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Traumatologia Forense

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Medicina Legal e 
Psicologia Forense
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Susyara Medeiros de Souza
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Traumatologia Forense
Traumatologia Forense
 
 
• Conhecer as energias capazes de causar danos à integridade física e à saúde das pessoas, 
compreendendo como a Medicina Legal as classifica e realiza seu diagnóstico;
• Compreender como se dá a classificação das lesões corporais sob o ponto de vista jurídico, a 
partir da resposta aos quesitos da perícia médico-legal.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Medicina Legal – Notas Introdutórias;
• Traumatologia Forense;
• Lesões Corporais do Ponto de Vista Jurídico.
UNIDADE Traumatologia Forense
Medicina Legal – Notas Introdutórias
Primeiro, vamos falar um pouco sobre a Medicina Legal como Disciplina, ou área 
de estudo, e só depois, começar a falar das áreas específicas, como é a Traumatologia.
Na Medicina Legal, nós vamos encontrar conhecimentos que vem da própria 
Medicina, das Ciências Biológicas, da Farmacologia, da Odontologia, da Tecnologia, 
e tudo isso para trazer informação ao mundo do Direito.
Para não deixarmos de ter um conceito formal, vamos considerar o que pensa o 
Dr. Genival Veloso de França (2015, p. 20), que escreveu: “A Medicina Legal é uma 
Disciplina eminentemente jurídica, mesmo que ela tenha seus subsídios trazidos da 
Medicina e das outras ciências biológicas e da tecnologia”.
Podemos perceber que o autor explica que a Medicina Legal é uma Disciplina 
jurídica porque ela só existe em razão das necessidades do Direito, ou seja, esses 
conheci mentos médicos, biológicos etc. são aplicados para responder às questões 
que chegam à justiça. E é isso que vamos conhecer ao longo desse estudo.
“Em suma, a Medicina Legal é a contribuição da medicina, e da tecnologia e 
outras ciências afins às questões do Direito na elaboração das leis, na administração 
judiciária e na consolidação da doutrina” (FRANÇA, 2017, p. 3).
Classificação da Medicina Legal
Didaticamente, o estudo da Medicina Legal divide-se em uma parte geral e outra 
especial, conforme leciona Croce: “Parte geral, onde se estuda a Jurisprudência 
Médica, que ensejam aos profissionais da Medicina conhecimentos sobre os seus 
deveres e direitos, e o Código de Ética dos Advogados (CROCE, 2012). 
E parte especial, na qual estudam as áreas específicas, tais como: Antropologia 
Forense, Traumatologia Forense, Sexologia Forense, Asfixiologia Forense, Tanato-
logia, Toxicologia, Psiquiatria Forense e Infortunística.
Importância da Medicina Legal
Por muitos anos, a Medicina Legal foi Disciplina obrigatória nos Cursos Médicos 
e Jurídicos. Se você fizer uma busca histórica, irá perceber que ela sempre foi ligada 
ao Direito.
Vamos perceber a Medicina Legal presente no mundo jurídico desde a elabora-
ção das leis (veja a Legislação sobre aborto legal), sua interpretação (veja a recente 
mudança na interpretação legal sobre o aborto em caso de anencéfalos) e, onde é 
mais conhecida, na aplicação das Leis, por meio da produção da prova pericial.
Além disso, é preciso que você saiba: a Medicina Legal não serve apenas ao 
Direito Penal. Ela está relacionada a diversas áreas jurídicas. 
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É só pensar: onde houver necessidade de esclarecimento do fato que envolva a saú-
de ou a integridade física do ser humano, você perceberá a Medicina Legal trazendo 
o esclarecimento.
Por exemplo: como já dito, o Direito Penal, o qual a Medicina Legal esclarece as 
causas das mortes violentas, contribuindo para o esclarecimento dos fatos quanto ao 
diagnóstico diferencial entre homicídios, suicídios e acidentes. Examina e classifica 
as lesões corporais, casos de crimes sexuais etc.
Na execução penal, atua realizando os exames de sanidade, de tortura e de maus 
tratos, dentre outros.
No Direito Civil, também temos a atuação médico-legal em diversas questões, 
como os casos de exame de determinação de paternidade, casamento, dano corporal 
indenizável, classificação do dano estético etc.
No Direito Administrativo, podemos falar das avaliações médicas para licenças e 
aposentadorias por saúde. 
