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APX1 Teoria da História 2020.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ
PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL 2020.1
DISCIPLINA: TEORIA DA HISTÓRIA
COORDENAÇÃO: RODRIGO TURIN
Nome: Deocleciano da Silva Moreira Neto
Matrícula: 18216090052
Polo: Cantagalo
Questão 1. (3,0)
A partir da aula e dos textos complementares, explique as principais diferenças nos modos
como Descartes e Vico pensam a legitimidade e a forma do conhecimento histórico. 
Descartes tinha como objetivo atingir o conhecimento verdadeiro através de um método
racional, por ser “justamento um dos pensadores que destacaram o poder da razão humana na
construção do conhecimento”1, que não decorresse da varável percepção humana e dos sociais
relativos à tradição. Essa verdade só seria descoberta por um campo específico do saber: as
Ciências. Ele defendia que apenas através da matemática o conhecimento verdadeiro seria
alcançado. 
Para Descartes a História não constituía um campo de saber, e por isso considerava
impossível chegar ao conhecimento verdadeiro através dela. Desenvolveu várias objeções a
História o que a desqualificaria como uma disciplina científica. Acreditava que “o registro da
História levava à fuga da realidade”2, ou que as narrativas históricas não eram confiáveis por
sua incapacidade de descrever os acontecimentos como exatamente aconteceram.
“Ao analisar como os historiadores registravam o passado, Descartes elaborou uma reflexão
crítica sobre o conhecimento da História. Ele mostrou que tal registro não era uma
reprodução” 3 fiel do passado, mas que os historiadores elaboravam essa narrativa.
Giambattista Vico se apresenta no século XVII, em seu livro “A Ciência Nova”, como
1 MAUAD, p. 48, 2010.
2 MAUAD, p. 49, 2010.
3 MAUAD, p. 49, 2010.
questionador da teoria do conhecimento de Descartes, a qual a matemática era a única forma
de atingir o conhecimento verdadeiro. Compartilhando em parte com a crítica de Descartes ao
conhecimento, formulou princípios do método histórico, demonstrando que era necessário
elaborar métodos específicos para diferentes campos do saber.
Vico estabeleceu através de um princípio de distinção, o que poderia ser conhecido ou não
pelo homem, portanto estabeleceu “os limites do conhecimento humano”.4 Segundo sua teoria
o princípio de distinção era o princípio verum et factum convertuntur, que significa “a
condição de ser capaz de conhecer verdadeiramente qualquer coisa, de compreendê-la como
oposta à sua simples percepção é a de que o próprio conhecedor a tenha criado.”5
A ciência nova de Vico era uma forma específica de se estudar a História. Para Vico toda
produção humana é verdadeira e pode servir de objeto de estudo, aplicando princípio verum-
factum, o que é verdadeiro e o que está feito são equivalentes.”6
O historiador tem como objetivo apresentar uma explicação racional dos feitos humanos, ou
seja, “o conhecimento histórico compreende uma dimensão empírica e uma dimensão de
elaboração racional.”7
Questão 2. (3,5)
A partir das aulas e dos materiais complementares, discorra sobre como os conceitos de
“autonomia” e de “razão” estruturam a forma iluminista de conceber a história e seu
conhecimento. 
A razão é o instrumento pelo qual o Iluminismo buscará o aperfeiçoamento constante do
homem em todas as esferas de sua atividade, desde que coordenadas pela ciência. “E é por
serem muitas as atividades coordenadas pela razão que o Iluminismo não pode ser reduzido a
somente uma esfera da ação humana.”8 A razão no Iluminismo é uma razão histórica, pois o
conceito de História está presente tanto na versão política quanto na econômica do
Iluminismo.
O conhecimento histórico fez enormes avanços com o Iluminismo, devido sua característica
variável devido as culturas onde se estabeleceu.
Na França o Iluminismo terá a função de fazer crítica social, e buscava a popularização dos
conhecimentos científicos, podendo ser percebido pelo intento de reunir o saber em uma única
4 MAUAD, p. 53, 2010.
5 MAUAD, p. 53. 2010.
6 MAUAD, p. 54, 2010.
7 MAUAD, p. 54, 2010.
8 MAUAD, p. 69, 2010.
publicação, a Enciclopédia. Para os iluministas franceses o conhecimento deveria ser crítico e
útil, tendo sempre como finalidade a transformação da sociedade.
O Iluminismo alemão é centrado na dignidade do ser humano que está relacionado a coragem
deste de exercer sua autonomia, onde, “essa coragem reside na capacidade de perceber que
sua imaturidade é sua responsabilidade; e que a maturidade não é nenhuma graça concedida
por outra pessoa ou por uma divindade, mas uma conquista própria.”9
Para Immanuel Kant, a razão histórica é o ponto fundamental da discussão do pensamento
iluminista. Para ele, o Iluminismo é, “menos um método científico e mais uma postura ética”,
é “ter coragem de servir-se do próprio entendimento”. Segundo ele, o homem deve fazer valer
sua a autonomia, ou sua ação livre, libertar-se da menoridade autoimposta. No entanto, não é
somente se insurgir contra as tradições, mas também resistir à inclinação de buscar uma
autoridade e fugir de sua própria responsabilidade. De um ponto de vista cosmopolita Kant
propôs a História como sendo uma História Universal, onde a História de um único país não
seria capaz de expressar toda a potencialidade do ser humano.
O iluminismo deve ser pensando levando sempre em conta a ideia de autonomia do ser, no
entanto essa autonomia não pode ser confundida com egocentrismo. 
Questão 3. (3,5)
A partir do que você estudou na disciplina, explique quais as principais diferenças existentes
entre o Romantismo e o Positivismo como modos de conceber e explicar a mudança histórica
das sociedades. 
Para os românticos a forma de conceber a história jamais seria abstrata, ela depende da
experiência e do contato com a realidade, o que não quer dizer que sua forma de pensar a
história seja limitada, o romântico possui um elemento reflexivo ilimitado, de inquietações e
insatisfações permanentes. “A visão romântica da História servirá de crítica para a ideia de
autonomia”10,pois a autonomia pode se tornar um individualismo desesperado. O Romantismo
faz crítica ao racionalismo excessivo. Para Michelet, importante historiador romântico, a
escrita da história é inseparável do seu autor, pois o sujeito jamais se separa do seu objeto de
escrita.
“O positivismo é mecânico”11, pode se perceber isso nas propostas de seu principal autor,
Augusto Comte, onde através do seu livro tenta oferecer um método científico para o estudo
das sociedades, nele ele apresenta a sociedade humana divida em três estágios. “(…) Comte
não tem qualquer dúvida quanto à aplicabilidade de seu modelo, capaz de abarcar a totalidade
da inteligência humana ao longo da história(…)”12. No positivismo “se o ser humano for
9 MAUAD, p. 70, 2010.
10 MAUAD, p. 99
11 MAUAD, p. 158, 2010.
12 MAUAD, p. 158, 2010.
educado segundo um método correto, ele produzirá um resultado esperado e previsível”13. Os
positivistas buscam explicar os fatos históricos e não apenascompreendê-los.
BIBLIOGRAFIA
MAUAD. Ana Maria. Teoria da História. v. 1/ Ana Maria Mauad, Lúcia Grinberg, Pedro
Spinola Pereira Costa. Rio de janeiro: Fundação CECIERJ, 2010.
13 MAUAD, p. 158, 2010.
	Primeira avaliação presencial 2020.1
	Disciplina: teoria da história
	Coordenação: rodrigo turin

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