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Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Aula 07 Curso: Contabilidade p/ TCE MG Professor: Feliphe Araújo C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 2 de 117 www.exponencialconcursos.com.br 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 – Patrimônio Líquido ......................................................................... 4 2.1 – Capital Social ......................................................................................................................... 5 2.1.1 – Ações .............................................................................................................................. 8 2.1.2 – Gastos na Emissão de Ações .......................................................................................... 9 2.1.3 – Adiantamento para Aumento de Capital Social ........................................................... 10 2.2 – Reserva de Capital ............................................................................................................... 11 2.2.1 – Ágio na Emissão de Ações ............................................................................................ 12 2.2.2 – Alienação de Partes Beneficiárias ................................................................................ 15 2.2.3 – Alienação de Bônus de Subscrição ............................................................................... 16 2.3 – Ajuste de Avaliação Patrimonial .......................................................................................... 17 2.4 – Reserva de Reavaliação (extinta) ........................................................................................ 19 2.5 – Ações em Tesouraria ........................................................................................................... 20 2.6 – Reserva de Lucros ................................................................................................................ 23 2.6.1 – Reserva Legal ................................................................................................................ 25 2.6.2 – Reservas Estatutárias ................................................................................................... 31 2.6.3 – Reserva para Contingências ......................................................................................... 31 2.6.4 – Reserva de Incentivos Fiscais ....................................................................................... 33 2.6.5 – Reserva de Lucros a Realizar ........................................................................................ 36 2.6.6 – Reserva Especial p/ Dividendo Obrigatório Não Distribuídos ...................................... 38 2.6.7 – Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures ........................................... 38 2.6.8 – Reserva de Retenção de Lucro ..................................................................................... 39 2.7 – Lucros ou Prejuízos Acumulados ......................................................................................... 39 3 – Resumo da Aula ........................................................................... 41 4 – Questões comentadas .................................................................. 49 5 – Lista de exercícios ....................................................................... 98 6 - GABARITO .................................................................................. 117 7 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................. 117 Aula 07 – Patrimônio líquido: capital social, adiantamentos para aumento de capital, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria, prejuízos acumulados, reservas de capital e de lucros, cálculos, constituição, utilização, reversão, registros contábeis e formas de evidenciação. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 3 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Olá queridos alunos, tudo bem? Sejam bem-vindos à aula 07. Hoje, vamos concluir nosso estudo sobre o Balanço Patrimonial, abordando o Patrimônio Líquido. Segue uma frase que sintetiza o seu caminho rumo a aprovação: “A persistência é o caminho do êxito”. (Charles Chaplin). Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Um forte abraço, Feliphe Araújo. 1 - INTRODUÇÃO C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 4 de 117 www.exponencialconcursos.com.br O Patrimônio Líquido, também conhecido como Capital Próprio, corresponde a recursos originários dos sócios e os rendimentos auferidos pela empresa. Somente constitui obrigação exigível da empresa em caso de extinção da mesma ou retirada do sócio. De acordo com a Lei das S/A, o patrimônio líquido é dividido em: Capital Social (-) Ações em Tesouraria + ou (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Reservas de Capital (-) Prejuízos Acumulados Vamos praticar! (CESPE/Contador - MPOG/2015) O patrimônio líquido das sociedades anônimas de capital aberto divide-se em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e lucros ou prejuízos acumulados. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: Lei nº 6.404/76, art. 178: III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Portanto, o erro está na expressão “lucros”. A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL. Com o objetivo de evitar a retenção injustificada de lucros, que devem ser destinados à formação de reservas e à distribuição de dividendos, a Lei eliminou do balanço das S/A a conta lucros acumulados. Todavia, essa conta não deixou de existir. A conta lucros acumulados ou com designação semelhante, de uso temporário, continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros.2 – Patrimônio Líquido C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 5 de 117 www.exponencialconcursos.com.br A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados não pode apresentar saldo credor (lucros acumulados) no balanço. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços de exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Gabarito: Errado. O Capital Social é a conta do Patrimônio Líquido formado pelas ações (se for sociedade anônima) ou quotas (se for sociedade por quotas de responsabilidade limitada) subscritas por proprietários ou acionistas para a constituição da sociedade. O Capital Social também é chamado Capital Social Subscrito ou Capital Contábil. Resumidamente, o Capital Social é o montante bruto registrado no contrato social ou estatuto de constituição da empresa. Porém, nem sempre os sócios integralizam de imediato todos os recursos que foram acordados para serem entregues no contrato de constituição da empresa. Por isso, a conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. (Art. 182, Lei 6.404/76) Assim, o Capital Social é dividido em duas partes: 1) Capital a Realizar (ou a Integralizar ou Não Realizado): corresponde as ações subscritas que ainda não foram integralizadas pelos acionistas, ou seja, são os valores que ainda não foram entregues pelos sócios ou proprietários. 