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Petição inicial - Nilson Ribamar Salvador dos Santos - 04054079

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE BELÉM - PA 
 
 
JOÃO DOS SANTOS, menor impúbere, representado por sua genitora MARIA 
DOS SANTOS, brasileira, solteira, domestica, inscrito no RG n 2046753 e CPF n 
365.448.965-72 residente e domiciliado na Rua Vila Nova, n 47, Sacramenta, 
Belém/PA, CEP66.120-090, endereço eletrônico mariasantos@gmail.com, vem, à 
presença de Vossa Excelência, por seu advogado, com fundamento nos artigos 186 e 
927 do Código Civil, propor: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS 
DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. Provocado pela empresa CASA FELIZ, 
inscrita no CNPJ nº 04.794.751/0073-39. residente e domiciliada na Av Macapazinho, n 
33, Bairro Açaí, MACAPA/AP, CEP 68.900-066, endereço eletrônico 
contato@casafeliz.com.br, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
PRELIMINAR 
 
 
1. DOS FATOS 
Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais decorrentes de 
acidente de trânsito, envolvendo um carro Fiorino, placas ABC-1234 Renavam 
1234567890 da empresa CASA FELIZ . 
Na data de 12.07.2016, quinta-feira, por volta das 10h da manhã, o Autor, 
brincava na porta da casa dos seus avós maternos com seus amigos pela Av. Rio 
Branco, com intuito de chegar até outro lado da rua para pegar sua bola, quando o 
carro citado ultrapassou o sinal vermelho e atropelou JOÃO DOS SANTOS que na época 
do acidente estava com 8 anos de idade que estava passando férias na casa dos seus 
avós. 
O condutor do veículo, não obedeceu o sinal de PARE, invadindo abruptamente 
a pista na qual a criança estava atravessando, o atingindo sem qualquer chance de 
reação e não prestou socorro, na ocasião os avós encaminharam a criança a 
emergência do hospital particular, foi realizado o B.O. na delegacia. A mãe entrou em 
contato com a empresa e esta se absteve de todas as responsabilidades no tratamento 
médico da criança. 
O menor retornou para Belém antes do termino de suas férias e foi submetido 
a um longo e custoso tratamento com consultas médicas, remédios e inclusive com 
psicólogo por conta do trauma sofrido por conta do acidente. Atualmente o menor 
encontra-se com 12 anos de idade, ainda com sequelas e traumas psicológicos e uma 
enorme cicatriz em suas costas que afeta a sua vaidade. 
Portanto, diante da desídia da Ré em arcar com as despesas médicas e de 
sessões de fisioterapia e psicologia, todas suportadas pelo Autor, conforme notas 
fiscais e orçamentos em anexo; tentativa de eximir-se da responsabilidade; da 
ausência de assistência da Ré; das tentativas infrutíferas de composição amigável; do 
direito patente do Autor à indenização pela prática de ato ilícito cometido pela Ré, o 
presente instrumento torna-se indispensável, devendo o Autor ser reparado pelos 
danos materiais experimentados, e em danos morais, para que, inclusive, sirva de 
exemplo à Ré ao cometimento de novas ilicitudes. 
 
2. DO DIREITO 
O artigo 5º, inciso X da Constituição Federal dispõe: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. 
 
De início exsurge o direito do Autor à indenização material e moral, posto que a 
Ré, por certo, promoveu manobra sem se atentar para as regras de trânsito. Ao 
contrário, teria evitado o acidente. De acordo com o artigo 28 e 29 do Código de 
Trânsito Brasileiro, temos que: 
 
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, 
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. 
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação 
obedecerá às seguintes normas: 
[...] 
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre 
o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, 
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da 
circulação, do veículo e as condições climáticas; 
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem 
de local não sinalizado, terá preferência de passagem: 
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que 
estiver circulando por ela; 
 
Temos por cristalino que a Ré não manteve observância aos cuidados 
indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com total falta de atenção, ignorando a 
sinalização, avançando com notória imprudência, e portanto, infringindo o disposto 
normativo supra. 
 