No Direito do Trabalho, temos as perícias quanto aos acidentes e às doenças do 
trabalho, as repercussões de situações de insalubridades e periculosidades e verifica-
ção de casos de simulações e dissimulações, dentre outras possibilidades.
No Direito Processual, temos a análise de réus, testemunhas e jurados.
Mas observe que, dentre todas as áreas cíveis, destacamos o Direito Previdenciá-
rio, em que os peritos médicos avaliam as condições de saúde daqueles que buscam 
benefícios previdenciários.
Sendo assim, observamos que a Medicina Legal, tão popularmente reconhe-
cida no Direito Penal, tem Área de atuação bastante ampla, vindo a atuar em todas 
as áreas do Direito nas quais haja questões médicas, de saúde ou de traumas e 
serem esclarecidas.
Agora que você já entendeu um pouco sobre a Medicina Legal e sua importância, 
já podemos começar a estudar suas áreas específicas e descobrir quais conhecimen-
tos ela tem a nos oferecer. 
Vamos lá?
Traumatologia Forense
Podemos dizer que a Traumatologia Forense, ou Traumatologia Médico Legal, é 
a área da Medicina legal mais importante, pois ela subsidia quase todas as outras. 
Isso acontece porque é aqui que estudamos todas as formas de agressão à integri-
dade física e à saúde das pessoas. 
A lesão é produzida por agentes lesivos, que são o que chamamos aqui de ener-
gias. E essas energias é que são capazes de produzir danos ao corpo da pessoa, ou 
afetar sua saúde. 
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UNIDADE Traumatologia Forense
Às vezes, essa energia atua diretamente, como no caso das temperaturas – frio e 
calor (energias físicas) e, outras vezes, ela age por meio de instrumentos, como no 
caso das energias de ordem mecânica, que estudaremos logo mais. 
Já o trauma é o mesmo que lesão, e é resultante da ação daquela energia causa-
dora de danos.
É nesse estudo que classificamos os instrumentos causadores de danos por meio 
de seu modo de ação.
Importante!
Na Traumatologia Forense, estudamos a lesão, o ferimento e, a partir de suas caracterís-
ticas, é que determinamos o tipo de instrumento causador da lesão. Observe ainda que, 
ao indicar o instrumento causador da lesão, os Peritos não afirmam qual o objeto em si 
(como faca, projétil de arma de fogo, barra de ferro), mas indicam o tipo de instrumento 
(instrumento cortante, perfuro contundente, contundente).
Importância do Estudo da Traumatologia Forense
Este estudo nos trará importantes informações para a investigação de fatos e cri-
mes contra a pessoa, como:
• Determinar se a vítima estava viva ou já morta no momento em que foi ferida;
• Pode indicar a data provável do fato;
• Auxilia a determinar a causa jurídica da morte, diferenciando quando foi um 
homicídio, um suicídio e um acidente;
• Esclarecer qual o tipo de instrumento foi utilizado para ferir a vítima.
Energias causadoras de danos
Como você já viu, o trauma ou lesão, é produzido por energias. Essas energias 
são classificadas da seguinte forma:
• Energias de ordem mecânica;
• Energias de ordem física;
• Energias de ordem química;
• Energias de ordem físico-química;
• Energias de ordem bioquímica;
• Energias de ordem biodinâmica;
• Energias de ordem mista.
Estudaremos cada uma dessas energias, comentando suas características, formas 
de ação e lesões resultantes no corpo humano.
Vamos iniciar este estudo pelas energias de ordem mecânica. Acompanhe.
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Energias de Ordem Mecânica
Como o nome já sugere, são consideradas energias de ordem mecânica aquelas que, 
em sua ação, são capazes de alterar o estado de repouso ou movimento dos objetos.
Aqui nós temos a maior quantidade de casos registrados nos Institutos Médico 
Legais, principalmente, os ferimentos provocados por tiros de arma de fogo, que 
estudaremos logo mais.
Os instrumentos ou agentes mecânicos são classificados de acordo com sua forma 
de agir sobre o corpo. 
Importante!
Observe que estamosfalando em forma de agir do instrumento. Então, perceba que 
não é o instrumento que é contundente ou cortante, mas a forma como ele é aplicada, 
a forma de agir com ele.
Por isso, não afirmamos que o objeto específico foi que produziu a lesão. Falamos sem-
pre o tipo de instrumento que produziu a lesão, a partir do modo de ação empregado 
com o objeto.
