleção do adjuvante entre os produtores. 
Antuniassi (2006) relatou ainda que no processo de formação das gotas por uma ponta 
de pulverização poderia, significativamente, ser modificado pelo uso de algumas formulações 
25 
 
e pela adição de adjuvantes. Da mesma forma, ele chamou a atenção para o fato de que ao 
adicionar componentes químicos às caldas, isso acarretaria interações entre os produtos e 
afetaria negativamente o resultado de uma aplicação. 
 
2.6 Adjuvantes comercias e alternativos 
 
O Agral é um adjuvante espalhante adesivo não iônico, que pode ser adicionado a 
qualquer herbicida, fungicida ou inseticida, melhora a distribuição dos agrotóxicos propiciando 
a formação de uma película protetora uniforme, com isso melhora a absorção foliar para 
herbicidas, melhora a penetração de fungicidas e inseticidas sistêmicos, reduz os riscos de 
queima. Segundo seu fabricante, ele é indicado, especialmente, para quando o agrotóxico for 
aplicado sobre superfícies, com folhas lisas, cerosas ou pilosas. Também, ele dispensa 
diluição prévia, misturando-sefacilmente a qualquer agrotóxico ou água. É um produto não 
fitotóxico se utilizar indicações recomendadas (AGRAL). 
O Aureo é um adjuvante concentrado emulsionável que pode ser adicionado a caldas 
herbicidas, fungicidas ou inseticidas, podendo ser aplicado com pulverização costal manual 
ou motorizado, de tração tratorizada ou aplicação aérea, em função do produto a qual será 
adicionado de acordo com tipos de bicos, densidade de gotas, tamanho de gotas e pressão 
de trabalho seguindo as indicações nas instruções de uso do produto (AUREO). 
 O L.O.C é, usualmente, utilizado como um limpador multiuso concentrado para limpeza 
de todo tipo de superfície lavável. Tem uma formulação biodegradável. Contém Lauril Éter 
Sulfato de Sódio (Tensoativo Aniônico) não persistente no ambiente, Laureth-7, Óxido de 
Cocamidopropilamina, espessante, Agente de Controle de pH, Conservantes, Fragrância, 
Veículo. Contém Tensoativo Biodegradável (LOC). 
 
26 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 Área experimental 
 
O experimento foi realizado na Universidade Federal de Mato Grosso - Campus de 
Sinop na área experimental do laboratório de Mecanização Agrícola O dia estava com 
temperatura de 25 ºC, umidade relativa próxima de 39% e velocidade do vento = 1 m/s. Foi 
utilizado um pulverizador de barras modelo Incomagri Attack 600 L montado no trator modelo 
Agrale que foi o meio veicular para a aplicação do experimento. Este, portou uma relação de 
calda especificamente preparada para a ocasião determinada de 120 L ha⁻¹. 
 
Figura 5. Imagem de catálogo do pulverizador tratorizado de barras treliçado. Fonte: Incomagri. 
 
Figura 6. Imagem da regulagem do pulverizador tratorizado de barras treliçada Incomagri utilizado nos 
trabalhos sobre deposição de gotas montado no trator. 
27 
 
 
Figura 7. Imagem do pulverizador tratorizado de barras treliçada Incomagri utilizado nos trabalhos sobre 
deposição de gotas montado no trator em operação. 
 
Os tratamentos foram dispostos em uma área plana em frente ao Laboratório de 
Mecanização Agrícola, com as repetições espaçadas entre si a uma distância entre 2,5 e 3,5 
metros a partir da distância de 1 metro da largura máxima do pulverizador como demonstrado 
na Figura 10. 
Figura 8. A) Corte A vista da parte diagonal da disposição dos papéis nas hastes nas 4 repetições. B) 
Corte B vista da parte lateral da disposição dos papéis nas hastes nas respectivas 4 repetições. 
 A Figura 11 esboçou de como ficou o trator com o pulverizador em relação as hastes, 
onde estavam fixados os papéis hidrossensíveis. 
A B 
28 
 
