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Prof. Márcio Mendes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas de Aula 
Instalações Hidráulicas Prediais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Janeiro de 2012 
 
 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 
2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS DE ÁGUA FRIA ................................... 2 
2.1 Definições ......................................................................................................... 2 
2.1.1 Tipos de Alimentação Predial .................................................................. 3 
2.2 Critérios de Projeto ........................................................................................... 4 
2.2.1 Ligações Prediais .................................................................................... 4 
2.2.2 Consumo Diário ....................................................................................... 5 
2.2.3 Vazões dos Ramais e Sub-Ramais ......................................................... 7 
2.2.4 Vazões das Colunas e Barriletes ............................................................. 7 
2.2.5 Vazão do Alimentador Predial ................................................................. 8 
2.2.6 Vazão da Instalação Elevatória ............................................................... 8 
2.2.7 Velocidade Máxima ................................................................................. 8 
2.2.8 Pressões Máxima e Mínima ..................................................................... 8 
2.2.9 Perdas de Carga ...................................................................................... 9 
2.3 Dimensionamento das Tubulações ................................................................. 10 
2.3.1 Tubulações de Recalque e Sucção ....................................................... 12 
2.3.2 Tubulações de Limpeza e de Extravasão do Reservatório.................... 12 
2.3.3 Capacidade dos Reservatórios .............................................................. 13 
2.4 VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO ..................................................... 14 
2.5 DETALHE DE PRESERVAÇÃO SANITÁRIA ................................................. 15 
2.6 MATERIAIS UTILIZADOS NOS TUBOS, CONEXÕES E JUNTAS ................ 15 
2.7 Exercícios ........................................................................................................ 16 
2.8 Trabalho 1 ....................................................................................................... 18 
3 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE .......................... 19 
3.1 Definições ....................................................................................................... 20 
3.1.1 Tipos de Sistemas de Aquecimento ...................................................... 20 
3.1.2 Tipos de Aquecedores ........................................................................... 20 
3.2 Critérios de Projeto ......................................................................................... 20 
3.2.1 Temperatura da Água para o Uso ......................................................... 21 
3.2.2 Consumo Diário de Água Quente (morna) ............................................ 21 
3.2.3 Vazões de Dimensionamento das Tubulações ...................................... 21 
3.2.4 Velocidade Máxima ............................................................................... 22 
3.2.5 Pressões Máxima e Mínima ................................................................... 22 
3.2.6 Perdas de Carga .................................................................................... 22 
3.3 Dimensionamento das Tubulações ................................................................. 23 
3.3.1 Capacidade dos Reservatórios .............................................................. 23 
3.4 Verificação do Dimensionamento ................................................................... 24 
3.5 Materiais Utilizados nos Tubos, Conexões e Juntas ....................................... 24 
3.6 Exercícios ........................................................................................................ 25 
3.7 Trabalho 2 ....................................................................................................... 25 
 
 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO .......................................... 26 
4.1 Definições ....................................................................................................... 26 
4.2 Critérios de Projeto ......................................................................................... 27 
4.2.1 Terminologia das Tubulações de Esgoto............................................... 29 
4.3 Dimensionamento das Tubulações ................................................................. 30 
4.3.1 Dimensionamento dos Ramais de Descarga e de Esgoto..................... 30 
4.3.2 Dimensionamento do Tubo de Queda ................................................... 30 
4.3.3 Dimensionamento do Coletor e Subcoletor Predial ............................... 31 
4.3.4 Dimensionamento da Ventilação ........................................................... 32 
4.3.5 Dimensionamento da Caixa ou Ralo Sifonado (CS) .............................. 34 
4.3.6 Dimensionamento da Caixa Retentora de Gordura (CG) ...................... 35 
4.3.7 Dimensionamento da Caixa de Inspeção (CI) ....................................... 35 
4.3.8 Dimensionamento da Caixa de Passagem (CP).................................... 36 
4.4 Exercícios ........................................................................................................ 37 
5 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE ÁGUAS PLUVIAIS ........................................ 38 
5.1 Definições ....................................................................................................... 38 
5.2 Critérios de Projeto ......................................................................................... 39 
5.2.1 Intensidade Pluviométrica ...................................................................... 39 
5.2.2 Área de Contribuição ............................................................................. 40 
5.2.3 Características de Impermeabilização do Local .................................... 40 
5.2.4 Vazão de Projeto ................................................................................... 41 
5.3 Dimensionamento ........................................................................................... 41 
5.3.1 Dimensionamento das Calhas ............................................................... 41 
5.3.2 Dimensionamento das Condutores Verticais ......................................... 43 
5.3.4 Dimensionamento das Caixas de Areia ou de Inspeção ....................... 45 
5.4 Exercícios ........................................................................................................ 46 
5.5 Trabalho 3 ....................................................................................................... 47 
6 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS . 48 
6.1 Definições ....................................................................................................... 49 
6.2 Tipos de Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio ................................. 49 
6.3 Instalações Sob Comando .............................................................................. 49 
6.3.1 Dimensionamento dos Hidrantes ........................................................... 50 
6.3.2 Dimensionamento das Tubulações ........................................................52 
6.4 Instalação Automática ..................................................................................... 53 
6.5 Reserva de Água para Combate a Incêndio ................................................... 53 
6.6 Exercícios ........................................................................................................ 60 
6.7 Trabalho 4 ....................................................................................................... 60 
7 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS DE GLP ............................................. 61 
7.1 Introdução ....................................................................................................... 61 
7.2 Distribuição de GLP ........................................................................................ 61 
7.3 Instalações de GLP ......................................................................................... 61 
7.3.1 Residência de Porte Pequeno e Médio ................................................. 61 
7.3.2 Residência de Grande Porte ................................................................. 62 
7.3.3 Prédios de Apartamentos ...................................................................... 62 
7.4 Exigências Quanto às Instalações de GLP ..................................................... 62 
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 63 
 
1 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A história nos mostra que os primeiros homens procuravam viver próximo às 
fontes de água e já estudavam meios de trazê-la às povoações, cada vez maiores. 
A água sempre teve um papel de grande importância na sobrevivência e na 
evolução do homem. Na sobrevivência, porque sem ela não existiria vida animal. Na 
evolução, porque ela é elemento fundamental para o desenvolvimento da qualidade 
de vida do homem. Ela é responsável pela higiene e limpeza de cada um; tem larga 
aplicação na indústria; é utilizada para irrigação dos campos; é o principal meio para 
combate a incêndios; enfim, é parte vital, em todos os sentidos, no nosso meio de 
vida. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como sendo: “um 
estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de 
doenças ou enfermidades”. 
Desta forma, os edifícios normalmente são dotados de instalações destinadas 
ao conforto, à higiene e a segurança dos seus usuários. Logo, uma instalação 
sanitária mal projetada ou mal executada poderá ocasionar riscos à saúde, através 
da contaminação ou introdução de materiais indesejáveis na água. 
 
2 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
 
 
A instalação predial de água fria tem por objetivo distribuir por toda a 
edificação água para uso e consumo humano, garantindo a qualidade, a 
potabilidade e quantidade. A norma brasileira que regulamenta os projetos de 
instalações hidráulicas prediais é a NBR 5626, da ABNT. 
O projeto de instalações hidráulicas prediais de água fria deve ser elaborado, 
supervisionado e de responsabilidade de profissional de nível superior legalmente 
habilitado pelas leis do país. 
As instalações hidráulicas prediais de água fria devem ser projetadas e 
construídas de modo a: 
garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente, 
com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças de 
utilização e do sistema de tubulações; 
preservar rigorosamente a qualidade de água do sistema de abastecimento; 
preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis 
de ruídos. 
O projeto das instalações prediais de água fria deve ser desenvolvido em 3 
etapas: 
 
a) concepção do projeto; 
b) determinação das vazões; 
c) dimensionamento. 
 
O desenvolvimento do projeto das instalações de água fria deve ser 
conduzido concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os 
projetos de arquitetura, estruturas e de fundações do empreendimento, de modo 
que se consiga a mais perfeita harmonia entre todas as exigências técnico-
econômicas envolvidas. 
Os equipamentos e reservatórios devem ser adequadamente localizados 
tendo em vista as suas características funcionais, a saber: espaço; iluminação; 
ventilação; proteção sanitária; operação e manutenção. 
Só é permitida a localização de tubulações solidária à estrutura se não forem 
prejudicadas pelos esforços ou deformações próprias dessa estrutura. 
As passagens através da estrutura devem ser previstas e aprovadas por seu 
projetista. Tais passagens devem ser projetadas de modo a permitir a montagem e a 
desmontagem das tubulações em qualquer ocasião. 
Indica-se, como a melhor solução para a localização das tubulações, a sua 
total independência das estruturas e das alvenarias. 
 
 
2.1 Definições 
 
 
Peças de Utilização: São dispositivos ligados aos sub-ramais para permitirem 
a utilização da água. 
Alimentador Predial: Tubulação compreendida entre o ramal predial e a 
primeira derivação ou registro de bóia do reservatório. 
3 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Barrilete: Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se 
derivam as colunas de distribuição. 
Coluna de Distribuição: Tubulação derivada do barrilete e destinada a 
alimentar ramais. 
Consumo Diário: Valor médio de água consumida num período de 24 horas 
em decorrência de todos os usos do edifício no período. 
Ponto de Utilização: Extremidade a jusante do sub-ramal. 
Rede predial de distribuição: Conjunto de tubulações, compreendido pelos 
barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes 
elementos. 
Ramal: Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar 
os sub-ramais. 
Ramal Predial: Tubulação compreendida entre a rede pública de 
abastecimento e a instalação predial. 
Retro-sifonagem: Refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para 
o sistema de consumo, em decorrência de pressões negativas. 
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do 
aparelho sanitário. 
 