Por exemplo: imagine uma faca:
• Se um indivíduo deslizar a lâmina da faca na pele de alguém, esta faca funcionará 
como instrumento de ação cortante;
• Se, com a mesma faca, um indivíduo empunha e encrava ou estoca a faca em ou-
trem, essa mesma faca atuou como instrumento de ação perfuro cortante ;
• Mas, se o indivíduo pega a mesma faca e segura pela lâmina e resolve bater com o 
cabo dela na cabeça de alguém, essa mesma faca funcionará como instrumento de 
ação contundente.
Perceba que era a mesma faca nos três exemplos, o mesmo objeto. Ficou claro agora 
porque não falamos no objeto em si, mas no tipo de ação dos objetos, que preferimos 
chamar de instrumentos, pois até o ar pode ser instrumento contundente (ar sob pressão) 
ou, ainda, suas mãos.
Assim, temos os instrumentos de ação simples que, com apenas uma forma de 
ação. é capaz de produzir a lesão:
• Instrumento de ação contundente: são os instrumentos que mais deixam lesões 
distintas, ou seja, são vários os tipos de lesões que são provocadas por esse tipo 
de instrumento. Praticamente, qualquer coisa pode ser usada de forma contun-
dente, pois a ação desses instrumentos pode acontecer por pressão (pancada, é 
uma forma de pressão), compressão, torção, arrastamento etc. Usando palavras 
simples, sua ação lembra as “pancadas”, que machucam. Exemplo: a mão dando 
um tapa é uma ação contundente; uma martelada, é uma ação contundente; 
quando alguém cai no chão e se arranha todo, sofreu ação contundente. Percebe 
agora porque eu disse que praticamente qualquer coisa pode agir como instru-
mento contundente? Veremos esses ferimentos resultantes mais à frente;
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UNIDADE Traumatologia Forense
• Instrumento de ação cortante: são instrumentos que possuem lâmina, ou gume, 
ou fio afiado. Agem deslizando essa lâmina na superfície do corpo, fazendo inci-
são (corte). Exemplo: faca afiada deslizando a lâmina; bisturi, canivete. Observe: 
aqui a ação é de deslizamento da lâmina;
• Instrumento de ação perfurante: são instrumentos que tem ponta e agem 
perfurando os tecidos. Exemplo: agulhas, picador de gelo.
Temos ainda os instrumentos de ação mista ou composta, que agem de duas formas, 
ao mesmo tempo. 
Veja comigo:
• Instrumentos de ação corto contundente: são instrumentos que possuem 
uma lâmina para cortar e ao mesmo tempo são pesados, ou são aplicados com 
bastante força, de modo a também contundirem. Portanto, cortam e contundem 
(machucam) ao mesmo tempo. Exemplo: foice, machado;
• Instrumentos de ação perfurocortante: são instrumentos que possuem ponta 
para perfurar, e lâmina, para cortar. Agem por estocada: a ponta perfura e a 
lâmina segue cortando. Exemplo típico é a faca peixeira;
• Instrumento perfuro contundente: são instrumentos que possuem ponta para 
perfurar, e aplicados com força ou velocidade suficientes para também contun-
dir (machucar). Então, perfuram e contundem ao mesmo tempo. Exemplo: o 
principal exemplo é o projétil de arma de fogo.
Todos esses instrumentos produzem lesões características, e vamos estudar cada 
uma delas a partir de agora. 
Mas antes de começar a leitura...
Confira o atlas fotográfico de Medicina Legal criado e mantido pelo Professor Malthus 
Galvão, que nos permite a visualização de forma gratuita.
Assim, você vai lendo seu material de estudo e observando no site as fotografias das lesões 
que iremos estudar a partir de agora. Disponível em: https://bit.ly/3hCOOoX
Vamos lá!
Instrumento de Ação Contundente
Como eu já havia dito, os instrumentos contundentes são responsáveis por vá-
rios tipos de lesões diferentes. Isso acontece pelo fato de que, praticamente qual-
quer coisa ou objeto pode servir de instrumento contundente, e age de diversas 
formas também.
Como vimos, os instrumentos de ação contundente agem de muitas formas e pra-
ticamente qualquer coisa pode funcionar como instrumento contundente, como um 
tapa, uma queda da própria altura, ao se chocar o corpo contra o chão, produzirá 
lesões contusas.
