kleiman-angela-objetivos-e-expectativas-de-leitura-in-texto-e-leitor-aspectos-cognitivos-da-leitura-11-ed-campinas-sp-pontes-2008-p-29-44

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KLEIMAN, Angela. Objetivos e expectativas de leitura. In: 	. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 11. ed. Campinas, SP: Pontes, 2008. p. 29-44
Em Objetivos e expectativas de leitura. In: 	. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura Kleiman (2008) tem como objetivo enfatizar o que há de individual na leitura, a relação mais íntima entre autor e leitor, os aspectos que são únicos e que, em parte tem sido determinado pelos objetivos e propósitos específicos de cada leitor.
Segundo a autora a compreensão do texto e o esforço para recriar o sentido do texto, tem sido várias vezes descrito pela busca de coerência do texto. Dessa maneira a coerência seria “um principio que rege a atividade de leitura e outras atividades humanas” (Kleiman, 2008, p 29), outros meios que nos ajudam nessa busca é o engajamento, a ativação do nosso conhecimento prévio, além de dois princípios fundamentais: o estabelecimento de objetivos e propósitos claros para a leitura.
A autora, diz que para obter um aproveitamento melhor de uma leitura, devemos impor a ela um objetivo. Delinear um objetivo é despertar nossa atenção seletiva, fazendo-se focar em determinados aspectos e descartar os demais. Estabelecer objetivos na leitura facilita o processo de compreensão e memorização de alguns detalhes.
Kleiman (2008) diz que o objetivo de leitura pode ser determinado pela forma do texto, por exemplo, a leitura de um jornal não pode ser feita como a leitura de um artigo científico, pois, parece que o objetivo geral ao ler o jornal é diferente daquele quando lemos um artigo científico. Dessa maneira, fica evidente que a forma do texto mudará o mecanismo de leitura. Ou seja, um mesmo texto pode ter sua compreensão parcialmente ou totalmente modificada dependendo do objetivo do leitor. A autora em relação à compreensão apresenta uma experiência em que um texto contendo a descrição de uma casa deve ser lido por dois grupos, um com a finalidade de comprá-la e outro de roubá- la. Ao final da leitura, cada grupo deve fazer um levantamento com os detalhes assimilados. Os dois grupos apresentam detalhes completamente diferentes, uma vez que seus objetivos iniciais eram diferentes.
A autora acrescenta que a leitura de textos mais previsíveis, de não ficção, a leitura com objetivos bem definidos permitirá lembrar mais e melhor aquilo que foi lido. Enfatizando que estabelecer objetivos de leitura é considerado uma estratégia metacognitiva, que é uma estratégia de controle e regulamento do próprio conhecimento. Assim, a leitura é um processo só, pois as diferentes maneiras de ler são apenas diversos caminhos para alcançar o objetivo pretendido.
Sendo assim, “os objetivos são também importantes para outro aspecto da atividade do leitor que contribui para a compreensão: a formulação de hipóteses” (Kleiman, 2008, p. 35). Ou seja, assim que começamos a leitura de um texto, primeiro deve-se perguntar qual o propósito de fazê-la. A seguir levantar uma série de hipóteses respaldadas pelo conhecimento que se tem acerca do assunto e no decorrer da leitura, testa-se qual hipótese permanecerá ou será descartada.
Tanto o estabelecimento de objetivos quanto a formulação de hipóteses, são atividades metacognitivas que propõe reflexão e controle consciente sobre o próprio conhecimento, que é parte fundamental para compreensão de texto.
Acreditamos que o texto Objetivos e expectativas de leitura. In: 	. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura, de Kleiman (2008) é interessante, porque estrutura claramente as estratégias metacognitivas utilizadas durante o processo de leitura, além de ensinar os professores e principalmente os professores em formação a utilizarem esse método na prática pedagógica a fim de garantir o desenvolvimento da compreensão.