Desafio Profissional

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
SERVIÇO SOCIAL
 NOME: ANA PAULA MONTEIRO MARÇAL RA: 2339694007
 NOME: GREGÓRIO ROSALVO DA FONSECA NETO RA: 2339819407
 NOME: PRISCILA RODRIGUES COELHO RA: 2339830907
PRODUÇÃO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO - PTG
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de: Assessoria e Consultoria em Serviço Social, Desenvolvimento Local e Territorialização Trabalho e Serviço Social, Monitoramento e Avaliação em Serviço Social Serviço Social e Conselhos Gestores e Políticas Públicas.
TUPÃ / SP
OUTUBRO / 2020
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
SERVIÇO SOCIAL
 NOME: ANA PAULA MONTEIRO MARÇAL RA: 2339694007
 NOME: GREGÓRIO ROSALVO DA FONSECA NETO RA: 2339819407
 NOME: PRISCILA RODRIGUES COELHO RA: 2339830907
PRODUÇÃO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO - PTG
DISCIPLINAS NORTEADORAS: 
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de: Assessoria e Consultoria em Serviço Social, Desenvolvimento Local e Territorialização Trabalho e Serviço Social, Monitoramento e Avaliação em Serviço Social Serviço Social e Conselhos Gestores e Políticas Públicas.
Tutora EAD: Suellen Cristina de Aquino Santos
TUPÃ /SP
OUTUBRO / 2020
Sumário
Introdução	4
Serviço Social: O processo de atualização da profissão em meio à pandemia do Covid-19	5
Conclusão	10
Referencias Bibliográficas	11
Introdução
O ano de 2020 está sendo marcado por todo o sofrimento mundial causado pela pandemia do covid-19, milhões de pessoas já foram vitimadas pela doença, entraram para o desemprego ou se depararam com a extrema pobreza. Em meio a tal situação, a atualização das formas de trabalho tem sido a única maneira de se chegar até o usuário, mais do que nunca o serviço social é uma profissão que usa ferramentas para que se concretize a efetivação dos direitos e acesso às politicas publicas. 
SERVIÇO SOCIAL: O PROCESSO DE ATUALIZAÇÃO DA PROFISSÃO EM MEIO À PANDEMIA DO COVID-19.
Assessoria e Consultoria no Serviço Social são recentes e marcadas pela ausência de referência teórica sobre o assunto.
Entretanto, está pode ser entendida como a supervisão profissional, ou como trabalho interventivo junto a comunidades ou movimentos sociais.
Longe de ser mera questão epistemológica, entendemos a importância para a categoria profissional como cita Matos:
“Assim, definimos assessoria/consultoria como aquela ação que é desenvolvida por um profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém uma intenção de alteração da realidade. O assessor não é aquele que intervém, deve, sim, propor caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe que assessora e estes têm autonomia em acatar ou não as suas proposições. Portanto, o assessor deve ser alguém estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas proposições.” (MATOS, 2006)
Se observarmos a atual lei de regulamentação da profissão, Lei n. 8.662/1993 é possível identificar o exercício da assessoria e consultoria como uma atribuição privativa do assistente social e também como uma competência desse profissional:
Art. 4: Constituem competência do Assistente Social: VIII – prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.
“Art. 5: Constituem atribuições privativas do Assistente Social: III – assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social”.
A importância de uma reflexão sobre assessoria e consultoria para o Serviço Social se dá pelo fato que, a maioria da produção teórica sobre o tema tem sido, em geral, produzida em outra área do conhecimento, o campo da administração de empresas. Portanto, a reflexão conceitual sobre o tema é importante com vistas a subsidiar o debate e a produção sobre a assessoria e consultoria no âmbito do Serviço Social e do seu projeto ético-político.
Orientação, ativação e avaliação, são apenas alguns dos atributos dos profissionais do serviço social, essenciais para que as pessoas possam usufruir dos seus direitos, especialmente em situação de pandemia.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a população socialmente vulnerável é a mais afetada pela Covid-19. Dessa forma, o trabalho realizado pelo assistente social visa garantir a preservação do direito à assistência social, saúde, previdência, auxílios, etc. Mantendo assim o acesso as politicas públicas ativas, e mediando a relação governo-cidadão. Mais do que orientar, o assistente social tem o desafio de mapear os locais de maior dificuldade socioeconômica intensificada pela situação de pandemia, é um trabalho árduo, que oferece risco a vida do trabalhador, entretanto é fundamental a atuação do profissional para orientar, garantir direitos, etc. 
No atual cenário, medidas sanitárias estão sendo tomadas como formas de prevenção, higiene, equipamento de proteção individual e coletiva, redução de número de pessoas no mesmo espaço, entre outras.