 
Figura 2.1 – Definições em Instalações Hidráulicas Prediais de Água Fria 
 
 
2.1.1 Tipos de Alimentação Predial 
 
 
Sistema de Distribuição Direta: A alimentação da rede predial de distribuição 
é feita diretamente da rede pública de abastecimento (sem reservação). 
Sistema de Distribuição Indireta por Gravidade: A alimentação da rede predial 
de distribuição é feita através de reservatório superior. 
Sistema de Distribuição Indireta com Bombeamento: A alimentação da rede 
predial de distribuição é feita a partir de reservatório superior, o qual é alimentado 
por bombeamento, através de um reservatório inferior. 
Recomenda-se que se dispense a existência de reservatório inferior sempre 
que for possível alimentar continuamente o reservatório superior diretamente pelo 
alimentador predial. 
 
4 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
 
Figura 2.2 – Sistemas Prediais de Distribuição de Água 
 
 
2.2 Critérios de Projeto 
 
 
Um projeto de instalação hidráulica predial de água fria se desenvolve, 
normalmente, em quatro fases. Na primeira delas são definidos os pontos de 
utilização da água fria, o tipo de sistema de distribuição, a localização dos 
reservatórios, equipamentos e tubulações. Na fase seguinte é realizada a 
determinação e capacidades dos equipamentos. Na terceira faze é feito o 
dimensionamento, e por fim as verificações das condições de funcionamento de 
toda a instalação. 
 
 
2.2.1 Ligações Prediais 
 
 
A Tabela 2.1,a seguir, apresenta os diâmetros dos ramais prediais exigidos 
pela COPASA MG, conforme padrões apresentados na Figura 2.3. 
 
Tabela 2.1 – Diâmetro do Ramal Predial (COPASA MG) 
Número de Economias 1 Diâmetro do Ramal Predial 
Residencial Comercial 
1 a 25 
26 a 35 
36 a 50 
51 a 100 
acima de 100 
1 a 126 
127 a 180 
181 a 360 
361 a 540 
acima de 540 
½” – 15 mm 
¾” – 20 mm 
1” – 25 mm 
2” – 50 mm 
a ser estudado pela COPASA MG 
1 Economia é cada uma das unidades residenciais ou comerciais 
Rede Pública Bomba 
Sistema de 
Distribuição Direta 
Sistema de Distribuição 
Indireta por Gravidade 
Rede Pública Rede Pública 
Sistema de Distribuição 
Indireta por Bombeamento 
5 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
 
 
a) Modelo Cavalete (sobre o piso) b) Modelo Embutido (no muro ou mureta) 
Figura 2.3 – Padrão COPASA MG 
 
Recomenda-se que o projetista consulte sempre as normas da 
concessionária de água local para detalhar a ligação predial. 
 
 
2.2.2 Consumo Diário 
 
 
O consumo diário de uma edificação deve ser calculado através da equação: 
 
qPCd ×= (1) 
 
onde: Cd é o consumo diário da edificação (l/dia); P é a população de ocupação da 
edificação; e q é o consumo “per capita” (l/dia). 
A população de uma edificação e o consumo “per capita” podem ser 
estimados através do tipo e natureza do imóvel, conforme apresentado nas Tabela 
2.2 e 2.3, respectivamente. 
 
Tabela 2.2 – Taxa de Ocupação de Acordo com a Natureza do Local 
Natureza do Local Taxa de Ocupação 
Residências uni-familiar 
Prédio de apartamentos 
Prédio de Escritórios: 
- uma só entidade locadora 
- mais de uma entidade locadora 
Restaurantes 
Teatros e cinemas 
Lojas (pavimentos térreos) 
Lojas (pavimentos superiores) 
Supermercados 
Shopping centers 
Salões de hotéis 
Museus 
2 pessoas por quarto e 1 por quarto de empregada 
2 pessoas por quarto 
 
1 pessoa por 7,0 m² de área 
1 pessoa por 5,0 m² de área 
1 pessoa por 1,5 m² de área 
1 cadeira para cada 0,7 m² de área 
1 pessoa por 2,5 m² de área 
1 pessoa por 5,0 m² de área 
1 pessoa por 2,5 m² de área 
1 pessoa por 5,0 m² de área 
1 pessoa por 6,0 m² de área 
1 pessoa por 8,0 m² de área 
 
6 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 2.3 – Estimativa do Consumo Diário “Per Capita” 
Tipo de Edificação Unidade Consumo (l/dia) 
1. Serviços Domésticos 
Apartamentos 
Apartamentos de Luxo 
 
Residência de Luxo 
Residência de Médio Valor 
Residência Populares 
Alojamentos Provisórios de Obras 
Apartamento do Zelador 
“per capita” 
por dormitórios 
por quarto de empregada 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
200 
300 a 400 
200 
300 a 400 
150 
120 a 150 
80 
600 a 1.000 
2. Serviços Públicos 
Edifícios de Escritórios 
Escolas, Internatos 
Escolas, Externatos 
Escolas, Semi-Internatos 
Hospitais e Casas de Saúde 
Hotéis com Cozinha e Lavanderia 
Hotéis sem Cozinha e Lavanderia 
Lavanderias 
Quartéis 
Cavalarias 
Restaurantes 
Mercados 
Garagens e Postos de Serviços para 
Automóveis 
Rega de Jardins 
Cinemas, Teatros 
Igrejas 
Ambulatórios 
Creches 
por ocupante efetivo 
“per capita” 
por aluno 
por aluno 
por leito 
por hóspede 
por hóspede 
por kg de roupa seca 
por soldado 
por cavalo 
por refeição 
por m2 de área 
 
por automóvel 
por m2 de área 
por lugar 
por lugar 
“per capita” 
“per capita” 
50 a 80 
150 
50 
50 
250 
250 a 350 
120 
30 
150 
100 
25 
5 
 
100 
1,5 
2 
2 
25 
50 
3. Serviços Industriais 
Fábricas (uso pessoal) 
Fábricas com restaurante 
Usinas de Leite 
Matadouros 
Matadouros de Pequeno Porte 
por operário 
por operário 
por litro de leite 
por animal abatido 
por animal abatido 
70 a 80 
100 
5 
300 
150 
 
 
7 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
2.2.3 Vazões dos Ramais e Sub-Ramais 
 
 
O dimensionamento dos ramais e sub-ramais deve ser feito a partir da vazão 
mínima necessária para o ponto de utilização da instalação hidráulica predial. Para 
tanto, são apresentados na Tabela 2.4, a seguir, os valores de vazão mínima 
necessária para o funcionamento de diversas peças e pontos de utilização. 
Além disso, nesta mesma tabela, são apresentados os pesos (valores de 
ponderação) para as diversas peças e pontos de utilização de água. 
 
Tabela 2.4 – Vazões e Pesos Relativos aos Pontos de Utilização 
Peça ou Ponto de Utilização Vazão (l/s) Peso (P) 
Bebedouro 
Bica de Banheira 
Bidê 
Caixa de descarga para bacia sanitária ou mictório não aspirante 
Chuveiro 
Máquina de lavar roupa ou prato 
Torneira ou misturador (água fria) de lavatório 
Torneira ou misturador (água fria) de pia de cozinha 
Torneira de pia de despejo ou tanque de lavar roupa 
Válvula de descarga para bacia sanitária 
Válvula de descarga para mictório auto-aspirante 
Válvula de descarga ou registro para mictório não aspirante 
0,05 
0,30 
0,10 
0,15 
0,20 
0,30 
0,20 
0,25 
0,30 
1,90 
0,50 
0,15 
0,1 
1 
0,1 
0,3 
0,5 
1 
0,5 
0,7 
1 
40,0 
2,8 
0,3 
 
 
2.2.4 Vazões das Colunas e Barriletes 
 
 
As vazões de dimensionamento das colunas e barriletes devem levar em 
conta a possibilidade de uso dos pontos de utilização, ou seja, deve-se considerar o 
uso simultâneo das peças (internatos, clubes, quartéis) e o uso não simultâneo das 
peças (possibilidade menor que 100%). 
Para a primeira situação (uso simultâneo) a vazão de cada trecho deve ser a 
soma das vazões dos pontos que estão sendo utilizados. 
Para a situação de uso não simultâneo considera-se o método da vazão 
máxima provável, pois, esse método considera difícil que todas as peças de 
utilização, alimentadas pelo mesmo ramal, funcionem simultaneamente e que a 
probabilidade de uso simultâneo decresce com o acréscimo do número de peças. 
Desta forma, o método adotado pela norma utiliza a fórmula apresentada a 
seguir: 
 
∑⋅= P30,0Q (2) 
 
onde Q é a vazão (l/s) e P são os pesos das diversas peças ligadas ao trecho 
analisado. 
8 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
 
 
2.2.5 Vazão do Alimentador Predial 
 
 
A vazão do alimentador predial é definida conforme o sistema de 
abastecimento: 
Abastecimento Direto: a vazão do alimentador predial é calculada utilizando-
se a equação (2); 
Abastecimento Indireto por Gravidade: a vazão do alimentador predial deve 
ser suficiente para atender o consumo diário do prédio no período de 24 horas; 
Abastecimento Indireto por Bombeamento: a vazão do alimentador predial 
deve ser igual aquela determinada para a instalação elevatória. 
 
 
2.2.6 Vazão da Instalação Elevatória 
 
 
Conforme orientação da norma, o sistema elevatório deverá ter uma vazão 
mínima horária igual a 15% do consumo diário, ou seja, o sistema deverá funcionar 
durante 6,66 horas por dia. (para a bomba o dia deverá ter no máximo 6,66 h) 
Baseado na experiência pode-se adotar: 
 
a) prédios de apartamentos e hotéis: 3 períodos de 1,5 horas (= 4,5 h); 
b) prédios de escritórios: 2 períodos de 2 horas (= 4 h); 
c) hospitais: 3 períodos de 2 horas (= 6 h). 
 
 
2.2.7 Velocidade Máxima 
 
 
Segundo a norma, a velocidade máxima do escoamento não pode ultrapassar 
a 3,0 m/s, pois, acima desse valor provoca ruído desagradável, desgastes 
excessivos da tubulação e golpe de aríete. 
 
