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1 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 1 ESCOAMENTOS SOB PRESSÃO EM REGIME VARIÁVEL Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 2 Escoamentos permanentes - numa determinada secção, as condições de pressão e velocidade não variam com o tempo. Escoamentos não permanentes - são caraterizados pela existência de alterações nas condições de escoamento ao longo do tempo. Escoamentos uniformes - são aqueles em que a velocidade média numa determinada conduta permanece inalterada ao longo de toda a sua extensão. Escoamentos não uniformes ou variados - são aqueles em que a velocidade média varia ao longo da conduta. 1 2 2 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 3 Os termos “choque hidráulico”, “golpe de aríete” ou “escoamento em regime variável sob pressão”, são usados como sinónimos para descrever escoamentos não permanentes de fluidos em condutas sob pressão. O fenómeno de “rotura da veia líquida” traduz uma situação de escoamento numa tubagem em que, devido à redução de pressão até à tensão de vapor do líquido, ocorre o aparecimento de gás e/ou vapor numa secção duma tubagem, ocupando parcial ou totalmente a secção de escoamento. Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 4 Causa da ocorrência de regimes variáveis Alterações do caudal escoado e, consequentemente, da velocidade. Causas mais comuns Manobra de uma válvula (abertura ou fecho); Paragem, arranque ou mudança de rotação de uma bomba. Consequências A modificação temporal da velocidade numa secção é acompanhada de uma variação de pressão, tanto maior quanto mais rápida e maior for a variação da velocidade. 3 4 3 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 5 Descrição física do fenómeno Válvula h phr L Qo, A, Vo R Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 6 Hipóteses fundamentais consideradas o escoamento é estudado como sendo unidirecional e as distribuições da pressão e da velocidade são uniformes em cada instante e em todas as secções da conduta. Considera-se que os coeficientes corretivos, de Coriolis e Boussinesq, são iguais à unidade, ou seja, = 1 e = 1; o fluído é considerado homogéneo e monofásico durante o regime transitório; as caraterísticas de compressibilidade do fluído podem ser expressas por um só parâmetro - o coeficiente de compressibilidade volumétrica; as perdas de carga são, em cada instante, as que se verificam num escoamento uniforme tangente e permanente; 5 6 4 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 7 Hipóteses fundamentais consideradas a variação da massa específica do fluído com as coordenadas x e t podem ser desprezadas quando comparadas com as variações dos valores de outras grandezas; imobilidade do eixo da conduta; a conduta tem um comportamento elástico, caracterizado pelo seu módulo de elasticidade e pelo seu coeficiente de Poisson, sendo contudo pouco deformável; em cada troço elementar, a conduta é considerada uniforme e são desprezáveis as suas forças de inércia. Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 8 Equações dos regimes variáveis sob pressão 0 x V a x p V t p :decontinuida da Equação 0 D 2 VV f+sen g x p 1 x V V t V :dinâmica da Equação 2 7 8 5 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 9 Metodologia simplificada de Joukowsky-Allievi-Michaud Pressupostos a conduta é uniforme e é alimentada por um reservatório de nível constante; a perda de carga por atrito é desprezável; a manobra é instantânea ou é realizada de modo a que a variação de velocidade seja linear. Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 10 g VVa g ΔVa γ Δp 0 Metodologia simplificada de Joukowsky-Allievi-Michaud Tempo de fase: Manobra rápida: Manobra lenta: aL 2Tf aL 2Ta aL 2Ta Fórmula de Allievi: Fórmula de Michaud: a 0 a Tg VV2L Tg V2L γ Δp 9 10 6 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 11 Celeridade – velocidade de propagação das ondas e D E 1 ρ Ee D 1 ρ 1 a – massa específica do líquido em kg/m3 ( 1000 kg/m3); – módulo de elasticidade volumétrica do líquido em N/m2=Pa ( 1.96 GPa); E – módulo de elasticidade do material da conduta em N/m2=Pa; D – diâmetro interior da conduta expresso na mesma unidade da espessura (mm por exemplo); e – espessura das paredes da conduta expressa na mesma unidade do diâmetro; a – celeridade ou velocidade de propagação da onda em m/s. Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 12 Material E (109 N/m2=GPa) Aço 210 Ferro fundido dúctil 170 Fibrocimento 23 PVC 3.1 PEAD 1.5 Valores do módulo de elasticidade de alguns materiais 11 12 7 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 13 Valores de L He Valores de C Valores de L (m) Valores de K < 0.2 1.0 < 200 2.00 0.3 0.5 500 1,75 = 0.40 0.0 500 < L < 1500 1.50 L 1500 1.25 > 0.50 γ Δp em toda a conduta é dado por Joukowsky- Allievi L 1500 1.00 Cálculo do valor de Ta Adução por bombeamento - Método de Mendiluce Rosich e a Hg VLK C=T Valores dos parâmetros C e K de Mendiluce Rosich Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 14 Impulsão curta (manobra lenta) R1 R0 p/ = +2.L.V/g.Ta p/ = -2.L.V/g.Ta LP envolvente máxima LP envolvente mínima LP estática L < a.Ta/2 13 14 8 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 15 Impulsão longa (manobra rápida) R0 R1 p/ = +a.V/g p/ = -a.V/g LP estática LP envolvente máxima LP envolvente mínima Lcrit = a.Ta/2 L > a.Ta/2 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 16 Dispositivos para proteção ao “Choque Hidráulico” Volante de Inércia Acoplado às Bombas Volante de Inércia Motor Bomba 15 16 9 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 17 Dispositivos para proteção ao “Choque Hidráulico” Chaminé de Equilíbrio H H1 H2 Nível mínimo atingido na chaminé após a paragem do grupo Nível máximo atingido na chaminé após a paragem do grupo Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 18 Dispositivos para proteção ao “Choque Hidráulico” Reservatório de Ar Comprimido (RAC) i) Sem pressão ii) Com gás à pressão de funcionamento iii) A entrar líquido no balão vi) Mínima pressãov) A descarregar líquidoiv) Máxima pressão 17 18 10 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 19 Dispositivos para proteção ao “Choque Hidráulico” Válvulas de Retenção D n Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 20 Dispositivos para proteção ao “ChoqueHidráulico” Válvulas de Segurança ou Alívio 19 20 11 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 21 Dispositivos para proteção ao “Choque Hidráulico” Bombas Reversíveis A funcionar como bomba A funcionar como turbina Motor Bomba Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 22 Dispositivos para proteção ao “Choque Hidráulico” By-Pass By - Pass Bomba Válvula de retenção 21 22 12 Joaquim Sousa – jjoseng@isec.pt IS E C / D E C - H id rá ul ic a A pl ic ad a I (2 02 0/ 21 ) 23 23
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