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TG Erika 17 nov 2020 off

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APRENDER LINUX: PROPOSTA DE UM SITE PARA ATENDIMENTO À COMUNIDADE INICIANTE EM GNU/LINUX
AUTORA:
ÉRIKA STEFANY DA SILVA SANTOS
ORIENTADORA:
PROFA. ME. LÍGIA MARIA T. DE FARIA BREZOLIN
Resumo
Na história da computação e dos sistemas operacionais, o GNU/Linux destacou-se por promover liberdade para o usuário e o trabalho em comunidade. Desde então, se tornou a escolha de muitas pessoas e empresas. Este trabalho teve por objetivo descrever o processo da concepção de um site que viabiliza a aprendizagem de Linux de forma dinâmica, tendo ainda como diferencial seu acesso e utilização gratuitos e recursos para auxiliar na fixação de conteúdo estudado. Uma justificativa para o tema se dá pelo modelo de comunidade Linux, onde pessoas trabalham em equipe e compartilham conhecimento. A metodologia da presente pesquisa foi bibliográfica a partir de autores que reforçam a validade do objeto de estudo e auxiliam na validação dele. Esse processo de levantamento bibliográfico também foi apoiado por consulta em outras fontes, como material “online”, a exemplo de cursos, palestras entre outros. Por resultado, almeja-se assegurar que a aprendizagem seja eficiente.
Palavras-chave: Sistemas. Liberdade. Dinâmica. Comunidade. Aprendizagem.
Abstract
In the history of computing and operating systems, GNU/Linux stood out for promoting freedom for the user and teamwork. Since then, it has become the choice of many people and companies. This work aimed to describe the process of designing a website that enables the learning of Linux in a dynamic way, having as a differential its free access and use and resources to assist in the fixation of studied content. A justification for the theme is given by the Linux community model, where people work as a team and share knowledge. The methodology of this research was bibliographic from authors who reinforce the validity of the object of study and assist in its validation. This bibliographic survey process was also supported by consultation with other sources, such as “online” material, such as courses, lectures, among others. At the end of this work, is expected to release access to the community and ensure that learning is efficient.
Keywords: Systems. Freedom. Dynamic. Community. Learning.
Introdução
 A utilização de sistemas GNU/Linux tem crescido exponencialmente em diferentes públicos, seja em empresas, laboratórios, escolas ou mesmo para uso doméstico. Ter acesso a um sistema livre, e com vários softwares livres abriu maior espaço para inclusão digital e facilitou o trabalho de pesquisadores e estudantes, pois softwares fechados e pagos tem um custo muitas vezes elevado, além de privar o usuário de consultar o código fonte de um programa, por exemplo.
Um dos motivos para a notoriedade do Linux é romper as barreiras relacionadas a liberdade de utilização. Pessoas e organizações passaram então a deixar de lado preocupações quanto a valores elevados por licenças de uso e desfrutar de uma alternativa livre a sistemas operacionais fechados e pagos. Portanto o GNU/Linux é utilizado por diferentes públicos e para atender diferentes necessidades. Logo, esse crescimento traz uma demanda por treinamento.
Pensando nisso, este trabalho teve por objetivo a construção de um site que abriga conteúdos pertinentes ao ensino de Linux, com o diferencial de não apenas disponibilizar leituras, mas também permitir que o usuário teste seus conhecimentos por meio de questionários e possa simular a utilização de um terminal Linux real direto do site. A intenção também é romper barreiras relacionadas a dificuldades com o uso de GNU/Linux.
Todo o conteúdo no site é de livre acesso. A intenção é que usuários possam aprender Linux de modo a minimizar barreiras quanto dificuldade de utilização e que descubram o GNU/Linux como alternativa a outros sistemas e possam se sentir inseridos. De igual modo, que ao estudar pelo site “Aprender Linux”, os usuários sintam-se motivados a compartilhar conhecimento com outros potenciais estudantes
Dessa forma, esse trabalho também visa atender essa demanda trabalhando em comunidade com os usuários e permitindo que pessoas aprendam e compartilhem conhecimento, pois uma característica forte no Linux é o conceito de comunidade e equipe.
