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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RJ (Art. 319, I, CPC c/c Art. 46 “caput”, CPC/15) GERSON ANDRADE, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº ... expedida pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Vitória/ES ... (art. 319, II, CPC), por intermédio de seu advogado subscrito, com endereço profissional na Rua ... e endereço eletrônico ... para fins do Artigo 77, V do CPC, vem a este juízo propor AÇÃO PAULIANA Pelo procedimento comum (art 318, CPC), em face de BERNARDO ALMEIDA, brasileiro, divorciado, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedida pelo ... inscrito no CPF/MF nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Salvador/BA (art. 319, II, CPC) E JANAINA ALMEIDA, menor impúbere, representada por sua genitora FÁTIMA SANTOS, brasileira, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº ... expedida pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliada na Rua ... (art. 319, II, CPC), pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I – DOS FATOS (art, III, CPC) Inicialmente cumpre informar que o réu contraiu dívida com o autor através de nota promissória no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), com vencimento na data 10 de outubro de 2016. No entanto, após o vencimento e o não pagamento desta, o réu com suposto intuito de livrar-se da obrigação, realiza uma doação à sua filha, menor impúbere, de dois imóveis, sendo um localizado na cidade de Aracruz/ES e o outro localizado na cidade de Linhares/ES. Vale destacar que uma das cláusulas do contrato de doação firmado entre o Bernardo Almeida e Janaina Almeida é a de usufruto vitalício em favor do próprio réu, além disso, está presente no contrato a cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de ônus Reais. Cumpre salientar que o imóvel transmitido à sua filha está alugado para terceiros e que o réu possui dívidas que ultrapassam a soma de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais). Diante da narrativa dos fatos, não restou alternativa ao Autor a não ser a propositura da presente demanda com o objetivo de anular o negócio jurídico entabulado pelas partes, qual seja a doação dos imóveis. II – DOS FUNDAMENTOS (Art. 319, III, CPC) Dos fatos, restou comprovado que o réu utilizando-se da má fé, com intuito de livrar-se da obrigação, realizou negócio jurídico contendo vício social, caracterizado como fraude contra credores, previsto no (art. 158, CC), ao transmitir gratuitamente um imóvel localizado na cidade de Linhares/ES e outro na cidade de Aracruz/ES, para sua filha menor impúbere. Imóvel este que serviria como forma de pagamento da dívida contraída pelo réu com o autor através de nota promissória. Trata-se de vício social pois a parte prejudicada não participa do ato, mas sofre as conseqüências jurídicas decorrentes dele. Em síntese esse vício consiste na intenção do devedor em desfalcar seu patrimônio, no intuito de frustrar o direito do credor. Para ser configurada a fraude, é imprescindível que, com o negocio jurídico, o passivo do devedor se torne superior ao seu ativo. A doutrina entende que a fraude contra credores pressupõe a existência de dois requisitos para ser configurada, um deles é o caráter subjetivo que consiste na intenção maliciosa do devedor de causar o dano, ou para muitos, a má fé dos envolvidos segundo requisito de índole subjetiva. É sabido que a validade do negócio jurídico depende do preenchimento dos requisitos previstos no (art. 104 do CC), quais sejam capacidade do agente, objeto lícito, possível, determinado, ou determinável, forma prevista ou não defesa em lei, manifestação de vontade livre e sem vícios. Apenas o credor pré-existente, ou seja, aquele que já tinha um crédito a receber antes da ação fraudulenta tem legitimidade para propor ação de anulação do negócio jurídico, conforme (art. 158, §2º, do CC). O prazo para anulação do negócio jurídico fraudulento é de quatro anos, contados do dia em que foi celebrado. (Art. 178, inciso II, CC). Fausto Pereira de Lacerda Filho, acerca da fraude contra credores, assim leciona: “Assim, conclui-se que o devedor age em fraude aos credores quando tem pleno conhecimento de sua situação patrimonial e sabe que qualquer alteração no sentido de diminuí-la, importará na impossibilidade de saldar seus compromissos. E o Consilium Fraudis estará evidenciado quando as circunstâncias demonstrarem que o devedor não podia ignorar que o ato praticado torná-lo-ía insolvente ou agravaria a insolvência, se preexistente" A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assim se posiciona acerca da anulação do negócio jurídico por vício social: AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL - EMBARGOS DE TERCEIRO - FRAUDE ÀEXECUÇÃO - DOAÇÃO DO IMÓVEL, OBJETO DE PENHORA, AOS FILHOS E DESTES À EMBARGANTE - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. 