 
Figura 9. Vista frontal da posição do trator em relação as hastes disposta com os papéis 
hidrossensíveis. 
 E assim, os papéis foram dispostos no campo presos a essas hastes como observado 
na figura. 
O modelo do pulverizador de barras utilizado no experimento, possui as seguintes 
especificações segundo o seu fabricante, vide Quadro 1: 
Quadro 1. Manual de Especificações técnicas do Pulverizador de barras. Fonte Incomagri. 
 MODELO ATTACK 600 AM 12 
Capacidade do reservatório 600 litros Polietileno 
Reservatório de água limpa 30 litros 
Incorporador de defensivos 10 litros 
Porta-bicos Bijet 
Pontas de pulverização Leque - Cônica 
Bomba de pistões e membrana 85 L/min. 
Comando de pulverização Manual -CCP 
Sistema de agitação Hidráulico-por retorno 
Espaçamento entre bicos 50 cm 
Comprimento da máquina 0,85 m 
Altura 2,7 m 
Largura 2,1 m 
Comprimento das barras 12 m 
Peso da máquina 470 kg 
Pressão da bomba 20 Bar 
Capacidade de vazão da bomba 86,4 litros p/minuto 
Rotação máxima 540RPM 
 
As pontas de pulverização no pulverizador, eram do Modelo BD11002 Magnojet, amarela, 
malha 50 μm (microns), e possuíam as seguintes características: 
29 
 
 Pressões de trabalho de 31 a 60 psi produzindo gotas pequenas para melhorar a cobertura 
foliar 
 Bico Leque Cerâmico; 
 Série Baixa Deriva; 
 Ângulo de 110° 
 Recomendação de 15 a 60 psi; 
 
Figura 10. Modelo da ponta de pulverização utilizada. Fonte: MAGNOJET. 
 
Elas foram escolhidas para tal finalidade considerando a proposta desse trabalho de 
acordo com a taxa de aplicação e velocidade determinada através dos cálculos. São pontas 
do tipo de núcleos em cerâmica técnica (99% de Alumina), com excepcional resistência para 
todos os tipos de produtos químicos e excelente precisão da taxa de vazão, produz gotas 
médias em pressões baixas e gotas finas em médias e altas pressões, continha as seguintes 
especificações vide Figura 13 e Figura 14. 
 
 
Figura 11..Classificação dos tamanhos das gotas. Fonte: Magnojet. 
 
 
Figura 12. Especificações técnicas das ponta de pulverização de jato plano. Fonte: MAGNOJET. 
 
30 
 
 
Papeis Hidrossensíveis 
 
Os papeis utilizados no trabalho eram da Syngenta/Micron de 50 unidades (SYN7626) 
de dimensões 76 x 26mm., conforme a Figura 15. 
 
 Figura 13.Modelo do papel utilizado no experimento. Fonte: Syngenta 
 
 
3.2 Tratamentos 
 
O ensaio foi feito com nove tratamentos que envolveu um produto alternativo Loc nas 
concentrações de (30, 50, 100 e 150 ml) mililitros do produto para cada 100 litros de água, o 
AGRAL nas concentrações (30 e 50 ml) mililitros e o AUREO nas concentrações (100 e 250 
ml) mililitros conforme as recomendações de seus fabricantes, e por conseguinte, a 
testemunha contendo apenas água ao volume de aplicação de 120 L ha⁻¹ aplicados à altura 
de 0,5 metros dos papeis hidrossensíveis dispostos em 4 hastes com prendedores para 
fixação dos papeis. Antes da aplicação, o trator acionava o implemento pulverizador, em que 
buscava a estabilização do volume de aplicação calculado de 0,64 L min-1, e arrancava até 
alcançar uma velocidade de 6,4 km h-1. Por conseguinte, passava-se pelas as hastes onde se 
encontravam os papéis presos com uma presilha e a alguns metros à frente, era trator parado 
e esvaziava-se o tanque para se colocar o próximo tratamento e sua respectiva dose de 
aplicação. 
 
Figura 14. Croqui dos espaços em que foram dispostos os tratamentos, a passagem e a velocidade 
de avanço do trator durante a aplicação. 
 
 A velocidade de avanço do trator foi de 6,4 km h⁻¹. A altura de 0,5 metros foi utilizada 
para este tipo de aplicação ponto de vista da segurança operacional. 
12 m 
V =6,4 km h-1 
31 
 
Estudiosos relatam que na pulverização de defensivos em culturas, normalmente se 
utiliza volumes entre e 120 L ha-1. Essa taxa de aplicação foi considerada na aplicação dos 
tratamentos envolvidos afim de observar o comportamento da calda em relação à deposição 
de gotas durante a aplicação. 
 
3.1 Variáveis do experimento 
 
Segundo a ANDEF (2010) para fins práticos, seguiu-se a recomendação de sequência 
da mistura no reservatório pulverizador ou no misturador de calda: 
I. Colocou-se à agua no reservatório ou misturador; 
II. Ligou a agitação; 
III. Colocou-se os adjuvantes condicionadores à agua. 
 