Para estudo e validação dos objetos de pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico e filtragem de referenciais teóricos. Os autores referenciados são importantes para o prosseguimento nos estudos e por conseguinte a realização de trabalhos futuros.
Objetivo geral
Promover aprendizagem de GNU/Linux de forma dinâmica e colaborativa, de forma a superar dificuldades encontradas por usuários iniciantes. Introduzir e levar conhecimento sobre GNU/Linux por meio de recursos para fixação de conteúdo, tais como: artigos, flashcards, apostilas, vídeos e questionários.
Objetivo específico
Promover compartilhamento dinâmico de informação sobre GNU/Linux, de forma a inserir o público interessado, especificamente iniciantes.
1. Fundamentação Teórica 
1.1 Linux
O GNU/Linux foi criado como um sistema similar a outros já existentes, mas com uma proposta diferenciada de proporcionar código aberto e maior liberdade ao usuário. Desde então, ganhou cada vez mais notoriedade.
 O núcleo Linux foi criado por Linus Torvalds, na época um estudante de universidade. Linus usou o Minix, uma versão gratuita e com código fonte disponível, semelhante ao Unix. O Unix, porém, usava um modelo fechado, limitando o acesso a seu código.
De acordo com Negus e Bresnahan (2014) o Linux é um dos maiores avanços que aconteceram no século 21, além disto, também auxiliou no crescimento da internet e das redes de computadores para promover comunicação entre dispositivos em diferentes partes do mundo e se tornou exemplo de trabalho em equipe.
Como oposição a modelos fechados de sistemas operacionais, o GNU/Linux criou um espaço para que pessoas deixassem de ser usuários comuns e pudessem passar a participar do desenvolvimento de seus próprios sistemas Linux. Na maioria das vezes o GNU/Linux é referenciado apenas como Linux. De acordo com Negromonte (2017) o termo Linux diz respeito ao software que coordena o hardware e o software de um dispositivo, e o GNU diz respeito ao desenvolvimento de programas para a plataforma Linux.
Projetos como o GNU ajudaram a solidificar o Linux ou GNU/Linux no desenvolvimento e suporte a programas, normalmente criados em equipe. O GNU desempenha um papel importante no suporte a softwares, formando a base de programas em diversos sistemas baseados no núcleo Linux.
No GNU/Linux, também é destacada a busca por liberdade, criando uma ênfase em programas cujo código de um programa possa ser consultado e até mesmo modificado, o que em muitos casos não é permitido. Essa busca por liberdade está relacionada com a limitação de um usuário ao utilizar um programa, sendo impedido de explorar seus recursos a fundo e estudar seu funcionamento.
Segundo Simioni (2015), o Linux não é limitado a computadores domésticos, mas também pode ser utilizado em outros lugares e para diferentes funções.
Além do conceito de liberdade para o usuário, o Linux é de fato versátil, e consegue atender muito mais do que usuários comuns em suas residências. Não apenas usuários comuns, mas usuários corporativos também encontram no Linux uma oportunidade de obter melhores recursos com menor custo e que auxiliam na busca por inovação e competitividade.
As comunidades de ajuda também atuam com grande importância para auxiliar usuários a sanar suas dúvidas e até mesmo abrir espaço para melhorias. A premissa Linux de colaboração e trabalho em equipe faz dessa interação um fator positivo que contribui para que essas comunidades ofereçam suporte a seus membros da melhor forma possível.
1.1.2 Características do Linux
De forma essencial, o Linux possui características próprias, algumas similares e outras diferentes de outros sistemas conhecidos.
Segundo Rodrigues (2017?), a estrutura de um sistema GNU/Linux pode ser representada
em camadas, cada qual com uma função específica, conforme figura 1.
Figura 1: As camadas do Linux
Fonte: Rodrigues. Arquitetura do Linux. Disponível em
https://www.portalgsti.com.br/media/uploads/andrerodrigues/arquitetura-linux.png
De acordo com Rodrigues (2017?), as características sobre essas camadas podem ser descritas na seguinte forma:
a) Kernel: É o núcleo do sistema, responsável por ligar e permitir a comunicação entre os recursos físicos (hardware e as aplicações). De um modo geral, fornece o essencial para o funcionamento do sistema operacional;
b) Shell: É um processo responsável por fazer a leitura de comandos. Faz a interpretação dos comandos digitados pelo usuário, identificando qual foi digitado para que então o comando seja executado;
c) Aplicações: Programas com que o usuário interage ao utilizar o sistema operacional.
