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Histologia Vegetal

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HISTOLOGIA VEGETAL 
Prof. Arsênio Rodrigues Oliveira 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• INTRODUÇÃO 
– Entendemos por tecidos os grupos de células 
igualmente especializadas, de mesma origem 
embrionária e que realizam funções 
determinadas, no corpo vegetal. 
 
– Nas plantas, a distinção anatômica de tecidos é 
muito menos nítida do que nos animais. 
 
– A especialização é menos nítida e poucos são os 
tecidos que apresentam uma estrutura bem 
característica. Na maioria das vezes, o mesmo 
tecido exerce várias funções. 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• INTRODUÇÃO 
– De modo geral, vamos dividir os tecidos 
vegetais em dois grupos: 
 
• Tecidos meristemáticos ou meristemas; 
 
• Tecidos adultos ou permanentes. 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Tecidos meristemáticos ou meristemas: 
 
• Os meristemas são também chamados tecidos 
embrionários. 
 
• As células meristemáticas dividem-se continuamente 
por mitose e são pequenas 
 
• Os vacúolos são pequenos ou ausentes. 
 
• Das divisões e especializações das células 
meristemáticas, originam-se os tecidos adultos. 
 
• Quanto à origem, podemos reconhecer dois tipos de 
meristemas: primários e secundários. 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas primários: 
 
• Os meristemas primários são aqueles cujas 
células derivam diretamente do embrião. 
• Típicos são os meristemas encontrados nos 
ápices do caule e da raiz, formando os pontos 
vegetativos. 
• As células componentes do ponto vegetativo 
radicular dividem-se, formando três zonas 
meristemáticas primárias 
 
 
Meristema Primário 
Responsável pelo crescimento longitudinal da planta. Suas 
células originam-se a partir do embrião. São encontrados 
nas partes em que ocorre crescimento: região apical da 
raiz e do caule, gemas apicais e gemas laterais. À medida 
que as células do meristema primário se proliferam, dão 
origem a epiderme (função de revestimento), ao córtex 
(acumula reservas) e ao cilindro central (vasos 
condutores). Na raiz, além dessas três variedades citadas, 
forma-se também o caliptogênio, que dará origem a coifa, 
estrutura rígida que protege a ponta da raiz. 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas primários: 
 
• Dermatogênio ou protoderme – responsável 
pela formação da epiderme. 
 
• Periblema ou meristema fundamental – 
responsável pela formação da casca ou córtex, 
cujo limite é feito pelo endoderma. 
 
• Pleroma ou procâmbio – responsável pela 
formação do cilindro vascular. 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas primários: 
– Raiz: 
 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas primários: 
– Caule: 
 
 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas secundários: 
 
• Já os meristemas secundários são aqueles que se 
originam por desdiferenciação de células adultas, 
 
• As células produzidas por esses meristemas são 
enviadas lateralmente, razão pela qual são também 
chamadas meristemas laterais. 
 
• São responsáveis pelo crescimento secundário em 
espessura que observamos no caule e na raiz das 
dicotiledôneas, gimnospermas e algumas 
monocotiledôneas, entre elas os gêneros Dracaena e 
Yucca 
Meristemas Secundários 
Responsável pelo crescimento em 
espessura, é dividido em dois tipos: o 
felogênio e o câmbio. 
Felogênio – produz o súber ou cortiça (tecido 
morto com função de proteção) e o 
feloderma, tecido vivo com função de 
preenchimento. 
Câmbio – forma-se por diferenciação de 
células do cilindro central. Essas células se 
proliferam, dando origem aos vasos 
condutores de seiva: os lenhosos e os 
liberianos. 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas secundários: 
 
• Dentre os meristemas secundários, podemos 
citar: 
 
– Felogênio: surge na região da casca do caule e da 
raiz, 
 
– Câmbio: surge na região do cilindro central do caule 
e da raiz, 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas secundários: 
 
 
 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Meristemas secundários: 
 
 
 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Tecidos adultos ou permanentes: 
• Originam-se a partir dos meristemas primários 
e secundários 
• Apresentam células especializadas que 
perderam em grau maior ou menor a 
capacidade de divisão celular. 
• Realizam funções determinadas dentro do 
corpo vegetal. 
• Presença de espaços intercelulares, 
relacionados com a circulação de gases, por 
difusão. 
HISTOLOGIA VEGETAL 
• Tecidos adultos ou permanentes: 
• São classificados, de acordo com sua função, 
em: 
 
– I. Parênquima: tecido fundamental do corpo vegetal 
 
– II. Tecidos de proteção: • Epiderme 
 • Súber ou Cortiça 
 
– III. Tecidos de Sustentação Mecânica: 
 • Colênquima 
 • Esclerênquima 
 
– IV. Tecidos de Condução (vasculares): 
 • Lenho ou xilema 
 • Líber ou floema 
 
 
I. Parênquima 
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I. Parênquima: 
• É um tecido formado por células vivas, 
pouco especializadas, 
• As células geralmente são poliédricas 
(parenquimáticas), mas podem aparecer 
alongadas ou mesmo estreladas. 
• Pode ser tecido primário ou secundário, 
realizando várias funções, como: 
fotossíntese, reserva, origem de estruturas 
adventícias, secreção e excreção. 
• Ocorre na casca e medula do caule e raiz, 
forma os raios medulares, mesófilos das 
folhas. 
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I. Parênquima: 
• Existem vários tipos de parênquima: 
– Parênquima clorofiliano (assimilador ou 
clorênquima) encarrega-se da realização da 
fotossíntese, uma vez que suas células são 
dotadas de cloroplastos. 
 