Taxa de aplicação 
 
Considerou-se a concentração para a mistura determinada pelo fabricante dos 
produtos. No caso do produto alternativo, usou de forma geral o mesmo parâmetro referencial 
entre: 
- Herbicidas e Fertilizantes Foliares: 30 ou 50 mililitros para cada 100 litros de calda 
- Fungicidas, Inseticidas e Outros: 100 ou 250 mililitros para cada 100 litros de calda 
 
Velocidade de deslocamento do pulverizador 
 
A Velocidade de deslocamento do Pulverizador foi obtida pela fórmula: 
𝑉 =
S
T
 =
50
28,3
= 1,77 m s ̄¹ ou 6,4 k h ̄¹ Eq. (2) 
Em que: 
V = velocidade de deslocamento k h-1 
T = tempo gasto em segundos para percorrer 50 metros 
S = distância percorrida em 50 metros 
 
Espaçamento das Barras 
 
Checou-se o espaçamento está adequado como indicado na literatura < 50 cm. 
 
Vazão necessária na ponta 
 
A equação era dada por: 
𝑸 =
l
ha
 x
km
h
 x E
600
=
120 x 6,4 x0,5
600
= 0,64 L min 
−1
 ou 0,011 L h⁻¹ Eq. (3) 
32 
 
Em que: 
Q=vazão dos bicos em litros por hora (L h-1) 
L ha-1 = taxa de aplicação desejada 
km h-1 = velocidade deslocamento do pulverizador 
E = Espaçamento entre pontas em cm na barra para aplicação em área total ou faixa de 
aplicação em metros para bicos únicos, aplicação em faixas ou pulverização sem barra ou 
espaçamento entre as linhas em cm dividido pelo número de bicos por rua para aplicação 
dirigida/Turbo atomizadores. 
 
Vazão e pressão de trabalho da ponta 
 
Uma vez que determinou a vazão necessária da ponta, escolheu-se então, dentro do 
tipo de ponta já definido, no primeiro passo, a vazão da ponta e pressão de trabalho que 
produziu o tamanho de gota desejado. Para isto, tornou-se necessário o uso de informações 
do fabricante. 
𝑉
𝑉′
= 
√𝑃
√𝑃′
=>
0,66 𝐿.𝑚𝑖𝑛⁻¹
0,64 𝐿.𝑚𝑖𝑛⁻¹
= 
√30 𝑝𝑠𝑖
√𝑃′
= > 𝑃′ = 28,25 𝑝𝑠𝑖 𝑜𝑢 1,94 𝑏𝑎𝑟 Eq. (4) 
Em que: 
V= vazão dada pelo fabricante 
V’=vazão encontrada nos bicos 
P= pressão dada pelo fabricante 
P’= pressão encontrada nos bicos 
 
 Consultando a tabela de especificações do fabricante, viu-se que os valores se 
encontravam dentro do tabelado conforme a Figura 14. 
 
Figura 15. Especificação da ponta de pulverização BD 110 02 escolhida. Fonte: MAGNOJET 
 
 
 
 
33 
 
Calibração e Regulagem 
 
Regular seria ajustar os componentes da máquina às características da cultura e 
produtos a serem utilizados. Ex.: ajuste da velocidade, tipos de pontas, espaçamento entre 
bicos, altura da barra, etc. Calibrar seria verificar a vazão das pontas, determinar o volume de 
aplicação e a quantidade de produto a ser colocada no tanque. (ANDEF,2010) 
Estando a barra com as pontas escolhidas, ajustou-se a pressão de trabalho com o 
auxílio do manômetro do pulverizador. Coletou-se o volume de saída de água em um minuto 
em no mínimo 4 pontas, e anotou e por fim, determinou-se a vazão média obtida. 
Inspecionou-se o pulverizador desligado e parado, olhou-se o estado dos filtros de 
linha e sucção verificando se haveria rompimento da malha e dos anéis de vedação, ou então 
acumulo de sujeira; observou-se o estado e localização das mangueiras verificando-se se 
haveria mangueiras rachadas, ressecadas ou torcidas. Observou-se se sua localização não 
estaria interferindo na pulverização. 
Preparou-se o pulverizador para o processo, realizou-se uma limpeza geral do 
pulverizador, inclui-se a descontaminação do reservatório, lavou-se os filtros (de linha, de 
sucção e das pontas) e a limpou-se das pontas. A seguir, o reservatório foi abastecido com 
agua limpa. 
Verificou-se o estado da proteção das partes moveis, como o eixo cardam e as correias 
e se todas as pontas ao longo da barra eram do mesmo modelo, vazão e angulação de acordo 
com a escala máxima e a pressão usual de trabalho. 
 Após a análise de todos os itens o pulverizador, e considerou-se adequado se a 
conformidade em todos os quesitos inspecionados. 
 