Sobre essas camadas, o Kernel desempenha um dos papéis mais importantes, permitindo que os componentes e programas de um dispositivo que utiliza Linux possam comunicar entre si. O Kernel do Linux também é a base para criar muitos outros sistemas baseados em Kernel Linux, pois em maioria o código desse Kernel é disponibilizado para alteração.
O Shell é uma camada próxima ao usuário, isso significa que o usuário pode interagir diretamente por meio de comandos em forma textual, onde cada comando tem um propósito específico. Um grande número de comandos já existe, cada qual separado por categorias e modo de uso. Um comando Linux pode servir para gerenciamento de redes, configuração de mídia, instalação de programas, entre outros.
Aplicação diz respeito a um programa. Cada tarefa realizada por um programa depende de um conjunto de instruções. Usuários interagem diretamente com esses programas para cumprir uma determinada tarefa.
Outras características podem ser encontradas no Linux, a exemplo de controle de permissão de arquivo e usuário. Isso se deve porque diferente de outros sistemas com Linux há a preocupação em proteger o usuário da execução de programas indesejados e que comprometam a funcionalidade desse sistema.
“A segurança no Linux está baseada na minimização da exposição a código mal intencionado através do uso de repositórios assinados digitalmente, na minimização de danos acidentais ou automáticos através do uso de uma conta de usuário comum (não root) e nas permissões de arquivo” (Monqueiro, 2010; apud. Ljubuncic, 2010).
Desse modo, esse controle forma uma barreira que limita a execução de ações prejudiciais, muitas vezes por falta de experiência por parte do usuário. Um sistema GNU/Linux tem normalmente um usuário privilegiado (root), que é capaz de realizar ações que usuários comuns não conseguem. O controle de usuário faz com que por exemplos usuários que compartilhem um mesmo ambiente de trabalho não tenham acesso a recursos e funções restritas a um usuário privilegiado.
Uma distribuição GNU/Linux em geral também recebe atualizações, para evitar tais problemas de segurança com a inserção de recursos ou correção de vulnerabilidades existentes. Tais atualizações são importantes para elevar a confiabilidade em sua utilização.
1.2 Comunidade e conceito de distribuição
1.2.1 A comunidade GNU/Linux
A colaboração é uma característica marcante e positiva que permitiu ao GNU/Linux expandir sua popularidade, desde então muitas comunidades surgiram, formando um conceito de comunidade. Uma comunidade GNU/Linux é formada por membros que trocam informação e interagem entre si, contribuindo de forma direta ou direta para o desenvolvimento de um sistema. Essa interação pode acontecer por meio de voz, artigos on-line, compartilhamento de vídeos, códigos e programas propriamente ditos, entre outros.
“Comunidade é sempre o lugar onde podemos encontrar os semelhantes e com eles compartilhar valores e visões de mundo. ” (Mocellim, 2011).
O perfil de uma comunidade GNU/Linux é variado, incluindo usuários comuns, empresas entre outros. Uma tendência é o uso de redes sociais para interação entre pessoas interessadas em GNU/Linux e assuntos relacionados.
“O desenvolvimento do Linux é um dos mais proeminentes exemplos de software livre (open source), desenvolvido a partir do conceito de colaboração que pode ser utilizado por qualquer pessoa sob licenças como a GNU General Public License” (Fagundes, 2018).
Apesar de sua proposta de colaboração, o Linux muitas vezes é chamado Software livre, mas é necessário fazer uma diferenciação de software livre e open source (ou código aberto). Ambos possuem propostas parecidas sobre compartilhamento e flexibilidade de uso para programas, mas de formas diferentes.
Conforme definido no site www.fsfe.org o projeto GNU foi lançado por Richard Matthew Stallman no ano de 1983 com objetivo de criar um sistema operacional completamente livre. Partindo desse princípio, o projeto GNU ajudou a fundamentar o software livre como alternativa aos softwares proprietários. O projeto GNU trabalha pela não propriedade de um software, de forma a incentivar que desenvolvedores liberem o código de seus programas e o abram para modificação. Isso não fere os direitos originais, mas no caso do software livre não há urgência de licenciamento.
