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Hipotireoidismo canino

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FACULDADE MARECHAL RONDON – FARON
MEDICINA VETERINÁRIA
4° PERIODO
FRANCIELLY SILVA ETIENE
MARCELO AUGUSTO NOBRE HENICKA
MARCO AURELIO BEATTO
MAURICIO ROSA
HIPOTIREOIDISMO CANINO
VILHENA
2020
INTRODUÇÃO
	Neste trabalho será apresentado o que é, etiologia, epidemiologia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento, prevenção, controle do hipotireoidismo canino e postura do médico veterinário ao se deparar com essa situação, quais as melhores maneiras para descobrir a doença sem fazer com que o animal trate primeiro várias patologias para depois encontrar o real problema.
1. Hipotireoidismo canino
O hipotireoidismo é a doença endócrina mais comum em cães, possuindo diversas formas de manifestação sintomatológica, de acordo com as alterações causadas pela deficiência hormonal nos diferentes organismos. É o resultado da diminuição na produção da tiroxina (T4) e triiodotiroxina (T3) pela glândula tireoide, podendo ter causas variadas, sendo que, na maioria dos casos, resulta de alterações irreversíveis na tireoide ou, menos comum, de anomalias congênitas na tireoide ou na hipófise. 
O hipotireoidismo é uma doença metabólica muito importante em cães por sua frequência nestes animais, levando a um distúrbio multissistêmico, pois a deficiência de hormônios tireoidiana afeta todos os sistemas corporais, resultando em uma diversidade de sinais clínicos. 
Esta disfunção pode ocorrer devido a uma anomalia em qualquer parte do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, podendo classificada como hipotireoidismo primário, se a sua causa tiver origem na tireoide, secundário se for situada na hipófise, e terciária se a mesma residir no hipotálamo, ou pode ainda ser congênito ou adquirido.
2. Etiologia 
2.1 Hipotireoidismo primário: Ocorre em cerca de 95% dos casos clínicos. Esse processo é desencadeado quando ocorre destruição do tecido glandular da tireoide, resultando em deficiência na produção dos hormônios. Suas principais causas são: tireoidite linfocitária, atrofia folicular idiopática, tireoidectomia e tumores tireoidianos. O resultado final é a destruição progressiva da glândula tireoide e a consequente deficiência dos hormônios tireoidianos na circulação. 
2.2 Hipotireoidismo secundário: Corresponde a cerca de 5% dos casos. Esse tipo de hipotireoidismo é desencadeado pela diminuição da secreção de TSH pela hipófise, resultando em uma atrofia folicular secundária. São causados por tumores hipofisários, malformações da hipófise e a deficiência isolada de TSH. E geralmente está associada a neoplasias. 
2.3 Hipotireoidismo terciário: Rara. Resulta de uma falha de liberação do TRH produzido pelo hipotálamo. Esta falha pode estar associada a uma má formação do hipotálamo ou destruição do mesmo pela presença de neoplasias, abcessos ou inflamações severas. 
2.4 O hipotireoidismo congênito: raramente é diagnosticado nos cães ao nascimento, e suas causas já relatadas incluem deficiência de iodo, disgenesia tireóidea e disormonogênese. O hipotireoidismo congênito também pode ser secundário devido à deficiência da produção hipofisária de TSH. 
2.5 O hipotireoidismo adquirido: Uma alimentação desbalanceada de iodo pode causar hipotireoidismo. Balsamão (2012) diz que todo iodo ingerido pelo animal é destinado à síntese de hormônios tireoidianos, e que a deficiência de iodo é um problema raro no cão hoje em dia, visto que as 9 rações comerciais possuem três vezes mais iodo do que a exigência mínima. Porém, uma das causas do hipotireoidismo em cães está associada a este excesso de iodo em sua alimentação.
3. Epidemiologia
Nelson e Couto (2010) e Ettinger e Feeldman (2004) dizem que o hipotireoidismo é relatado mais frequentemente em cães de meia idade, entre 4 e 10 anos, e Kennedy et al. (2006b) relatam que cães castrados, de ambos os sexos, parecem ter um risco significativamente maior de hipotireoidismo em comparação com os cães sexualmente intactos. Segundo Nelson e Couto (2010), as raças de cães mais predispostas ao hipotireoidismo são: Golden Retriever, Dobberman Pinscher, Dachshund, Setter Irlandês, Schnauzer Miniatura, Dogue Alemão, Poodle e Boxer.
No Brasil, o hipotireoidismo em cães é cerca de 10 a 30 vezes mais frequente (6,5%) que em países da Europa (0,64%) e nos Estados Unidos (0,2%), e este fato vem sendo atribuído a elevados níveis de iodo nas rações de cães (TEIXEIRA, 2008).
4. Sinais clínicos
Entre os diversos sinais clínicos que podem se manifestar nos animais com hipotireoidismo estão: demência, letargia, intolerância e relutância a exercícios, propensão a ganho de peso sem aumento de apetite ou consumo de alimento (ETTINGER; FEELDMAN, 2004). A progressão da doença leva, eventualmente, a obesidade, letargia e alterações dermatológicas (KENNEDY et al., 2006b). Entre 60 e 80% dos cães com hipotireoidismo apresentam manifestações cutâneas. Os sinais dermatológicos mais comumente observados são pelos enfraquecidos, alopecia geralmente bilateral e simétrica, evidenciada, primeiramente, na lateral do tronco, tórax ventral e cauda. Também pode ser evidenciada escamação da pele, seborreia seca ou oleosa, piodermite superfical, hiperqueratose, hiperpigmentação, formações de comedos, otite ceruminosa e mixedema (VARALLO et al. 2014).