3.4 Parâmetros 
 
Para a determinação da cobertura, densidade de gotas cm-2, diâmetro médio de gotas, 
amplitude relativa e diâmetro mediano numérico (DMN), foram obtidas imagens digitais dos 
cartões, através de scanner com resolução de varredura de 600 dpi, sendo posteriormente as 
imagens submetidas à análise eletrônica pelo software Gotas (EMBRAPA). 
Para cada um dos nove tratamentos foram realizadas quatro repetições. Os resultados 
obtidos, foram analisados pelo intervalo de confiança para diferenças entre as médias a 95 % 
de probabilidade (IC95%). Logo após, eles foram submetidos a um delineamento inteiramente 
casualizado (DIC), em que as médias foram comparadas pelo teste de Scott - Knott a 0,05 de 
probabilidade utilizando-se do suplemento estatístico SisVar®. 
 
34 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Obteve-se então os resultados através das manchas dos cartões hidrossensíveis 
atingidos pela vazão dos bicos de 0,011 L h-1, à velocidade de 6,4 km h-1 de acordo com a 
Figura 16. 
 
Figura 16.Imagens obtidas dos cartões hidrossensíveis após o término da experimentação. 
35 
 
Conforme foi ressaltado no material e métodos, os fatores avaliados nesse 
experimento foram qualitativos, onde determinou-se a dose a ser aplicada dos três diferentes 
produtos em suas indicadas quantidades segundo seus fabricantes. Padronizou-se o valor de 
taxa de aplicação para 120 L ha-1. Em função disso, realizou-se teste de comparação de 
médias para comparar suas diferenças quantitativas e qualitativas. 
Os resultados obtidos pela análise de variância dos experimentos estão na Tabela 4 
para o fator variável (FV), tratamentos, e para a variável resposta densidade de gotas cm-2. 
Observou-se que não houve variação significativa entre os tratamentos. 
 
Tabela 4. . Análise de variância para a variável densidade de gotas cm-². 
** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de 
probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> =0,05). 
 
Na Tabela 5, apresentou-se os resultados densidade de gotas em função dos 
tratamentos. Comparando os valores de densidade de gotas, observou-se que não houve 
diferença significativa entre os tratamentos. 
 
Tabela 5. Resultados das medias de gotas cm-2. 
CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de 
probabilidade foi aplicado. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. 
 
Os valores encontrados estão dentro do esperado. Debortoli et al. (2012), no seu 
trabalho, encontrou densidade de gotas superior a 100 gotas por cm², tendo chegado a atingir 
valores acima de 250 gotas por cm², que são apropriados para aplicação de fungicidas e 
herbicidas. Estudos feitos pela ANDEF (2010) apontou que a densidade de gotas indicada 
para aplicação de herbicidas é 20 a 30 gotas cm-2, para inseticida 50 a 70 gotas cm-2 e para 
fungicida 70 a 100 gotas cm-2. 
FV GL SQ QM F FC P 
Densidade de Gotas 8 79792,97 9974,12 2,98* 2,31 0,157 
Resíduos 27 90238,24 3342,15 
Tratamentos Médias ( gotas cm-²) 
Testemunha 159,68 b 
Agral 30 ml 235,66 a 
Agral 50 ml 296,35 a 
Aureo 100 ml 224,21 a 
Aureo 250 ml 243,07 a 
Loc 30 ml 136,06 b 
Loc 50 ml 174,94 b 
Loc 100 ml 189,65 b 
Loc 150 ml 174,79 b 
Cv(%) 28,36 
36 
 
Na Tabela 6, apresentam os resultados da análise de variância para a variável 
resposta diâmetro médio volumétrico (DMV). Observou-se que não houve interação 
significativa no fator tratamento. 
 
Tabela 6.. Resultado da Análise de Variança para Diâmetro Médio volumétrico (µm). 
** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de 
probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05). 
 
Os resultados apresentados na tabela 7, demonstraram variações não significativas 
entre alguns dos tratamentos, sendo apontado pelo teste de comparação Scott-Knott na 
Tabela 7. 
 
Tabela 7. Resultado das médias do diâmetro médio volumétrico (µm). 
CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de 
probabilidade foi aplicado. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. 
 