2) Capital Realizado (ou Integralizado): corresponde as ações subscritas e realizadas pelos acionistas, ou seja, é o montante líquido entregue pelos proprietários ou sócios para iniciar as atividades de uma empresa. Caros alunos e alunas, não deixem a banca confundir vocês. Não existe a conta “Capital Integralizado”. O valor do Capital Integralizado é resultado da diferença entre o Capital Social Subscrito e a conta retificadora, com saldo devedor, “Capital a Integralizar”. Capital Realizado = Capital Social - Capital a Integralizar. No balanço patrimonial, a representação será a seguinte: Patrimônio Líquido: Capital Social (-) Capital a Realizar 2.1 – Capital Social C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 6 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Nas provas, se a questão mencionar apenas “Capital Social”, sem qualquer indicação de capital realizado ou a realizar, iremos assumir que o Capital Social foi totalmente integralizado pelos sócios. Segundo a Lei das S/A, o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto; II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. O capital social subscrito está definido em um documento, seja no contrato social (no caso da sociedade limitada) ou no estatuto social (quando sociedade anônima). Assim, a entidade que desejar aumentar o seu capital social, terá que proceder a alteração do contrato social ou do estatuto. Porém, existe uma exceção, o Capital Autorizado. Capital Autorizado é o valor previsto no Estatuto Social das empresas para aumento do capital social sem a necessidade de alteração estatutária. Assim, quando previsto, os sócios poderão subscrever capital até o limite do capital autorizado. Para qualquer valor acima desse, será necessário proceder à alteração estatutária da entidade. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 7 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Esquematização de alguns conceitos ligados ao capital: Exemplo: A sociedade Aprovados Ltda. é constituída com ações no montante de R$ 50.000,00, sendo depositados apenas R$ 10.000,00 pelos sócios para o início do negócio. Lançamento para registro dessa operação: D – Caixa (Ativo) .................................................... 10.000,00 D – Capital Social a Realizar (retificadora do PL) ......... 40.000,00 C – Capital Social (PL) ............................................. 50.000,00 (FCC/Analista - TRT 6ª/2012) A conta do Capital Social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: Exatamente, conforme artigo 182 da Lei nº 6.404/76: CAPITAL AUTORIZADO ▪ É o valor previsto no Estatuto Social das empresas para aumento do capital social sem a necessidade de alteração estatutária; CAPITAL SOCIAL (SUBSCRITO OU CONTÁBIL) ▪ É uma conta do PL formada por ações subscritas na constituição da sociedade ou por aumento do capital; ▪ A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada; CAPITAL A REALIZAR (A INTEGRALIZAR) ▪ É a parcela do capital social que os sócios ainda não realizaram; ▪ Capital a realizar = capital social - capital realizado; CAPITAL INTEGRALIZADO (REALIZADO) ▪ É a parcela do capital social que os sócios já integralizaram; ▪ Do capital social, no mínimo 10% deve ser realizado em dinheiro ou bens suscetíveis a avaliação em dinheiro; CAPITAL PRÓPRIO ▪ É sinônimo de patrimônio líquido; CAPITAL DE TERCEIROS (ALHEIO) ▪ É sinônimo de passivo exigível; C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 8 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Art. 182 A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. Lembrar que a dedução é feita mediante conta retificadora, denominada de Capital a Realizar. Gabarito: Certo. As ações são títulos representativos do capital social das sociedades anônimas. Dividem o capital social da companhia em partes iguais. Por isso, a soma do valor nominal de todas as ações deve corresponder ao valor total do Capital Social da companhia. As ações podem ser ordinárias ou preferenciais, sendo que cada espécie de ação concede aos acionistas direitos ou vantagens específicas.1. Ações ordinárias São ações que conferem aos seus titulares o direito de voto em Assembleia. Nas assembleias, são tomadas as decisões de maiores vultos da companhia, de acordo com a vontade da maioria. Apesar de, aparentemente, as decisões serem democráticas, na verdade o que se tem é que a “maioria” representa a “maioria do capital” e não “maioria dos acionistas”. Por isso, se apenas um acionista detiver 60% do capital social, a sua opinião sempre representará a maioria e, por isso, ele será considerado o controlador da companhia. As ações ordinárias também dão direito a uma parcela ideal sobre o patrimônio da entidade, bem como sobre os lucros auferidos, distribuídos na forma de dividendos. 2. Ações preferenciais São ações que conferem aos seus acionistas o direito a uma parcela ideal do patrimônio da entidade e dos lucros auferidos, distribuídos na forma de dividendos. No entanto, as ações preferenciais, ao contrário das ordinárias, em geral não dão direito a voto, mas em alguns casos, pode haver direito a voto, mas com restrições. Em compensação, têm a preferência na distribuição dos dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso do capital social. O artigo 15, parágrafo 2º, da Lei nº 6.404/76, estabelece que o número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrições no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas pela companhia. 2.1.1 – Ações C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 9 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não são mais contabilizados como despesas do período. Passam a ser tratados como redução do valor obtido do capital social. Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários - os custos de transação incorridos na emissão de ações deverão ser apresentados em conta redutora de patrimônio líquido (vinculada ao Capital Social). Contudo, se da emissão de ações decorrer o reconhecimento de ágio (ou prêmio, nos termos do CPC 08), o excedente de capital respectivo deverá ser utilizado para absorver os custos de transação vinculados à captação, até o limite do saldo do ágio. A conta redutora que registra os gastos na emissão de ações somente poderá ser absorvida por outras contas de reserva de capital ou para redução do capital social. Explicando melhor os conceitos do CPC 08 (R1): O Pronunciamento CPC 08 (R1) regula a contabilização e evidenciação dos custos de transação incorridos na distribuição primária de ações ou bônus de subscrição, na aquisição e alienação de ações próprias, na captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente referidos como títulos e valores mobiliários – TVM). Portanto, de acordo com o CPC 08 (R1), os custos de transação são gastos incorridos em várias operações. Por exemplo, os custos de transação podem ocorrer tanto na emissão de ações quanto na realização de operações financeiras passivas. Exemplos de custos de transação são: i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios; ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.); iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); iv) taxas e comissões; v) custos de transferência; vi) custos de registro etc. Os “gastos com emissão de ações” é a nomenclatura dada a conta que representa os custos de transação incorridos na emissão primária de ações. Exemplo: Emissão de ações com valor nominal de R$ 10.000,00, cuja captação de recursos provocou gastos de R$ 600,00. 