 
2.2.8 Pressões Máxima e Mínima 
 
 
Conforme a norma, as pressões máximas e mínimas admitidas no interior das 
tubulações do sistema de distribuição de água fria são: 
 
a) Pressão Estática Máxima: 400 kPa (≈ 40,8 mca); 
b) Pressão Dinâmica Mínima: 5 kPa (≈ 0,5 mca). 
 
Onde, pressãoestática é aquela considerada quando não está havendo 
escoamento e pressão dinâmica é aquela que ocorre quando está ocorrendo 
escoamento. 
Além disso, devem-se levar em conta as pressões máximas e mínimas 
exigidas nos pontos de utilização, conforme apresentado na Tabela 2.5. 
9 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
 
Tabela 2.5 – Pressão nos Pontos de Utilização 
Pontos de Utilização 
Pressão 
Dinâmica (kPa) 
Pressão 
Estática (kPa) 
Mín Máx Mín Máx 
Aquecedor elétrico de alta pressão 
Aquecedor elétrico de baixa pressão 
Bebedouro 
Chuveiro de DN = 15 mm 
Chuveiro de DN = 20 mm 
Torneira 
Torneira de bóia para caixa de descarga DN = 15 mm 
Torneira de bóia para caixa de descarga DN = 20 mm 
Torneira de bóia para reservatórios 
Válvula de descarga de baixa pressão 
5 
5 
20 
20 
10 
5 
15 
5 
5 
12 
400 
40 
400 
400 
400 
400 
400 
40 
400 
- 
10 
10 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
20 
400 
50 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
 
 
2.2.9 Perdas de Carga 
 
 
Para o cálculo das perdas de carga, ou seja, perda de energia ao longo do 
escoamento, a norma indica o uso das fórmulas de Flamant (PVC ou cobre) e de 
Fair Whipple-Siao (aço e ferro fundido), cujas equações são apresentadas a seguir. 
Além disso, deve-se utilizar o método dos comprimentos equivalentes para se 
considerar a perda de carga localizada. 
 
L
D
Q
000824,0h
75,4
75,1
⋅⋅=∆ (para PVC ou cobre) (3) 
L
D
Q
002021,0h
88,4
88,1
⋅⋅=∆ (para aço ou ferro fundido) (4) 
 
onde: ∆h é perda de carga (m); Q é a vazão escoada (m³/s); D é o diâmetro do 
conduto (m); e L é a soma do comprimento total do conduto e dos comprimentos 
equivalentes de cada peça (m). 
As Tabelas 2.6 e 2.7, a seguir, apresentam os valores dos comprimentos 
equivalentes para diversas peças conforme o valor do diâmetro. 
 
10 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 2.6 – Comprimentos Equivalentes (Leq) em Metros de Canalização de PVC Rígido ou Cobre 
Joelho 
90º
Joelho 
45º
Curva 
90º
Curva 
45º
Tê 
fluxo 
direto
Tê 
fluxo 
lateral
Tê fluxo 
bilateral
Saída 
de 
Canali-
zação
Entrada 
Normal
Entrada 
de 
Borda
Registro 
gaveta 
aberto
Registro 
globo 
aberto
Registro 
de 
Ângulo 
aberto
Válvula 
de pé 
com 
crivo
Válvula 
de 
retenção 
leve
Válvula 
de 
retenção 
pesada
(pol) (mm)
1/2 15 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3 2,3 0,8 0,3 0,9 0,1 11,1 5,9 8,1 2,5 3,6
3/4 20 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4 2,4 0,9 0,4 1 0,2 11,4 6,1 9,5 2,7 4,1
1 25 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1 3,1 1,3 0,5 1,2 0,3 15 8,4 13,3 3,8 5,8
1 1/4 32 2 1 0,7 0,5 1,5 4,6 4,6 1,4 0,6 1,8 0,4 22 10,5 15,5 4,9 7,4
1 1/2 40 3,2 1,3 1,2 0,6 2,2 7,3 7,3 3,2 1 2,3 0,7 35,8 17 18,3 6,8 9,1
2 50 3,4 1,5 1,3 0,7 2,3 7,6 7,6 3,3 1,5 2,8 0,8 37,9 18,5 23,7 7,1 10,8
2 1/2 60 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8 7,8 3,5 1,6 3,3 0,9 38 19 25 8,2 12,5
3 75 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8 8 3,7 2 3,7 0,9 40 20 26,8 9,3 14,2
4 100 4,3 1,9 1,6 1 2,6 8,3 8,3 3,9 2,2 4 1 42,3 22,1 28,6 10,4 16
5 125 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10 10 4,9 2,5 5 1,1 50,9 26,2 37,4 12,5 19,2
6 150 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1 11,1 5,5 2,8 5,6 1,2 56,7 28,9 43,4 13,9 21,4
Peça
Diâmetro
 
 
Tabela 2.7 – Comprimentos Equivalentes (Leq), em Metros de Canalização de Aço Galvanizado ou 
Ferro Fundido 
Joelho 
90º
Joelho 
45º
Curva 
90º
Curva 
45º
Tê 
fluxo 
direto
Tê 
fluxo 
lateral
Tê fluxo 
bilateral
Saída 
de 
Canali-
zação
Entrada 
Normal
Entrada 
de 
Borda
Registro 
gaveta 
aberto
Registro 
globo 
aberto
Registro 
de 
Ângulo 
aberto
Válvula 
de pé 
com 
crivo
Válvula 
de 
retenção 
leve
Válvula 
de 
retenção 
pesada
(pol) (mm)
1/2 15 0,4 0,2 0,2 0,2 0,3 1 1 0,4 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 3,6 1,1 1,6
3/4 20 0,6 0,3 0,3 0,2 0,4 1,4 1,4 0,5 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 5,6 1,6 2,4
1 25 0,7 0,4 0,3 0,2 0,5 1,7 1,7 0,7 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 7,3 2,1 3,2
1 1/4 32 0,9 0,5 0,4 0,3 0,7 2,3 2,3 0,9 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 10 2,7 4
1 1/2 40 1,1 0,6 0,5 0,3 0,9 2,8 2,8 1 0,5 1 0,3 13,4 6,7 11,6 3,2 4,8
2 50 1,4 0,8 0,6 0,4 1,1 3,5 3,5 1,5 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 14 4,2 6,4
2 1/2 60 1,7 0,9 0,8 0,5 1,3 4,3 4,3 1,9 0,9 1,9 0,4 21 10 17 5,2 8,1
3 75 2,1 1,2 1 0,6 1,6 5,2 5,2 2,2 1,1 2,2 0,5 26 13 20 6,3 9,7
4 100 2,8 1,5 1,3 0,7 2,1 6,7 6,7 3,2 1,6 3,2 0,7 34 17 23 8,4 12,9
5 125 3,7 1,9 1,6 0,9 2,7 8,4 8,4 4 2 4 0,9 43 21 30 10,4 16,1
6 150 4,3 2,3 1,9 1,1 3,4 10 10 5 2,5 5 1,1 51 26 39 12,5 19,3
Peça
Diâmetro
 
 
 
2.3 Dimensionamento das Tubulações 
 
 
As tubulações de instalações prediais de água fria devem ser dimensionadas 
para trabalharem como condutos forçado, cujos diâmetros devem ser definidos para 
cada trecho, com o cuidado de serem sempre iguais ou superiores aos de trechos 
de jusante. 
O critério para a definição dos diâmetros é baseado na velocidade máxima 
permitida para o escoamento, conforme apresentado no item 2.2.7. 
A Tabela 2.8, a seguir, apresenta as vazões máximas admissíveis para cada 
diâmetro, considerando-se o critério de velocidade máxima. 
Além disso, devem-se considerar diâmetros mínimos para cada peça de 
utilização conforme apresentado na Tabela 2.9, a seguir. 
 
11 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 2.8 – Vazões Máximas em Função do Diâmetro Nominal 
Diâmetros Vel. Máxima Vazão Máxima 
(mm) (pol) (m/s) (l/s) (m³/dia) 
15 
20 
25 
32 
40 
50 
60 
75 
100 
125 
150 
½ 
¾ 
1 
1 ¼ 
1 ½ 
2 
2 ½ 
3 
4 
5 
6 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
3,0 
0,53 
0,94 
1,47 
2,41 
3,77 
5,89 
8,48 
13,3 
23,6 
36,8 
53,0 
45 
81 
127 
208 
326 
509 
733 
1149 
2039 
3180 
4579 
 
Tabela 2.9 – Diâmetro Mínimo por Peça de Utilização (Sub-Ramal) 
Ponto de Utilização 
Diâmetro Mínimo 
(mm) (pol) 
Aquecedor de alta pressão 
Aquecedor de baixa pressão 
Banheira 
Bebedouro 
Bidê 
Caixa de descarga 
Chuveiro 
Filtro de pressão 
Lavatório 
Máquina de lavar roupa ou prato 
Mictório auto-aspirante 
Mictório não aspirante 
Pia de cozinha 
Tanque de despejo ou de lavar roupa 
Válvula de descarga 
15 
20 
15 
15 
15 
15 
15 
15 
15 
20 
25 
15 
15 
20 
321 
½ 
¾ 
½ 
½ 
½ 
½ 
½ 
½ 
½ 
¾ 
1 
½ 
½ 
¾ 
1 ¼ 
1 Para pressão estática disponível inferior a 30 kPa recomenda-se o diâmetro de 40 mm (1 ½ pol) 
 
 
12 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
2.3.1 Tubulações de Recalque e Sucção 
 
 
No dimensionamento da tubulação de recalque, quando existir, indica-se a 
utilização da fórmula da ABNT: 
 
QX586,0D 4r ⋅⋅= (5) 
 
onde: Dr é o diâmetro de referência (m); X é o número de horas de funcionamento 
da bomba por dia; e Q é a vazão da bomba (m³/s) 
O diâmetro da tubulação de sucção deve ser no mínimo, um diâmetro 
comercial superior ao diâmetro de referência, enquanto o diâmetro de recalque deve 
ser igual ao diâmetro comercial igual ou inferior ao diâmetro de referência, ou seja: 
DSucção > Dr e DRecalque ≤ Dr. 
 