Cunha e Teixeira (2001) estimou que os bicos do tipo leque fornecem gotas com 
diâmetro da mediana volumétrica superior quando há influência da altura de trabalho, a vazão 
nominal e pressão de trabalho do implemento. Os valores encontrados de diâmetros 
determinado neste estudo, ficaram dentro dos limites recomendados por Márquez (1997) que 
disse que para evitar problemas de deriva e escorrimento, as gotas devem ter diâmetro 
mediano volumétrico superior a 100 μm (0,1 mm) e inferior a 800 μm (0,8 mm) e dentro do 
recomenda pela tabela da ANDEF (2010) segundo o tipo de ponta utilizado, que produz gotas 
médias ou finas na faixa de 100 μm a 250 μm. 
 Na Tabela 8, apresentam os resultados da análise de variância para a variável 
resposta cobertura. Observou-seque houve interação significativa entre os tratamentos. 
FV GL SQ QM F FC P 
DMV 8 56437,18 7054,65 5,86** 3,26 <0,001 
Resíduos 27 32474,43 1202,76 
Tratamentos Médias ( µm ) 
Testemunha 425,94 c 
Agral 30 ml 450,15 c 
Agral 50 ml 524,92 a 
Aureo 100 ml 467,64 b 
Aureo 250 ml 478,38 b 
Loc 30 ml 386,213 c 
Loc 50 ml 407,712 c 
Loc 100 ml 430,71 c 
Loc 150 ml 418,97 c 
CV(%) 19,06 
37 
 
 
Tabela 8. Resultado da Análise de Variância para a variável das médias cobertura (%). 
** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de 
probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05). 
 
Na tabela 9, mostrou-se os representativos valores da porcentagem de área coberta 
pela mancha das gotas em relação a área total da amostra. Assim, Braun et al. (2014), em 
seu trabalho, disse que a cobertura seria maior em vazões superiores a 100 L ha-1 aonde 
seriam produzidas gotas de tamanho médio a grande. 
Tabela 8.. Resultado das médias de cobertura (%). 
CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de 
probabilidade foi aplicado. As médias seguidas por letras diferentes, diferem estatisticamente entre si. 
As seguidas pelas mesmas letras, não diferem entre si estatisticamente. 
 
Na Tabela 9, se encontram os resultados da análise de variância para a variável 
resposta diâmetro da mediana numérica (DMN). Observou-se não que houve interação 
significativa entre o fator tratamentos e taxa de aplicação. 
 
Tabela 9. Resultados da Análise de Variança para as médias do diâmetro da mediana numérica (µm). 
** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de 
probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05). 
 
 Neste caso, houve uma variação significativa entre os tratamentos. Mas, Chechetto et 
al. (2012), afirmou que haveria uma tendência que o DMN poderia ser influenciado pelas gotas 
menores em grande número, convergindo para um baixo valor de DMN. Em relação ao 
FV GL SQ QM F FC P 
Cobertura 8 37,19 4,65 4,70** 3,26 <0,0011 
Resíduos 27 26,71 0,99 
Tratamentos Médias (%) 
Testemunha 20,56 b 
Agral 30 ml 23,15 a 
Agral 50 ml 23,95 a 
Aureo 100 ml 22,50 a 
Aureo 250 ml 22,77 a 
Loc 30 ml 21,10 b 
Loc 50 ml 21,40 b 
Loc 100 ml 21,58 b 
Loc 150 ml 21,93 b 
CV(%) 4,49 
FV GL SQ QM F FC P 
DMN 
Resíduos 
8 
27 
194608,15 
83919,89 
24326,02 
3108,14 
7,83 ** 2,26 0,001 
CH 
Resíduos 
8 
27 
0,103 
0,048 
0,013 
0,002 
7,20** 2,26 0,001 
38 
 
coeficiente de homogeneização (CH), houve variação significativa. Assim, se tratando de 
ambos os parâmetros, acabam por influírem na proporção de gotas grandes e pequenas. E a 
relação entre esses fatores forneceriam um bom embasamento para se averiguarem a 
homogeneidade do espectro de gotas produzidas. 
 
Tabela 10. Resultados das médias do diâmetro numérico da mediana, DMN (µm). 
CV - Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. O teste de Scott-Knott a um nível de 5% de 
probabilidade foi aplicado. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. 
 
Verificou-se que o diâmetro da mediana numérica apresentou uma tendência 
semelhante para os tratamentos, porém esses valores indicam heterogeneidade entre as 
gotas, pois Antuniassi e Baio (2008) disseram que o DMN seria, em percentagem, 50% das 
gotas teriam diâmetro maior que o DMN e 50% (em número) que teriam diâmetro menor que 
o DMN, e a relação mais próxima de 1 com VMD, mostraria a homogeneidade das gotas, ou, 
o coeficiente de homogeneidade (CH). 
A Tabela 11 se encontram os resultados da análise de variância para a variável 
resposta amplitude relativa (AR). Observou-se que não houve interação significativa entre os 
tratamentos. 
 
