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Exercícios de fixação de conteúdo 2

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Exercícios de fixação de conteúdo 2 
 
1. A matéria orgânica do solo é um atributo decisivo na definição da 
qualidade do solo, e é justamente na superfície do solo onde se concentra 
a maior quantidade da matéria orgânica, sendo que a superfície do solo 
está mais exposta à ação antrópica, ou seja, devido a essa ação, 
aceleram-se os processos de intemperismo. E essa matéria orgânica 
pode ser definida por todo material orgânico, vegetal e/ou animal, sendo 
estes, fragmentados em resíduos, biomassa microbiana, compostos 
solúveis e a matéria orgânica ligada aos argilominerais, onde baseia-se 
em um sistema muito complexo onde se encontra resíduos das plantas e 
animais em diversos graus de decomposição. Nas análises de solo o 
Engenheiro Agrônomo ou profissional da área fica atento com o valor do 
pH e com os teores de macro e micronutrientes, e as vezes não dá a 
devida atenção para a incorporação de matéria orgânica, que em solos 
tropicais contém em média 1 a 2%. Visto que ter conhecimento destes 
fatos é essencial para a conservação ambiental, pois, a matéria orgânica 
da superfície do solo é responsável pela maior parte da emissão e captura 
dos gases de efeito estufa, sendo fundamental também, no controle da 
erosão, na infiltração da água no solo e na conservação e disponibilização 
de nutrientes para as plantas. A função mais importante da matéria 
orgânica do solo é incorporar e estocar nitrogênio e outros nutrientes 
necessários para o desenvolvimento das plantas, além da formação de 
agregados estáveis que evita a erosão dos solos e proteção da superfície 
do solo favorecendo a retenção de água, reduzindo a compactação do 
solo pela mobilização excessiva de máquinas e animais e facilitando a 
infiltração de água, mantença das amplas funções biológicas como a 
imobilização e liberação de nutriente, oferta de sítios de troca catiônica e 
estocagem de carbono terrestre. Além de que realizando a adubação 
orgânica aumenta a matéria orgânica do solo, aumenta a atividade 
biológica, realiza a ação condicionadora no solo, fornece maior 
quantidade de nutrientes, possibilita produção orgânica e possui menor 
custo que a adubação química. 
 
2. A matéria orgânica do solo consiste em resíduos de planta e de 
animais em fases de decomposição. Os níveis adequados são benéficos 
ao solo de varias formas, por exemplo: melhoram as condições físicas do 
solo, aumentam a infiltração da água, melhoram o solo para o preparo, 
diminuem as perdas por erosão, fornecem nutrientes para as plantas, 
liberam lentamente fósforo, nitrogênio, enxofre e água, solubilizam 
nutrientes nos solos minerais, reduzem a toxidez de pesticidas e outras 
substancias, melhoram a capacidade tampão do solo, exercem 
promotores de crescimento, aumentam a CTC, e a maioria dos benefícios 
ocorrem em função dos produtos liberados a medida que ao resíduos 
orgânicos são decompostos no solo. Exemplos de matéria orgânica são 
as plantas leguminosas como o adubo verde, feijão, leucena, soja entre 
outras, e alguns resíduos agroindústrias. A quantidade utilizada deve ser 
de acordo com a equivalência dos nutrientes retirados pela cultura, 
considerando a produtividade e a eficiência relativa de cada nutriente, 
para melhorar sua fertilidade e aumentar a biodiversidade de 
microrganismos úteis que agem na solubilização de fertilizantes diversos 
de maneira a liberar nutrientes para as plantas, aumento na quantidade 
de microrganismos que auxiliam no controle de nematoides, que são 
pragas que atacam as raízes das plantas. Porem existem também 
desvantagens na adubação orgânica, como por exemplo o desbalanço de 
nutrientes, pois na maioria das vezes a quantidade de nutrientes 
existentes nas fontes orgânicas não estão de acordo com a necessidade 
das culturas. A variabilidade no teor de nutrientes devido a diversidade de 
fontes e a variação na produção dessas, por exemplo, no caso de dejetos 
de animais, a alimentação, a categoria animal e até mesmo o 
armazenamento, não é possível ter certeza da sua composição, assim, 
seria necessária uma análise de cada material, a cada aplicação, 
infelizmente, essas analises não são corriqueiras e elevam o custo de 
produção, por isso, se utilizam tabelas com a composição media. Além da 
dificuldade de aplicação, pois a aplicação de resíduos líquidos, como por 
exemplo dejetos, exige equipamentos especiais, enquanto que uma 
distribuição uniforme de um material solido, como um composto é 
complicada de ser realizada. E também existes desvantagens em relação 
a má aplicação de fertilizantes orgânicos onde podem introduzir ou 
aumentar o número de microrganismos de solo nocivos às plantas, ou 
introduzir sementes de plantas daninhas, resíduos como compostos de 
lixo urbano e lodo de esgoto tratado não monitorados, podem acarretar 
danos com a introdução de metais pesados ao solo e microrganismos 
patogênicos ao homem. 
 
