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ASPP-PARASITOLOGIA-TRAB

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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA – SESST 
FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO – FIS 
CURSO BACHARELADO EM NUTRIÇÃO – 3° PERIODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNA: NATÁLIA DA COSTA SOUSA. 
PROFESSOR: DR. FRANCISCO G. DE CARVALHO NETO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA: ANISAQUÍASE 
PARASITOSE EMERGENTE CAUSADA POR ANISAKIS SPP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA TALHADA 
2020. 
 
 
O QUE É E O QUE A TORNA EMERGENTE? 
Anisaquíase é uma infecção causada por larvas de vermes do gênero Anisakis. 
É um gênero de parasitas nemátodes cujo ciclo de vida afeta peixes e mamíferos marinhos, produzindo 
lesões no seu tubo digestivo. Anisakis são prejudiciais para os seres humanos através do consumo de 
peixe infestado que pode produzir uma reação anafilática, causada pela produção do 
anticorpo Imunoglobulina E (IgE). 
 
 
 
 
 
 
A mesma é considerada uma parasitose emergente devido as alterações ecológicas resultantes do 
desenvolvimento económico e humano, alteração dos comportamentos nas viagens, comércio, alteração 
e internacionalização dos hábitos de consumo alimentar, levam a que anisaquíase seja considerada 
uma zoonose emergente. 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nematoda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADfero_marinho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_digestivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anafilaxia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina_E
 
CICLO DE VIDA: 
 
 
As espécies de Anisakis têm um complexo ciclo de vida que as conduz através de vários hospedeiros ao 
longo da sua vida. Os ovos, depois de embrionar, eclodem na água do mar e as larvas encontram-se em 
estado livre. Os crustáceos alimentam-se das larvas que passam a ser do estágio L3. 
Estes crustáceos infetados sendo hospedeiros intermediários são devorados 
por peixes ou cefalópodes (lula, polvo). 
O nemátodo fica alojado nas paredes dos intestinos desse hospedeiro paratênico, que significa 
hospedeiro de transporte , assim o nemátodo não amadurece e se protege com uma camada. O 
hospedeiro paratênico pode ser ingerido pelo hospedeiro definitivo ou por outros peixes, os quais 
passarão a ser hospedeiros paratênicos também. 
Normalmente encontra-se no interior das vísceras, embora ocasionalmente possa estar em outras 
partes como o músculo ou debaixo da pele. 
O ciclo de vida fica completo quando um mamífero marinho se alimenta de um animal infectado. O 
nemátodo fica alojado no intestino do seu terceiro hospedeiro, se alimenta, e muda duas vezes mais se 
transformando em adulto que copula e desova, assim soltando os ovos na água do mar através 
das fezes do mamífero do qual parasita. 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS: São nematóides dos gêneros Anisakis spp., Belanisakis spp., 
Phocanema spp., Porrocaecum spp., Paradujardinia spp., Pseudoterranova spp., Cloeoascaris spp.,, 
Phocascaris spp., e Contracaecum spp. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eclos%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_do_mar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crust%C3%A1ceo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Larva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cefal%C3%B3pode
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polvo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Parat%C3%A9nico&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Parat%C3%A9nico&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADsceras
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADfero_marinho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adulto
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3pula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fezes
 
 
Os hospedeiros definitivos do A. simplex são mamíferos marinhos, como golfinhos e baleias. 
Eles carregam em seus intestinos anisaquídeos adultos que eliminam ovos não embrionados 
juntamente com as fezes na água, onde se desenvolvem. 
As larvas L2 saem dos ovos e são ingeridas por crustáceos convertendo-se em larvas L3, que é o estágio 
infectante para o homem. Pescados e lulas alimentam-se de crustáceos infectados e estes podem ser 
ingeridos pelo homem que é um hospedeiro acidental. 
 