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Por essa extrema variedade de possibilidades, os instrumentos de ação contun-
dente produzem vários tipos de lesões resultantes. 
Vamos conhecer um pouco de cada uma:
• Lesão contusa: lesão contusa é um termo genérico que abrange vários tipos 
específicos de lesões produzidas por instrumentos ou agentes mecânicos. 
Vamos ver cada uma dessas lesões específicas:
• Rubefação: lesão mais simples e superficial, corresponde a um vermelho na pele 
atingida, e desaparece em pouco tempo. Exemplo: vermelho deixado pelo tapa;
• Escoriação: é o arrancamento traumático da epiderme (camada mais superfi-
cial da pele) a partir de uma pancada ou atrito (arrastamento). É o que popular-
mente chamamos arranhão. O arranhão produzido pelas unhas também é um 
tipo de escoriação (escoriação ungueal);
• Equimose: pequena infiltração de sangue nas malhas dos tecidos, podendo ser 
superficial e profunda, ou seja, com a pancada, torção, sucção etc., há rompi-
mento de vasos sanguíneos, derramando seu conteúdo, “molhando” de sangue 
os tecidos próximos, deixando a pele manchada. Esse sangue espalhado nas 
malhas dos tecidos é, aos poucos, reabsorvido pelo organismo, o que faz com 
que essa mancha de sangue vá mudando de cor até desaparecer. É o que cha-
mamos de Espectro Equimótico: a equimose, inicialmente, é vermelho violáceo, 
depois vai ficando azulada, depois passa a esverdear e, por fim, vai ficando 
amarelada até desaparecer por completo.
Como essa mudança de cor dura aproximadamente três dias de uma para a outra, 
podemos aproveitar esta característica para estimar o tempo da lesão, apontando há 
quantos dias, aproximadamente, a vítima foi machucada.
As equimoses se apresentam em formas ou tipos diferentes:
• Petéquias: Forma de cabeça de alfinete – Desaparecem mais rápido que as demais;
• Sugilação: Em forma de pontinhos espalhados em uma região bem definida, lem-
brando sujeira por grãos de areia;
• Sufusão: Formada por uma “hemorragia” mais extensa, mantém o centro violáceo e 
as mudanças de cor ocorrem na periferia (bordas);
• Víbices: Em forma de estrias ou “cobrinha”.
• Hematoma: aqui temos um grande infiltrado de sangue entre os tecidos, for-
mando, normalmente, uma “bolsa” de sangue, isto é, há um aumento de volume 
na região atingida, por causa do sangue que se juntou ali;
• Bossa sero sanguínea: é um inchaço produzido por acúmulo de linfa ou de 
sangue após uma pancada na cabeça. É a lesão conhecida por “galo”;
• Ferida contusa: é a lesão resultante quando a força da ação contundente rompe 
os tecidos. Por exemplo, quando se diz que a pancada foi tão forte que “cortou” 
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UNIDADE Traumatologia Forense
a pele. Na verdade, a palavra “cortou” está usada aqui de forma equivocada, 
pois corte é produzido por lâminas. O que aconteceu no exemplo foi o rompi-
mento de tecido. Por isso o termo correto é ferida contusa, que tem as bordas e 
fundo irregulares, e é pouco sangrantes;
• Fraturas: é a quebra do osso ou dente. Pode ser completa (com separação das
partes) ou incompleta (sem separar completamente as partes); fechada (quando
o osso quebrado permanece dentro do corpo) ou exposta (quando alguma parte
do osso quebrado rompe os tecidos e fica exposto; única (quando há uma só
fratura), múltipla ou cominutiva (quando há mais de uma fratura no mesmo osso
ou região) e em “galho verde”( em que o osso se rompe em “lascas”).
Importante!
Normalmente, as fraturas geram afastamento das ocupações habituais por mais de 
trinta dias.
• Luxações: acontece quando os ossos de uma articulação, como joelho, ombro,
cotovelo, perdem o contato entre si. Esse deslocamento pode ser temporário ou
permanente e, nesse caso, a lesãoé de natureza grave;
• Entorses: é quando ocorre a distensão dos ligamentos de uma articulação. Tor-
na-se grave quando há rompimento desses ligamentos;
• Ruptura de vísceras: quando há uma ação contundente muito forte, por exem-
plo, uma pancada localizada em região determinada, a pressão exercida sobre os
tecidos pode alcançar os órgãos internos, produzindo seu rompimento. São lesões
sempre graves em razão do perigo de vida gerado pelas hemorragias resultantes.