2.1.2 – Gastos na Emissão de Ações C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 10 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Lançamento: D - Caixa (Ativo) .................................................................. 9.400,00 D - Gastos com emissão de ações (Retificadora do PL) ............... 600,00 C - Capital Social (PL) ......................................................... 10.000,00 O adiantamento para aumento de capital social já é autoexplicativo, pois significa o recurso recebido pela empresa de seus sócios ou acionistas para ser utilizado no aumento de capital social. Vamos exemplificar. Se a empresa recebe um adiantamento para aumento de capital social de determinada pessoa, com o objetivo de futuro ingresso na sociedade, o lançamento será: D - Bancos (Ativo) C - Adiantamento para aumento de capital (Passivo) ................ 100.000 Em regra, este é o lançamento. Classificamos no passivo, porque trata- se de uma obrigação da empresa perante a terceiros, uma vez que ainda não são integrantes do quadro societário. Neste momento, não está havendo integralização do capital, mas somente um adiantamento para uma futura entrada de sócio. Quando houver a formalização da entrada do sócio, o lançamento é: D - Adiantamento para aumento de capital (reduzindo o passivo) C - Capital social (patrimônio líquido) ................................... 100.000 Porém, quando não houver hipótese de restituição, esse adiantamento deverá ser classificado diretamente no patrimônio líquido. Contabilização desta hipótese: D - Bancos (Ativo) C - Adiantamento para aumento de capital (Patrimônio Líquido) ..... 100.000 Assim, você deve levar para a prova que: Adiantamento para aumento do capital social Regra Registra no Passivo Exigível; Exceção Quando não houver hipótese de restituição, registra diretamente no PL; 2.1.3 – Adiantamento para Aumento de Capital Social C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 11 de 117 www.exponencialconcursos.com.br As contas de reservas de capital registram os valores recebidos dos sócios ou de terceiros, que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido. De acordo com o artigo 182, § 1º, da Lei nº 6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias (Reserva de Ágio na Emissão das Ações). b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição (Reserva deAlienação de Bônus de Subscrição e Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias). Esquematizando: As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: De acordo com a Lei das S/A, as reservas de capital poderão ser utilizadas para, entre outras, resgate, reembolso ou compra de ações (de sua própria emissão). Quando uma empresa compra suas próprias ações, esta compra pode ser contabilizada de duas formas, a depender da intenção da entidade: Reservas de Capital Ágio na Emissão de Ações; Produto da alienação de partes beneficiárias; Produto da alienação de bônus de subscrição; As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros resgate, reembolso ou compra de ações resgate de partes beneficiárias incorporação ao capital social pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada 2.2 – Reserva de Capital C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 12 de 117 www.exponencialconcursos.com.br 1. Se a intenção da empresa é comprar as suas próprias ações para reduzir o capital, com a devolução dos recursos aos sócios, este fato reduz o valor do capital social. 2. Se a intenção da empresa é comprar as suas próprias ações e ficar na posse delas, ou seja, mantê-las em tesouraria, este fato deve ser registrado na conta ações em tesouraria, que é retificadora do PL. Assim, somente no caso em que houver a compra de ações da própria empresa para mantê-las em tesouraria, exemplo por meio das reservas de capital, é que as ações adquiridas serão registradas como ações em tesouraria. A compra das suas próprias ações pela empresa é a causa que pode gerar uma consequência ou não de registro na conta ações em tesouraria. Aproveito para trazer a diferença entre o conceito de resgate e reembolso: Resgate É o procedimento pelo qual a entidade retira, forçosa e definitivamente, o título do mercado, ressarcindo o titular. Do resgate de ações poderá resultar a redução do capital social da entidade, ou o recálculo do valor nominal das demais ações existentes em razão da exclusão das ações resgatadas pela companhia. Reembolso É o procedimento pelo qual a entidade reembolsa os acionistas, devolvendo-os os valores pagos, em razão de dissidência (discordância com os rumos tomados pela empresa) nos casos previstos na legislação societária. No reembolso as ações não são tiradas de circulação, podendo ser posteriormente revendidas pela sociedade a outros interessados. Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638/07 e 11.941/09), as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não serão mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência. Corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal das ações. 2.2.1 – Ágio na Emissão de Ações C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 13 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Em outras palavras, ágio na emissão de ações é a diferença positiva entre o valor pago na aquisição de uma ação e o seu valor patrimonial, que deverá ser contabilizada como reserva de capital. Exemplo 01: Foram emitidas 10.000 ações com o valor nominal de 1,00, adquiridas por 1,20 pelos acionistas (ágio de 0,20 por ação). Como fica o lançamento? Valor nominal total = 10.000 x 1,00 = R$ 10.000,00 Valor do ágio = 10.000 x 0,20 = R$ 2.000,00 Valor total recebido pela companhia = R$ 12.000,00 (10.000 x 1,20) Contabilização: D - Caixa ou Bancos conta movimento (Ativo) ......... 12.000,00 C - Reserva de Capital - Ágio de Ações (PL) .............. 2.000,00 C - Capital Social (PL) .......................................... 10.000,00 Professor, e quando a empresa emite ações com ágio, mas nessa operação ocorre gastos com custos de transação, como devemos contabilizar? Meus amigos, devemos lembrar do que já falamos no tópico de gastos na emissão de ações. Conforme vimos, se da emissão de ações decorrer o reconhecimento de ágio (ou prêmio, nos termos do CPC 08), o excedente de capital respectivo deverá ser utilizado para absorver os custos de transação vinculados à captação, até o limite do saldo do ágio. Vamos verificar este procedimento na prática por meio de exemplo. Exemplo 02: Foram emitidas 10.000 ações com o valor nominal de 1,00, adquiridas por 1,20 pelos acionistas (ágio de 0,20 por ação). Esta captação de recursos pela empresa provocou gastos de R$ 500,00. Como fica o lançamento? Valor nominal total = 10.000 x 1,00 = R$ 10.000,00 Valor do ágio = 10.000 x 0,20 = R$ 2.000,00 Valor total recebido pela empresa = 12.000,00 – 500,00 = R$ 11.500,00 Neste caso, os R$ 500,00 de custos da transação foram absorvidos pelo ágio de R$ 2.000,00. Com isso, a empresa só irá contabilizar como ágio na emissão de ações o valor de R$ 1.500,00 (2.000,00 – 500,00). Contabilização: D - Caixa ou Bancos conta movimento (Ativo) ......... 11.500,00 C - Reserva de Capital - Ágio de Ações (PL) .............. 1.500,00 C - Capital Social (PL) .......................................... 