Porém, além da comunidade em geral e público voluntário, muitos programas são mantidos por empresas, usando o modelo open source. A proposta é parecida com o Software Livre, mas nesse caso podem ser colocadas restrições sobre uso e distribuição.
O GNU/Linux também usa um modelo comercial em certos casos, mas para distribuições específicas. Nesse caso, são mantidas pelas próprias empresas, e não diretamente pela comunidade em geral.
Entretanto, as formas de participar e colaborar com a comunidade GNU/Linux são muitas. Compartilhamento de informação, desenvolvimento ou outras atividades como traduções de manuais e documentação.
1.2.2 Distribuição Linux
Distribuição GNU/Linux é uma extensão ao núcleo Linux, cada distribuição é projetada com base nesse núcleo e para atender uma demanda específica.
“Cada uma dessas distribuições possui características que as tornam mais propícias para emprego em usos específicos. Algumas são empregadas em desktops (estações de trabalho), outras em servidores, algumas são usadas para realizar testes de segurança, outras para jogos, e assim por diante” (Reis, 2015).
Uma distribuição GNU/Linux pode atender a vários propósitos, reunindo recursos pertinentes a sua categoria. Na escolha de uma distribuição adequada, é preciso que o usuário observe as particularidades de cada distribuição, escolhendo a que então oferecer os recursos adequados à execução de uma atividade.
Porém Reis (2015), ressalta que é importante que o usuário siga alguns critérios ao escolher determinada distribuição, pois cada uma delas foi projetada para um fim.
Caso o usuário escolha de forma correta, atingir seus objetivos fica mais simples uma vez que essa distribuição ofereça os recursos corretos. Essa diversidade de distribuições acontece, pois, cada comunidade responsável por uma distribuição Linux trabalha em equipe, porém de forma independente, cada qual em uma distribuição, conforme figura 2.
Figura 2: Distribuições Linux
Fonte: Disponível em
<https://steemitimages.com/640x0/https://steemitimages.com/DQmQ5yaTpHn2UwA2sAuZkM2oSER
c522Af4i3suCStrM94qc/linux3.jpg>
Além das representadas acima, existe também outras distribuições. A escolha de uma distribuição também precisa respeitar níveis de conhecimento, uma vez que o nível de complexidade varia de acordo com o perfil do usuário.
Existe ainda distribuições voltadas para o ramo empresarial, específicas a essa finalidade, e não recomendáveis a usuários finais, como é o caso de outras distribuições.
As comunidades responsáveis por cada distribuição trabalham de forma independente, porém com o mesmo propósito de alcançar a qualidade e proporcionar boa experiência. Um exemplo de contribuição nas comunidades de cada distribuição está em oferece fóruns de ajuda para esclarecimento de dúvidas.
1.3 Linux, aprendizagem e
desafios
1.3.1 Conceito de aprendizagem
A aprendizagem é uma capacidade comum a todos os humanos baseada em um conjunto de experiências. A importância de conceituar o que é aprendizagem surgiu de compreender como pessoas adquirem conhecimento.
De acordo com Giusta (2013) as investigações sobre o conceito de aprendizagem surgiram da psicologia, visando entender como experiências afetam a aquisição de conhecimento.
A aprendizagem é vista como um processo integrado, que parte da interação de um indivíduo com seu meio e da troca de experiências, assumindo também as características desse indivíduo, tais como o meio em que vive e a forma de se relacionar. Além disso, esse processo também assume a frequência e o modo com que acontece a interação desse indivíduo com determinada situação, atividade e seu relacionamento também em comunidade, trocando experiências com diferentes pessoas e frequentando diferentes comunidades.
1.3.2 Desafios na aprendizagem de Linux
O GNU/Linux destacou-se de outros sistemas populares e conhecidos. Ao ganhar visibilidade, o número de usuários Linux aumentou, mas também os desafios relacionados a facilidade de uso.