 
DOENÇA NO HOMEM: 
O início dos sintomas ocorre 1 hora após o consumo do pescado infectado até 1 ou 2 semanas depois. 
Essa patologia se apresenta em variados quadros sendo: 
 
ANISAQUÍASE GÁSTRICA: 
Aproximadamente 90% dos casos apresentam uma lesão localizada no estômago. Os sintomas 
predominantes na infecção aguda são náuseas, vômitos e dor epigástrica severa. Alguns pacientes 
podem apresentar manifestações alérgicas, denominada de anisaquíase gastroalérgica. 
 
ANISAQUÍASE INTESTINAL: 
3% das anisaquíases podem afetar o intestino delgado. A dor abdominal localizada no quadrante 
inferior direito é um sintoma predominante e a febre pode estar presente em alguns casos. Quando o 
processo apresenta curso crônico, a formação de abscessos ou granulomas pode simular quadros de 
apendicite aguda, episódios de enfermidade inflamatória intestinal ou obstrução do intestinal. 
 
ANISAQUÍASE EXTRA-INTESTINAL: 
ocorre quando a larva atravessa a parede do trato digestório, alcançando a cavidade abdominal e 
migrando para diferentes localizações. As larvas podem também permanecer nas cavidades do 
estômago e do intestino, sem penetrar nos tecidos, originando uma infecção que é muitas vezes 
assintomática, geralmente são causados por Phocanema spp. Estas infecções são descobertas pela 
expulsão de larvas vivas mediante a tosse, vômito ou defecação. 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
Para o diagnóstico, o mais importante é considerar os sinais clínicos e o índice de suspeita. Caso haja 
expulsão da larva pelo vômito ou tosse, o exame morfológico do parasita poderá identificar o Anisakis 
spp. A endoscopia gastrointestinal superior revela o dano na mucosa e a presença do parasita. A 
biopsia da mucosa comprometida pode revelar as larvas em relação ao infiltrado eosinofílico. Em casos 
de quadro obstrutivo do intestino delgado a cirurgia com ressecção do segmento afetado pode 
demonstrar restos de larvas. 
As provas sorológicas recomendadas são o ELISA, imunoeletroforese (IEF) e o Western blotting. 
 
TRATAMENTO: 
Larvas fixadas na parede gástrica visualizada em exame endoscópico são removidas de imediato. 
Pacientes submetidos à cirurgia abdominal, por suspeita de tumor do estômago ou intestino até mesmo 
de apendicite aguda terão a remoção das massas pseudo-tumorais, dos granulomas reacionais ou das 
áreas de abscessos. A remoção física do parasita é o único método conhecido para reduzir a dor e 
eliminar a causa. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
O crescimento exponencial dos restaurantes orientais nas últimas décadas no Brasil e o hábito cada 
vez maior de se consumirem peixes e frutos do mar crus ou mal cozidos fizeram com que surgissem 
parasitoses desconhecidas anteriormente pelos médicos brasileiros. Entre elas a Anisaquiose se 
destaca. 
Já descrita em diversas regiões do mundo, a Anisaquiose é mais comum no Japão e na Europa 
provavelmente devido à ingestão frequente de peixe cru. vários trabalhos nacionais já documentaram a 
presença do Anisakis sp em peixes da costa brasileira. Há descrição do parasita em várias espécies de 
peixes e outros frutos do mar como: Salmão, bacalhau, arenque, atum, hadoque, linguado, sardinha, 
pescada a cavala, bonito, tamboril, verdinho e lula. 
Segundo relatos epidemiológicos até o ano de 2010, o Japão apresentou 2000 casos relatados por ano. 
Na Europa foram notificados 50 casos por ano, e esse número vem aumentando. 
Já no Brasil vários trabalhos comprovam a existência desteparasita em peixes nos Estados de São 
Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
https://www.scielo.br/anisakidae parasites of cusk-eel, genypterus brasiliensis regan, 1903 
purchased in the Rio de Janeiro state, Brazil and of interest in public health 
http://comum.rcaap.pt/ 
www.portalped.com.br 
https://acervodigital.ufpr.br/: acervo digital - UFPR (GOBELET; SAENZ, 2010). 
acervo digital - UFPR (SANCHEZ ET AL, 2009). 
 
https://www.scielo.br/
http://comum.rcaap.pt/
https://acervodigital.ufpr.br/

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