Buscar

AD1 História do Brasil I 2020.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
 Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ 
AD1- 2019.2
 DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL I
Coordenação: Marcos Sanches
Nome: Deocleciano da Silva Moreira Neto
Matrícula: 18216090052
Pólo: Cantagalo 
Atividade 1
A prática de escravizar e comercializar pessoas já era recorrente no continente
africano, desde os antigos egípcios. Essa escravização se dava em razão de guerras
– entre tribos rivais, em que os derrotados se tornavam cativos – e ou por dívida.
Segundo Patrick Manning “os registros das primeiras explorações portuguesas ao
longo da costa africana confirmam que a escravidão já existia na antiga África —
como, de resto, em quase todos os cantos do mundo.”1
No século XII, com a conquista árabe do norte da África, houve o aumento do tráfico
de pessoas e do número de escravos no continente africano. Esse aumento na
escravização e no comércio se intensificariam, novamente, a partir do tráfico
negreiro proposto pelos europeus durante o período conhecido como expansão
marítima.
Durante o século XV os europeus com a intenção de expandir suas atividades
comerciais, começam a exploração da costa da África. Portugal, que segundo Boris
Fausto “se afirmava no conjunto da Europa como um país autônomo, com tendência
a voltar-se para fora”2, lançou-se primeiramente nessa exploração africana,
instalando feitorias – postos fortificados de comércio – por todo litoral da África.
O crescimento da escravidão alterou o significado de ser escavo que deixam de ser
iguais subjugados por derrota e passam a ser identificados como mercadorias, que
podem ser trocados por objetos que não existiam na sociedade africana.
O comércio de escravos, um comércio lucrativo e totalmente imerso na mentalidade
mercantilista, influenciou a economia, a organização social e politica local africana,
colocando assim a escravidão no centro de todas as relações de poder dos grupos
étnicos na África. A consequência imediata disso foi a fragmentação e deterioração
de antigos reinos e grupos étnicos, causados por invasões, guerras civis,
diretamente incitadas por europeus que visavam uma maior oferta de escravos. O
surgimento de novos reinos diretamente ligados ao tráfico de escravos, desde sua
captura até a venda a europeus, foi outra consequência desse comércio.
O aumento da diferenciação social entre grupos africanos causados pelas
mercadorias introduzidas pelos europeus no cotidiano africano, pois essas
mercadorias trocadas por escravos proporcionavam status de superioridade tanto
econômica quanto social aos africanos que participavam de comércio é outra
1 MANNING, P. p.15
2 FAUSTO, B. p.21
consequência do tráfico negreiro.
Dentre as mercadorias trocadas encontravam-se armas e pólvora, produtos que
foram fundamentais para que pequenos grupos conseguissem subjugar populações
extensas e nas disputas entre reinos que pretendiam disputar o domínio do comércio
escravista. 
Percebendo a alta taxa de lucratividade proporcionada pelo tráfico negreiro
português, outras nações europeias aventuraram-se nessa empreitada, navios
ingleses, franceses, holandeses e até brasileiros passaram a atracar em portos
africanos.
Engana-se quem acredita que o comércio de escravos era monopolista, e não
competitivo, pois os mercadores podiam fugir dos altos preços variando os portos
que atracavam.
Toda súbita expansão do tráfico negreiro, causava uma mudança na moralidade e
no método de captura de escravos. A entrada de novas nações no tráfico de
atlântico, favoreceu o aumento de conflitos em busca de cativos.
Outro fator corrosivo do contato de soberanos africanos com mercadores europeus,
além da exploração de pessoas, é a expansão da cristianização da região do
comércio negreiro, em detrimento das religiões tradicionais. Como pode ser
constatado com a conversão do rei do Congo e depois do seu filho que lhe usurpou
o trono.
No “Novo Mundo” predominava o tráfico de homens jovens para servirem de mão de
obra no sistema agrícola implantado, monocultura e latifundiário, no Brasil e nas
ilhas atlânticas predominância da cana-de-açúcar.
Além de todos esses fatores mencionados não podemos esquecer de umas das
principais consequências do tráfico negreiro que é o impacto demográfico causado
no continente africano, que como Patrick Manning aponta que se não houvesse a
interferência da escravidão uma população de 20 milhões, em 1850, poderia ter
atingindo 100 milhões de habitantes. O comércio de escravos modificou a estrutura
social africana, as mulheres, antes reservadas a poucas funções na sociedade,
assumiram funções destinadas aos homens devido sua redução.
Enfim o comércio de escravos em grande escala não seria possível sem a
cooperação de lideranças africanas, mesmo com a superioridade europeia
proporcionada pelas armas de fogo. E também vale ressaltar que este comércio/
estrutura comercial não foi aceito de forma pacifica por todos os africanos, havia sim
rebeliões e outras formas de resistência ao tráfico negreiro.
BIBLIOGRAFIA
MANNING, Patrick. Escravidão e mudança social na África. Novos Estudos.
CEBRAP Nº 21, julho de 1988 pp. 8 – 29
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12ª ed., 1ª reimp., São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2006.
SOUSA, Rainer Gonçalves. Escravidão Africana. Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravos.htm >. Acesso em 23 de agosto
de 2019. 
SILVA, Daniel Neves. Tráfico negreiro. Brasil Escola. Disponível em: <
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/trafico-negreiro.htm >. Acesso em 22 de
agosto de 2019. 
CARVALHO, Leandro. Comércio de escravos na África. Brasil Escola. Disponível
em:< https://brasilescola.uol.com.br/historiab/comercio-escravos-na-Africa.htm >.
Acesso em 23 de agosto de 2019. 
Atividade 2
a)
No período entre 1514 e 1822 foram embarcados cerca de 8.376.790 escravos,
em navios de sete nacionalidades – Dinamarca, Estados Unidos,
Espanha/Uruguai, Países Baixos, França, Grã-Bretanha e Portugal/Brasil. O
país que mais embarcou escravos neste período foi a Grã-Bretanha.
b)
As duas regiões em que ocorriam o maior número de embarques de escravos,
entre 1514 e1822, eram Luanda com 1.166.867 escravos embarcados e Costa
da Mina com 644.485 escravos embarcados.
c)
Comparando os gráficos propostos pelas situações 1 e 2,podemos perceber um
aumento na quantidade de escravos desembarcados no gráfico 2 em relação ao
gráfico 1. Além disso ao observar o grafico da situação 1percebomos que a
maior fatia de representa o desembarque na região que hoje representa o mar
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/trafico-negreiro.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/comercio-escravos-na-Africa.htm
do Caribe, pois nesse momento estava ocorrendo a Conquista espanhola, na
situação 2 a maior fatia apresenta a Bahia como local de maior desembarque de
escravos, no entanto as possessões espanholas ainda receberam mais escravos
em números absolutos, ou seja, na soma total.
	UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
	Atividade 2

Continue navegando