10.000,00 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 14 de 117 www.exponencialconcursos.com.br A conversão de debêntures ou partes beneficiárias em ações também são reservas de capital contabilizadas na conta Ágio na Emissão de Ações, quando a contribuição do subscritor ultrapassar o valor nominal das ações. Exemplo 03: Um credor tem debêntures a receber no valor de R$ 11.000,00 e aceita converter seu crédito em ações da companhia devedora, no valor nominal de R$ 10.000,00. Para a companhia, a conversão ocorre com ágio obtido de R$ 1.000,00, visto que o valor das ações transferidas é menor que a dívida quitada. Assim, o lançamento da conversão na companhia é: D – Debêntures a Pagar (diminui a obrigação) ............ 11.000,00 C – Capital Social (aumenta PL) ................................ 10.000,00 C – Reserva de Capital – Ágio na Emissão de Ações ...... 1.000,00 Meus alunos, não confundam o ágio na emissão de ações decorrente da conversão de debêntures em ações e o prêmio na emissão de debêntures. São coisas distintas. Enquanto o prêmio é reconhecido no momento da emissão das debêntures, decorrente do valor apurado além do nominal das debêntures, o ágio é contabilizado no momento da conversão das debêntures em ações, decorrente da contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal das ações. (ESAF/AFRF/2001) Na conversão de debêntures em ações, as parcelas que ultrapassem o valor nominal da ação deverão serregistradas como a) reserva de lucros que poderão amortizar prejuízos futuros ou ser distribuídas aos sócios no exercício social em que não forem apurados lucros b) reserva de lucros que poderá ser distribuída aos sócios, no próprio exercício c) reservas de capital d) reserva de lucros destinada, obrigatoriamente, a amortizar prejuízos e) receitas não-operacionais do exercício Resolução: A conversão de debêntures em ações é reserva de capital quando a parcela da subscrição ultrapassar o valor nominal das ações. Fonte legal: artigo 182, § 1º, da Lei nº 6.404/76. Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 15 de 117 www.exponencialconcursos.com.br a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias. Gabarito: Letra C. Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, emitidos por sociedades anônimas de capital fechado. Conferem aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais, que não pode ultrapassar 10%. Se houver lucro, os titulares de partes beneficiárias podem exigir participação nele. Caso contrário, nada têm a reclamar perante a sociedade. Por isso, são credores eventuais. As companhias abertas não podem emitir partes beneficiárias. As partes beneficiárias não se confundem com ações, pois não dão direito a voto nem a uma parcela ideal do patrimônio, sendo estranhas ao capital social. O produto da alienação de partes beneficiárias é reconhecido em contrapartida do patrimônio líquido, por meio da conta de Reserva de Capital – Alienação de Partes Beneficiárias. Notem que, apesar de estarmos diante de uma “alienação”, não há apropriação de receita. Só haverá lançamento se a alienação das partes beneficiárias for onerosa, registrando-se como reserva de capital todo o valor apurado. Se as alienações se derem a título gratuito, nenhum lançamento deverá ser efetuado. Exemplo: Na venda de partes beneficiárias no valor total de R$ 1.000,00, o lançamento é: D – Caixa ou Bancos conta movimento C – Reserva de Capital – alienação de partes beneficiárias ............. 1.000 O parágrafo único do artigo 200 da Lei nº 6.404/76 afirma que as reservas de capital decorrentes do produto de alienação de partes beneficiárias poderão ser utilizadas para o resgate destes títulos. O lançamento para resgate das partes beneficiárias com a utilização da reserva de capital delas decorrente é: D - Reserva de Capital – alienação de partes beneficiárias C – Caixa ou Bancos Conta Movimento ......................... 1.000 2.2.2 – Alienação de Partes Beneficiárias C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 16 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Ainda, o estatuto pode prever a conversão das partes beneficiárias em ações, utilizando a reserva criada para esse fim. Nesse caso, a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social será registrada como reserva de capital – ágio na emissão de ações, em virtude da conversão das partes beneficiárias. Bônus de subscrição é um título negociável que confere ao seu titular o direito de subscrever ações em futuros aumentos de capital, dentro do limite de capital autorizado. Ou seja, quando da emissão de ações no futuro, o titular do bônus de subscrição terá a preferência pela subscrição das novas ações emitidas. Observação: só pode emitir bônus de subscrição a companhia que tiver limite de capital autorizado disponível. Só haverá lançamento se a alienação dos bônus de subscrição for onerosa, registrando-se como reserva de capital todo o valor apurado. Se as alienações se derem a título gratuito, nenhum lançamento deverá ser efetuado. Exemplo: se uma empresa vende bônus de subscrição por R$ 2.000,00, o lançamento é: D – Caixa ou Banco Conta Movimento C – Reserva de Capital – alienação de bônus de subscrição (PL) .......... 2.000 (ESAF/AFC - CGU/2008) Julgue o item que se segue e marque, com V para verdadeiro e F para falso: IV. Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem o produto da alienação de partes beneficiarias e bônus de subscrição, o prêmio recebido na emissão de debêntures e as doações e as subvenções para investimento. Resolução: De acordo com artigo 182, § 1°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) Ágio na Emissão de Ações; b) Produto da alienação de partes beneficiárias; e c) Produto da alienação de bônus de subscrição. 2.2.3 – Alienação de Bônus de Subscrição C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 17 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Também se considera reserva de capital o lucro na alienação de ações em tesouraria. A partir de 01/01/2008, com a entrada em vigor da Lei 11.638/07, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não serão mais classificados como reservas de capital. Gabarito: Falso. A Lei das S/A em seu artigo 182, parágrafo 3º, diz o seguinte: § 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. Os ativos e passivos deverão ser avaliados a valor justo, sendo os aumentos e diminuições desta avaliação lançados em contrapartida da conta de ajuste de avaliação patrimonial, do Patrimônio Líquido. Isso acontece, por exemplo, no caso de investimentos disponíveis para venda e no caso de reorganização societária (fusão, cisão e incorporação de ativos e passivos). As receitas e despesas relacionadas à avaliação patrimonial só devem ser reconhecidas após a negociação dos ativos ou quitação dos passivos, pois, inicialmente, as variações constatadas no ajuste ao valor justo são reconhecidas diretamente no PL, na conta de ajuste de avaliação patrimonial. Exemplificando. A empresa Aprovados Ltda. adquire, em 01/06/2011, alguns instrumentos financeiros para investimento,no valor de R$ 25.000,00, e os classifica como disponíveis para a venda. Vamos supor que, em 31/12/2011, a empresa constata que o valor justo do seu investimento seja de R$ 28.000,00, sofrendo uma valorização de R$ 3.000,00, desde a sua aquisição em 01/06/2011. Desconsidere o valor dos juros ganhos no período. Como se trata de títulos classificados como disponíveis para a venda, a empresa precisará registrar esta valorização a contrapartida de ajustes de avaliação patrimonial, e o lançamento, portanto, ficaria assim: D - Investimentos – disponíveis para a venda (Ativo) C - Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) ................. 