Tabela 11. Resultados Análise de Variança para as médias amplitude relativa. 
** Significativo a um nível de 1% de probabilidade (p <0,01). * Significativa a um nível de 5% de 
probabilidade (0,01 = <p <0,05), ns= não significativo (p> = 0,05). 
 
Os valores acima, adimensionais, representaram os resultados da análise de variância 
da amplitude relativa frente aos tratamentos. Notou-se que não houve uma variação 
significativa entre os tratamentos. Mas Cunha et al. (2004) salientou que quanto maior os 
valores de amplitude relativa, maior seria a variação de tamanhos de gotas pulverizadas. 
Tratamentos Médias ( µm ) Coeficiente de Homogeneização 
Testemunha 598,44 c 0,406 c 
Agral 30 ml 629,029 c 0,397 c 
Agral 50 ml 806,001 a 0,534 a 
Aureo 100 ml 695,22 b 0,487 b 
Aureo 250 ml 755,62 a 0,580 a 
Loc 30 ml 637,18 c 0,479 b 
Loc 50 ml 603,49 c 0,481 b 
Loc 100 ml 573,54 c 0,486 b 
Loc 150 ml 627,87 c 0,498 b 
Cv (%) 8,47 8,73 
FV GL SQ QM F FC P 
Amplitude relativa 8 0,210 0,026 1,99 ns 2,31 0,08 
Resíduos 27 0,35 0,013 
39 
 
Tabela 12. Resultados das médias da amplitude relativa. 
Coeficiente de variação (%). S - Desvio padrão. Médias seguidas pela mesma letra na linha, não 
diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). Porém as que possuem duas letras diferentes, tem 
semelhanças com as anteriores ou posteriores, mas se diferem entre si no tratamento. 
 
Não houve variação significativa entre os tratamentos, indicando heterogeneidade. 
Segundo Cunha et al., (2004) a amplitude relativa determinaria a homogeneidade do espectro 
pulverizado e quanto maior esse valor, menor seria a homogeneidade desse espectro de 
gotas, o que não foi constatado nesse estudo. Porém os valores, Segundo Christofoletti 
(1999), os valores de DMV e AR devem ser analisados conjuntamente para caracterização da 
pulverização. 
 Nas Figuras de 17 a 24 foram dispostos os gráficos quantitativos e qualitativos para 
cada tratamento usado no experimento. As variáveis resposta como: a cobertura, a amplitude 
relativa, a densidade de gotas, o diâmetro médio volumétrico, o diâmetro mediano numérico 
e a taxa de aplicação. 
Na Figura 17, foram obtidos os valores consideráveis no ensaio para densidade de 
gotas entre os tratamentos. 
Antuniassi et al. (2004) disse que quanto menor o tamanho de gota produzida maior 
seria o percentual de cobertura sobre o alvo, e em função do maior número de gotas geradas, 
porém seria maior o risco de evaporação e deriva para fora do alvo. 
A porcentagem de cobertura em cartões de papel hidrossensível na parte superior 
do dossel das plantas (0,80m) foi significativamente maior que a 0,50m, atingindo 46,08% da 
área total. Já na axila da folha (0,50m), a cobertura porcentual foi de 30,65%, correspondendo 
a um valor de cobertura 33,50%, disse Schneider et al. (2013) em seu trabalho. 
 
Tratamentos Médias 
Testemunha 1,12 a 
Agral 30 ml 1,02 a 
Agral 50 ml 1,10 a 
Aureo 100 ml 0,95 a 
Aureo 250 ml 1,07a 
Loc 30 ml 0,94 a 
Loc 50 ml 0,88 a 
Loc 100 ml 0,95 a 
Loc 150 ml 1,00 a 
CV(%) 11,39 
 
40 
 
 
Figura 17. Comparação entre os tratamentos nos parâmetros cobertura e taxa de aplicação. 
 
 Em seu trabalho, Mota (2011) afirmou que, por cálculos, a cobertura poderia ser 
melhorada com o aumento do volume de calda por unidade de área (taxa de aplicação). E 
que quanto maior fosse a taxa aplicação, maior seria a quantidade de gotas produzidas por 
centímetro quadrado. 
 