Instrumentos de Ação Perfurante
Produzem as feridas punctórias, que são aquelas produzidas por instrumentos 
que tem ponta, que perfuram por pressionar a pele, afastando as fibras até algumas se 
romperem, deixando uma lesão, em regra, de forma circular ou, em forma de ponto.
• Características: abertura estreita; pouco sangramento; a profundidade, geral-
mente, é bem maior que a abertura, sendo que essa profundidade varia conforme
o tamanho do instrumento e o quanto o agressor conseguiu fazê-lo penetrar;
caso atinja algum órgão, pode se tornar uma ferida grave.
Instrumentos de Ação Cortante
Produzem as chamadas feridas incisas.
Causadas por instrumentos que possuem lâmina ou gume afiado, que atua desli-
zando a parte afiada, cortando por tecidos por onde passa. 
• Características: normalmente pouco profundas, em razão da atuação ser por
deslizamento da lâmina; a profundidade é maior na parte central, e menor no
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início e no fim do corte; as bordas do corte são regulares (bordas retas); costuma 
ser bastante sangrante, pois a lâmina também corta todos os vasos sanguíneos 
por onde passa; no final da ferida (do corte), ou seja, do lado onde terminou a 
ação de cortar, temos a chamada cauda de escoriação (também chamada de 
cauda de arrasto), onde a lâmina vai terminando o corte e, no final, apenas 
arranca um pouco de epiderme.
Instrumentos de Ação Perfurocortante
São responsáveis pelas feridas perfuro incisas.
São lesões que irão trazer características de corte e perfuração. São parecidas 
com as feridas incisas, mas estas aqui apresentam profundidade muito maior que a 
largura e não possuem a cauda de escoriação. 
A forma da lesão também depende de quantos gumes ou lâminas tem o instrumento:
• Um só gume (como a faca): ferida em forma de casa de botão ou botoeira, com 
um ângulo mais agudo do lado no qual a lâmina passou e outro arredondado, no 
qual passou apenas a ponta do instrumento;
• Dois gumes: fenda de bordas iguais e ângulos agudos dos dois lados;
• Três gumes: ferida triangular ou estrelada.
Instrumentos de Ação Corto Contundentes
Produzem as feridas corto contusas.
São lesões que irão trazer características de corte e de contusão (normalmente, 
equimoses e escoriações). São feridas que tem forma irregular, são extensas, costu-
mam ser profundas e muito sangrantes, pois a lâmina aqui também corta os vasos 
sanguíneos que encontra no caminho.
Instrumentos de Ação Perfuro Contundente
Produzem os ferimentos chamados de Feridas perfuro-contusas.
Aqui, o instrumento age perfurando e contundindo (machucando) ao mesmo tempo. 
O exemplo mais comum e mais importante é a ferida produzida pelo projétil de arma 
de fogo.
As características do ferimento deixado variam conforme a distância do tiro: à 
distância, à curta distância e tiro encostado. Por isso, vamos precisar falar um pouco 
mais sobre essas lesões.
Acompanhe.
Quando disparamos uma arma de fogo e ocorre um tiro, temos a propulsão do 
projétil (ou seja, o projétil é expelido ou arremessado para fora do cano da arma), além 
da saída de pequenas labaredas de chamas, de gases superaquecidos e de uma nuvem 
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UNIDADE Traumatologia Forense
de pólvora combusta (que queimou completamente e virou só fumaça) e pólvora incom-
busta (que não queimou completamente, e ainda sai com grãos pegando fogo).
Tudo isso que sai da boca do cano da arma, é o que chamamos de elementos do tiro.
Tais efeitos estão divididos em primários e secundários (FRANÇA, 2015; SILVA 
NETTO; ESPINDULA, 2016; TOCCHETTO 2016):
• Efeitos Primários: Resultam da ação dos projéteis sobre os corpos, e inde-
pendem da distância do disparo. Estamos falando, então, das perfurações, que 
se caracterizam em orifícios de entrada e de saída dos projéteis.
O orifício de entrada pode ser circular ou ovalar, conforme a direção do tiro e, 
geralmente, apresenta de bordas invertidas (para dentro da ferida). 
Nos ferimentos de saída, haverá bordas evertidas (para fora da ferida), po-
dendo, eventualmente, estar presentes a orla de escoriação e equimótica (que 
veremos mais adiante).