 
2.3.2 Tubulações de Limpeza e de Extravasão do Rese rvatório 
 
 
A tubulação de limpeza do reservatório deve ser dimensionada em função do 
tempo em que se deseja que o mesmo seja esvaziado. Considerando um 
reservatório de forma prismática, pode se utilizar a equação a seguir para o 
dimensionamento da tubulação de limpeza. 
 
L
d
h
g2AC
S2
t ⋅
⋅⋅⋅
⋅= (6) 
 
onde: t é o tempo desejado para o esvaziamento do reservatório (s); S é a área da 
superfície de água do reservatório (m²); A é a área da seção a tubulação de limpeza 
(m²); Cd é o coeficiente de descarga do orifício (Cd ≈ 0,6); e hL é a altura de água 
sobre o eixo da saída da tubulação de limpeza (m), conforme apresentado na Figura 
2.4, a seguir. 
A tubulação de extravazãodo reservatório é utilizada para se evitar um 
possível transbordamento do mesmo quando ocorrem defeitos no sistema de 
enchimento do mesmo. O seu dimensionamento depende da carga hidráulica acima 
do eixo de entrada na tubulação e o seu funcionamento pode se dar como 
vertedouros, orifícios, bocais e, até mesmo, como condutos forçados. 
A expressão (6), a seguir, é utilizada para orifícios, bocais e tubos curtos, o 
que permite o cálculo da área da seção transversal necessária ao extravasor, 
quando este não for muito longo, ou seja, seu comprimento for inferior a 60 vezes o 
seu diâmetro. 
 
Ed hg2ACQ ⋅⋅⋅⋅= (7) 
 
onde: Q é a vazão que alimenta o reservatório (m³/s) Cd é o coeficiente de descarga 
do orifício (Cd ≈ 0,6); A é a área da seção transversal do extravasor (m²); e hE é a 
altura de água sobre o eixo da tubulação do extravasor (m), conforme apresentado 
na Figura 2.4, a seguir. 
 
13 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
 
Figura 2.4 – Tubulações de Limpeza e Extravazão do Reservatório 
 
Recomenda-se que o diâmetro da tubulação de extravazão deve ser superior 
ao da tubulação prevista para a alimentação do reservatório. Além disso, 
recomenda-se que o seu deságüe seja feito livremente em local de fácil 
visualização, para que sejam tomadas providências quando ocorrer alguma 
anormalidade. 
Caso o lançamento das águas extravasadas e/ou de limpeza seja feito no 
sistema de esgotamento sanitário, exige-se que haja uma separação atmosférica 
(distância vertical, sem obstáculos e através da atmosfera, entre a saída da 
tubulação e o nível de transbordamento) correspondente a 2 vezes o diâmetro 
interno do tubo extravasor e nunca menor que 30 cm. 
 
 
 
2.3.3 Capacidade dos Reservatórios 
 
 
O volume acumulado no(s) reservatório(s) das edificações não pode(m) ser 
inferior(es) ao volume consumido diariamente no prédio. Além disso, recomenda-se 
que o volume armazenado não ultrapasse a 3 vezes o consumo diário. 
A determinação do consumo diário deve ser efetuada através da Tabela 2.3 e 
da equação (1). Logo, o cálculo do volume de armazenamento total pode ser feito 
considerando a equação a seguir. 
 
t
1000
C
V dt ⋅= (8) 
 
onde: Vt é o volume total armazenado (m³); C é o consumo diário (l/dia); e t é o 
tempo de armazenamento (dia). 
 
Tubulação de 
Alimentação 
Tubulação 
de Limpeza 
Tubulação de 
Extravazão 
NA normal 
NA máximo 
hE 
hL 
14 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Desta forma, o volume de cada reservatório dependerá do tipo de sistema de 
distribuição. 
 
Distribuição Indireta por gravidade: tRS VV = 
Distribuição Indireta por Bombeamento: 
( )
( )

⋅=
⋅=
ttRI
ttRS
 V60% V60,0V
 V40% V40,0V
 
 
Os reservatórios devem ser construídos de tal forma que satisfaçam as 
seguintes condições: 
 
a) preservem os padrões de higiene e segurança; 
b) sejam perfeitamente estanques; 
c) possuam paredes lisas, executadas com materiais que resistam ao ataque 
da água; 
d) sempre providos de dispositivo do tipo tampa que impeça a entrada de 
animais e corpos estranhos; 
e) devem ser providos de abertura, convenientemente localizada, que permita 
o fácil acesso ao seu interior para inspeção e limpeza; 
f) sejam dotados de extravasor; 
g) tenham canalização para esgotamento e, quando a área do fundo for 
superior a 2 m², este deverá ser inclinado a fim de permitir o seu perfeito 
esvaziamento; 
h) devem ser construídos de tal forma a manter uma folga mínima de 0,60 m 
entre as suas paredes e qualquer obstáculo lateral, e entre o fundo e o 
local onde se apoia, para permitir inspeções. 
 
 
2.4 VERIFICAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO 
 
 
Após o dimensionamento do diâmetro de cada trecho da tubulação, faz-se 
necessário a verificação das pressões máximas estáticas e das pressões mínimas 
dinâmicas, a partir dos dados de projeto e dos cálculos das perdas de carga ao 
longo do escoamento, conforme item 2.2.9. 
A Tabela 2.10, a seguir, é sugerida para a verificação supracitada. 
 
Tabela 2.10 – Planilha de Cálculo para Instalações Prediais de Água Fria 
Trecho Pesos Q 
(l/s) 
D 
(mm) 
v 
(m/s) 
Comprimentos Piezom. 
Mont. 
(mH2O) 
 ∆h 
(m) 
Piezom. 
Jusante 
(mH2O) 
Elev. 
Jus. 
(m) 
Pressão 
Disp. 
(mH2O) 
Unit. Acum. Tubul. Peças Total 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 
 
 
1 - Identificação do trecho; 
2 - Valores dos pesos dos pontos de utilização ligados ao ramal; 
3 - Soma dos pesos dos pontos de utilização ligados ao ramal com os pesos 
dos trechos de jusante; 
4 - Vazão no trecho; 
5 - Diâmetro do trecho, a partir da vazão; 
6 - Velocidade média no trecho, a partir do diâmetro adotado; 
15 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
7 - Comprimento da tubulação do trecho; 
8 - Soma dos comprimentos equivalentes de cada peça do trecho; 
9 - Soma dos comprimentos (8) e (9); 
10 - Pressão Piezométrica disponível a montante do trecho analisado; 
11 - Perda de carga do escoamento ao longo do trecho analisado; 
12 - Pressão piezométrica disponível a jusante do trecho analisado [(10) – 
(11)]; 
13 - Elevação a jusante do trecho analisado; 
14 - Pressão disponível a jusante [(12) – (13)]. 
 
 
2.5 DETALHE DE PRESERVAÇÃO SANITÁRIA 
 
 
A norma brasileira exige que as colunas de distribuição devam ser ventiladas, 
de tal forma a garantir que não haja: 
 
a) a contaminação da instalação devido ao fenômeno chamado retro-
sifonagem (pressões negativas na rede) que causam a entrada de corpos 
poluidores através do sub-ramal do vaso sanitário, bidê ou banheira. 
b) o estrangulamento das seções de passagem da água devido ao acúmulo 
de bolhas de ar, que normalmente acompanham o fluxo de água. 
 
Desta forma, conforme exigência de norma, a ventilação deve: 
 
a) ser ligada à coluna de distribuição após o registro de passagem existente; 
b) ter sua extremidade superior livre, acima do nível máximo d’água do 
reservatório superior; 
c) ter o diâmetro igual ou superior ao da coluna de distribuição. 
 
 
2.6 MATERIAIS UTILIZADOS NOS TUBOS, CONEXÕES E JUNT AS 
 
 
Os tubos e conexões utilizadas nas instalações hidráulicas prediais de água 
fria podem ser construídos dos seguintes materiais: aço galvanizado, cobre, ferro 
fundido, PVC rígido, ferro maleável, latão, bronze ou outro material tal que: 
 
a) sejam próprio para condução de água potável, não alterando sua 
qualidade; 
b) sejam adequados para o acoplamento entre si; 
c) sejam adequados para as condições de temperatura e de pressão que 
serão submetidos. 
 
16 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
2.7 Exercícios 
 
 
1) Calcular a capacidade do reservatório de uma residência de dois pavimentos com 
quatro quartos, sendo uma suíte e um quarto de hóspedes. A residência possui 
ainda uma dependência completa de empregada, para ser ocupada por duas 
pessoas. Indique o tipo de distribuição. 
 
2) Calcular a capacidade do(s) reservatório(s) de um edifício de 16 pavimentos 
tipos, com 2 apartamentos por pavimento sendo que cada apartamento possui 2 
quartos e dependência de empregada. A área construída é de 5200 m² e o 
abastecimento é contínuo. Indique o tipo de distribuição. 
 
3) Determine o diâmetro do alimentador predial, das tubulações de sucção e 
recalque, das tubulações de extravasão e de limpeza do reservatório (superior) do 
edifício do exercício 2, considerando todos os tipos de distribuição possíveis. 
Considere o reservatório superior com área de base igual a 5,0 m², e distância 
vertical entre a borda superior e o extravasor igual a 20 cm. (obs.: neste exercício 
não foi considerado o volume para combate a incêndio, que será alvo de estudo em 
capítulo posterior).4) Dimensione, as tubulações de PVC rígido de um banheiro conforme apresentado 
no desenho isométrico abaixo. Em seguida, faça a verificação considerando que a 
pressão piezométrica disponível no ponto A é igual a 15,5 m e sua elevação é 12,0 
m. 
 