A Ré também deixou de observar as normas insertas nos artigos 34 e 44 da 
mesma Lei, que tratam sobre a indispensável prudência e velocidade moderada em 
qualquer tipo de cruzamento: 
 
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se 
de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o 
seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua 
direção e sua velocidade. 
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do 
veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade 
moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar 
passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. 
 
Nesse diapasão, a responsabilidade pelo cometimento de ato ilícito vem 
expressa nos artigos 186 e 927 do Diploma Civil Brasileiro, ora invocados: 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
 
A legislação, portanto, determina que no caso de ilícito cometido, a reparação é 
patente, inclusive por danos morais. Nesse sentido, já se manifestou o Egrégio Tribunal 
de Justiça de Santa Catarina, cuja ementa transcreve-se: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR 
DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE 
TRÂNSITO. COLISÃO ENTRE VEÍCULO E MOTOCICLETA. 
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DAS 
REQUERIDAS. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA. INVASÃO E 
OBSTRUÇÃO DE VIA PREFERENCIAL. CULPABILIDADE 
EVIDENCIADA, QUE PREPONDERA SOBRE EVENTUAL EXCESSO 
DE VELOCIDADE. "Age com culpa, sob a rubrica imprudência, o 
condutor de veículo que invade via preferencial, cortando o 
fluxo do tráfego e dando causa ao acidente, [...] a invasão de 
preferencial prepondera, em tal contexto, sobre eventual 
excesso de velocidade imprimido ao veículo contrário." (AC n. 
2006.004784-8, de Criciúma, Rel. Des. Trindade dos Santos). 
LUCROS CESSANTES. RENDIMENTOS MENSAIS QUE ADVINHAM 
DE TRABALHO COMO PEDREIRO. ALEGADA AUSÊNCIA 
ABSOLUTA DE ARCABOUÇO PROBATÓRIO APTO A 
CORROBORAR QUE O AUTOR EXERCIA ATIVIDADE LABORAL. 
TESE RECHAÇADA. OFENSA QUE RESULTOU EM AFASTAMENTO 
DO AUTOR DAS SUAS ATIVIDADES HABITUAIS POR 60 DIAS. 
INCIDÊNCIA DO ART. 950 DO CÓDIGO CIVIL. APURAÇÃO DA 
VERBA INDENIZATÓRIA EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. 
DECISUM ALTERADO NO TÓPICO, PARA ESTABELECER O 
SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DO ACIDENTE COMO BASE 
DE CÁLCULO. SUPOSTA AUSÊNCIA DE PROVA DO DANO 
MORAL. OFENSA À INTEGRIDADE FÍSICA DO DEMANDANTE. 
FRATURA DE PUNHO. ABALO ANÍMICO EVIDENCIADO. PLEITOS 
DE MINORAÇÃO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 
REDUÇÃO QUE SE IMPÕE. OBSERVÂNCIA DA EXTENSÃO DO 
DANO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 944 DO CÓDIGO CIVIL. APELO 
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA 
REFORMADA. INALTERADA A DISTRIBUIÇÃO DOS ÔNUS 
SUCUMBENCIAIS. [...] A 2ª Câmara de Enfrentamento de 
Acervos decidiu, por votação unânime, conhecer do recurso e 
dar-lhe parcial provimento para reduziro quantum da 
indenização por danos morais para o valor de R$ 8.000,00 (oito 
mil reais), acrescido de juros de mora desde o evento danoso e 
correção monetária pelo INPC a partir da data deste 
arbitramento, e, ainda, fixar o valor da condenação dos lucros 
cessantes, correspondente a 01 (um) salário mínimo (vigente 
na época do período de convalescença) mensal, durante o 
período de convalescença de 60 (sessenta dias), a contar da 
data do infortúnio. As prestações deverão ser pagas de uma só 
vez, atualizadas pelo INPC a partir do vencimento de cada 
parcela, e acrescidas de juros de mora de 1%, a partir da data 
do sinistro. Custas legais. (TJSC, Apelação Cível n. 0000206-
68.2013.8.24.0081, de Xaxim, rel. Des. José Agenor de Aragão, 
2ª Câmara de Enfrentamento de Acervos, j. 19-07-2018). 
 