Características das entradas:
 » Orifício de entrada (perfuração);
 » Orla de enxugo: Sujidades dos projéteis que se limpam no orifício de entrada;
 » Orla de escoriação: Arrancamento de epiderme no entorno do orifício 
de entrada;
 » Orla equimótica: Equimose que se forma no entorno do ferimento de entra-
da, e também aparece em todo o trajeto do tiro (ou seja, no caminho ou túneo 
que o projétil faz quando percorre o corpo).
• Efeitos secundários: resultam da ação dos gases e de seus efeitos explosi-
vos, dos resíduos da combustão (pólvoras) e das chamas produzidas durante 
o tiro. São encontrados nas proximidades dos orifícios de entrada. 
São característicos dos tiros a curta distância:
 » Zona de queimadura ou chamuscamento (chama): caracterizada por quei-
madura da pele e dos pelos, resultante da chama que sai da boca do cano da 
arma; pode se limitar à roupa;
 » Zona de esfumaçamento: produzida pelos resíduos da combustão, quando a 
pólvora é totalmente consumida (totalmente queimada), gerando uma mancha 
negra ou acinzentada na pele da vítima. Sai lavando com água e sabão, e por 
isso também é chamada de falsa zona de tatuagem;
 » Zona de tatuagem: produzida pela incrustação de grãos de pólvora incom-
busta (que ainda sai pegando fogo) ou partes fragmentadas do projétil (micro-
projéteis) sobre a pele.
16
17
Importante!
Os termos orla, zona e halo, são sinônimos. São palavras comuns que usamos para apon-
tar as características que encontramos ao redor do orifício de entrada desses ferimentos.
No caso dos tiros encostados, dependendo da superfície na qual o disparo for 
efetuado, sinais específicos são encontrados:
• Câmara de Mina de Hoffmann: comum nos tiros encostados na cabeça, prin-
cipalmente, na fronte (testa). É formado um orifício grande, maior que o projétil. 
No entorno do ferimento, percebem-se as bordas escurecidas e solapadas (arran-
cadas para fora), pela ação dos gases que batem contra o osso que, por sua vez, 
rompe-se num grande orifício, mas rebate parte dessa energia para fora da ferida, 
deixando-a com um aspecto estrelado. Em geral, não há zona de tatuagem ou de 
esfumaçamento na pele ao redor da ferida, em virtude de todos esses elementos 
penetrarem pelo orifício causado pelo projétil;
• Sinal do Funil de Bonnet: sinal em osso, com aparência de um funil de base 
voltada para dentro, caracterizado pelo maior arrancamento de lâmina óssea do 
lado de dentro do osso (ou seja, na saída do projétil);
• Sinal de Benassi: trata-se de um esfumaçamento impregnado na lâmina exter-
na do osso, no orifício de entrada. É visível nos disparos encostados no crânio, 
costelas e escápulas;
• Sinal de Werkgartner: “Desenho” da boca e às vezes também da massa de 
mira do cano da arma “impresso” na pele pela ação do aquecimento do cano, 
isto é, é a queimadura na forma da boca do cano da arma.
Assim, a determinação da distância do tiro de arma de fogo contra o corpo da 
vítima, em Medicina Legal, é realizada por meio da análise dos efeitos primários e 
secundários do tiro que ficaram na ferida de entrada.
Em Síntese
Tiro encostado ocorre quando o cano da arma está encostado na superfície do corpo 
no qual foi efetuado o disparo. Curta distância, quando for encontrado ao menos um 
dos demais efeitos secundários ao redor do ferimento de entrada. À distância, quando 
há apenas o orifício de entrada, e não forem encontrados sinais da presença dos efeitos 
secundários resultantes do disparode arma de fogo. 
17
UNIDADE Traumatologia Forense
Veja a Tabela:
Tabela 1
Distância do tiro À distância Curta distância Encostado
Sinais 
Encontrados
• Orifício de entrada;
• Orla de escoriação;
• Orla de equimose;
• Orla de enxugo.
Todos os elementos do tiro à distância e mais:
• Orla de queimadura ou chamuscamento;
• Orla de esfumaçamento ou tisnado;
• Orla de tatuagem.
• Câmara de mina de Hofmann;
• Sinal de Bonnet;
• Sinal de Benassi;
• Sinal de Werkgartner.