 
5 
3 
4 
2 
1 
17 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
5) Pede-se dimensionar a coluna 1 de distribuição de água e verificar as pressões 
dinâmicas para o banheiro mais alto do prédio apresentado no esquema geral da 
figura abaixo. A coluna 1 está interligada a 4 (quatro) banheiros do tipo apresentado 
no desenho isométrico, também mostrado abaixo, conectando o ponto 8 deste aos 
pontos D, E, F e G do esquema geral. Considere que serão utilizadas tubulações de 
PVC rígido. 
 
 
 
 
18 
 
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Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
2.8 Trabalho 1 
 
 
O trabalho, cujo valor é 5 pontos, deve ser entregue em grupo e com todas as 
respostas detalhadas. 
 
1) Considere um edifício residencial de luxo com apenas 4 andares com 1 
apartamento por andar, o qual possui; varanda; 2 salas; 4 quartos sendo duas 
suítes; 4 vagas de garagem; 2 banheiros sociais; e dependência completa de 
empregada. O prédio ainda possui: salão de festas; piscina; quadra de esportes; 
sauna; e área de lazer com 250 m2 de jardins. Pede-se determinar o(s) volume(s) 
do(s) reservatório(s) considerando os sistemas de distribuição indireta por gravidade 
e por bombeamento. 
Observação: a sua resposta deve conter todas as possibilidades de sistema de 
abastecimento. 
 
2) Determine os volumes mais adequados do(s) reservatório(s) a ser(em) 
construído(s) para abastecer um hotel de luxo com capacidade para 500 hóspedes, 
o qual possui, em anexo, um centro de convenções com capacidade para 2.000 
pessoas e um jardim cuja área ocupa 50 m2. Sabe-se que a concessionária de 
abastecimento não possui pressão, na sua rede, suficiente para alcançar o topo do 
prédio do hotel em questão. 
19 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
3 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE 
 
 
Instalações hidráulicas prediais de água quente é qualquer instalação 
hidráulica predial de água para uso humano, cuja temperatura da água esteja entre 
40oC e 70oC cujo projeto deve ser regido pela norma NBR 7198 da ABNT. 
O uso de água quente é comum em quase todas as atividades humanas e as 
instalações hidráulicas para a sua condução podem ser específicas para indústrias, 
hospitais, hotéis e residências. 
O projeto de instalações hidráulicas prediais de água quente deve ser 
elaborado, supervisionado e de responsabilidade de profissional de nível superior 
legalmente habilitado pelas leis do país. 
As instalações hidráulicas prediais de água quente devem ser projetadas e 
construídas de modo a: 
 
a) garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade 
suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito 
funcionamento das peças de utilização e do sistema de tubulações; 
b) preservar rigorosamente a qualidade de água do sistema de 
abastecimento; 
c) preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos 
níveis de ruídos. 
 
O projeto das instalações prediais de água quente deve ser desenvolvido em 
3 etapas: 
 
a) concepção do projeto; 
b) determinação das vazões; 
c) dimensionamento. 
 
O desenvolvimento do projeto das instalações de água quente deve ser 
conduzido concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os 
projetos de arquitetura, estruturas e de fundações do empreendimento, de modo 
que se consiga a mais perfeita harmonia entre todas as exigências técnico-
econômicas envolvidas. 
Os equipamentos e reservatórios devem ser adequadamente localizados 
tendo em vista as suas características funcionais, a saber: espaço; iluminação; 
ventilação; proteção sanitária; operação e manutenção. 
Só é permitida a localização de tubulações solidária à estrutura se não forem 
prejudicadas pelos esforços ou deformações próprias dessa estrutura. 
As passagens através da estrutura devem ser previstas e aprovadas por seu 
projetista. Tais passagens devem ser projetadas de modo a permitir a montagem e a 
desmontagem das tubulações em qualquer ocasião. 
Indica-se, como a melhor solução para a localização das tubulações, a sua 
total independência das estruturas e das alvenarias. 
 
 
20 
 
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Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
3.1 Definições 
 
 
Aquecedor: Aparelho destinado a aquecer a água. 
Isolamento Térmico: Procedimento para reduzir as perdas de calor nas 
instalações hidráulicas prediais de água quente. 
Misturador: Dispositivo que possibilita a mistura de água quente e água fria 
para o uso doméstico, somente após o ponto de utilização. 
Respiro: Dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma 
instalação hidráulica predial de água quente. 
 
 
3.1.1 Tipos de Sistemas de Aquecimento 
 
 
Individual: Sistema de aquecimento que alimenta apenas uma peça de 
utilização. Ex.: chuveiro e torneiras. 
Central Privado: Sistema de aquecimento que alimenta mais de uma peça de 
utilização em um mesmo domicílio. Ex.: aquecedores de acumulação residencial. 
Central Coletivo: Sistema de aquecimento que alimenta várias peças de 
utilização em mais de um domicílio. Ex.: prédios de apartamentos, hotéis e 
hospitais. 
 
 
3.1.2 Tipos de Aquecedores 
 
 
Aquecedor de Acumulação: Aparelho composto de um reservatório dentro do 
qual a água é acumulada e aquecida. Ex.: Boiler. 
Aquecedor Instantâneo: Aparelho que não exige reservatório, aquecendo a 
água quando de sua passagem por ele. Ex.: Chuveiro, serpentina e aquecimento 
solar. 
Além disso, os aquecedores podem ainda se caracterizar pela fonte de 
energia térmica, sendo as mais freqüentes as seguintes: 
 
a) energia elétrica; 
b) queima de material orgânico (lenha, carvão vegetal e álcool); 
c) queima de combustível fóssil (gasolina, óleo e GLP); 
d) energia solar. 
 
 
3.2 Critérios de Projeto 
 
 
Um projeto de instalação hidráulica predial de água quente se desenvolve, 
normalmente, em quatro fases. Na primeira delas são definidos os pontos de 
utilização da água quente, o tipo de sistema de aquecimento, a localização dos 
reservatórios, equipamentos e tubulações. Na fase seguinte é realizada a 
determinação e capacidades dos equipamentos. Na terceira faze é feito o 
21 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
dimensionamento, e por fim as verificações das condições de funcionamento de 
toda a instalação. 
 
 
3.2.1 Temperatura da Água para o Uso 
 
 
A temperatura da água para uso humano não deve ultrapassar 40oC. Desta 
forma, como há possibilidade de fornecimento de água com temperatura acima 
desse valor nos pontos de utilização, faz-se necessário a mistura de água quente e 
fria, através de misturadores, para o uso da chamada água morna. 
 
 
3.2.2 Consumo Diário de Água Quente (morna) 
 
 
O consumo diário de água quente (morna) é função do tipo e ocupação da 
edificação. Desta forma, conhecidas a população e a característica da edificação, a 
estimativa do consumo de água quente (morna) pode ser feita através da Tabela 3.1 
apresenta a seguir. 
 
Tabela 3.1 – Estimativa do Consumo Diário de Água Quente (morna) 
Tipo da Edificação Unidade Consumo (l/dia) 
Alojamento provisório 
Casa popular ou rural 
Residência 
Apartamento 
Quartel 
Escola (internato) 
Hotel (sem incluir cozinha e lavanderia) 
Hospital 
Restaurantes e similares 
Lavanderia 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
“per capita” 
por hóspedepor leito 
por refeição 
por quilo de roupa seca 
24 
36 
45 
60 
45 
45 
36 
125 
12 
15 
 
 
3.2.3 Vazões de Dimensionamento das Tubulações 
 
 
Os valores de vazão mínima de funcionamento e pesos das diversas peças e 
pontos de utilização de água quente são conforme apresentados na Tabela 3.2, a 
seguir. 
 
22 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 3.2 – Vazões e Pesos Relativos aos Pontos de Utilização 
Peça ou Ponto de Utilização Vazão (l/s) Peso (P) 
Banheira 
Bidê 
Chuveiro 
Lavatório 
Pia de cozinha 
Pia de despejo ou tanque de lavar roupa 
Máquina de lavar roupa ou prato 
0,30 
0,06 
0,12 
0,12 
0,25 
0,30 
0,30 
1 
0,1 
0,5 
0,5 
0,7 
1 
1 
 
As vazões de funcionamento das colunas e barriletes devem levar em conta a 
possibilidade de uso dos pontos de utilização, ou seja, deve-se considerar o uso 
simultâneo das peças (internatos, clubes, quartéis) e o uso não simultâneo das 
peças (possibilidade menor que 100%). 
Desta forma, o método adotado para a determinação das vazões de 
funcionamento para as instalações de água quente é o mesmo adotado para as 
instalações de água fria, conforme apresentado no item 2.2.4. 
 
 
3.2.4 Velocidade Máxima 
 
 
Segundo a norma, assim como nas instalações de água fira, a velocidade 
máxima do escoamento não pode ultrapassar a 3,0 m/s, pois, acima desse valor 
provoca ruído desagradável, desgastes excessivos da tubulação e golpe de aríete. 
 
 
3.2.5 Pressões Máxima e Mínima 
 
 
Conforme a norma, as pressões máximas e mínimas admitidas no interior das 
tubulações do sistema de distribuição de água quente são as mesmas adotadas 
para o sistema de distribuição de água fria. 
 
 
3.2.6 Perdas de Carga 
 
 
Embora a perda de carga que ocorre ao longo do escoamento de água 
quente seja menor do que aquela que ocorre ao longo do escoamento de água fria, 
os projetistas, em geral, adotam as mesmas fórmulas apresentadas para o cálculo 
da perda de carga para o escoamento de água fria. 
Tal procedimento garante que os resultados obtidos deixem os cálculos a 
favor da segurança. 
 
23 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
3.3 Dimensionamento das Tubulações 
 
 
As tubulações de instalações prediais de água quente devem ser 
dimensionadas para trabalharem como condutos forçado, cujos diâmetros devem 
ser definidos para cada trecho, com o cuidado de serem sempre iguais ou 
superiores aos de trechos de jusante. 
O critério para a definição dos diâmetros é baseado nas vazões e pesos 
relativos de cada peça de utilização conforme apresentado no item 3.2.3. 
Além disso, as vazões máximas admissíveis para cada diâmetro e os 
diâmetros mínimos para cada peça de utilização são conforme apresentado nas 
Tabelas 2.8 e 2.9, respectivamente. 
 