Conforme Neto (2016) o GNU/Linux exige um nível maior de conhecimento do usuário, e para facilitar sua utilização é preciso explorar o sistema.
A proposta do Linux, de usar um modelo aberto e colaborativo e abrir espaço para que pessoas pudessem trabalhar o núcleo Linux para criar seus próprios sistemas e criar variações também gerou outro desafio. Seria preciso levar os potenciais usuários a experimentar algo novo, deixando de lado sistemas completamente proprietários, ou sistema pagos e relativamente simples em sua utilização.
Essas diferenças podem levar pessoas a desistir de experimentar Linux, devido ao receio de experimentar uma opção ao habitual, ou seja, sistemas com que tenham maior familiaridade.
Ainda segundo Neto (2016) o usuário GNU/Linux pode encontrar familiaridade no Linux se comparado a outros sistemas. Desse modo, para encorajar um potencial usuário é preciso que esse obtenha recursos para entender como o Linux funciona e onde buscar ajuda.
Desse modo, a comunidade Linux pode contribuir de forma significativa com a troca de experiência entre usuários, promovendo a inclusão de pessoas com diferentes níveis de conhecimento e promovendo interação e aprendizagem.
Portanto, é possível superar os desafios relacionados com a aprendizagem de como lidar com Linux. Quando o usuário sente que pode explorar o sistema e buscar apoio, consegue melhorar sua utilização sem desistência ou abandono.
2. Ferramentas e métodos
A metodologia a ser aplicada neste trabalho visa cumprir tanto a proposta educacional quanto as etapas pertinentes à entrega do site como produto final. Para isto, foi criado um roteiro.
O desenvolvimento deste trabalho obedeceu às seguintes etapas:
1- Determinação do tema: Escolha do tema e identificação da relevância do objeto de estudo;
2-Levantamento do referencial teórico: Levantamento de bibliografia utilizada na fundamentação do trabalho;
3-Levantamento de requisitos: Identificação dos requisitos que permeiam a realização do trabalho, a exemplo de ferramentas, linguagens e experiência de usuário;
4-Desenvolvimento e adequação do texto: Construção do texto em si de acordo com o referencial e os objetos de pesquisa;
5-Prototipação: Modelagem e construção de diagramas com intuito de descrever o esquema de desenvolvimento a estrutura do site;
6-Desenvolvimento: Estruturação lógica e visual do site, de forma a aplicar as funcionalidades necessárias;
7-Fechamento do trabalho e conclusão: Análise e reflexão sobre os resultados alcançados até o momento. Realização do fechamento do trabalho e apontamentos para trabalhos e discussões futuros.
2.1 Linguagens, ferramentas e frameworks
Para desenvolvimento do trabalho foram selecionadas linguagens e ferramentas que permitiram o desenvolvimento do site até sua publicação. Antecipadamente, foi feita a prototipação das interfaces de usuário. Em seguida foram cumpridas as etapas de construção de interfaces e codificação.
2.1.1 HTML
Segundo Pedroso (2007) HTML é uma linguagem de marcação, utilizada para formatação de textos e interligar páginas Web.
Para dar início à estruturação das páginas do site, foi utilizada a linguagem HTML. Além de HTML, outras linguagens foram necessárias aos eventos dinâmicos das páginas.
O HTML foi utilizado na composição básica da lógica do site. Algumas tags do HTML foram inseridas nas páginas, de forma a interagir com o PHP e JavaScript. Com o HTML foi esquematizado apenas a estrutura geral das páginas, mas não os eventos dinâmicos já que é apenas uma linguagem de marcação, e não de propósito geral.
2.1.2 JavaScript
Conforme define o site developer.mozilla.org JavaScript é uma linguagem dinâmica, assim como o PHP. Com JavaScript é possível executar ações tais como: controlar imagens, botões, exibir mensagens de alerta, entre outros.
A linguagem JavaScript foi utilizada nas ações da página flashcards do site, na criação de funções para o simulador de comandos Linux e na página inicial e por fim, também utilizada para exibição de alertas e mensagens para o usuário e formulários. Sua escolha para este trabalho foi baseada nessa interatividade, promovendo a dinâmica nas páginas do site.