1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que "Considera-se em fraude de execução a doação de imóvel ao descendente quando, ao tempo da doação, corria contra os devedores demanda capaz de reduzi-los à insolvência" (REsp 1600111/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/09/2016, DJe 07/10/2016). Precedentes. Comprovado o vício social, qual seja a fraude contra credores, segundo dicção do art. 158 CC, deve o negócio jurídico ser anulado, cabendo ressaltar que a presente demanda anulatória revela-se tempestiva, já que o contrato foi realizado 10 de outubro de 2016, e o art. 178, II do CC dispõe ser de 04 anos o prazo decadencial para se pleitear a anulação, sendo o termo inicial de contagem do prazo o dia em que se realizou o contrato. Por fim, imprescindível se mostra a anulação do contrato de doação dos dois imóveis. III – DOS PEDIDOS (art. 319, IV, CPC): Diante do exposto, a parte Autora requer a esse juízo: a) a designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para o seu comparecimento (art. 695, caput, CPC); b) a citação do réu para integrar a relação processual; c) a procedência do pedido autoral para anular o negócio jurídico entabulado pelas partes; d) a condenação do réu nas custas processuais e honorários advocatícios ou a condenação do réu aos ônus sucumbenciais. V – DAS PROVAS (art. 319, VI, CPC): Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. VI- DO VALOR DA CAUSA (art. 292, II, CPC c/c art. 319, V, CPC): Dá–se à causa o valor de R$ 400.000,00 (Quatrocentos mil reais), nos termos do art. 292,II, do CPC. Termos em que Pede deferimento. Local, (Dia), (Mês) de (ano) Nome do Advogado OAB/UF no ... EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO (art. 319, I, CPC c/c art. 46 CPC) JOAQUIM MARANHÃO, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Nova Friburgo/RJ ... (art.319, II, CPC) E ANTÔNIO MARANHÃO, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Nova Friburgo/RJ ... (art. 319, II, CPC) E MARTA MARANHÃO, brasileira, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrita no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliada na Rua ... Nova Friburgo/RJ... (art.319, II, CPC), por intermédio de seu advogado subscrito com endereço profissional na Rua ... endereço eletrônico ... para fins do art. 77, V, do CPC, vem a este juízo propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO Pelo procedimento comum (art. 318, CPC), em face de MANUEL MARANHÃO, brasileiro, estado civil, portador da carteira de identidade nº ... inscrito no CPF nº ... endereço eletrônico ...residente e domiciliado na Rua ... Cidade ... (art. 319, II, CPC c/c 114 CPC) E FLORINDA MARANHÃO, brasileira, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Cidade ... (art.319, II, CPC c/c art. 114 CPC) E RICARDO MARANHÃO, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ... expedido pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Cidade ... (art.319, II, CPC c/c art. 114 CPC) pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I – DOS FATOS (Art. 319, III, CPC) Inicialmente cumpre informar que na data 20/09/2018 os réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, transferiram onerosamente por Escritura de Compra e Venda, lavrada no Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo/RJ e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, um imóvel por um valor inferior ao valor de mercado, para o neto, Ricardo Maranhão. Os autores que possuíam a expectativa de direito sobre o imóvel citado, discordam totalmente do negócio jurídico realizado, pois os mesmos não deram consentimento à venda. O imóvel em questão é representado por um sítio situado na Rua Bromélia em Petrópolis/RJ, e foi vendido pelo preço certo e ajustado de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), porém, os autores acreditam que o valor correto do imóvel seria de R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais). II – DOS FUNDAMENTOS (art. 319, III, CPC) De acordo com os fatos narrados, restou comprovada a invalidade do negócio jurídico por não respeitar a vontade dos outros descendentes, diante da falta de consentimento expresso dos mesmos, sendo possível então a anulação do contrato nos termos do art. 496, CC. Para haver a transferência de imóveis, sendo onerosa ou não, é imprescindível o consentimento dos herdeiros, pois estes são os maiores interessados