3.000,00 2.3 – Ajuste de Avaliação Patrimonial C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 18 de 117 www.exponencialconcursos.com.br A apropriação da receita decorrente da valorização do título só deverá ser reconhecida nos seguintes casos: 1) quando a empresa reclassifica o título de disponível para a venda para negociação imediata; ou 2) quando a empresa negocia o título no mercado, vendendo-o. Então, digamos que, em 05/01/2012, a empresa Aprovados Ltda. venda seu investimento pelo valor justo, ou seja, por R$ 28.000,00. A contabilização deste lançamento será a seguinte: em primeiro lugar, baixaremos a conta de instrumentos financeiros e reconheceremos o recebimento dos recursos pela venda, conforme abaixo: D - Bancos C - Investimentos – disponíveis para a venda ............... 28.000,00 Em seguida, deveremos reconhecer a receita decorrente do ganho com o ajuste a valor justo, em contrapartida da conta de PL “ajuste de avaliação patrimonial”, conforme lançamento: D - Ajustes de Avaliação Patrimonial C - Ganho na alienação de instrumentos financeiros (resultado) 3.000,00 Portanto, o valor que estava registrado em “Ajustes de Avaliação Patrimonial” foi reconhecido como receita no momento de realização do instrumento financeiro. Este mesmo lançamento de reconhecimento da receita deverá ser realizado quando a entidade apenas reclassificar o título de disponível para a venda para negociação imediata. É hora de praticar!!!!! (ESAF/AFC - CGU/2008) Julgue o item que se segue e marque, com V para verdadeiro e F para falso: V. Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. Resolução: Como visto na explicação da parte teórica, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado em decorrência da sua C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 19 de 117 www.exponencialconcursos.com.br avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Gabarito: Falso. A Lei 6.404/76, em seu artigo 8º, admitia a possibilidade, até 31/12/2007, de se avaliarem os ativos de uma companhia pelo seu valor de mercado (quando este era superior ao valor de custo do ativo), chamado isto de reavaliação. A contrapartida por esta reavaliação era a conta reserva de reavaliação, do Patrimônio Líquido. A reserva de reavaliação se aplicava apenas para o aumento de bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não realizada, a critério dos acionistas. O ativo permanente foi extinto pela Lei 11.941/09 e era formado pelos seguintes subgrupos: investimentos, imobilizado, intangível e diferido. O reconhecimento da reavaliação depende de um laudo técnico elaborado por três peritos ou empresa especializada, que deve ser aprovado pela Assembleia Geral do Acionistas. Só, então, poderiam ser procedidas as reavaliações e constituída a reserva de reavaliação. A Lei 11.638/07 extinguiu, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2008, a reserva de reavaliação e criou, em seu lugar, os ajustes de avaliação patrimonial. Frise-se que são conceitos diferentes. De acordo com o artigo 6º da Lei 11.638/07, os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser: a) mantidos até a sua efetiva realização; ou b) estornados até o final do exercício social de 2008. A reversão da reserva de reavaliação quando da baixa do ativo deverá ser feita em contrapartida da conta de Lucros Acumulados, no Patrimônio Líquido, conforme lançamento: D – Reserva de Reavaliação C – Lucros Acumulados (FCC/TCE - SP/2012) É permitido à entidade constituída na forma de uma sociedade por ações reavaliar o valor de seus ativos imobilizados, desde que fundamentado em laudo de empresa especializada, aprovado pela assembleia geral dos acionistas. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: 2.4 – Reserva de Reavaliação (extinta) C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 20 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Acabamos de estudar que não é mais possível as empresas constituídas na forma de sociedade por ações reavaliarem o valor de seus ativos imobilizados. Esta reavaliação que, antigamente, era feita em contrapartida de Reserva de Reavaliação, no Patrimônio Líquido, está atualmente vedada pela nova redação da Lei das S.A. Gabarito: Errado. São as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na tesouraria. As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do PL que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição, qual seja, o capital social. Assim, a conta ações em tesouraria é redutora do PL. O § 4º do artigo 30 da Lei das S.A. estabelece que é vedada a distribuição de dividendos às ações em tesourarias, bem como lhes é negado o direito de voto. O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros acumulados e reservas, exceto a reserva legal. Lançamento na aquisição pela empresa de ações de sua emissão: D – Ações em tesouraria (Redutora do PL) C – Caixa (Ativo Circulante) A alienação dos títulos em tesouraria pela entidade pode resultar ganho ou perda de capital, bem como custos de transação. O ganho na alienação de ações em tesouraria recebe o mesmo tratamento que o destinado ao ágio na emissão de ações, qual seja, deverá ser reconhecido à contrapartida de conta de Reserva de Capital – ganhos na alienação de ações em tesouraria. Exemplo: Digamos que a Companhia Aprovados S.A. tenha ações em tesouraria no valor de R$ 50.000 e que, posteriormente, aliene estas ações por R$ 60.000.A companhia teve um ganho de R$ 10.000 (60.000 – 50.000) nessa operação. Logo, o registro da alienação com ganho é: D - Caixa (Ativo Circulante) ............................................................ 60.000 C - Ações em tesouraria (Retificadora do PL) .................................... 50.000 C - Reserva de capital – ganhos na alienação de ações em tesouraria (PL) 10.000 2.5 – Ações em Tesouraria C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 21 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Já as perdas na alienação de ações em tesouraria são registradas a débito de uma das seguintes contas: reserva de capital que registrou os ganhos anteriores, outras reservas que originaram os recursos para aquisição das próprias ações ou lucros acumulados. Portanto, na alienação de ações em tesouraria com prejuízo, este valor não será registrado no resultado do exercício. Primeiramente, deverá ser baixado contra a conta de reserva de capital – lucros na alienação de ações em tesouraria criada com o resultado positivo apurado na venda anterior. Não existindo ou não havendo saldo na conta de reserva de capital – ganhos na alienação de ações em tesouraria, o valor da perda excedente deverá ser lançado contra as reservas que originaram os recursos para aquisição das ações. Por exemplo, se consideramos que as ações próprias foram adquiridas com recursos constantes das reservas estatutárias, por ocasião da venda com prejuízo, teremos que, primeiramente, eliminar o saldo da reserva de capital criada com o lucro da venda anterior e, se o prejuízo for superior a esse saldo, a diferença será lançada contra a conta de reservas estatutárias. Por fim, não havendo saldo de reserva de capital e não tendo sido usado reservas para aquisição das ações em tesouraria, o valor do prejuízo na alienação de ações em tesouraria será lançado contra a conta lucros acumulados. Lançamento referente a alienação com perdas será: D – Caixa D – Reserva de capital, reserva de lucros ou lucros (conforme a origem) C – Ações em tesouraria Resumindo, o resultado líquido resultante da alienação de ações em tesouraria é contabilizado: 1) Se positivo (ganhos), a crédito de conta reserva de capital - lucro na alienação. 