5. Diagnóstico
O diagnóstico presuntivo é formulado a partir da história pregressa do paciente, bem como pelos achados dos exames físico e laboratoriais. A associação dos sinais de diminuição da taxa metabólica com as anormalidades dermatológicas aumenta a suspeita clínica de hipotireoidismo.
O diagnóstico definitivo é obtido pelos testes de função tireoidiana. Os principais são:
· Concentração de tiroxina total (T4T): cães hipotireoideos possuem valores baixos de T4T; 
· Concentração de tiroxina livre (T4L): a diálise de equilíbrio é o padrão ouro para a mensuração de T4L, pois é menos afetada por doenças não tireoideanas e fármacos;
· Concentrações Séricas de Tirotropina (TSH): trata-se de um teste específico da espécie canina e possibilita a melhor compreensão do eixo hipófise-tireoide; 
Quando os testes de diagnóstico são inconclusivos, pode-se justificar o diagnóstico terapêutico, realizando-se o tratamento com levotiroxina sódica, onde uma evolução positiva do quadro clínico pode indicar que o animal possui hipotireoidismo. A recomendação deste método pode ser feita quando houver um dos seguintes resultados para os testes de função: concentração de T4T baixa; concentração de T4T normal e teste positivo para T4AA (autoanticorpo da tireoglobulina); concentração de T4T normal e concentração de TSH alta (FERGUSON, 2007).
6. Tratamento
O tratamento do hipotireoidismo tem como objetivo a terapia de reposição do hormônio tireoideo e a anulação da deficiência de hormônio tecidual, imitando o padrão natural de secreção e metabolismo do hormônio tireoideo. Em geral, a terapia é necessária por toda a vida do animal. A L-tiroxina ou levotiroxina sódica (L-T4) é o produto de escolha de reposição de hormônio tireóideo, e as formas orais são as mais comumente usadas. A dosagem e a frequência com que será administrada dependerão da gravidade do caso e da capacidade de resposta individual de cada animal (INACARATO, 2007).
O tratamento irá normalizar as concentrações séricas de T4 e T3. O controle da eficácia da terapia deve ser realizado através da determinação das concentrações normais de T4, T3 e TSH e a estabilização do quadro clínico dos animais tratados. A resposta pode ser avaliada em uma ou duas semanas, sendo que as anormalidades neuromusculares apresentam melhora em uma a quatro semanas; as anormalidades dermatológicas de quatro a seis semanas, podendo levar até meses para desaparecer por completo. Deve-se reavaliar o paciente em seis a oito semanas após o início do tratamento, para adequar a dose do fármaco, porque a manutenção e o tratamento variam de acordo com cada paciente devido à oscilação na absorção e meia vida sérica da levotiroxina.
7. Prevenção e controle 
Hipotireoidismo canino é uma doença difícil de ser prevenida, pois é causada pelo descontroleda glândula tireóidea, geralmente é identificada quando o animal já apresenta sintomas bem avançados, porém manter os exames anuais sempre atualizados, observar o comportamento animal, fornecer um alimento de qualidade contribui muito para a prevenção. 
O controle pode ser feito através de exames rotineiros e alimentação correta, sendo rações especializadas para cada tipo de cão/raça.
8. Postura do médico veterinário
Quando o animal junto com o tutor chega à clínica medica veterinária, e necessário uma conversa com o mesmo para uma fazer uma análise verbal do que o individuo tem apresentado, sintomas, comportamentos entre outros. Após isso deverá ser solicitado exames específicos da tireoide para diagnosticar com precisão o problema do animal. 
Sendo realizado esse procedimento e confirmado o hipotireoidismo canino e necessário entrar com medicamentos específicos para que possa haver um equilíbrio no organismo nesse animal. E consequentemente fazer acompanhamento para prevenir a evolução do quadro.
CONCLUSÃO
	Podemos concluir com esse trabalho a importância de uma anamnese bem feita, facilitando a identificação do hipotireoidismo, solucionando o problema do tutor e evitando o sofrimento do animal.
REFERÊNCIAS
HIPOTIROIDISMO canino: etiologia e diagnóstico. Hipotiroidismo canino: etiologia e diagnóstico. Disponível em: https://www.affinity-petcare.com/vetsandclinics/pt/hipotiroidismo-canino-etiologia-e-diagnostico/. Acesso em: 11 nov. 2020.
HIPOTIREOIDISMO canino: Revisão da literatura. Hipotireoidismo canino: Revisão da literatura, [S. l.], p. 1-24, 14 jul. 2016. Disponível em: https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2018/06/HIPOTIREOIDISMO-CANINO-Max-de-Moraes.pdf. Acesso em: 11 nov. 2020
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO CANINO – RELATO DE CASO. HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO CANINO – RELATO DE CASO, [S. l.], p. 1-20, 1 jul. 2011. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/V8fJN3apFRjdKuQ_2013-6-26-14-54-55.pdf. Acesso em: 11 nov. 2020.

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