no bem, já que possuem a expectativa sobre ele. É certo que não foi observada a forma prevista em lei no momento da celebração do contrato, onde feriu um dos requisitos de validade do negócio jurídico, (art. 104, CC). Além disto, vale salientar que o imóvel discutido na presente demanda foi vendido por um valor abaixo do valor de mercado, onde os autores acreditam fielmente que os réus Manuel e Florinda tiveram o objetivo de beneficiar o neto Ricardo. CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA nos afirma que: “No direito sucessório moderno, o princípio dominante é o da igualdade dos quinhões. O monte partível se dividirá em tantas quotas iguais quantos são os herdeiros. Quando o ascendente beneficia um descendente, seja com uma doação, seja com a constituição de um dote, seja com a provisão de fundos com que pagar suas dívidas, estará rompendo aquela par conditio e desfalcando o monte em detrimento dos demais, mesmo que não haja ultrapassado a metade assegurada aos herdeiros. Presume-se que a liberalidade teve caráter de antecipação de seu quinhão, salvo declaração expressa, em contrário, da parte do doador”. Por fim, Silvio Rodrigues afirma que: “O histórico do instituto revela que seu nascimento e sua evolução tiveram por causa, sempre, o propósito de buscar a igualdade entre os descendentes”. O prazo para pleitear a anulação do negócio jurídico citado é de 2 (dois) anos, a partir da data da conclusão do ato, de acordo com o (art. 179, CC). A Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim se posiciona quanto a anulação do negócio jurídico por https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 venda de ascendente a descendente, sem consentimento dos demais descendentes: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL DE AVÓ PARA A NETA E SEU MARIDO. ALEGADA AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO E CONSENTIMENTO DA AUTORA OU DE SUA MÃE ENQUANTO VIVA, HERDEIRA NECESSÁRIA DA VENDEDORA. ATO ANULÁVEL, SUJEITO A PRAZO DECADENCIAL DE 2 ANOS. DECADÊNCIA RECONHECIDA NA R. SENTENÇA. ARTIGOS 496 C/C 179 DO CC. ACERTO DA R. SENTENÇA. DESPROVIMENTO DO APELO. 1. A compra e venda ora repudiada foi feita às claras, com escritura, registro no RGI, recolhimento do imposto de transmissão e mediante pagamento, devidamente comprovado. Assim, se algum vício há no referido negócio jurídico, é, efetivamente, a ausência de consentimento da mãe da autora, que ainda era viva quando realizada a compra e venda, não havendo que se falar em simulação. 2. Conforme os enunciados 368 da IV Jornada de Direito Civil do CJF e enunciado 545 da VI Jornada de Direito Civil do CJF, o prazo para pleitear a anulação de venda de ascendente a descendente sem anuência dos demais descendentes e/ou do cônjuge do alienante é de 2 (dois) anos, contados da ciência do ato, que se presume absolutamente, em se tratando de transferência imobiliária, a partir da data do registro de imóveis. 3. Inegável o decurso do prazo decadencial na espécie, já que o registro no RGI é datado de 03/10/2013 e a ação só foi ajuizada em 04/08/2017. 4. Sentença correta. 5. Desprovimento do apelo. 0197943-27.2017.8.19.0001 – APELAÇÃO (Des(a). GILBERTO CLÓVIS FARIAS MATOS - Julgamento: 27/08/2019 - DÉCIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL) Diante da comprovação da falta de consentimento dos réus, deve o negócio jurídico ser anulado. III – DOS PEDIDOS (art. 319, IV, CPC): Diante do exposto, a parte Autora requer a esse juízo: a) a designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para o seu comparecimento (art. 695, caput, CPC); b) a citação do réu para integrar a relação processual; c) a procedência do pedido autoral para anular o negócio jurídico entabulado pelas partes; d) a condenação do réu nas custas processuais e honorários advocatícios ou a condenação do réu aos ônus sucumbenciais. V – DAS PROVAS (art. 319, VI, CPC): Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. VI- DO VALOR DA CAUSA (art. 292, II, CPC c/c art. 319, V, CPC): Dá–se à causa o valor de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais), nos termos do art. 292,II, do CPC. Termos em que Pede deferimento. Local, (Dia), (Mês) de (ano) Nome do Advogado OAB/UF no ... PRÁTICA SIMULADA I Professora: Cintia Souza Aluna: Amélia Linhares Juliano Matricula: 201701250971 EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA __ VARA CIVEL DA COMARCA DE NITERÓI – RJ (art. 319, I, do CPC c/c art. 46 do CPC) JOÃO DA SILVA, brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços gerais, portador da carteira de identidade nº ... expedida pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ... residente