2) Se negativo (perdas), a débito das contas de reservas ou lucros que registrem a origens dos recursos aplicados em sua aquisição. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade deverão ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. Já os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria deverão ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 22 de 117 www.exponencialconcursos.com.br líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade. Portanto, se uma entidade adquire R$ 10.000 em ações de sua própria emissão e incorre em custos de transação no montante de R$ 1.000 (exemplo: custo de corretagem), deverá ela registrar, no Patrimônio Líquido, R$ 11.000 em ações em tesouraria. É hora de praticar! (ESAF/AFRFB/2012) A empresa Valorização S.A. tem como estratégia a compra de suas próprias ações para aumentar a liquidez de seus papéis no mercado e aproveitar a vantagem da diferença entre o valor patrimonial e o valor de mercado. O resultado obtido, quando da venda dessas ações em tesouraria, pela empresa Valorização S.A., deve ser contabilizado como: a) reserva de capital, quando gerarem um ganho. b) outras receitas operacionais, quando gerarem um ganho. c) ágio na venda de ações, quando gerarem uma perda. d) ações em tesouraria, quando gerarem uma perda. e) despesas não operacionais, quando gerarem uma perda. Resolução: O resultado líquido resultante da alienação de ações em tesouraria é contabilizado: 1) Se positivo (ganho), a crédito de conta reserva de capital - lucro na alienação. 2) Se negativo (perda), a débito das contas de reservas ou lucros que registrem a origens dos recursos aplicados em sua aquisição. Na alienação com lucro: D – Caixa C – Ações em tesouraria C – Reserva de capital – lucro na alienação de ações em tesouraria Gabarito: Letra A. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 23 de 117 www.exponencialconcursos.com.br As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, para posterior destinação. Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Assim, após apuração do resultado do exercício, mediante o confronto das receitas e despesas, havendo lucro, este pode ter quatro destinações: 1) Dividendos para os sócios; 2) Reservas de lucros; 3) Aumento do capital social; ou 4) Absorver prejuízos acumulados. A parcela dos lucros que não for destinada à formação de reserva de lucros nem destinado ao aumento ou integralização do capital social, deverá ser, necessariamente, distribuído, segundo determinação do § 6º do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. É por conta deste dispositivo que as companhias não podem mais deixar a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, no PL, com saldo credor não distribuído. Ela só permanece em caso de existência de Prejuízos acumulados. As reservas de lucros são: O saldo das reservas de lucros, exceto para as Contingências, de Incentivos Fiscais, de Lucros a Realizar e a Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures, não poderá ultrapassar o capital social da empresa. Caso este limite seja atingido, a assembleia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos. Memorize a esquematização abaixo: Reservas de Lucros Reserva Legal Reservas Estatutárias Reservas para Contingências Reserva de Incentivos Fiscais Reserva de Retenção de Lucros Reservas de Lucros a Realizar Reserva Especial de Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures 2.6 – Reserva de Lucros C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 24 de117 www.exponencialconcursos.com.br OU Para lembrar as reservas de lucros que somadas não podem ultrapassar o capital social da empresa, utilize o mnemônico LERO: Legal Estatutária Retenção de Lucros Especial de Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos O lançamento geral a ser realizado na constituição das reservas é a débito da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados (lucro líquido do exercício) e a crédito da reserva de lucro respectiva: 1. Lançamento da destinação de lucros a reservas: D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (lucro líquido do exercício) C - Reserva de Lucros respectivas valor 2. Lançamento da reversão das reservas de lucro: D - Reserva de Lucros respectivas C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (lucro líquido do exercício) valor Reservas de lucros reserva de incentivo fiscal, contingências, lucros a realizar e prêmio de debêntures Capital Social Reserva Legal Estatutária Retenção de Lucros Não pagamento de dividendos obrigatório Capital Social C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 25 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Vamos agora estudar cada tipo de reserva de lucro. A reserva legal é a única reserva que obrigatoriamente deve ser constituída de acordo com a Lei das S/A, porém, está sujeita a limites. A constituição da reserva legal está prevista no artigo 193 da Lei 6.404/76, que afirma: Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. § 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. § 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. Esquematizando: Professor, mas no limite obrigatório, o montante da reserva legal está limitado a 20% do capital social subscrito ou 20% do capital realizado? O correto é calcular com base no capital realizado e é este método que a maioria das bancas adotam. Assim, iremos calcular o limite da reserva legal com base no valor do capital realizado. Segundo a Lei nº 6.404/76, artigo 189, parágrafo único, o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. Reserva Legal Cálculo da Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício Limite obrigatório: Reserva Legal ≤ 20% X Capital Social Realizado Limite Facultativo: Reserva Legal + Reservas de Capital > 30% X Capital Social Realizado Reserva de Constituição obrigatória e tem por fim assegurar a integridade do capital social; Somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital social. 