 
Figura 18. Comparação entre os tratamentos nos parâmetros densidade de gotas e taxa de cobertura. 
 
Porém, ele disse que diminuiria a eficiência operacional das aplicações. Por isso 
procura-se a redução nos volumes de aplicação com a finalidade de diminuir os custos de 
aplicação. Logo, volumes de calda muito baixos, exigiria o uso de gotas pequenas para que 
seja mantido o nível de cobertura. Esse trabalho utilizou a taxa de cobertura de 120 L ha-1 
tendo a dose de Agral com melhor resposta de cobertura e em densidade de gotas. 
Na Figura 19, comparou-se a cobertura pelo diâmetro médio volumétrico entre os 
tratamentos. 
0
2040
60
80
100
120
140
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
25,00
(L
 h
a
-1
)
(%
)
Cobertura (%) Taxa de aplicação (L ha-1)
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
25,00
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
(%
)
(g
o
ta
s
 c
m
-2
)
 ( gotas cm-²) Cobertura (%)
41 
 
 
Figura 19. Comparação entre os tratamentos nos parâmetros DMV e taxa de cobertura. 
 
O produto alternativo (L.O.C), mostrou que manteve uma boa produção do diâmetro 
médio volumétrico de gotas que ficou entre 386 a 524 ɥm e junto a isso, também manteve um 
percentual considerável de taxa de cobertura, variando entre 21,10 a algo próximo de 21,93 
%. O Agral, na dose de 50 ml, teve o maior DMV acompanhado do bom percentual de 
cobertura de 23,95%. 
Na Figura 20, estão os valores que foram obtidos no experimento para amplitude 
relativa. Cunha et al (2004) afirmou que a amplitude relativa determina a homogeneidade do 
espectro de gotas e que, quanto maior fosse o seu valor, menor seria a homogeneidade do 
espectro de gotas pulverizado e decresceria a qualidade da aplicação. Porém, a amplitude 
relativa e DMV devem ser analisados simultaneamente para caracterizar a qualidade da 
pulverização, afirmou Antuniassi e Baio (2008). 
 
Figura 20. Comparação entre os tratamentos na relação amplitude relativa e DMV. 
 
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
25,00
0
100
200
300
400
500
600
(%
)
(ɥ
m
)
DMV (µm) Cobertura (%)
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
0
100
200
300
400
500
600
(µ
m
)
DMV (µm) Amplitude relativa
42 
 
 Assim comparando a amplitude relativa entre os tratamentos, a testemunha mostrou-
se ser pior em qualidade de aplicação. O produto alternativo (L.O.C) e o Aureo teve percentual 
entre 0,950 a 1,07 de espectro de gotas caracterizado ao longo de sua aplicação. 
Os resultados obtidos no experimento para a densidade de gotas, de acordo com a 
Figura 21, apresentam-se os valores de densidade de gotas de acordo com os tratamentos 
. 
 
Figura 21. Comparação entre os tratamentos nos parâmetros taxa de aplicação e densidade de gotas. 
 
O produto alternativo portou-se de forma inesperada, surpreendendo mantendo uma 
boa densidade de gotas com valores entre 136 a 189 gotas cm-2 frente aos produtos 
comerciais. O Agral foi o que melhor respondeu em densidade de gotas, seguido do Aureo na 
sua maior concentração e o Agral, também na sua menor concentração. 
Os resultados obtidos no experimento para o diâmetro médio volumétrico (DMV), de 
acordo com a Figura 22, apresentam-se os valores de DMV de acordo com os tratamentos 
com os adjuvantes testados. Em seu trabalho, Braun et al (2014), encontrou para taxa de 
aplicação de 170 L ha-1, e DMV entre 0,600 µm e 0,900 µm, o que diferenciou muito desse 
trabalho que se manteve dentro do recomendado pela a ANDEF que seria de 20 a 100 gotas 
cm-². 
 
0
20
40
60
80
100
120
140
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
(L
 h
a
-1
)
(g
o
ta
s
 c
m
-2
)
 ( gotas cm-²) Taxa de aplicação (L ha-1)
43 
 
 
Figura 22. Comparação entre os tratamentos nos parâmetros DMV e taxa de aplicação. 
 
