Prova Perguntas e Respostas Fundamentos Antropológicos e Sociológicos

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AVALIAÇÃO DE AV1 – 
QUESTÃO I (ATÉ 1.2 PONTOS)
“A corrupção que domina o noticiário no país tem um custo alto que acaba sendo pago por todos nós.
A corrupção tem várias faces. Ela se esconde em obras superfaturadas, em caixa dois para partidos políticos, na aprovação de leis que garantem regalias.
Desvio de dinheiro público é prejuízo nosso, o dinheiro vem dos impostos que pagamos.
“O dinheiro é nosso mesmo. Na verdade, sempre que você tem corrupção você tem um tipo de superfaturamento. Essa gordura, esse preço, é dinheiro do orçamento público que vai para mãos privadas, às vezes, divididos com políticos, burocratas e até mesmo com empresários", diz Marcos Fernandes, professor de políticas públicas da FGV.
Os desfalques nos cofres da União, dos estados e municípios reduzem a capacidade dos governos de prestar muitos serviços essenciais, como na saúde e educação.
“O governo federal planejou gastar R$ 8 bilhões para construir creches e escolas no Brasil inteiro. E o valor que se estima que a Odebrecht conseguiu de isenção tributária é exatamente R$ 8 bilhões; 50% dessas creches ou escolas estão atrasadas ou abandonadas”, explica Manoel Galdino, diretor-executivo da Transparência Brasil.
Além do custo direto, o dinheiro do governo que é desviado do governo, a corrupção tem outra consequência extremamente prejudicial para o país e para os brasileiros: ela torna nossa economia menos eficiente, desestimula o investimento e diminui o potencial de crescimento do Brasil. O resultado é menos empregos e renda média baixa.
“Quando a gente fala que a corrupção faz mal para políticas públicas é porque ela gera desperdício. Ela não só prejudica o crescimento da economia, ela prejudica o desenvolvimento social”, diz Marcos Fernandes, professor de políticas públicas da FGV.
“Você faz uma política que vai beneficiar um grupo específico ou empresas especificas às custas da população. Não é simplesmente que aquela empresa saiu ganhando. É que todo o resto saiu perdendo. O país inteiro sai perdendo”, explica Manoel Galdino.”
TEXTO RETIRADO DO PORTAL G1 in http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/04/mais-da-metade-de-todos-os-politicos-sao-investigados-por-corrupcao.html
O texto referência trata da corrupção dentro da realidade brasileira. observando Durkheim esta situação é patológica ou normal? explique.
Na visão de Durkheim está situação é patológica. Verificou-se que a corrupção é um fato social patológico presente na estrutura de diferentes órgãos e instituições que afeta a ordem social, decorrente de um estado de anomia no qual os indivíduos não aderem às normas sociais e morais vigentes.
A sociedade é para Durkheim um depositório de valores que de uma forma mais ou menos regular se consensualiza. E normais são todos os acontecimentos que fortalecem tal situação de consenso.Durkheim reconhece que a generalidade/universalidade torna os fatos sociais, a princípio,normais.A patologia pode constituir-se também mediante o comportamento negador do bom senso, na medida em que os indivíduos colocam-se frontalmente contra a moral social,incentivando ou “desculpando” o ato criminoso.
QUESTÃO II (ATÉ 1.2 PONTOS)
Por que Marx entendia que a exclusão social é típica do capitalismo?
Para ele, os inalienáveis direitos de liberdade e justiça, considerados naturais pelo liberalismo, não resistem às evidências das desigualdades sociais promovidas pelas "relações de produção", que dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. 
As classes sociais formadas no capitalismo - burgueses e proletários - estabelecem intransponíveis desigualdades entre os homens e relações que são, antes de tudo, de antagonismo e exploração. A oposição e o antagonismo derivam dos interesses inconciliáveis entre as classes - o capitalista desejando preservar seu direito à propriedade dos meios de produção e dos produtos e à máxima exploração do trabalho do operário, pagando baixos salários ou ampliando a jornada de trabalho. 
Para Marx, a história humana é a história da luta de classes, da disputa constante por Interesses que se opõem, embora essa oposição nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de conflito ou guerra declarada. As divergências e antagonismos das classes estão subjacentes a toda relação social, nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da sociedade. 
QUESTÃO III (ATÉ 1.2 PONTOS)
Na obra de Modesto Brocos, “A REDENÇÃO DE CAM” (disponível em arquivos no TEAMS) de 1895, observam-se diversos elementos que configuram uma visão preconceituosa da sociedade aos dias de hoje. Analise a obra e esclareça que pontos são estes.
 A tela vem sendo utilizada para representar as teorias raciais e de branqueamento do país ocorridas no final do século XIX, é possível observar que a composição é articulada para contemplar um grau de hierarquia e disposição dos personagens retratados.O negro passando a branco, na terceira geração, por efeito do cruzamento de raças.
A ideia de embranquecimento, em realidade, encontra uma longa tradição em solo nacional. A formulação no pensamento euro-americano, da noção de branqueamento e suas implicações para a construção da identidade euro-americana , reforçando a longa duração e as transformações sofridas no correr de séculos pela ideia ou imagem da mutação racial de negro a branco, no avançar das gerações,sendo assim a redenção aconteceria por meio do branqueamento. 