e domiciliado na Rua ... Cabo Frio – RJ (art. 319, II, CPC), por intermédio de seu advogado subscrito com endereço profissional na Rua ... endereço eletrônico ... para fins do art. 77, V, CPC, vem a este Juízo propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO Pelo procedimento comum (art. 318, CPC), em face de ARTHUR MENDES, brasileiro, solteiro, contador, portador da carteira de identidade nº ... expedida pelo ... inscrito no CPF/MF sob o nº ... endereço eletrônico ...residente e domiciliado na Rua ... Niterói – RJ (art. 319, II, CPC) pelos fatos e fundamentos que passa a expor I – PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (art. 1.048 do CPC c/c art. 71 do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) Conforme se verifica da análise dos documentos pessoais do Autor que instruem a inicial, a parte conta hoje com mais de 60 anos de idade, fazendo jus ao beneficio da prioridade na tramitação dos processos e procedimentos judiciais, conforme disposto nos artigos 1.048 do CPC/15 e 71 da Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso). II – DESIGNAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (art. 319, VII, CPC) O autor da presente demanda tem interesse na realização da audiência de conciliação e mediação. III – DOS FATOS (art. 319, III, CPC) Inicialmente cumpre informar, que em 05 de março de 2017 o autor foi coagido a assinar um contrato de compra e venda com quitação de preço de um imóvel, através de grave ameaça, tendo sido utilizada uma arma de fogo para concretizar a coação. O imóvel citado no contrato tem como proprietário o autor da demanda, e está situado na Rua Jacira, 922, São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro. O Réu utilizou uma arma de fogo como forma de coação ao entrar no local onde se encontrava o autor e sua filha, menor impúbere, que presenciou todo o ocorrido. O Réu ameaçou disparar contra os dois caso o proprietário do imóvel não assinasse o contrato de compra e venda. Além disso, no contrato o valor do imóvel possuía um valor muito abaixo do valor real de mercado. Sendo certo também que o autor jamais recebera valor algum referente ao imóvel. II – DOS FUNDAMENTOS (art. 319, III, CPC) Dos fatos acima citados, restou comprovada a possibilidade de anulação do negócio jurídico, diante do vício de vontade presente no contrato, qual seja a coação (art. 171, II, CC). Segundo Carlos Roberto Gonçalves: “Coação é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. (Carlos Roberto Gonçalves, pág. 424, ob. cit. ant.).” O autor sofreu grave ameaça na presença de sua filha, menor impúbere, para assinar um contrato de compra e venda de um imóvel do qual é proprietário, ferindo-se assim um dos requisitos de validade do negócio jurídico, (art. 104, CC). A licitude refere-se ao objeto imediato, qual seja a ação humana, e esta foi demonstrada de forma ilícita, já que o réu apresentava consigo arma de fogo para a realização da coação. A jurisprudência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, assim se posiciona quanto a anulação do negócio jurídico por conter vicio de consentimento, mais precisamente a coação: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO C/C PERDAS E DANOS. NEGÓCIO REALIZADO SOB COAÇÃO. VÍCIO DE VONTADE QUE CONTAMINA O NEGÓCIO E ENSEJA NULIDADE DO ATO. Em ação de anulação de negócio jurídico, a demonstração da ocorrência de coação na prática do referido ato dá azo à sua anulação, isso porque "Caracterizada a coação, que se consuma mediante a submissão do coacto a uma violência ou constrangimento de cunho físico ou moral, justificada está a anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes". (AC - Rel: Des. Fernando Carioni - DJ de 27-3-2007) ARGUIÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO ARTIGO 178, § 9, INCISO V, DÓ CÓDIGO CIVIL DE 1916. INOCORRÊNCIA. TEM INÍCIO O PRAZO PRESCRICIONAL A CONTAR DA CESSAÇÃO DA COAÇÃO. RECURSO NÃO PROVIDO. "Com efeito, em se tratando de coação o vício ensejador da anulação do ato jurídico, o prazo prescricional de quatro anos começará a correr apenas após a cessação do ato coator". (AC - Rel: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta ¿ DJ de 31-3-2009) (TJ-SC - AC: 164315 SC 2008.016431-5, Relator: Carlos Prudêncio, Data de Julgamento: 06/04/2010, Primeira Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Orleans) É notório que o contrato firmado entre as partes é inválido, pois foi assinado sob pressão, sem escolha da parte autora de se negar a realizá-lo, já que estava em situação de risco, tendo a sua vida e a de sua filha em perigo caso não assinasse o contrato (art. 151, CC). Além disso, o