3. A) Plantas que possuem relação C/N como a crotalária passam 
pelo processo de mineralização de forma rápida, esta libera 
principalmente K, porem ela demora certo tempo para se decompor, por 
isso deve-se implantá-la antes no solo para que se tenha equilíbrio na 
época de plantio. O adubo verde para a rúcula seria importante, pois ela 
exige um elevado teor de K, porem o tipo de solo e sua qualidade química 
deve ser levado em consideração, caso seja baixo os teores de nutrientes, 
haverá necessidade de uma fertilização maior, pois o adubo verde não 
conseguiria supri-la . 
 
B) Dependerá do período da morte da crotalária e a implantação da 
próxima cultura pois se o solo não tiver os teores de nutrientes ideais para 
suprir a exigência da planta, a adubação de NPK não será suficiente para 
repor estas exigências. Para a cultura do milho seria recomendando fazer 
a adubação antes para acelerar o processo de mineralização, para que 
haja maior quantidade de nitrogênio e potássio. Outro fator que pode 
interferir é na elevada acidez do solo, devendo ser controlado, pois a 
decomposição da crotalária pode auxiliar nesse problema. 
 
4. O adubo orgânico de origem animal mais conhecido é o esterco, que é 
formado por excrementos sólidos e líquidos dos animais, como o de bovinos 
ou galinhas o qual pode estar misturado com restos vegetais, sua 
composição é muito variada, e são bons fornecedores de matéria orgânica e 
nutrientes, o fósforo e o potássio são de fácil disposição e o nitrogênio fica na 
dependência do sistema de manejo adotado. Porém os estercos não curtidos 
ou frescos podem conter microrganismos causadores de doenças 
transmissíveis para o homem, na forma in natura, não devem ser utilizados 
na agricultura, pois podem contaminar as plantas e o solo, além de provocar 
a morte das plantas. O esterco fresco deve ser curtido antes de ser utilizado 
na agricultura e esse processo nada mais é que o envelhecimento do esterco 
sob condições naturais, não controladas, ou por meio da fermentação 
controlada sob a forma de compostagens, leva em torno de 90 dias para que 
fique pronto para o uso, dependendo das condições ambientais, o esterco 
curtido é uma massa escura com aspecto gorduroso, odor agradável e sem 
nenhum mau cheiro. 
 
5. O fósforo lábil é representado pelo conjunto de compostos capazes 
de repor rapidamente a solução do solo, quando ele é absorvido por 
plantas ou por microrganismos e variam em função do grau de 
intemperização do solo, da mineralogia, do teor de matéria orgânica, das 
características físico-químicas, da atividade biológica e da vegetação 
predominante. O fósforo não lábil representa as formas de fósforo 
precipitados, solos ricos em Al e Fe, ou absorvidos no solo com elevada 
energia, solos argilosos, a fixação do fosfato pelo solo é um fenômeno 
universal de elevada importância agrícola, pois se por um lado ele impede 
a perda do nutriente por lixiviação, por outro ele compete com a planta na 
aquisição do mesmo. Para queo P associado à matéria orgânica do solo 
seja aproveitado pelas plantas, é preciso que haja a conversão do P 
orgânico a inorgânico, via mineralização, cujas reações em solo são 
mediadas por enzimas denominadas fitases e fosfatases. No solo o P 
pode ser imobilizado, quando se encontra na forma orgânica não 
assimilável pelas plantas; tornando-se disponível para a planta pela 
mineralização da matéria orgânica; ou adsorvido que é a fração de fósforo 
presa ao complexo coloidal do solo tornando-se disponível através de 
trocas com as raízes; e assimilável é a parte que se encontra diluída na 
solução do solo sendo facilmente absorvido pelas plantas. 
 