O ato ilícito é conduta conflitante com o ordenamento pátrio. Violar direito é, 
via de regra, transgredir norma imposta. Assim, a conduta praticada pela Ré, conforme 
dispositivos avocados, afrontou direito do Autor causando-lhe dano material e moral, 
o que por conseguinte, merece a devida reparação. 
 
Nesse sentido, destacam-se ainda os seguintes dispositivos legais: 
 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa 
exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de 
trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros 
cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à 
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele 
sofreu. 
 
Há testemunhas do local do acidente que afirmam que o semáforo indicando 
PARE onde a Ré deveria ter parado antes de adentrar na via, atropelando o menor de 
forma grave é indiscutivelmente clara. Ademais, houve omissão de socorro. O 
dispositivo legal no código de transito sobre o crime de omissão, diz: 
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar 
imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa 
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública. 
Certo é que, não fosse o comportamento de desatenção da Ré, o acidente não 
teria ocorrido, na medida em que tentou furar o sinal semafórico sem se precaver das 
cautelas necessárias. Daí porque se afigura inafastável o dever reparatório. 
Na esfera do dano moral, podemos defini-lo como sendo aquele que acarreta 
abalo psíquico, ou seja, que acarreta um distúrbio anormal na vida da vítima, 
condicionando-o ao sofrimento, humilhação, constrangimento, etc. Nesse sentido, a 
doutrina assevera que: 
 
“Dano moral é o prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima. (...) 
Será moral o dano que ocasiona um distúrbio anormal na vida do indivíduo; uma 
inconveniência de comportamento ou, como definimos, um desconforto 
comportamental a ser examinado em cada caso” 
“É qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária, e 
abrange todo atentado à reputação da vítima, à sua autoridade legítima, ao seu pudor, 
à sua segurança e tranquilidade, ao seu amor estético, à integridade de sua 
inteligência, às suas afeições, etc.” 
“Qualificam-se como morais os danos em razão da esfera da subjetividade, ou do 
plano valorativo da pessoa na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-
se, portanto, como tais aqueles que atingem os aspectos mais íntimos da 
personalidade humana (o da intimidade e da consideração pessoal), ou o da própria 
valoração da pessoa no meio em que vive e atua (o da reputação ou da consideração 
social).” 
 
Assim, é imperioso reconhecimento do abalo moral. 
 
Na linha dos precedentes do TJSC, "a indenização por danos morais deve ser 
fixada com ponderação, levando-se em conta o abalo experimentado, o ato que o 
gerou [...]; não podendo ser exorbitante, a ponto de gerar enriquecimento, nem 
irrisória, dando azo à reincidência." 
E ainda: 
 
O dano moral é o prejuízo de natureza não patrimonial que afeta o estado 
anímico da vítima, seja relacionado à honra, à paz interior, à liberdade, à 
imagem, à intimidade, à vida ou à incolumidade física e psíquica. Assim, para 
que se encontre um valor significativo a compensar este estado, deve o 
magistrado orientar-se por parâmetros ligados à proporcionalidade e à 
razoabilidade, ou seja, deve analisar as condições financeiras das partes 
envolvidas, as circunstâncias que geraram o dano e a amplitude do abalo 
experimentado, a fim de encontrar um valor que não seja exorbitante o 
suficiente para gerar enriquecimento ilícito, nem irrisório a ponto de dar azo 
à renitência delitiva"(Apelação Cível n. 0017455-16.2012.8.24.0033, de 
Itajaí, rel. Des. Fernando Carioni, j. em 21-2-2017). 
 