Por fim, a pintura possibilita vislumbrar certas variáveis constitutivas de uma estética que, por sua vez, revela-se uma importante via de acesso a modos de ver profundamente imbricados em processos fundamentais daquilo que hoje entendemos como preconceito racial.
QUESTÃO IV (ATÉ 1.2 PONTOS)
“A cidade de Pacaraima, no Norte de Roraima, teve o quarto dia seguido de protestos contra a entrada de refugiados venezuelanos e o aumento da violência.
Os protestos nesta segunda-feira (10) começaram de manhã cedo. Um grupo de moradores de Pacaraima expulsou venezuelanos de uma área de comércio da cidade.
Os manifestantes fecharam todos os três acessos de Pacaraima, nenhum venezuelano conseguia entrar na cidade.
Polícias militares usaram bombas de efeito moral para dispersar um grupo de brasileiros que forçava lojistas a fecharem as lojas.
Com apoio de indígenas, manifestantes também bloquearam a BR-174, que liga o posto de fronteira do Brasil com a Venezuela a Boa Vista. Eles arrastaram um carro para impedir a passagem.
O que grande parte dos moradores de Pacaraima alega é que, desde que os venezuelanos começaram a chegar, em 2015, o atendimento do serviço hospitalar piorou e que a violência aumentou.
Na sexta-feira (7), uma jovem venezuelana de 15 anos foi estuprada. O suspeito também é venezuelano. A vítima reconheceu o estuprador. Ele está preso e nega as acusações.
Um morador disse que é a favor do apoio aos venezuelanos que chegam ao Brasil, mas pede mais rigor no controle de fronteira.
‘Sei que eles estão passando por uma crise no país deles, mas precisa ter uma fiscalização mais rígida da entrada de venezuelanos para a nossa cidade’, diz o comerciante Marcos Guimarães Júnior.
Segundo a Operação Acolhida do governo federal, que, desde 2018, oferece abrigo aos imigrantes, cerca de 500 venezuelanos entram por dia no Brasil.
Por mês, cerca de 1.700 venezuelanos são levados para outros estados brasileiros e a meta da Operação Acolhida é aumentar esse número para três mil.
A Polícia Militar declarou que vai intensificar o policiamento em Pacaraima.
A Casa Civil da Presidência da República afirmou que não foi necessário aumentar a presença da Força de Segurança nos abrigos e alojamentos de Roraima, que eles continuam funcionando normalmente e que, em janeiro, diminuiu o número de venezuelanos que entraram no país.”
TEXTO RETIRADO DO PORTAL G1 in https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/02/10/pacaraima-rr-tem-protestos-contra-a-entrada-de-venezuelanos.ghtml
Explique a diferença entre Aporofobia e Xenofobia
Aporofobia, sendo a repugnância e o horror perante os que nada têm,é um sentimento e uma atitude que se aprende no contexto social. Para isso contribuem também os relatos alarmistas e sensacionalistas da comunicação social que associam pessoas com poucos recursos à delinquência, apresentando-as como ameaça ao sistema económico e social vigente. Já Xenofobia é o nome que utilizamos em referência ao sentimento de hostilidade e ódio manifestado contra pessoas por elas serem estrangeiras .Esse preconceito social tornou-se mais comum em virtude do grande fluxo de migrações que tem acontecido. Que caracterizam a xenofobia estão, geralmente, relacionados com questões históricas, sociais, econômicas, culturais, religiosas etc. A xenofobia sempre é fruto do desconhecimento do outro e surge acompanhada de estereótipos que reforçam o preconceito sobre os emigrantes. 
 
QUESTÃO V (ATÉ 1.2 PONTOS)
“O vídeo ‘Ilha das Flores’, tratado em aula e disponível no Youtube, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado, nos mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos e por vezes os coloca em condições de inferioridade em relação aos animais, na realidade brasileira.”
Comente a validade ou não da assertiva.
O curta faz uma crítica às desigualdades sociais geradas pelo sistema capitalista e a ausência de políticas públicas para solucionar a miséria de parte da população brasileira. Demonstra seres humanos numa condição abaixo de porcos, esse fato é narrado no documentário. 
 O que coloca os seres humanos da Ilha das Flores depois dos porcos na prioridade na escolha de alimentos é o simples fato de não terem dono e, principalmente de não terem dinheiro porque através dessas pessoas não conseguem nada e através dos porcos os seus donos ainda conseguem dinheiro.Sabendo que o atual modo de produção e consumo baseado nos moldes do sistema capitalista gera o consumismo exagerado, além da imensa desigualdade social.
Essa propensão a refletir a ideia de justiça, o significado do dinheiro, o sistema capitalista e a desigualdade social no Brasil.O curta Ilha das Flores, portanto, é o ácido retrato da mecânica sociedade de consumo.Validando a realização para instruir e provocar a sociedade, a fazer com que os espectadores viessem a ter, ao menos, um toque de consciência na hora de pegar um produto na prateleira de um supermercado.