6. O fósforo desempenha papel importante no crescimento do sistema 
radicular, como também no perfilhamento das gramíneas, com isso, é 
fundamental para o aumento da produtividade das forrageiras, este 
participa na absorção, assimilação e translocação de nitrogênio nas 
plantas, pois podem ser restringidas pela deficiência de fósforo. Não 
podendo esquecer que este nutriente é essencial no valor nutritivo, como 
também na nutrição das forrageiras, sua deficiência causa decréscimo na 
produção de biomassa da gramínea forrageira, normalmente, levando à 
degradação da pastagem. Os solos da região de cerrado apresentam, na 
grande maioria, elevada acidez, alta saturação em Al e Fe trocáveis, 
associados à baixa concentração de nutrientes, principalmente fósforo 
disponível, Ca e Mg. Com base na análise de solo e a necessidade da 
espécie forrageira é recomendando a correção do solo com calagem e se 
caso necessário a gessagem, e com base na análise a indicação de uma 
adubação recomendada, outras medidas podem ser tomadas como a 
fonte de fósforo aplicado nas proximidades das sementes ou mudas, 
adubação diferenciada entre gramíneas e leguminosas, uma vez que o 
fósforo pode ser considerado o nutriente mais limitante para as 
leguminosas, uma vez que são capazes de incorporar nitrogênio no solo, 
quando em consórcio, é recomendada a utilização de 2/3 do fósforo para 
a leguminosa e 1/3 para a gramínea, pode-se substituir parte das 
tradicionais fontes solúveis, como superfosfato simples, por fosfato de 
rocha, desde que se elevem as quantidades a serem aplicados em no 
mínimo 1/3 em relação a fontes prontamente solúveis, os fosfatos de 
rocha devem ser incorporados ao solo com antecedência, 
preferencialmente antes da calagem, pois solubilizam mais rapidamente 
quando em solos ácidos. Além das fontes solúveis e dos fosfatos naturais, 
encontram-se no mercado fontes parcialmente solúveis, cuja origem 
mineralógica lhes confere melhor reatividade no solo, outras alternativas 
seriam o termofosfato magnesiano e o multifosfato magnesiano, ambas 
fontes que dispõem de macro e micronutrientes agregados. 
 
 
7. É o processo por meio do qual o nitrogênio presente na atmosfera 
é convertido em formas que podem ser utilizadas pelas plantas. A reação 
é catalisada pela enzima nitrogenase, que é encontrada em todas as 
bactérias fixadoras. Em termos de agricultura, a simbiose entre as 
bactérias fixadoras de nitrogênio (denominadas rizóbios) e leguminosas 
(família de plantas à qual pertence à soja, o feijão, a ervilha, entre outras) 
é a mais importante. Para maximizar e melhorar essas práticas é 
recomendando fazer a rotação de cultura com o uso de leguminosas, 
como por exemplo o amendoim, a soja, o feijão entre outras e o uso de 
plantas de cobertura ou adubos verdes, com a utilização da crotalária, 
onde irá melhorar a fixação de nitrogênio no solo. 
 
8. Mineralização é o processo biológico onde uma substância orgânica, 
como por exemplo restos vegetais e animais é convertida em uma substância 
inorgânica disponível para a planta. Imobilização é o processo inverso da 
mineralização, ou seja, um processo onde a biomassa microbiana retém 
substâncias químicas complexa do solo para si, ficando temporariamente 
indisponível para as plantas. Desnitrificação é o processo de redução 
respiratória do nitrato ou nitrito para as formas gasosas de NO, N2O ou N2, 
acoplada à fosforilação durante o transporte de elétrons, isto é que na 
ausência de oxigênio para a respiração aeróbia normal, os microrganismos 
utilizam o nitrato como aceptor terminal de elétrons, o que é denominado de 
respiração anaeróbia. Nitrificação é um processo de oxidação do amônio, 
amônia, em termos de substrato, para nitrito e, subsequentemente, para 
nitrato NO3- realizado por microrganismos quimioautotróficos, que obtêm o 
C do CO2 e a energia da oxidação química para a síntese de seus 
constituintes celulares, o NH4+ é utilizado como doador de elétrons e o O2 
como aceptor de elétrons. Volatilização é a perda do nutriente pelo ar ou por 
evaporação, por exemplo quando fertilizantes nitrogenados, sulfato de 
amônio, nitrato de amônio, são aplicados na superfície de solos que tem 
características alcalinas, ou então receberam calcário recentemente, nestas 
condições ocorre a perda de nitrogênio como gás (NH3). Lixiviação é um 
processo de deslocamento de minerais presentes na superfície do solo, 
sendo estes transportados para camadas mais profundas da terra, devido a 
passagem da água. Fixação de nitrogênio é o processo de conversão do 
nitrogênio presente na atmosfera em formas orgânicas e inorgânicas, em 
solos. Essa fixação ocorre devido a presença de organismos presentes no 
solo, que produzem esses compostos e disponibilizam para as planas, tais 
microrganismos podem ser de vida livre ou depender de plantas para 
coexistirem. 
 