Em caso de acidente de trânsito, o abalo moral ocorre in re ipsa, isso quer 
dizer que é inerente à ofensa perpetrada. O valor da indenização por danos 
morais e danos estéticos envolve critérios subjetivos em seu arbitramento, 
não deve abranger montante que possa caracterizar enriquecimento ilícito, 
nem tampouco valor insignificante. Sua fixação deve considerar os diversos 
fatores que envolveram o ato lesivo e o dano dele resultante. (TJSC, 
Apelação Cível n. 0806575-56.2013.8.24.0045, de Palhoça, rel. Des. Saul 
Steil, j. 08-08-2017). 
Simples acidente de circulação pode, nos dias de hoje, ser fato até normal, 
suportável pelo homem comum; acidente de circulação no qual se 
consumam lesões físicas, mesmo sem sequelas permanentes, porém, dá 
ensejo à reparação por danos morais, pois é certo a dor emocional 
vivenciada a partir de tais fatos. A compensação por dano extrapatrimonial 
deve considerar, além da extensão do dano, o grau de culpa do ofensor e 
sua condição econômico-financeira, os fins pedagógico, inibitório e 
reparador da verba, conquanto assim restará razoável e proporcional. Se 
fixada em patamar irrisório, impõe-se a sua majoração. (TJSC, Apelação Cível 
n. 0009900-11.2004.8.24.0038, de Joinville, rel. Des. Gilberto Gomes de 
Oliveira, j. 03-08-2017). 
Os danos morais decorrentes de lesões advindas de ilícito civil estão 
matizados no sofrimento, dores físicas, risco de vida, angústias, dúvidas, 
incertezas e demais situações aflitivas indescritíveis experimentadas 
injustamente pelas vítimas de acidente de trânsito (TJSC, Apelação Cível n. 
0300165-98.2014.8.24.0014, de Campos Novos, rel. Des. Joel Figueira 
Júnior, j. 06-07-2017). 
 
Essas especificidades exigem que o arbitramento do quantum da indenização 
se faça conforme o posicionamento jurisprudencial do Tribunal ora mencionado, 
fundado sempre em critério de razoabilidade, tendente a reconhecer e condenar a ré a 
pagar valor que não importe enriquecimento sem causa para aquele que suporta o 
dano, mas uma efetiva reparação de caráter moral, e uma séria reprimenda ao autor 
do dano, que lhe sirva de exemplo a não reincidência. 
 
Assim, considerados os aspectos acima e a situação socioeconômica da Ré, 
tem-se por razoável e proporcional a fixação do quantum indenizatório em R$ 
10.000,00 (Dez mil reais), valor este, aliás, que está em consonância com precedentes 
do TJSC. 
 
3. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Diante de todo exposto, REQUER: 
 
A citação da Ré por CARTA, para contestar, querendo, os termos da presente, 
sob pena de confissão e revelia; 
A procedência do pedido para condenar a Ré ao pagamento no valor de R$ 
25.000,00 por danos materiais, comprovados por meio de nota fiscal em anexo, valor 
este que deverá ser acrescido de juros e correção monetária desde a data do acidente; 
Condenar a Ré ao pagamento de R$ 3.500,00 referente as sessões de 
fisioterapia e psicologia, arcadas pelo Autor, conforme nota fiscal em anexo, acrescido 
de juros e correção monetária; 
 
A condenação da Ré ao pagamento no valor de R$ 10.000,00 a título de danos 
morais, em valor este em consonância com os precedentes do TJSC, salvo se VossaExcelência julgar que o valor merece majoração; 
A condenação da Ré ao pagamento de todas e quaisquer custas e despesas 
processuais, bem como, de honorários sucumbenciais de 20% sobre o valor total da 
condenação em conformidade com o artigo 84 e 85 do CPC/2015; 
A dispensa da audiência conciliatória, conforme preconiza o art. 319, inciso VII 
do NCPC, por ser medida inócua, posto que a Ré já demostrou que não irá arcar com as 
custas materiais decorrentes do acidente que dera causa; 
Requer ainda, que as futuras intimações e notificações sejam todas feitas em 
nome do advogado subscritor. 
Protesta, por fim, comprovar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos. 
Por esse meio peço deferimento. 
 
Belém, 24 de Novembro de 2020 
Nilson Ribamar Salvador dos Santos 
Advogado

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