 
3.3.1 Capacidade dos Reservatórios 
 
 
O consumo diário de água quente deve ser estimado através da relação 
apresentada a seguir: 
 
ffqqmm TCTCTC ⋅+⋅=⋅ (9) 
 
onde: C é o consumo diário (l/dia); T é a temperatura (oC); m é o índice indicativo de 
água morna; q é o índice indicativo de água quente; e f é o índice indicativo de água 
fria. 
Logo, explicitando o termo relativo ao consumo diário de água quente em (10) 
e considerando que Cm = Cq + Cf, tem-se: 
 
( )
fq
fmm
q TT
TTC
C
−
−⋅
= (10) 
 
Além disso, observa-se que, usualmente, tem-se: 
 
� Tf ≈ 20oC; 
� Tq ≈ 70oC; 
� Tm ≈ 40oC. 
 
Com base no valor estimado do consumo diário de água quente, pode-se 
determinar a capacidade do aquecedor conforme apresentado na Tabela 3.3. 
 
24 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 3.3 – Capacidade dos Aquecedores 
Consumo Diário a 
70oC (l/dia) 
Capacidade do 
Aquecedor (l) 
 Consumo Diário a 
70oC (l/dia) 
Capacidade do 
Aquecedor (l) 
90 
95 
130 
200 
260 
330 
430 
570 
700 
50 
75 
100 
150 
200 
250 
300 
400 
500 
 850 
1.150 
1.500 
1.900 
2.300 
2.900 
3.300 
4.200 
5.000 
600 
750 
1.000 
1.250 
1.500 
1.750 
2.000 
2.500 
3.000 
 
Os reservatórios de água quente devem ser constituídos de dois 
reservatórios: um interno, de aço ou cobre, no qual a água é acumulada e/ou 
aquecida; outro externo, de aço, criando assim uma camada de ar entre os dois 
tambores, necessária para o isolamento térmico do sistema. 
 
 
3.4 Verificação do Dimensionamento 
 
 
Após o dimensionamento do diâmetro de cada trecho da tubulação, faz-se 
necessário a verificação das pressões, a partir dos dados de projeto e dos cálculos 
das perdas de carga ao longo do escoamento. 
Esta verificação é semelhante aquela apresentada no item 2.4 para o sistema 
de água fria. 
 
 
3.5 Materiais Utilizados nos Tubos, Conexões e Junt as 
 
 
Os tubos e conexões utilizadas nas instalações hidráulicas prediais de água 
quente devem ser constituídos de materiais com características que garantam sua 
resistência a temperatura da água, tais como: aço galvanizado, cobre, e CPVC. 
Além disso, é preciso que se preveja a utilização de juntas de expansão ou 
traçados tipo “loop” para que sejam absorvidas as dilatações decorrentes das 
dilatações térmicas. 
 
 
25 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
3.6 Exercícios 
 
 
1) Determinar o volume de um aquecedor de acumulação para atender a uma 
residência de 5 pessoas. 
 
2) Calcular o volume do reservatório de água quente para um sistema de 
aquecimento solar de um edifício residencial, com oito apartamentos de dois quartos 
e dependência completa de empregada. 
 
3) Determinar o volume do reservatório de água quente do sistema de aquecimento 
solar, para atender a um hospital com capacidade de cinqüenta leitos. Adote a 
temperatura máxima da água aquecida igual a 60oC para este caso. 
 
 
3.7 Trabalho 2 
 
 
O trabalho, cujo valor é 5 pontos, deve ser entregue em grupo e com todas as 
respostas detalhadas. 
 
1) Determine a capacidade de um aquecedor de acumulação elétrico para um dos 
apartamentos de um edifício residencial de luxo com apenas 4 andares com 1 
apartamento por andar, o qual possui; varanda; 2 salas; 4 quartos sendo duas 
suítes; 4 vagas de garagem; 2 banheiros sociais; e dependência completa de 
empregada. O prédio ainda possui: salão de festas; piscina; quadra de esportes; 
sauna; e área de lazer com 250 m2 de jardins. 
 
2) Determine a capacidade do reservatório de água quente de um sistema de 
aquecimento solar a ser implantado em um hotel de luxo com capacidade para 500 
hóspedes, o qual possui, em anexo, um centro de convenções com capacidade para 
2.000 pessoas. Adote a temperatura máxima da água aquecida igual a 60oC para 
este caso. (Admitir o consumo diário de 4,0 kg de roupa seca por hóspede) 
 
26 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO 
 
 
As instalações hidráulicas prediais de esgotos sanitários visam atender às 
exigências mínimas de habitação no que se relacionam à higiene, segurança, 
economia e conforto dos usuários. A matéria é regulada pela NBR-8160/99, que 
estabelece critérios para o sistema projetado e executado, de tal modo que: 
 
a) Possibilitar rápido escoamento; 
b) Facilitar manutenção; 
c) Vedar passagem de gases e insetos para o interior das edificações; 
d) Impedir a contaminação da água potável. 
 
 
4.1 Definições 
 
 
Aparelho Sanitário: Aparelho ligado à instalação hidráulica predial e destinado 
ao uso de água para fins higiênicos ou a receber dejetos de águas servidas. 
Caixa Retentora de Gordura: Dispositivo projetado e instalado para separar e 
reter substâncias indesejáveis àsredes de esgoto sanitário. 
Caixa Sifonada: Caixa dotada de fecho hídrico destinada a receber efluentes 
da instalação secundária de esgoto. 
Desconectores: Dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a 
passagem de gases. 
Esgoto Sanitário: São os despejos provenientes do uso da água para fins 
higiênicos. 
Fecho Hídrico: Camada líquida que, em um desconector, impede a passagem 
de gases. 
Instalações Primárias de Esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde 
têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. 
Instalações Secundárias de Esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos 
onde não têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de 
tratamento. 
Sifão: Desconector destinado a receber efluentes de um ou mais tubos de 
queda ou ramais de esgoto. Na Figura 4.1 estão apresentado os vários tipos de 
sifão utilizados em instalações de esgoto e na Figura 4.2, a seguir, é mostrado o 
fenômeno de auto-sifonagem. 
 
27 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
 
 
Figura 4.1 – Tipos de Sifão 
 
 
 
Figura 4.2 – Auto-Sifonagem 
 
 
4.2 Critérios de Projeto 
 
 
As tubulações de instalações de esgoto sanitário devem funcionar como 
escoamento em canal, ou seja, livre. Porém, o dimensionamento desse tipo de 
escoamento é complexo devido ao fato de ocorrerem escoamentos gradualmente e 
bruscamente variados no interior das tubulações. Desta forma, o processo de 
dimensionamento das tubulações é facilitado com a utilização das chamadas 
Unidades Hunter de Contribuição (UHC) associadas a cada aparelho sanitário 
conforme apresentado na Tabela 4.1, a seguir. As UHC são números que levam em 
conta a probabilidade de utilização simultânea dos aparelhos sanitários, associado à 
vazão do escoamento em momento de contribuição máxima. 
 
28 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 4.1 – Unidades Hunter de Contribuição por Aparelho Sanitário e Diâmetro dos Ramais de 
Descarga. 
Aparelho Sanitário UHC Diâmetro do Ramal 
de Descarga 
Bacia Sanitária 
Banheira de Residência 
Bebedouro 
Bidê 
Chuveiro de Residência 
Chuveiro Coletivo 
Lavatório de Residência 
Lavatório de Uso Geral 
Mictório – Válvula de Descarga 
Mictório – Caixa de Descarga 
Mictório – Descarga Automática 
Mictório – de Calha 
Pia de Cozinha Residencial 
Pia de Cozinha Industrial (Preparação) 
Pia de Cozinha Industrial (Lavagem de Panelas) 
Tanque de Lavar Roupas 
Máquina de Lavar Louças 
Máquina de Lavar Roupas 
6 
2 
0,5 
1 
2 
4 
1 
2 
6 
5 
2 
2 (2) 
3 
3 
4 
3 
2 
3 
100 (1) 
40 
40 
40 
40 
40 
40 
40 
75 
50 
40 
50 
50 
50 
50 
40 
50 (3) 
50 (3) 
(1) O diâmetro Nominal DN mínimo para o ramal de descarga de bacia sanitária pode ser reduzido para DN 75, caso 
justificado pelo cálculo de dimensionamento efetuado pelo método hidráulico apresentado no anexo B (NBR 8160) e 
somente depois da revisão da NBR 6452 (aparelhos sanitários de material cerâmico), pela qual os fabricantes devem 
confeccionar variantes das bacias sanitárias com saída própria para ponto de esgoto de DN 75, sem necessidade de 
peça especial de adaptação. 
(2) Por metro de calha – considerar como ramas de esgoto (ver tabela 4.2). 
(3) Devem ser consideradas as recomendações do fabricante 
29 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
4.2.1 Terminologia das Tubulações de Esgoto 
 
 
Na Figura 4.3, a seguir, estão representadas as diversas tubulações utilizadas 
em uma instalação de esgoto sanitário conforme suas funções descritas a seguir. 
Ramal de Descarga: tubulação que recebe diretamente efluentes de 
aparelhos sanitários; 
Ramal de Esgoto: tubulação que recebe efluentes de ramais de descarga. 
Tubo de Queda: tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, 
ramais de esgoto e ramais de descarga. 
Subcoletor: tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda 
ou ramais de esgoto. 
Coletor Predial: trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de 
subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema 
particular. 
Ramal de ventilação: tubo de ventilação ligado ao desconector ou ao ramal 
de descarga, por um lado, e à coluna de ventilação ou tubo de ventilação primário, 
pelo outro. 
Coluna de Ventilação: tubo vertical de ventilação que possui a extremidade 
superior aberta na atmosfera ou a tubo ventilador primário. 
Barrilete de Ventilação: tubo horizontal de ventilação que recebe dois ou mais 
tubos ventiladores, com extremidade superior aberta na atmosfera. 
Tubo de Ventilação: tubulação destinada à exaustão dos gases e admissão 
de ar no interior de instalações de esgoto primária, para proteger os fechos hídricos. 
Tubo Ventilador Primário: é o prolongamento do tubo de queda com a 
extremidade superior aberta na atmosfera. 
 