fato do autor não recorrer a uma delegacia para noticiar os fatos, demonstra a total insegurança e o temor causado pelo trauma vivenciado pelo autor e por sua filha. Vale ressaltar também que o imóvel em questão que está localizado em São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro, está constando no contrato com o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), porém, o valor real de mercado seria de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Sendo certo e comprovado que o autor apesar de assinar o contrato, não recebeu o valor demonstrado no contrato. Diante disto, vem o autor a Juízo propor ação de anulação do negócio jurídico, tendo em vista que o contrato deverá ser anulado por conter vício de vontade, ou seja, coação. III – DOS PEDIDOS (art. 319, IV, CPC): Diante do exposto, a parte Autora requer a esse juízo: a) a prioridade na tramitação (arts. 1.048 do CPC/15 c/c art. 71 da Lei 10.741/03) b) a designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para o seu comparecimento (art. 695, caput, CPC); c) a citação do réu para integrar a relação processual; d) a procedência do pedido autoral para anular o negócio jurídico entabulado pelas partes; e) a condenação do réu nas custas processuais e honorários advocatícios ou a condenação do réu aos ônus sucumbenciais. V – DAS PROVAS (art. 319, VI, CPC): Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. VI - DO VALOR DA CAUSA (art. 292, II, CPC c/c art. 319, V, CPC): Dá–se à causa o valor de R$ 80.000,00 (Oitenta mil reais), nos termos do art. 292, II, do CPC. Termos em que Pede deferimento. Local, (Dia), (Mês) de (ano) Nome do Advogado OAB/UF n o ... AO JUIZO DE DIREITO DA ____________ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE / SC PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da cédula de identidade X, expedida pelo órgão X, inscrito no CPF sob o nº X, residente e domiciliado no endereço na Rua Bauru, nº 371, Brusque/ SC, endereço eletrônico X; vem por meio de seu advogado X, com endereço profissional X, à presença de V. Exa. ; propor: AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO Em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portador da cédula de identidade X, expedida pelo órgão X, inscrito no CPF sob o nº X, residente e domiciliado no endereço Rua Diamantes, nº 123, Brusque/ SC, endereço eletrônico X; JONATAS , Espanhol, casado, comerciante, portadora da cédula de identidade X, expedida pelo órgão X, inscrito no CPF sob o nº X, residente e domiciliado no endereço Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/ SC, endereço eletrônico X;JULIANA , brasileira, casada, profissão, portador da cédula de identidade X, expedida pelo órgão X, inscrito no CPF sob o nº X, residente e domiciliado no endereço Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/ SC, endereço eletrônico X; pelo rito comum, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos: I – FATOS E FUNDAMNETOS O autor na data de 01/02/2017, ao chegar no imóvel de sua propriedade, situado a Rua Rubi, nº 350, Balneário de Camboriú / SC, ( escritura pública em anexo); teve a ingrata surpresa de se deparar com a presença dos 2º e 3º réus . Instados sobre a justificativa de lá estarem residindo 2º e 3º réus, informaram ao autor que adquiriram o imóvel na data de 15/12/2016, junto a 1ª ré que valendo-se de uma procuração outorgada pelo autor no ano de 2011, com poderes especiais para alienaçãodo imóvel. Ocorre que em 16/11/2016, o autor revogou a mencionada procuração, notificando a 1ª ré, bem como, o titular do cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração, com 10 dias de antecedência ao ato de alienação. Conforme disposto no art. 653 do CC, o instrumento de mandato (procuração) que tem como fundamento outorgar poderes a outrem se utilizado com o art. 661§ 1 do CC, dita poderes especiais inerentes a aquele documento específico onde a 1ª ré poderia estar efetuando alienação de imóvel. Entretanto o autor veio à revogar o instrumento de mandato segundo o art. 682,I do CC, extinguindo assim seus efeitos. O que devido os vícios que rondam a venda do imóvel solicita-se a anulação do negócio jurídico, art. 166 do CC. II- DO PEDIDO Por todo o exposto requer: a) Requer a concessão do benefício de prioridade segundo o art. 1048,I do CPC. b) A citação/ intimação das partes rés para integrar a relação processual e comparecer á audiência de conciliação/ mediação onde, não sendo obtido o acordo, terá início o prazo para apresentação de resposta, sob pena de revelia, c) A procedência do pedido com a anulação do Negócio Jurídico. d) A condenação da parte ré aos ônus sucumbênciais. III- PROVAS