 
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HISTOLOGIA VEGETAL 
I. Parênquima: 
• Parênquima lacunoso 
– Encontrado, geralmente, acima da epiderme 
inferior, formado por células arredondadas ou 
irregulares, deixando grandes lacunas entre elas. 
 
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HISTOLOGIA VEGETAL 
I. Parênquima: 
• Parênquima de reserva 
– Relacionado com a reserva de várias substâncias: 
amido, água, ar, caroteno, sacarose, licopeno, 
taninos etc. 
 
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I. Parênquima: 
• Parênquima aqüífero 
– Relacionado com o acúmulo de água, é 
encontrado principalmente em plantas de regiões 
secas. 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
I. Parênquima: 
• Parênquima aerífero ou aerênquima 
– Relacionado com o acúmulo de ar, é encontrado 
em plantas aquáticas. 
Acúmulo de água (plantas xerófitas) 
Bolsa de ar 
Bolsa de ar 
Flutuação em plantas 
aquáticas 
AERÍFERO 
 
amilífero 
Bolsa de ar 
Armazenamento 
 de amido 
II. Tecidos de proteção 
HISTOLOGIA VEGETAL 
II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• As células da epiderme são vivas, desprovidas de 
cloroplastos, justapostas e geralmente constituindo 
uma única camada de células. 
• A epiderme é um tecido originado do dermatogênio, 
envolvendo externamente todos os órgãos vegetais. 
• Pode ser considerada um tecido geral para as plantas 
que vivem no meio aéreo 
• Funções importantes para a planta: 
– proteção contra transpiração e ferimentos; 
– absorção; 
– trocas gasosas; 
– secreção e excreção. 
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II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
a) cutícula 
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II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
a) Cutícula: camada de lipídeos, com função 
impermeabilizadora, evitando a desidratação da 
planta. 
HISTOLOGIA VEGETAL 
II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
b) pêlos: quando presentes nas folhas, protegem contra a 
perda de água. Nas raízes, são encontrados os pêlos 
absorventes, com função de absorver do solo água e 
sais minerais. 
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HISTOLOGIA VEGETAL 
II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
c) Papilas: São elevações cônicas localizadas 
principalmente na epiderme de certas flores 
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II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
d) Acúleos: projeções pontiagudas e resistentes,com 
função de proteção. São comuns em roseiras e 
facilmente confundidos com espinhos. 
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II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
e) escamas 
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II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
f) Estômatos: presentes nas folhas, em caules jovens, e 
em algumas flores. Formado por duas células, com 
um orifício regulável entre elas, o qual controla as 
trocas respiratórias e a saída de água na forma de 
vapor, possibilitando a respiração e a fotossíntese. 
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II. Tecidos de proteção: 
– Epiderme: 
• anexos: 
f) estômatos 
Tecidos de revestimento 
Tecido originado da protoderme (meristema 
primário), que envolve externamente as raízes, os 
caules, as folhas, as flores, os frutos e as sementes. 
Uma camada de células geralmente 
 
 Função: revestimento, diminuição da transpiração 
 e proteção. 
TECIDOS DE REVESTIMENTO 
Anexos Epidérmicos 
 
-Cutícula. 
-Pelos. 
-Acúleos. 
-Papilas. 
-Estômato 
 
Cutícula 
(Com cutina) 
impermeabilização 
Tecidos de revestimento 
• , 
Anexos da Epiderme 
ANEXOS DA EPIDERME 
 
ANEXOS DA EPIDERME 
VELUDO 
 
ANEXOS DA EPIDERME 
 
Os estômatos possibilitam as trocas gasosas 
(Respiração,Fotossíntese) 
e a Transpiração. 
 