2.6.1 – Reserva Legal C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 26 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Assim, se há prejuízo acumulado no balanço, não há sentido em constituir a reserva legal com base simplesmente no lucro líquido do exercício, pois o capital já está afetado. A reserva legal, se houvesse, deveria ser usada para compensar prejuízos. Ou seja, se existe um prejuízo acumulado, é porque não temos reserva legal registrada no balanço, uma vez que, se houvesse a reserva, teria absorvido todo o prejuízo. CONCLUSÃO: Caso haja saldo anterior na conta Prejuízos Acumulados, deve-se primeiramente abater este valor do lucro líquido, para depois constituir a Reserva Legal. Vamos ver por meio de questões quais situações podem acontecer quando da destinação da reserva legal. Vamos praticar!!!!! (Questão Inédita) Após apurar o Lucro Líquido do exercício de 2010 no valor de R$ 100.000,00, o Patrimônio Líquido da Cia. Aprovados Ltda. passa a ter a seguinte composição: Composição do Patrimônio Líquido antes da distribuição de 2010 Saldos (R$) Capital Social 400.000 Reserva Legal 60.000 Lucros / Prejuízos Acumulados 100.000 Total 560.000 Calcule o valor da Reserva Legal: Resolução: 1. Limite da Reserva Legal = 20% do capital realizado Capital Social = Capital Social Realizado = R$ 400.000 Limite da reserva legal = 400.000 x 20% = 80.000,00. 2. Cálculo da Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício = 5% X 100.000 Reserva Legal = 5.000,00. Nesse caso, o valor da reserva legal é igual a 5% do lucro líquido do exercício (5.000), uma vez que o saldo existente em reserva legal somados R$ 5.000 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 27 de 117 www.exponencialconcursos.com.br destinados (60.000 + 5.000 = 65.000) não ultrapassará o limite de 20% do capital social realizado (R$ 80.000,00). O valor destinado a Reserva Legal é de R$ 5.000,00. Lançamento da constituição da reserva legal: D – Lucros ou Prejuízos Acumulados C – Reserva Legal (PL) ............................ 5.000,00 (Questão Inédita) Após apurar o Lucro Líquido do exercício de 2010 no valor de R$ 100.000,00, o Patrimônio Líquido da Cia. Aprovados Ltda. passa a ter a seguinte composição: Composição do Patrimônio Líquido antes da distribuição de 2010 Saldos (R$) Capital Social 800.000 Capital Social a Integralizar (500.000) Reserva Legal 58.000 Lucros / Prejuízos Acumulados 100.000 Total 458.000 Calcule o valor da Reserva Legal: Resolução: Cálculo da Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício Limite da Reserva Legal = 20% do capital realizado Respondendo à questão: Capital Social 800.000 Capital Social a Integralizar (500.000) Capital Social Realizado 300.000 Limite da reserva legal = 300.000 x 20% = 60.000,00. Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício = 5% X 100.000 Reserva Legal = 5.000,00. Como já temos R$ 58.000,00, só podemos constituir R$ 2.000,00 (60.000,00 - 58.000,00) de reserva legal para não ultrapassar o seu limite de R$ 60.000,00. O valor destinado a Reserva Legal é de R$ 2.000,00. Lançamento da constituição da reserva legal: C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 28 de 117 www.exponencialconcursos.com.br D – Lucros AcumuladosC – Reserva Legal (PL) ............................... 2.000,00 (Questão Inédita) Após apurar o Lucro Líquido do exercício de 2010 no valor de R$ 100.000,00, o Patrimônio Líquido da Cia. Aprovados Ltda. passa a ter a seguinte composição: Composição do Patrimônio Líquido antes da distribuição de 2010 Saldos (R$) Capital Social 800.000 Capital Social a Integralizar (500.000) Reserva Legal 50.000 Reserva de Capital 48.000 Lucros / Prejuízos Acumulados 100.000 Total 498.000 Calcule o valor da Reserva Legal: Resolução: 1. Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido = 5% X 100.000 = R$ 5.000,00 2. Limite da Reserva Legal = 20% do capital realizado Capital Social ............................. 800.000 Capital Social a Integralizar ....... (500.000) Capital Social Realizado .............. 300.000 Limite da reserva legal = 300.000 x 20% = 60.000,00. A princípio, a destinação do lucro a reserva legal no valor de R$ 5.000 é obrigatória, pois o limite obrigatório da reserva legal no valor de R$ 60.000 não será ultrapassado. Porém, precisamos analisar o limite facultativo 3. Limite facultativo da reserva legal = 30% x Capital Social Realizado Limite facultativo da reserva legal = 30% x 300.000 = R$ 90.000,00 3.1. Soma do saldo da reserva legal com as reservas de capital: Reserva legal existente ............. 50.000 + reserva de capital ................. 48.000 = Total ................................... 98.000 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 29 de 117 www.exponencialconcursos.com.br Observem que o valor da reserva legal existente somado com a reserva de capital excede o limite facultativo de 30% do capital social realizado, no valor de R$ 90.000,00. Neste caso, a Cia. Aprovados pode deixar de constituir a reserva legal nesse exercício por ter ultrapassado o limite facultativo. Alternativamente, caso resolva constituir, a Cia. Aprovados deve observar o limite de 5% do lucro líquido e o de 20% do capital social realizado. No caso desta questão, a reserva legal constituída seria de R$ 5.000,00. IMPORTANTE: Esclareço que a obrigatoriedade de destinação de lucro à reserva legal, enquanto não atingido o limite de 20% do capital social realizado, não é absoluta, pois, mesmo que este limite não seja atendido, a Aprovados Ltda. poderá suspender a destinação de lucros à reserva legal, caso o somatório desta reserva com as demais reservas de capital supere 30% do capital realizado. (Questão Inédita) Após apurar o Lucro Líquido do exercício de 2010 no valor de R$ 100.000,00, o Patrimônio Líquido da Cia. Aprovados Ltda. passa a ter a seguinte composição: Composição do Patrimônio Líquido antes da distribuição de 2010 Saldos (R$) Capital Social 800.000 Capital Social a Integralizar (500.000) Reserva Legal 50.000 Reserva de Capital 38.000 Lucros / Prejuízos Acumulados 100.000 Total 488.000 Calcule o valor da Reserva Legal: Resolução: 1. Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido = 5% X 100.000 = 5.000,00. 2. Limite da Reserva Legal = 20% do capital realizado Limite da reserva legal = 20% X 300.000 = 60.000,00. 3. Limite facultativo da reserva legal = 30% x Capital Social Realizado Limite facultativo da reserva legal = 30% x 300.000 = R$ 90.000,00 3.1. Soma do saldo da reserva legal com as reservas de capital: Reserva legal existente ............. 50.000 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 30 de 117 www.exponencialconcursos.com.br + reserva de capital ................. 38.000 = Total ................................... 88.000 Pessoal, neste caso, como o valor da reserva legal existente somado com a reserva de capital não excede o limite facultativo de 30% do capital social realizado, no valor de R$ 90.000,00, a Cia. Aprovados é obrigada a constituir a reserva legal no valor de R$ 5.000,00. Este é o método correto. Porém, alguns contabilistas adotam a prática de lançar como reserva legal o valor necessário para que o valor da reserva legal existente somado a reserva capital seja igual a 30% do capital social. É o método da complementação do limite facultativo. Algumas bancas já cobraram este tipo de questão. Soma do saldo da reserva legal com as reservas de capital: Reserva legal existente ................. 50.000 + reserva de capital ..................... 38.000 + reserva legal do exercício ............ 5.000 = Total ....................................... 