Requer a produção de todos os meios de provas em Direito admitidos. IV- VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$150.000,00 ( cento e cinquenta mil reais). V- AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO / MEDIAÇÃO A parte autora manifesta o interesse na realização de audiência de conciliação e mediação. Pede deferimento. Brusque/ SC, XX/XX/XX ____________________________________ Nome do advogado X, OAB/ X Inscrição nº AO JUIZO DE DIREITO DA ______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA/SP MARIA, brasileira, viúva, profissão, portadora da cédula de identidade nºX, expedida pelo X, inscrita no CPF sob nºX, residente e domiciliado no endereço X, Araçatuba/SP, endereço eletrônico X, vem por meio de seu advogado X, com o endereço profissional X, à presença de V. Exa. propor: AÇÃO INDENIZATÓRIA c/c TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA DE URGÊNCIA em face de ROBERTO, nacionalidade brasileiro, estado civil X, comerciante, portador da carteira de identidade nº X, expedida pelo X, inscrita no CPF sob nº X, residente e domiciliado no endereço X, endereço eletrônico X, pelos fatos e fundamentos abaixos expostos. I- GRATUIDADE DE JUSTIÇA Inicialmente afirma nos termos do art. 98 do CPC, ser juridicamente pobre não possuindo condições de arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo próprio ou de sua família razão pela qual requer o deferimento do pedido de gratuidade de justiça; II – DOS FATOS E FUNDAMENTOS Fato é que Marcos, pedreiro, residente de Araçatuba/SP, caminhava por uma rua em Recife/PE, quando foi atingido por um aparelho de ar-condicionado, manejado de forma imprudente por Roberto(réu). Após o ocorrido, Marcos foi encaminhado ao hospital particular, onde houve o devido atendimento, e lá permaneceu por um dia, não resistindo e vindo a falecer. Maria, a autora da ação profundamente abalada com tamanha perda, teve que arcar com despesas de locomoção do corpo para sua cidade de Araçatuba, num total de R$3.000,00 (três mil reais) e ainda com as despesas hospitalares no valor de R$3.000,00 (três mil reais). O Marcos tinha uma renda mensal como pedreiro equivalente a um salário mínimo, onde era responsável por seu sustento e de sua esposa Maria. Tendo como prova o laudo da perícia técnica que aponta a causa da morte, traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, onde o réu foi indiciado sendo denunciado e condenado em 1ª Instância como autor de homicídio culposo. Portanto, segundo os arts. 186 do CC, que diz que aquele que por imprudência, causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito e como complemento o art. 927 do CC, afirma que aquele que através de ato ilícito causar dano a outrem, ficará obrigado a repará-lo. Decorrente da Responsabilidade que acabamos de ver nos artigos citados acima, o art. 948 e seus incisos I e II, traz duas hipóteses de que o homicídio consiste na indenização, que seriam das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família e ainda na prestação de alimentos as pessoas dependentes financeiramente do morto, no caso em ambas as hipóteses a autora se enquadra em ser reparada pelo dano causado. III– TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA Requer a Tutela Antecipada de Urgência, do pedido de uma pensão mensal no valor de um salário mínimo, R$954,00 (novecentos e cinqüenta e quatro reais). IV-PEDIDO Por todo exposto requer: 1) Deferimento de gratuidade de justiça. 2) Concessão de Tutela Antecipada Provisória de Urgência, para determinar a o réu o imediato pagamento de pensão no valor equivalente á um salário mínimo, 3) A citação/intimação da parte ré para integrar a relação processual e comparecer à audiência de conciliação/mediação onde, não sendo obtido o acordo, terá início o prazo para a apresentação de resposta, sob pena de revelia; 4) A condenação do réu para: a) pagar a autora pensão no valor equivalente a um salário mínimo; b) pagar a autora o valor de R$3.000,00 (três mil reais ) á titulo de despesas médicas; c) pagar a autora o valor de R$3.000,00 (três mil reais ) á titulo de despesas funerais; d) pagamento a autora no valor de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) á titulo de dano moral. 5) a condenação da parte ré aos ônus sucumbênciais. III – DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de provas no Direito admitidos. IV- VALOR DA CAUSA Dá–se à causa o valor de R$ 67. 448, 00 (sessenta e sete mil e quatrocentos e quarenta e oito reais). Pede deferimento. Itabuna, XX/XX/XX. ____________________ Nome do advogado – OAB/X Inscrição nº X
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