2.1.3 PHP
Segundo Barreto (2000) PHP é uma linguagem para criação de sites dinâmicos na Web com que o usuário interage por meio de elementos tais como links e formulários.
Esses elementos formam meios com que usuários podem submeter informações e obter informações, como no caso de links que apontam para um determinado website ou página Web.
De forma complementar Barreto (2000) indica que diferente de JavaScript, códigos PHP são executados no servidor e não no navegador.
Sendo assim, PHP interage tanto com o usuário, que envia e também obtém informações quanto com servidores, que hospedam conteúdo da Web.
Portanto, escolha da linguagem PHP para este trabalho se deve a dinamicidade que o PHP traz para websites e integração com servidores. Para este trabalho, o site “Aprender Linux” será armazenado em um servidor externo.
Todo o processo de postagem de conteúdo foi feito com apoio da linguagem PHP integrada com SQL para gestão de banco de dados.
2.1.4 Bootstrap
De acordo com Mourão (2017?) Bootstrap é uma ferramenta voltada para desenvolvimento de interfaces para Web, com objetivo de tornar o processo mais fácil e rápido.
O framework Bootstrap auxilia na construção das interfaces de páginas Web, organização e construção visual de websites. Sua importância para este trabalho se deve a essa capacidade de alterar a aparência de websites e a integração harmônica com as linguagens PHP e JavaScript.
2.2 Esquema de funcionamento
O site deve proporcionar ao usuário interessado em aprender Linux uma experiência agradável e dinâmica. Ao acessar o site, visualiza a página principal, que contém um menu de opções a serem exploradas. O menu contém ainda uma barra de pesquisa onde cada seção do menu aponta para outra página, conforme indicado na figura 3. 
Figura 3: Página de apresentação do site.
Fonte: A autora (2020)
Também na página inicial há uma lista de artigos cadastrados, com assuntos variados sobre Linux. Porém, com foco em novidades relacionadas ao Linux em geral e sua comunidade, conforme indica figura 2.1.
Figura 2.1: Artigos
Fonte: A autora (2020)
 Para maior comodidade, o usuário também pode utilizar a barra de pesquisa disponível no menu de navegação e pesquisar por um artigo específico.
Ainda na página inicial, o usuário pode experimentar um simulador de comandos GNU/Linux. Esse simulador funciona de forma textual, simulando a inserção de comandos GNU/Linux, mas com caráter experimental. Utiliza por interface gráfica uma caixa de texto simulando a aparência de um terminal padrão.
Cada comando disponível para teste é executado por meio de JavaScript usando a propriedade innerHTML.
O usuário pode visualizar os comandos disponíveis
para simulação, uma vez que haverá uma descrição na página principal com o nome de cada comando disponível e instruções sobre como testar. Em posse das instruções, basta o usuário digitar um comando e pressionar a tecla “Enter”, conforme figura 4.
Figura 4: Simulador de Terminal
Fonte: A autora (2020).
Ao acessar a seção apostilas no menu, o usuário tem acesso a uma lista de apostilas (autorais), para consulta. E caso desejar, poderá ainda fazer o download desse conteúdo.
Os materiais serão atualizados conforme lançamento e após passarem por revisão. Tudo isto para garantir que a leitura seja clara e proporcione o conhecimento necessário. 
 
Figura 5: Apostilas
Fonte: A autora (2020)
Na seção testes estão disponíveis perguntas gerais de nível básico a intermediário sobre assuntos pertinentes a GNU/Linux. O usuário pode então responder e visualizar a pontuação final ao clicar no botão “conferir”, conforme figura 6.
Figura 6: Quiz
Fonte: A autora (2020)
Ao clicar a opção flashcards, na barra de menu do site, o usuário será direcionado para uma página que contém flashcards relacionados a GNU/Linux. Cada flashcard irá conter frente e verso, com informações importantes, tais como: nome de comandos, sintaxe, curiosidades sobre GNU/Linux, dicas e outros, conforme indica figura 7.
 Figura 7: Flashcards
Fonte: A autora (2020)
A área de comentários está disponível para que usuários compartilhem suas impressões sobre o conteúdo do site, deixem perguntas ou sugestões, conforme indica figura 8.