Em tempos de pandemia, o profissional deve atender às determinações dos órgãos sanitários para controle da propagação do vírus, discutir com equipes profissionais sobre as atividades indispensáveis, que devem ser mantidas e, aquelas que podem ser adiadas e/ou suspensas, avaliar se as condições de trabalho são prejudiciais e informar aos órgãos competentes nos termos da Resolução CFESS n 493/2066, com a correta segurança dos usurários e profissionais.
Os assistentes sociais estão familiarizados com a situação real da população. Portanto, a prática dos profissionais do serviço social é um desafio diário que exige ética, responsabilidade e comprometimento. Assim, neste momento em que é necessário considerar o impacto social da pandemia nas famílias mais vulneráveis, as políticas de assistência social têm papel fundamental na garantia do acesso livre a vida digna.
Mediante a crise sanitária que o mundo vem enfrentando, os sistemas de governo mundial, se depararam com a árdua missão de desenvolver políticas públicas emergenciais, sendo essas responsáveis por assegurar a preservação do acesso a saúde, e trabalhar pela manutenção das politicas já existentes. 
Tais desafios ressaltam a importância do processo de transparência na administração da máquina pública, para que, em meio a tal colapso, propostas criadas e possivelmente implementadas possam ser pautadas em números reais, a fim de garantir o funcionamento geral sem graves danos a economia. 
Entretanto, a situação entrou num processo de crescimento exorbitante, os números de casos da COVID-19 começaram a se duplicar, e lotar hospitais, trazendo a tona à falta de estrutura que as instituições hospitalares brasileiras tem enfrentado, o nível de desemprego aumentou consideravelmente, visto que devido a proibição de diversas atividades comerciais, milhares de estabelecimento comerciais fecharam as portas e consequentemente demitiram seus respectivos colaboradores.
Com o desemprego assolando milhares de famílias brasileiras, o governo federal desenvolveu o projeto de lei que assegura uma ajuda financeira a trabalhadores informais, posteriormente o projeto seria chamado de Auxilio Emergencial, o projeto de lei foi enviado ao congresso e senado, sendo este aprovado no dia 30/03/2020, e posteriormente sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei n° 13.982 de 2 de abril de 2020.
Durante todo o período em que o projeto de lei esteve submetido a possíveis alterações, valores foram estabelecidos,recalculados a fim de encontrar uma quantia que pudesse de alguma forma ser compatível com as despesas que as famílias acabam encontrando neste período, após uma serie de alterações o valor ficou afixado a R$ 600,00 com o prazo inicial de liberação de até 3 parcelas em 3 meses, e para o cidadão conseguir usufruir do beneficio, este deve se enquadrar em algumas normas:
“Art. 2º Durante o período de 3 (três) meses, a contar da publicação desta Lei, será concedido auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais ao trabalhador que cumpra cumulativamente aos requisitos.”
Inicialmente o cidadão que deseja receber o auxílio emergencial, deve realizar um cadastro em um aplicativo disponível para uso nos aparelhos celulares, o acompanhamento da possível aprovação ou negativa do beneficio será realizado no próprio aplicativo e, se necessário for, a contestação também.
Desde o inicio da liberação do auxilio, famílias brasileiras tem se mantido exclusivamente com o valor do beneficio, entretanto, a pandemia persiste, e a possibilidade de prolongar as parcelas ofertadas do auxílio a população já é estudada pelo governo federal.
Além da liberação do auxilio emergencial, o governo em todas as esferas tem trabalhado pela manutenção dos centros hospitalares, fornecendo novos respiradores para compor a ampla gama de equipamentos necessários para as unidades de terapia intensiva afim de garantir melhor atendimento a casos mais graves da doença, alguns estados criaram hospitais de campanha, direcionado exclusivamente ao atendimento das vitimas da COVID-19, com estrutura móvel para fácil desmonte quando a diminuição considerável dos casos iniciar, visto que esta é uma medida de ação provisória.
Pessoas em situação de vulnerabilidade social, por não terem acesso aos recursos que algumas classes, não viverem em condições apropriadas foram as mais afetadas. Em meio a todo o caos que a pandemia conseguiu ocasionar na população mundial, as famílias que mais tem sofrido são as de baixa renda, visto que muitas sobreviviam dos salários tirados de lugares que tiveram que fechar suas portas em função do COVID-19, como bares, restaurantes, espaços de convivência e etc. 