 Logo para a taxa de aplicação de 120 L ha-1, o produto alternativo mostrou-se valores 
consideráveis de DMV nas suas respectivas concentrações, com valores que variaram entre 
de 386 a 430 ɥm. A maior dose de Agral foi a que respondeu melhor em DMV entre os 
tratamentos, seguido do Aureo na sua maior dose. Os resultados obtidos no experimento para 
o diâmetro mediano numérico (DMN), de acordo com a Figura 22, apresentam-se os seus 
valores encontrados de acordo com os tratamentos. Em seu trabalho, Braun et al. (2014), 
encontrou para taxa de aplicação de 170 L ha-1, DMV entre 86 µm e 233 µm, o que não 
diferenciou muito desse trabalho 
 Antuniassi e Baio (2008) afirmaram que um parâmetro para classificação do espectro 
de gotas seria o diâmetro mediano numérico (DMN), caracterizado pelo diâmetro que divide 
o número de gotas pulverizado em partes iguais, em que metade do espectro pulverizado 
seria de gotas menores e a outra parte seria as gotas maiores. 
 
Figura 23. Comparação entre os tratamentos nos parâmetros DMN e taxa de aplicação. 
0
20
40
60
80
100
120
140
0
100
200
300
400
500
600
DMV (µm) Taxa de aplicação (L ha-1)
0
20
40
60
80
100
120
140
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
900,00
(L
 h
a
-1
)
(µ
m
)
DMN (µm) Taxa de aplicação (L ha-1)
44 
 
 
Ainda, eles analisaram a relação entre o DMV/DMN em que seria possível ter um 
parâmetro sobre a homogeneidade do espectro de gotas: coeficiente de homogeneidade 
(CH). Na Figura 24, observou-se a relação entre o diâmetro médio volumétrico e o diâmetro 
mediano numérico entre os tratamentos. 
 
 
Figura 24. Comparação entre os tratamentos frente a relação DMV/DMN ou coeficiente de 
homogeneidade (CH). 
 
Logo quanto mais próximo de 1 mais homogêneo seria o espectro. Isso se deve porque 
o DMV poderia ser influenciado por gotas maiores (maior volume) e o DMN seria influenciado 
por gotas menores (maior número). Neste caso, houve homogeneidade dos espectros de 
gotas para todos os tratamentos com valores entre 0,727a 0,997. O Agral, na sua melhor dose 
teve melhor resposta, seguido do Agral na sua maior dose. O produto alternativo, manteve 
valores consideráveis para esse parâmetro em relação às suas doses em questão. 
 
0,000
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
0,600
0,700
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
(µ
m
)
DMV (µm) DMN (µm) (CH)
45 
 
5. CONCLUSÕES 
 
O produto alternativo, em alguns parâmetros, apontou respostas surpreendente em 
algumas de suas doses com relação a qualidade de gotas. 
O Aureo na sua maior concentração, falando em deposição de gotas entre os 
comerciais, foi o tratamento que deu a melhor resposta frente aos demais, com o melhor valor 
de coeficiente de homogeneização (CH). 
Para futuros trabalho, sugiro um olhar mais atencioso para o produto alternativo, visto 
que ele obteve algumas características interessantes neste experimento, pois há relatos de 
que alguns produtores estariam aplicando-os junto com os defensivos agrícolas e obtendo 
boas respostas em produtividade por hectare. Isso infere que devemos olhar suas 
propriedades químicas, físicas no âmbito agronômico. 
 
46 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ANDEF (2010). Associação Nacional de Defesa Vegetal. Manual de Tecnologia de 
Aplicação de Produtos Fitossanitários. 2010. 
 
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Fundo, v. 15, p. 17-22, 2006 
 
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ROMAN, E. S. Manual de manejo e controle de plantas daninhas. Passo Fundo, Embrapa 
Trigo, 2008. p. 174-175. 
 
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Cultivos Ltda. Bula. Disponível em: < https://www.syngenta.com.br/product/crop-
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Disponível em: <https://www.agro.bayer.com.br/produtos/aureo>. Acessado em 22 de 
novembro de 2017. 
 
AZEVEDO, L. A. S. Proteção integrada de plantas com fungicidas. Campinas, SP: Emopi 
Gráfica, 2001. 230 p. 
 
BALBINO, L. C. et al. Evolução tecnológica e arranjos produtivos de sistemas 
de Integração lavoura-pecuária-floresta no Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira. 
Brasília, v.46, n.10, p.i-xii.2011. 
 
BALBINO, L.C.; BARCELLOS, A. O. de; STONE, L. F. Marco referencial: integração lavoura-
pecuária-floresta (ILPF). Brasília, DF: Embrapa, 2011. 130p 
 
BALEOTTI, Luiz. Tecnologia de aplicação. Revista Alcoolbrás, 2008. Disponível em: 
<http://www.editoravalete.com.br/site_alcoolbras/edicoes/ed_117/mc_1.html>. Acesso em: 
22

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