Foi escolhida a plataforma de comentários “Disqus”, por sua objetividade e funcionalidades, a exemplo da integração com plataformas sociais.
Figura 8: Contato
 Fonte: A autora (2020)
A seção vídeos foi inserida para que os usuários assistam a vídeo aulas indexadas no site. Cada aula será originalmente postada no Youtube, e gravada conforme disponibilidade, conforme indicado na figura 9.
Todo conteúdo será autoral, respeitando direitos de autor e uso de imagem. O acesso aos vídeos também será sempre gratuito.
Figura 9: Vídeo aulas
 
 Fonte: A autora (2020)
Para modelagem da base de dados foi usada a ferramenta MySQL Workbench. Foi gerado um diagrama de relacionamento, a partir da tabela login e tabela postagem, conforme figura 10.
Figura 10: Diagrama EER
Fonte: A autora (2020)
A visualização do site também pode ser demonstrada em forma de mapa, conforme figura 11. A figura 11 representa o esquema das páginas do site, começando pelo “Index” e apontando para as demais páginas.
 Figura 11: Mapa do Site
Fonte: A autora (2020)
2.3.1 Websites
Websites formam espaços importantes na Web. Em linhas gerais, websites reúnem páginas e elementos dinâmicos. Para melhor compreensão do que é um website, é preciso primeiro conceituar o que é a web.
De acordo com (Morais; Lima; Franco, 2012) a Web é uma divisão da Internet que suporta elementos multimídia, funcionando como uma sub-rede da Internet.
De forma complementar (Morais; Lima; Franco, 2012) descrevem elementos que podem ser encontrados na Web, a exemplo de imagens e cores.
Compreender essas diferenças é importante para conceituar o que é um website e como se dá seu funcionamento. Em resumo, a Web promove comunicação e compartilhamento de informação entre pessoas, empresas e organizações.
Morais; Lima; Franco (2012), definem websites como espaços virtuais que promovem comunicação a nível mundial, onde é possível constituir um espaço virtual para um fim específico.
Em resumo, um website é um espaço que conecta e promove compartilhamento. É uma área que permite que todo aquele que deseja criar seu espaço virtual, defender uma ideia ou promover seu negócio possa realizar essa tarefa até mesmo em escala global. 
Porém alguns websites possuem restrições de acesso por motivos de segurança. Cada website tem suas próprias características, mas a ideia de interligar e conectar permanece a mesma.
2.4 Usabilidade em websites
Usabilidade de um site diz respeito a entregar uma boa experiência de usuário. É importante que o usuário consiga realizar todas as ações disponíveis para um site de forma rápida, fluida e sem problemas. De acordo com (Knor; Avelar, 2015) “Quando a usabilidade é aplicada, resulta em benefícios que incluem o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade do trabalho realizado e a satisfação do usuário”. Ou seja, a usabilidade é importante para obter o resultado desejado no desenvolvimento de um trabalho, especificamente na construção de websites, pois facilita a experiência do usuário de forma a aproveitar ao máximo as funcionalidades disponíveis.
É importante que o usuário não tenha dúvidas e que os recursos desse site possam ser compreendidos de forma a obter máxima performance mantendo a facilidade de uso. A aplicação de requisitos nesse trabalho respeita três itens básicos, conforme indica tabela 2.
	
Tabela 2: Critérios de usabilidade
	Efetividade
	Website permite que o usuário cumpra seus propósitos.
	
	
	
	
	Eficiência
	O esforço para realizar uma ação.
	
	
	Satisfação
	A percepção do usuário sobre a experiência em si.
	
	
Fonte: A autora (2020)
Em termos de eficácia, o usuário deve ter uma experiência limpa, de forma a aproveitar todos os recursos disponíveis no site, e que tais recursos possam satisfazer suas necessidades;
 Eficiência significa permitir que o usuário realize uma ação sem grande esforço, e que toda informação seja organizada de forma simples e direta;
 Satisfação significa assegurar que o usuário tenha uma boa impressão sobre o site e queira retornar após o primeiro acesso.
2.5 Desenvolvimento e metodologia de código
Por arquitetura foi usado o padrão “MVC”, que vem do inglês model, view and controller. A justificativa para a adoção desse padrão se deve à necessidade de organização e separação do código. 