A pandemia criou lacunas, que até então a maioria das famílias não haviam encontrado, escancarando as desigualdades sociais. O básico necessário para sobrevivência que antes era concebido mesmo em meio às dificuldades financeiras, agora é escasso, visto que reduzindo o nível de trabalho, consequentemente diminui o poder de compra, assim, muitas famílias tem recorrido aos programas de apoio social, seja na esfera, municipal ou estadual, ou de instituições filantrópicas de ordem privada, como, igrejas, grupos de apoio, etc. 
Para combater a sua maior propagação entre a população, principalmente a de baixa renda, são fundamentais algumas ações, entre elas: usar máscara, higienizar bem as mãos e manter o distanciamento social, o que é um grande desafio. São nos bairros mais carentes que ocorrem o maior número de mortes, segundo dados do governo do Estado de São Paulo. Geralmente essas famílias vivem em pequenos espaços e com grande quantidade de pessoas, em alguns casos, sem o saneamento básico, o que aumenta a contaminação do Covid-19.
A suspensão das aulas por causa da pandemia é outro grande problema que famílias em situação de vulnerabilidade enfrentam. A diferença social se mostra maior com as medidas adotadas de aulas remotas, pois, alunos dessas famílias carentes não têm acesso à tecnologia para os estudos, não possuem celulares, computadores, tablets e nem acesso á internet, cerca de 39% dos alunos, já no ensino privado o índice cai para 9%.
É necessário criar propostas de atendimento, ações eficazes de prevenção, proteção da vida e saúde da população em situação de rua.
Para a classe trabalhadora é necessário medidas que garantam direitos, seguridade social, condições seguras de trabalho e saúde. Também nesse momento de pandemia a importância das políticas públicas ficam mais evidentes e as violações dos direitos humanos.
O Serviço Social é de extrema necessidade em situações como a que estamos vivendo de calamidade pública. Faz parte do compromisso ético desse profissional, São eles que lutam em defesa de direitos, de saúde e previdenciários. Devem observar coletivamente com responsabilidade e eficácia para entender aspectos de cada espaço socioocupacional, condições de higiene, sanitárias e ofertas de acesso a direitos sociais da população. 
Conclusão
A pandemia se instalou no mundo, e promoveu mudanças que até então não haviam sido executas, muitas famílias entraram para o desemprego, perderam entes queridos, sem direito a um velório, enfim, todos perderam alguma coisa, e é justamente na perca que se encontra a necessidade de se reinventar, e essa necessidade esteve latente neste período. 
A necessidade de aumentar os investimentos na área da saúde, principalmente no setor de pesquisas para produtos que possam de alguma forma combater as enfermidades que assolam a população. 
Portanto, podemos observar que assistente social é uma peça chave neste período, pois o mesmo possui a capacidade de entender as necessidades reais enfrentadas pelas famílias, e auxiliar no processo de distribuição de apoio, e acima de tudo garantir que mesmo em meio a um período atípico, a preservação e acesso aos direitos básicos devem ser respeitados. 
Referencias Bibliográficas 
ANTUNES, Ricardo (org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil II. São Paulo: Boitempo, 2013. Acesso em 01/10/2020.
BRASIL. Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social (Lei n. 8.662/1993). In: CRESS 7a Região. Assistente Social: Ética e direitos – Coletânea de leis e resoluções. 3. ed. Rio de Janeiro: Lidador, 2001. Acesso em 26/09/2020. 
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do processo de trabalho e Serviço Social. In: Serviço Social e Sociedade, n. 62, São Paulo: Cortez, 2000. Acesso em 26/09/2020.
IAMAMOTO, Marilda. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998. Acesso em 26/09/2020. 
IAMAMOTO, Marilda V. Serviço Social, “questão social” e trabalho em tempo de capital fetiche. In: RAICHELIS, R. et al. (orgs.) A nova morfologia do trabalho no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2018. Acesso em 01/10/2020.
MANDEL, David. Rabotyagi. Uma visão dos de baixo, após a Perestroika. In: PANIAGO, Maria Cristina Soares. Mészáros e a crítica à experiência soviética. São Paulo: Instituto Lukács, 2017. Acesso em 01/10/2020.
MATOS, Maurílio Castro. Assessoria e Consultoria: reflexões para o Serviço Social. In: BRAVO, Maria Inês Souza e MATOS, Maurílio Castro. Assessoria, Consultoria e Serviço Social. Rio de Janeiro: 7 Letras; FAPERJ, 2006. Acesso em 26/09/2020. 
VASCONCELOS, Ana Maria. Relação Teoria/Prática: o processo de assessoria/consultoria e o Serviço Social. In: Serviço Social e Sociedade, n. 56, São Paulo: Cortez, 1998. Acesso em 26/09/2020.