Buscar

trabalho pitiose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Nome: Matheus Bastos de Mello Pereiro - 201901332446
Turma: 4012
Micologia Veterinária
Professora Simone Rocha
Universidade Estácio De Sá
Unidade Vargem pequena
Imunoterapia na Pitiose
 A pitiose é uma enfermidade Crônica e cosmopolita piogranulomatosa do tecido subcutâneo, causada pelo Pythium insidiosum, um microorganismo aquático que se assemelha morfologicamente aos fungos, e que acomete várias espécies de animais, inclusive humanos, sendo mais frequentes em equinos.
 
 O cavalo (animal mais afetado pela pitiose) tem grande importância econômica e social, sendo imprescindível na lida diária com o gado e no transporte das boiadas, além de ser um importante meio de locomoção para populações interioranas. Os relatos sobre “feridas incuráveis” que afetavam frequentemente os equinos no Pantanal são antigos; inicialmente tratados como uma enfermidade parasitária denominada habronemose cutânea. O principal objetivo do desenvolvimento da imunoterapia para a pitiose foi o de gerar uma estratégia alternativa para o seu controle, eliminando as graves sequelas do tratamento cirúrgico e agregando valor ao animal afetado evitando sequelas cirúrgicas e o óbito.
 Atualmente, técnicas sorológicas e moleculares foram desenvolvidas, objetivando suporte ao diagnóstico precoce e correto, incrementando o sucesso terapêutico. Diversos protocolos de tratamento têm sido utilizados, com resultados variáveis, incluindo protocolos exclusivamente clínicos, cirúrgicos ou associação de ambos, que foi apontada como o procedimento mais indicado. Mesmo assim, há limitações relacionadas à impossibilidade de excisar toda área afetada devido ao envolvimento de estruturas anatômicas profundas que precisam ser preservadas, além da necessidade de monitoramento pós-operatório incluindo curativos e aplicações diárias de medicamentos. Nessas condições, a imunoterapia representa uma opção promissora para o tratamento da doença e justifica estudos mais aprofundados para confirmar o seu potencial já que apresenta um método menos invasivo e com maior eficácia caso a doença seja diagnostica brevemente.
 A patogenia e a resposta imunológica ao P. insidiosum ainda são pouco conhecidas. O caráter progressivo da doença em equinos imunocompetentes sugere uma resposta imunológica inadequada ou um bloqueio na resposta imunológica. Acredita-se que mesmo sendo antigênicas, as hifas não são completamente reconhecidas pelo hospedeiro, devido à marcante reação inflamatória. No início da infecção, o P. insidiosum liberaria antígenos solúveis que estimulariam a produção de IgE. Essas imunoglobulinas se ligariam à superfície das hifas e ativariam os mastócitos, que liberariam seus fatores quimiotáxicos para atrair eosinófilos para o sítio da infecção. Os eosinófilos se ligariam na porção Fc das IgE na superfície das hifas e eventualmente degranulariam, protegendo a hifa do sistema imune, havendo evidencias da presença de antígenos solúveis dispersos na lesão e não apenas nos interior dos “kunkers”.
 As explicações para a cura induzida pela imunoterapia são apenas teóricas, baseadas nas características clínicas, histopatológicas e sorológicas da infecção e seu tratamento. Acredita-se que os antígenos citoplasmáticos expostos ao sistema imune via vacinação originariam uma resposta humoral e celular capaz de combater a infecção natural. propôs dois modelos para explicar a ação dos anticorpos. O primeiro seria através de um mecanismo de citotoxicidade dependente de anticorpo e mediado por células, que envolveria linfócitos, macrófagos e talvez eosinófilos ligados a anticorpos, sobretudo IgG. O segundo modelo proposto envolveria anticorpos e o sistema complemento. Os anticorpos específicos estimulados pela vacina ativariam o sistema complemento, danificando a parede celular e promovendo a lise do agente.
 Acredita-se que os mecanismos envolvidos na cura pela imunoterapia, baseiam-se principalmente na resposta celular. Isto é sustentado pelas alterações teciduais após início da imunoterapia, com mudança de inflamação eosinofilia no início para uma resposta mononuclear, mediada por macrófagos e linfócitos T. Os antígenos presentes no imunógeno induziriam esta alteração no padrão inflamatório, culminando com a cura dos animais. 
 Desde o ano 2000, o Laboratório de Pesquisas Micológicas da Universidade Federal de Santa Maria [LAPEMI] vem produzindo um imunoterápico contra a pitiose em equinos, desenvolvido em conjunto com a Embrapa Pantanal. O pitium VAC como é denominado tem auxiliado produtores rurais a lidarem com a pitiose, principalmente no pantanal brasileiro, área onde a doença é mais recorrente. Apresentado como uma alternativa imunoterapica mais barata e simples comparada a métodos cirúrgicos e mais invasivos, com isso gerado um fator econômico importante em pequenas propriedades.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000400029
http://www.ufrgs.br/actavet/39-1/PUB%20955.pdf
file:///C:/Users/mathe/Downloads/6090-19063-2-PB.pdf
https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/1259/pitium-vac-vacina-contra-pitiose-equina
https://pitiose.com.br/

Outros materiais