No model ocorre o processo de leitura e escrita de dados. Na view, a exibição de dados, e no controller a identificação de quais views e quais models apresentar, conforme apresentado na figura 12.
Figura 12: Estrutura de diretórios do site 
Fonte: A autora (2020)
Outro benefício obtido por meio do padrão “MVC” é a possibilidade de reaproveitar códigos e classes, além de melhorar a experiência com manipulação de interfaces “views”.
3. Trabalhos Correlatos
Por trabalhos correlatos, foi identificado o artigo da autora Luzia Maximiana Barral Ferreira, que aborda o desenvolvimento de software de integração de ferramentas Linux. O modelo adotado pela autora aborda a construção de um software propriamente dito, diferente do apresentado no presente trabalho.
Ambos trabalhos apresentam propostas voltadas para Linux, e o site “Aprender Linux” traz como diferencial o estímulo ao uso e aprendizagem de Linux por meio de abordagem dinâmica e intuitiva. 
A intenção é estimular o uso de Linux criando um espaço público e de livre acesso, assim como pode ser um website educacional. O “Aprender Linux” carrega essa proposta, e passa por atualizações para oferecer cada vez mais melhores resultados e conteúdo.
4. Resultados Finais
 Para as etapas finais de projeto foi aplicado um teste, visando coletar informações mais precisas sobre o desempenho e potencial alcançado pelo site.
Os resultados foram listados na tabela abaixo, que consta nome, avaliação e comentários gerais de cada usuário entrevistado. Todos os dados foram coletados mediante autorização.
Tabela 3: Avaliação 
	Nome
	Tipo de Usuário
	Avaliação
	Aspecto avaliado
	Davi
	Leitor
	Positiva
	Conteúdo 
	Jeison
	Leitor
	Positiva
	Interface
	Laura 
	Leitor
	Positiva
	Usabilidade
	Leonardo
	Leitor
	Positiva
	Velocidade
Fonte: A autora (2020)
Cada aspecto avaliado foi designado de forma a avaliar de forma específica se o resultado final se encontra dentro do proposto.
A partir desses dados, optou-se por dar prosseguimento aos trabalhos, de forma
a efetuar melhorias e inserir novidades no que diz respeito aos aspectos visuais e lógicos do site.
5. Considerações Finais
A inclusão digital e o processo colaborativo permitem estabelecer redes de conhecimento. O conhecimento é também imprescindível para o desenvolvimento de sociedades, indivíduos e organizações. Cada vez mais pessoas tem se mostrado engajadas nesse compartilhamento.
Ao tratar por objeto de estudo um site voltado para o público iniciante em GNU/Linux, com intuito de promover aprendizagem e interação, foi possível entender melhor o significado de comunidade. Com o desenvolvimento do site, todos que utilizarem dele serão beneficiados.
Os estudos realizados para este trabalho apontam ainda que o GNU/Linux ganhou notoriedade justamente devido à extensa comunidade que atua em seu desenvolvimento. O trabalho em comunidade permitiu que pessoas possam participar da comunidade GNU/Linux e contribuir para seu sucesso. Cada comunidade trabalha em um projeto, mas valoriza os esforços de diferentes pessoas.
Nesse sentido, cada grupo e cada pessoa tem preferência em utilizar ou contribuir para uma distribuição específica. Para cada indivíduo, grupo e propósito há uma distribuição e a preocupação com atender desde um usuário que queira aprender até um usuário que já possua certa experiência. Outro ponto forte notado por meio dos estudos até aqui realizados foi essa proposta democrática.
Além disto, projetos como o GNU permitiram ao Linux ganhar um sentido ainda mais participativo com a preocupação de deixar que pessoas tenham acesso ao código fonte de programas, promovendo liberdade de escolha e melhorias uma vez que é possível criar a partir de um programa pré-existente.
Nas etapas futuras será acrescentado botões de comentário, compartilhamento em redes sociais, via e-mail, e será formada parceria com outros criadores de conteúdo.
De modo geral, este trabalho teve contribuição significativa para a formação pessoal e profissional da autora. Sendo assim, terá continuidade.
Referências
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