 
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II. Tecidos de proteção: 
– Súber: 
• É um tecido formado por células mortas, 
caracterizadas pela suberificação de suas 
paredes celulares, geralmente com formas 
prismáticas. 
• As células são justapostas, sem deixar 
espaços intercelulares. 
• O súber é um tecido de proteção que 
substitui a epiderme no caule e na raiz. 
• Protege contra ferimentos, perda de água 
por transpiração e, também, contra variação 
de temperatura 
 
 
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II. Tecidos de proteção: 
– Súber: 
 
 
ANEXOS DO SÚBER 
As lenticelas realizam 
as trocas gasosas e a 
transpiração. 
LENTICELAS EM CAULE DE 
ACEROLA 
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II. Tecidos de proteção: 
– Felogênio: 
 
 
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II. Tecidos de proteção: 
– Periderme: 
 
 
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II. Tecidos de proteção: 
– Ritidoma: descamação periódica 
 
 
Súber ou cortiça é um tecido morto devido à 
intensa impregnação de suberina (substância 
impermeabilizante) nas células. 
TECIDOS DE REVESTIMENTO 
Ritidoma(sai casca) 
III. Tecidos de Sustentação 
Mecânica 
HISTOLOGIA VEGETAL 
III. Tecidos de sustentação mecânica: 
 Colênquima: 
 
• Tecido relacionado com a sustentação mecânica dos 
vegetais. 
• Aparece nas paredes vegetais que ainda manifestam 
crescimento. 
• É capaz de acompanhar o crescimento do corpo vegetal 
• Suas células são vivas, apresentando as paredes celulares 
parcialmente reforçadas, em geral, nos ângulos das 
células. 
• O espessamento é dado por celulose e substâncias 
pécticas, nunca ocorrendo lignina. 
• Encontra-se colênquima nos caules jovens (verdes), no 
pecíolo e nas nervuras mais desenvolvidas das folhas 
• Normalmente, não é encontrado em raízes 
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 Colênquima: 
 
 
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 Esclerênquima: 
 
• As células do esclerênquima são mortas, devido à 
intensa lignificação que ocorre em suas membranas. 
 
• Este tecido também realiza a sustentação mecânica 
dos vegetais. 
 
• O esclerênquima ocorre em órgãos vegetais, 
principalmente nas regiões que atingiram a 
maturidade completa. 
 
• Pode aparecer formando um verdadeiro tecido ou em 
células esparsas entre as células de outros tecidos. 
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 Esclerênquima: 
 Podem ocorrer duas formas de células: 
• Esclereídos 
– Apresentam geralmente formas poliédricas, mas 
podem ser alongadas ou ramificadas 
– Ocorrem em frutos como a pêra, 
– Formam regiões pedradas da banana-maçã e o 
caroço de frutos como pêssego, azeitona etc. 
• Fibras esclerenquimáticas 
– células fusiformes (alongadas) ricas em lignina. 
 
 
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 Esclerênquima: 
 
 
IV. Tecidos de Condução 
Tecidos de Condução 
Presentes nas plantas vasculares ou traqueófitas. É o 
tecido que se encarrega de transportar pelo corpo do 
vegetal todas as substâncias necessárias à vida dos 
mesmos. Apresentam dois tipos: 
 Lenho ou xilema – responsável por transportar água e 
sais minerais, absorvidos do solo, e transportar essas 
substâncias inorgânicas até as folhas, onde são 
utilizados no processo da fotossíntese. 
 Líber ou floema – responsável pelo transporte da seiva 
orgânica ou elaborada para todas as partes do corpo do 
vegetal. 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Lenho ou Xilema: 
• É um tecido complexo formado por vários tipos de células 
relacionadas com a condução de seiva bruta, suporte 
mecânico e armazenamento de substâncias de reserva. 
 
Principais características dos vasos lenhosos ou xilema: 
 Formados por células mortas, impregnadas de lignina. O 
material que forma a célula, ao se decompor, deixa canais através 
dos quais uma célula se comunica com a outra, recebendo o nome 
de traquéias ou elementos dos vasos. 
 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Elementos dos vasos e traqueídes 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Parênquima lenhoso 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Elementos mecânicos 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Líber ou Floema: 
• O floema relaciona-se com a condução da 
seiva elaborada, reserva e também suporte 
mecânico. 
 
• As células se mantêm vivas, mas são 
anucleadas; as paredes celulósicas são 
primárias. 
 
Tecidos de Condução 
Principais características dos vasos liberianos ou 
floema: 
 Formados por células vivas, que contêm aberturas 
em formas de canais. Esses canais sofrem interrupções 
de espaço em espaço, por uma fina membrana em 
posição transversal aos canais. Essa membrana 
apresenta perfurações denominadas crivos ou placas 
crivadas. A seiva elaborada escoa pelos canais 
atravessando as placas crivadas, e é distribuída por 
toda a planta. 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Vasos liberianos ou crivados: 
 
HISTOLOGIA VEGETAL 
IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Parênquima liberiano: 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Elementos mecânicos: 
 
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IV. Tecidos de condução 
(vasculares): 
– Células anexas: 
Sistema Secretores 
• Vasos resiníferos : cicatrização e 
impermeabilizantes. 
• Vasos lactíferos : cicatrização, antibióticos 
e impermeabilizantes. 
• Pêlos secretores : defesa ou digestão de 
pequenas presas. 
• Nectários : recompensam agentes 
polinizadores. 
• Glândulas odoríferas : atração 
 
Atração de polinizadores 
 Látex 
 (Cicatrização) 
 Resina 
(Proteção e cicatrização) 
 
 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/de/Retirada_de_resina_do_pinus_270506_1.JPG
(Enzimas Digestivas) 
 Gutação

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