 
Figura 4.3 – Terminologia em Instalações de Esgoto Sanitário 
 
 
30 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
4.3 Dimensionamento das Tubulações 
 
 
4.3.1 Dimensionamento dos Ramais de Descarga e de E sgoto 
 
 
O dimensionamento dos ramais de descarga e de esgoto de uma instalação 
de esgoto sanitário é feito através das UHC conforme o aparelho sanitário ou 
conjunto deles e através das Tabelas 4.1 e 4.2, apresentadas a seguir. 
 
Tabela 4.2 – Dimensionamento de Ramais de Esgoto 
Diâmetro UHC 
40 
50 
75 
100 
150 
3 
6 
20 
160 
620 
 
Além disso, como essas tubulações devem funcionar com escoamento em 
forma de canal, existe a necessidade de se estipular a declividade mínima para que 
não haja deposição de material. Desta forma, na Tabela 4.3 estão as declividades 
mínimas para as tubulações de esgoto sanitário conforme indicado na norma 
brasileira. 
 
Tabela 4.3 – Declividades Mínimas 
Diâmetro Declividade 
(%) 
 Diâmetro Declividade 
(%) (Pol) (mm) (Pol) (mm) 
1 ½ 
2 
3 
4 
5 
40 
50 
75 
100 
125 
3 
3 
2 
1 
1 
 6 
8 
10 
12 
16 
150 
200 
250 
300 
400 
0,7 
0,5 
0,5 
0,5 
0,5 
 
 
4.3.2 Dimensionamento do Tubo de Queda 
 
 
O dimensionamento dos tubos de queda deverá seguir o indicado na Tabela 
4.4, considerando as observações a seguir: 
 
a) O tubo de queda deverá ser o mais vertical possível e, quando necessário, 
empregar curvas de raio longo nas mudanças de direção juntamente com 
visitas; 
b) O tubo de queda deverá ser prolongado até a cobertura da edificação com 
o mesmo diâmetro, para fins de ventilação; 
31 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
c) O diâmetro mínimo do tubo de queda é igual ao maior diâmetro de 
tubulação a ele ligado; 
d) O diâmetro mínimo do tubo de queda que recebe efluentes de vaso 
sanitário é 100 mm; 
e) O diâmetro mínimo do tubo de queda que recebe efluentes de pias de 
copa, cozinha ou despejo é 75 mm (exceto nos casos em que recebam até 
6 UHC em prédios de até dois pavimentos em que o diâmetro mínimo pode 
ser 50 mm). 
 
Tabela 4.4 – Diâmetro Mínimo dos Tubos de Queda 
Diâmetro (mm) 
Número Máximo de UHC 
Prédio de até 3 
pavimentos 
Prédio com mais de 3 pavimentos 
em 1 pavimento em todo o tubo 
40 
50 
75 
100 
150 
200 
250 
300 
4 
10 
30 
240 
960 
2.200 
3.800 
6.000 
2 
6 
16 
30 
350 
600 
1.000 
1.500 
8 
24 
70 
500 
1.900 
3.600 
5.600 
8.400 
 
 
4.3.3 Dimensionamento do Coletor e Subcoletor Predi al 
 
 
O dimensionamento dos coletores e subcoletores prediais deverão seguir o 
indicado na Tabela 4.5, considerando as observações a seguir: 
 
a) Sempre que possível dever ser construídoem área não edificada e, 
quando impossível, as caixas de inspeção deverão ser localizadas em 
áreas de fácil acesso; 
b) Deverá ter o traçado o mais retilíneo possível e, quando necessário 
executar mudanças de direção, utilizar caixas de inspeção; 
c) Deverá ter diâmetro mínimo igual a 100 mm. 
 
32 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 4.5 – Dimensionamento dos Coletores e Subcoletores Prediais 
Diâmetro (mm) 
Declividades Mínimas (%) 
0,5 1 2 4 
Número máximo de UHC 
100 
150 
200 
250 
300 
400 
- 
- 
1.400 
2.500 
3.900 
7.000 
180 
700 
1.600 
2.900 
4.600 
8.300 
216 
840 
1.920 
3.500 
5.600 
10.000 
250 
1.000 
2.300 
4.200 
6.700 
12.000 
 
 
4.3.4 Dimensionamento da Ventilação 
 
 
Segundo a norma brasileira, toda instalação predial de esgoto sanitário 
deverá compreender, no mínimo, um tubo de ventilação primária com diâmetro 
maior ou igual a: 
 
a) 75 mm se o prédio for residencial e tiver no máximo 3 vasos sanitários; 
b) 100 mm nos demais casos; 
 
ligado diretamente à caixa de inspeção e prolongado até acima da cobertura do 
prédio. 
Em edificações de dois ou mais pavimentos a ventilação se faz pelo 
prolongamento vertical dos tubos de queda até a cobertura, sendo todos os 
desconectores ligados por ramal de ventilação à coluna de ventilação e esta ligação 
deverá ter, no mínimo, 0,15 m acima do nível máximo de água do mais elevado 
aparelho sanitário. 
O tubo de ventilação deverá elevar-se, no mínimo, 0,30 m acima de telhados, 
lajes e coberturas, e 2,00 m acima de terraços. Além disso, se esta tubulação estiver 
a menos de 4,00 m de janelas e portas, ela deverá elevar-se 1,00 m acima da verga 
das mesmas. 
A coluna de ventilação deverá ser instalada de modo a possibilitar o 
escoamento, por gravidade, de qualquer líquido que porventura tenha acesso à 
mesma. Além disso, deverá ter: 
 
a) Diâmetro uniforme; 
b) Extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em 
ponto situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou descarga, 
ou neste ramal. 
 
Os tubos individuais de ventilação poderão ser interligados a um barrilete de 
ventilação, evitando um elevado número de tubulações na cobertura, sendo que 
suas extremidades deverão estar no mínimo 2,00 m acima desta (recomendação 
prática) e deverão ter diâmetro maior ou igual a 150 mm. 
33 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
A Tabela 4.6, a seguir, apresenta os diâmetros mínimos das colunas e 
barriletes de ventilação conforme a contribuição total de esgoto, além do 
comprimento máximo dos mesmos. 
 
Tabela 4.6 – Dimensões das Colunas e Barriletes de Ventilação 
Diâmetro 
do Tubo 
de Queda 
ou Ramal 
de Esgoto 
Total de 
UHC 
Diâmetro do Tubo de Ventilação (mm) 
40 50 60 75 100 150 200 250 300 
Comprimento Máximo Permitido (m) 
40 
40 
50 
50 
75 
75 
75 
75 
100 
100 
100 
100 
150 
150 
150 
150 
200 
200 
200 
200 
250 
250 
250 
250 
300 
300 
300 
300 
8 
10 
12 
20 
10 
21 
53 
102 
43 
140 
320 
530 
500 
1.100 
2.000 
2.900 
1.800 
3.400 
5.600 
7.600 
4.000 
7.200 
11.000 
15.000 
7.300 
13.000 
20.000 
26.000 
46 
30 
23 
15 
13 
10 
8 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
61 
46 
46 
33 
29 
26 
11 
8 
7 
6 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
110 
82 
70 
64 
26 
20 
17 
15 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
317 
24 
207 
189 
76 
61 
52 
46 
10 
8 
7 
6 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
299 
229 
195 
177 
40 
31 
26 
23 
10 
7 
6 
5 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
305 
238 
201 
183 
73 
57 
49 
43 
24 
18 
16 
14 
9 
7 
6 
5 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
286 
219 
186 
171 
94 
73 
60 
55 
37 
29 
24 
22 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
293 
225 
192 
174 
116 
90 
76 
70 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
287 
219 
183 
152 
 
Como todo desconector deve ser ventilado, nas Tabelas 4.7 e 4.8, a seguir, 
estão apresentados, respectivamente, os diâmetros mínimos dos ramais de 
ventilação, conforme a quantidade de contribuição de esgoto, e as distâncias 
34 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
máximas que pode existir entre um desconector e o ramal de ventilação 
correspondente. 
 
Tabela 4.7 – Dimensões Mínimas dos Ramais de Ventilação 
Grupo de aparelhos SEM Vaso Sanitário Grupo de apar elhos COM Vaso Sanitário 
UHC Diâmetro (mm) UHC Diâmetro (mm) 
até 12 
13 a 18 
19 a 36 
40 
50 
75 
até 17 
18 a 60 
50 
75 
 
Tabela 4.8 – Distância Máxima de um Desconector a um Tubo de Ventilação 
Diâmetro 
(mm) 
Distância Máxima 
(m) 
40 
50 
75 
100 
1,00 
1,20 
1,80 
2,40 
 
 
4.3.5 Dimensionamento da Caixa ou Ralo Sifonado (CS ) 
 
 
Caixa (tampa cega) ou ralo (grelha) sifonado é um dispositivo dotado de um 
selo hídrico (desconector) destinado a receber efluentes de uma ou mais instalações 
de esgoto secundário. Seu desenho geral pode ser visualizado na Figura 4.4, a 
seguir. 
 