9. O potássio, quando presente na solução do solo, movimenta-se 
verticalmente, principalmente, por fluxo de massa e pode ser perdido por 
lixiviação, ou seja, transportado para profundidades além daquelas 
ocupadas pelas raízes. A perda por lixiviação depende de condições 
como a quantidade de água, dose do elemento aplicado, textura do solo 
e CTC do solo, mostrando a importância da escolha da fonte e do manejo 
a ser aplicado no solo. Para evitar a perda por lixiviação, é recomendado 
o uso de fontes menos solúveis, realizar a adubação com fertilizantes 
potássicos de forma parcelada para evitar a lixiviação e 
consequentemente uma erosão, fazer a correção do solo de forma que 
reduza a concentração de Al3+ nas cargas dos coloides do solo para que 
essas cargas fiquem disponíveis para o K+, e aumentar o uso de matéria 
orgânica no sistema para que ocorra a retenção do mesmo e também de 
outros nutrientes moveis no solo nessa mesma situação. 
 
 
10. 
 
 
Tal
hã
o 
Prof. pH Argil
a 
P K Ca Mg Al H+Al S.B. T t V M 
 m g/kg mg/dm3 c cmolc/dm3 % 
1 0-
0,2 
4.8 220 4 19,1 0,8 0,3 0,6 2,5 1,149 3,649 1,749 31,49 
 
34,30 
 
0,2-
0,4 
4.5 155 2 14,3 
 
0,4 0,2 0,8 2,8 
 
0,637 
 
3,437 
 
 1,437 
 
18,53 
 
55,67 
2 0-
0,2 
5.4 250 13 56,0 2,0 0,9 0,1 2,1 3,043 5,143 3,143 59,1 3,18 
 
0,2-
0,4 
4.8 265 11 45,0 
 
1,3 0,3 0,3 2,5 
 
1,715 
 
4,215 
 
2,015 
 
40,6 
 
14,8 
 
 
 
Talhão 1 
1 cmolc – 391 mg 
 X 19,1 mg K 
 0,049 cmolc de K 
 
SB = Ca + Mg + K + Na 
SB = 0,8 + 0,3 + 0,049 + 0 
SB = 1,149 cmolc/dm3 
 
1 cmolc – 391 mg 
 X 14,3 mg K 
 0,037 cmolc de K 
 
SB = Ca + Mg + K + Na 
SB = 0,4 + 0,2 + 0,037 + 0 
SB = 0,637 cmolc/dm3 
 
 
 
CTC = SB + (H + AL) 
CTC = 1,149 + 2,5 
CTC = 3,649 cmolc/dm3 
 
CTC = SB + (H + AL) 
CTC = 0,637 + 2,8 
CTC = 3,437 cmolc/dm3 
 
CTCe = SB + AL 
CTCe = 1,149 + 0,6 
CTCe = 1,749 cmolc/dm3 
 
CTCe = SB + AL 
CTCe = 0,637 + 0,8 
CTCe = 1,437 cmolc/dm3 
 
VC (%) = SB/CTC *100 
VC (%) = 1,149/3,649 *100 
VC (%) = 31,49 % 
 
VC (%) = SB/CTC *100 
VC (%) = 0,637/3,437 *100 
VC (%) = 18,53 % 
 
M (%) = S(AL)/CTCe *100 
M (%) = 0,6/1,749 *100 
M (%) = 34,30 % 
 
M (%) = S(AL)/CTCe *100 
M (%) = 0,8/1,437 *100 
M (%) = 55,67 % 
 
Talhão 2 
1 cmolc – 391 mg 
 X 56 Mg de K 
0,143 cmolc/dm3 
 
1 cmolc – 391 mg 
 X 45 Mg de K 
0,115cmolc/dm3 
 
SB = Ca + Mg + K + Na 
SB = 2 + 0,9 + 0,143 + 0 
SB = 3,043 cmolc/dm3 
 
SB = Ca + Mg + K + Na 
SB = 1,3 + 0,3 + 0,115 + 0 
SB = 1,715 cmolc/dm3 
 
CTC = SB + (H + AL) 
CTC = 3,043 + 2,1 
CTC = 5,143 cmolc/dm3 
 
CTC = SB + (H + AL) 
CTC = 1,715 + 2,5 
CTC = 4,215 cmolc/dm3 
 
CTCe = SB + AL 
CTCe = 3,043 + 0,1 
CTCe = 3,143 cmolc/dm3 
 
CTCe = SB + AL 
CTCe = 1,715 + 0,3 
CTCe = 2,015 cmolc/dm3 
 
VC (%) = SB/CTC *100 
VC (%) = 3,043/5,143 *100 
VC (%) = 59,1 % 
 
VC (%) = SB/CTC *100 
VC (%) = 1,715/4,215 *100 
VC (%) = 40,6 % 
 
M (%) = S(AL)/CTCe *100 
M (%) = 0,1/3,143 *100 
M (%) = 3,18 % 
 
M (%) = S(AL)/CTCe *100 
M (%) = 0,3/2,015 *100 
M (%) = 14,8 %

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