93.000 Observem que após a destinação do montante de 5% do lucro líquido do exercício, a soma das reservas passaria a R$ 93.000, superando o limite de 30% do capital social realizado no valor de R$ 90.000. E agora? Bom, com base no método da complementação, a companhia teria a faculdade de destinar, integralmente, o montante de 5% (R$ 5.000) do lucro líquido à reserva legal (considerando que o limite de 20% não foi nem será atingido) ou de destinar apenas o suficiente até que o montante de 30% do capital seja atingido, ainda que o limite de 20% do saldo da reserva legal não o seja. Portanto, nesse cenário apresentado e com base no método da complementação, a Cia. Aprovados poderia: a) destinar R$ 5.000 (5%) de lucros à reserva legal, aumentando seu saldo para R$ 55.000, e o somatório das reservas para R$ 93.000; ou b) destinar R$ 2.000 de lucros à reserva legal, aumentando seu saldo para R$ 52.000, e o somatório das reservas para R$ 90.000, atingindo o limite de 30% do capital social realizado. Cálculo da reserva legal desta letra: Reserva legal existente + Reserva de Capital + Reserva Legal do exercício = 30% do capital social realizado 50.000 + 38.000 + Reserva Legal do exercício = 90.000 Reserva Legal do exercício = R$ 2.000,00 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 31 de 117 www.exponencialconcursos.com.br As reservas estatutárias são reservas constituídas com base no lucro líquido da companhia, desde que previstas no estatuto. No caso de a sociedade ser constituída por contrato social, como é o caso da sociedade por cotas de responsabilidade limitada, denominam-se reservas contratuais. Segundo a Lei das S/A, artigo 194: Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; III - estabeleça o limite máximo da reserva. Apesar de aparente liberdade, as companhias, quando da constituição dessas reservas deverão observar os requisitos previstos no artigo 194 da Lei 6.404/76. O estatuto pode, por exemplo, fazer previsão da constituição de reservas destinadas a: resgate de debêntures, resgate de partes beneficiárias, aumentode capital social e amortização de ações. Lançamento de constituição das reservas estatutárias: D – Lucros Acumulados C – Reservas Estatutárias A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (Lei das S/A, art. 195). A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva (Lei das S/A, art. 195, §1º). Exemplo: Em determinado exercício, a empresa detectou perda julgada provável com um valor estimado de R$ 10.000,00. A empresa determinou a formação de reservas para contingências. Lançamento de constituição de reserva de contingência: D – Lucros acumulados (PL) C – Reservas para contingências (PL) ................. 10.000,00 2.6.2 – Reservas Estatutárias 2.6.3 – Reserva para Contingências C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 32 de 117 www.exponencialconcursos.com.br O valor de constituição da reserva para contingências é deduzido do lucro líquido no cálculo do dividendo mínimo obrigatório e adicionado quando de sua reversão. O cálculo do dividendo iremos vê-lo em aula futura. A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (Lei das S/A, art. 195, §2º). A reversão da reserva é realizada por meio de um lançamento inverso ao de sua constituição. Lançamento de reversão da reserva para contingências: D - Reservas para contingências C - Lucros acumulados O Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI (USP) – esclarece que, em geral, as reservas para contingências são constituídas para fazer frente a perdas cíclicas, que se repetem no tempo e que, portanto, são previsíveis. Estas perdas podem decorrer, dentre outros: • de fenômenos climáticos ou naturais que interrompem as atividades da empresa em determinados momentos (como alagamentos em épocas de chuvas intensas); • da prestação de serviços com duração limitada, passando por períodos de alta lucratividade até outros de pouca lucratividade ou até mesmo prejuízos - sazonalidade; • de paralisações extraordinárias de longa duração, decorrentes da substituição de equipamentos obsoletos, cuja substituição seja bastante penosa. Casos que podem ser constituídas as reservas para contingências: - Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas operações, como no caso de empresas comerciais ou industriais que utilizem tais produtos como matérias-primas em seu processo produtivo. - Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária das operações. ➢ Diferenças entre Reservas para contingências e Provisões para contingências: 1. Reserva para Contingências: A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 33 de 117 www.exponencialconcursos.com.br do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (Lei das S/A, art. 195). Reserva de Contingências: conta do Patrimônio Líquido. Reserva de Contingências: refere-se a eventos futuros. 2. Provisões para contingências: Tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já ocorreu, mas não houve, ainda, o correspondente desembolso ou perda. Em atenção ao regime de competência, esse fato precisa ser contabilizado, mediante constituição de uma provisão. Exemplos: indenizações contratuais, contingências fiscais ou trabalhistas, etc. Provisões para Contingências: É uma obrigação presente da empresa classificada no passivo. Provisões para Contingências: refere-se a eventos passados. Quadro de classificação e lançamento: Contas Classificação Contrapartida Provisão para contingências Passivo Exigível Despesa de provisão Reserva para contingências Patrimônio Líquido Lucros Acumulados As doações e subvenções para investimentos governamentais (não computam as privadas) eram contabilizadas como reserva de capital. Agora, com as alterações da Lei das S/A, são contabilizadas como receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registradas (depois da apuração do resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais). A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório. Galera, não se preocupem, veremos com tranquilidade como calcular o dividendo mínimo obrigatório em aula futura. Por exemplo, se o poder público faz uma doação de um terreno para a empresa Aprovados Ltda., no montante de R$ 50.000,00, o lançamento é o seguinte: 2.6.4 – Reserva de Incentivos Fiscais C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 34 de 117 www.exponencialconcursos.com.br D – Terrenos C - Outras Receitas – Doações do poder público .............. 50.000,00 No final do exercício, devemos primeiro apurar o resultado (confronto das receitas com as despesas), na Demonstração do Resultado do Exercício. Após, o valor do lucro ou prejuízo deve ser transferido para o Balanço Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido. Agora, vamos supor que a empresa Aprovados Ltda. obteve um lucro de R$ 500.000,00. O lançamento da transferência do lucro para o Balanço é: D – Lucro Líquido do Exercício C - Lucros ou Prejuízos Acumulados ....................... 500.000,00 Se a empresa decidir constituir a reserva de incentivos fiscais, com o objetivo de evitar a tributação, o lançamento será o seguinte: D – Lucros ou Prejuízos Acumulados C – Reserva de Incentivos Fiscais .......................... 50.000,00 Observem que a constituição da reserva de incentivos fiscais será realizada diretamente na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Pessoal, em relação às doações e subvenções governamentais, é importante observar os casos em que a empresa só recebe o bem se cumprir determinada cláusulas. Exemplo: A Cia. Aprovados Ltda. recebeu do Estado Z um imóvel avaliado em R$ 100.000,00, assumindo o compromisso
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