 
Figura 4.4 – Caixa ou Ralo Sifonado 
 
Esse dispositivo é instalado normalmente em banheiros e áreas de serviço e 
possui as seguintes características: 
 
a) fecho hídrico com altura mínima de 0,20 m; 
b) cilíndricas com diâmetro mínimo de 0,30 m ou prismática com dimensões 
horizontais que permitam a inscrição de um cilindro de 0,30 m de diâmetro; 
c) diâmetro mínimo da tubulação de saída igual a 75 mm. 
35 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
4.3.6 Dimensionamento da Caixa Retentora de Gordura (CG) 
 
 
Caixa retentora de gordura é um dispositivo projetado e instalado para 
separar e reter resíduos gordurosos ou oleosos provenientes de pias de cozinhas, 
postos de gasolinas, garagens e etc.,indesejáveis às redes públicas de esgoto. 
Esse tipo de dispositivo deve ser instalado em local de fácil acesso e com 
boas condições de ventilação, com tampa hermética e de fácil remoção. Devem ser 
divididas em 2 (duas) câmaras, uma receptora e outra vertedoura. 
As pias de cozinha superpostas em vários pavimentos devem ser esgotadas 
por tubo de queda que conduzam os esgotos para uma caixa retentora de gordura 
coletiva, sendo vedado o uso de caixas retentoras de gordura individuais nos 
andares. 
A caixa retentora de gordura poderá ser dos seguintes tipos: 
 
a) Individual ou Pequena: 
� diâmetro interno de 0,30 m; 
� capacidade de retenção de 18 litros; 
� tubulação de saída com diâmetro igual a 75 mm; 
b) Simples: 
� utilizada para receber despejos de até 2 (duas) pias de cozinha; 
� diâmetro interno de 0,40 m; 
� capacidade de retenção de 31 litros; 
� tubulação de saída com diâmetro igual a 75 mm. 
c) Dupla: 
� utilizada para receber despejos de até 12 (doze) pias de cozinha; 
� diâmetro interno de 0,60 m; 
� capacidade de retenção de 120 litros; 
� tubulação de saída com diâmetro igual a 100 mm. 
d) Especial: 
� utilizada para receber despejos de mais 12 (doze) pias de cozinha ou 
quando se tratar de cozinhas especiais; 
� tubulação de saída com diâmetro igual a 100 mm; 
� volume total de retenção deverá ser calculado segunda a seguinte 
fórmula: 
 
20N2V +⋅= (11) 
 
onde V é o volume da caixa retentora de gordura (litros) e N é o número de 
pessoas servidas pela cozinha.4.3.7 Dimensionamento da Caixa de Inspeção (CI) 
 
 
Caixa de inspeção é uma caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e 
desobstrução das tubulações de esgoto. 
As normas a serem seguidas para a construção desse tipo de caixa são: 
 
36 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
a) material utilizado para a construção poderá ser concreto, alvenaria de 
tijolos maciços ou blocos de concreto com espessura mínima de 0,20 m; 
b) seção circular com diâmetro mínimo de 0,60 m ou seção quadrada com 
largura mínima de 0,60 m; 
c) profundidade máxima de 1,00 m; 
d) fundo construído de modo a assegurar o rápido escoamento e evitar 
formação de depósitos; 
e) distância entre caixas de no máximo 25,0 m; 
f) para prédios de mais de 5 (cinco) pavimentos a distância máxima até o 
tubo de queda deverá ser de 2,00 m 
g) distância máxima para o coletor público e o coletor predial é de 15,0 m. 
 
 
4.3.8 Dimensionamento da Caixa de Passagem (CP) 
 
 
Caixa de passagem é uma caixa destinada a receber água de lavagem de 
pisos (com grelha ou ralo) e efluentes de tubulações secundárias (com tampa cega) 
de uma mesma unidade autônoma. 
Esse tipo de caixa deve ter as seguintes características: 
 
a) cilíndricas com diâmetro mínimo de 0,15 m ou prismática com dimensões 
horizontais que permitam a inscrição de um cilindro de 0,15 m de diâmetro; 
b) altura mínima de 0,10 m; 
c) tubulação de saída dimensionada segundo indicado na Tabela 4.2. 
 
37 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
4.4 Exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
1) Considere a planta 
(andar térreo) de um 
banheiro tipo localizado 
em um prédio de 5 
andares. Dimensionar a 
instalação de esgoto para 
o banheiro mostrado na 
figura, a coluna de 
ventilação e o tubo de 
queda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Dimensionar o tubo de queda 
apresentado na figura a seguir, sabendo 
que o edifício é residencial com 5 (cinco) 
pavimentos tipo e que em cada 
pavimento existem os seguintes 
aparelhos sanitários: pia de cozinha 
residencial, máquina de lavar louça, 
tanque de lavar roupas e máquina de 
lavar roupas. 
 
 
 
 
38 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
5 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE ÁGUAS PLUVIAIS 
 
 
As instalações hidráulicas prediais de águas pluviais visam drenar as águas 
meteóricas precipitadas em coberturas (telhados e lajes) e nas demais áreas 
associadas às edificações tais como terraços, pátios, quintais, áreas de 
estacionamento e demais unidades do prédio, a fim de se evitar inundações em 
edificações e logradouros públicos. 
As águas pluviais coletadas nas edificações não devem ser encaminhadas 
para o sistema público de esgoto, pois, em no Brasil adota-se o sistema separador 
absoluto no qual a rede pública de esgoto é separada da rede pública de águas 
pluviais, devido ao fato de que as águas pluviais não necessitam de tratamentos 
prévios antes de serem lançadas nos cursos d’água naturais. 
A norma que rege as instalações prediais de águas pluviais é a NBR 10844 
que estabelece as seguintes prescrições básicas: 
 
a) devem ser separada não sendo permitidas quaisquer interligações com 
outras instalações; 
b) devem permitir a limpeza e desobstrução rápida; 
c) devem ser estanque; 
d) devem ser resistente aos esforços provenientes de variações térmicas, 
choques mecânicos, cargas e pressões; 
e) devem ser resistentes às intempéries; 
f) devem evitar a penetração de gases nas edificações. 
 
 
5.1 Definições 
 
 
Altura Pluviométrica: Volume de água precipitada por unidade de área 
horizontal. 
Área de contribuição: Soma de todas as áreas das superfícies que, 
interceptando a chuva, conduzem às águas para um determinado ponto da 
instalação. 
Caixas de Areia: Caixas para recolher detritos por deposição, utilizadas nos 
condutos horizontais. 
Calha: Canal que recolhe água de coberturas, terraços e similares e a conduz 
a um ponto de destino. 
Calha de Beiral: Calha instalada na linha do beiral da cobertura; 
Calha de Platibanda: Calha instalada na linha de encontro da cobertura com 
a platibanda. 
Calha de Rincão: Calha instalada para receber água de dois planos de 
telhados. 
Condutor Horizontal: Canal ou tubulação horizontal destinada a recolher e 
conduzir águas pluviais até os locais permitidos pelos dispositivos legais; 
Condutor Vertical: Tubulação vertical destinada a recolher as águas pluviais 
de calhas, coberturas, terraços e similares e conduzi-las até a parte inferior da 
edificação. 
Duração da Precipitação: Intervalo de tempo entre o início e fim da 
precipitação. 
39 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Intensidade da Precipitação: Quociente entre a altura pluviométrica e a 
duração da precipitação. 
Perímetro Molhado: Linha que limita a seção molhada junto às paredes e o 
fundo do condutor ou da calha. 
Período de Retorno: Intervalo médio de tempo, em anos, para que uma 
precipitação com duração fixa seja igualada ou superada. 
Tempo de Concentração: Intervalo de tempo entre o início da precipitação e o 
momento em que toda a área de contribuição passa a contribuir com escoamento 
em uma determinada seção transversal do condutor ou da calha. 
Vazão de Projeto: Vazão de referência para o dimensionamento de 
condutores e calhas. 
 
 
5.2 Critérios de Projeto 
 
 
As dimensões dos componentes de uma instalação de águas pluviais 
dependem basicamente de três fatores: a intensidade pluviométrica, a área de 
contribuição e o fator de impermeabilização do local. 
 
 
5.2.1 Intensidade Pluviométrica 
 
 
A intensidade pluviométrica é representada pela letra i e calculada segundo a 
relação entre a altura pluviométrica e a duração da precipitação. 
 
d
h
i = (12) 
 
onde: i é a intensidade da precipitação (mm/h); h é a altura pluviométrica (mm); e d 
é a duração da precipitação (h). 
A determinação desses parâmetros depende de uma análise estatística das 
precipitações mais intensas registradas ao longo de anos, desta forma, a norma 
brasileira permite a utilização de valores tabelados (Tabela 5.1) e de equações de 
itensidade-duração-frequência para a determinação de valores de intensidade. 
A duração da chuva para o cálculo da intensidade de precipitação deve ser 
igual ao tempo de concentração da área de contribuição. Porém, para o caso de 
instalações prediais de águas pluviais, a norma brasileira estabelece que o tempo 
de concentração possa ser adotado o mínimo, igual a 5 minutos. 
Além disso, a mesma norma estabelece que o tempo de retorno, 
correspondente a duração mínima da chuva, deve ser igual a: 
 
a) 1 ano para áreas pavimentadas (ex.: ruas); 
b) 5 anos para coberturas e/ou terraços (ex.: telhado); 
c) 25 anos para áreas onde não é permitido empoçamento ou 
extravasamento. 
40 
 
__________________________________________________________________________________ 
Notas de Aula – Instalações Hidráulicas Prediais 
Tabela 5.1 – Intensidade Pluviométrica para Chuvas com Duração de 5 min para Algumas Cidades 
Mineiras 
Local 
Tempo de Retorno (anos) 
1 5 25 
Intensidade da Precipitação (mm/h) 
Barbacena 
Belo Horizonte 
Bonsucesso 
Caxambu 
Ouro Preto 
Paracatu 
Passa Quatro 
Sete Lagoas 
Teófilo Otoni 
156 
132 
143 
106 
120 
122 
118 
122 
108 
222 
227 
196 
137 (3) 
211 
233 
180 
182 
121 
265 (12) 
230 (12) 
- 
- 
- 
- 
192 (10) 
281(19) 
154 (6) 
Nota: os valores entre parênteses indicam os períodos de retorno a que se referem às intensidades pluviométricas. 
 
Quando não é conhecido o valor da intensidade da chuva para o local do 
empreendimento, a norma permite que se adote a intensidade de 150 mm/h para 
áreas de contribuição de até 100

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