Um tiro pode, ainda, deixar um ferimento de saída quando o projétil for capaz de 
atravessar o corpo e dele sair. 
Suas características são diferentes do orifício de entrada. 
Vamos comparar?
Quadro 1
Orifício de Entrada de 
PAF (Projétil de Arma 
de Fogo)
• Forma circular ou oval;
• Diâmetro da ferida geralmente um pouco menor que o projétil;
• Bordas voltadas para dentro da ferida (invertidas);
• Bordas geralmente regulares, exceto se houver roupa grossa 
comprimindo a pele.
Orifício de Saída de PAF 
(Projétil de Arma 
de Fogo)
• Forma estrelada, em fenda ou ainda circular;
• Diâmetro geralmente maior que o ferimento de entrada;
• Bordas voltadas para fora da ferida (evertidas);
• Bordas normalmente irregulares.
Energias de Ordem Física
Aqui, estudaremos as lesões provocadas por agentes físicos, como temperatura, 
pressão atmosférica, eletricidade e radioatividade. São situações menos comuns em 
Medicina legal, mas acontecem e, portanto, você precisa conhecer. 
Vejamos:
Tabela 2
Meio Características
Frio Difuso 
(temperatura ambiente
muito baixa)
Provoca resfriamento ou hipotermia, com os seguintes sintomas:
• Sensação desagradável de frio;
• Palidez da pele;
• Confusão dos sentidos;
• Coma;
• Morte.
Frio Direto
Geladuras: são lesões resultantes da ação 
do frio direto sobre a pele
O frio direto pode provocar lesões, classificadas em graus:
• 1º Grau: Vermelho pálido no local, e pele arrepiada;
• 2º Grau: APARECIMENTO de bolhas (flictenas);
• 3º Grau: Necrose de tecidos moles;
• 4º Grau: Necrose e desarticulação de tecidos mais profundos.
Observação: alguns autores consideram apenas 3 graus, sendo o terceiro o último grau.
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19
Meio Características
Calor Difuso
(temperatura ambiente muito elevada)
Produz as chamadas termonoses:
• Insolação (a fonte de calor é o sol): se o sol incidir de forma direta pode 
também gerar queimaduras de 1º e 2º graus;
• Intermação (ação de aquecedores, caldeiras, fornos, locais fechados).
O calor difuso aumenta a temperatura corporal, podendo gerar taquicardia, au-
mento da pressão arterial, secura das mucosas e da pele, perturbação da visão e 
audição e até convulsões.
Calor Direto
Queimaduras: lesões resultantes de uma 
fonte de calor direta sobre os tecidos 
do corpo. Exemplo: chamas, superfícies 
superaquecidas.
A classificação das queimaduras é feita em graus:
• 1º Grau: Pele com vermelhidão (eritema);
• 2º Grau: Formação de bolhas (flictenas);
• 3º Grau: Escarificação (necrose e perda de camadas de pele). Deixa cicatriz;
• 4º Grau: Carbonização (combustão até os tecidos mais profundos) parcial ou total.
Observação: a classificação das queimaduras em graus, como apresentada acima, 
é a mais utilizada em Medicina Legal, e como você deve ter percebido, está rela-
cionada à profundidade da área atingida (camadas dos tecidos, como a epiderme, 
a derme, e os planos musculares até atingir os ossos). Entretanto, há também a 
classificação das queimaduras que considera a extensão do corpo que foi queima-
do (exemplo: cada perna corresponde a 18% do corpo, a cabeça e pescoço juntos 
correspondem a 9% do corpo, assim por diante) sendo essa classificação muito uti-
lizada do ponto de vista clínico (para avaliação e tratamento da vítima).
Temperaturas Oscilantes
Diminuem as resistências do organismo; facilitam doenças e acidentes de trabalho.
• Hipotermia (diminuição da temperatura corporal);
• Hipertermia (aumento da temperatura corporal).
Pressão Atmosférica
Corresponde à pressão exercida pelo peso 
do ar que age sobre os corpos. Considera-se 
normal o peso do ar no nível do mar.
Toda vez que alguém sobe a locais acima 
do nível do mar, diminui o peso do ar, pois 
diminui a “coluna de ar” sobre ele.
Ao contrário, quando descemos abaixo do 
nível do mar, aumentamos essa “coluna 
de ar”, gerando mais peso e consequente-
mente, maior pressão atmosférica.
Características:
• Diminuição da pressão atmosférica: ocorre o mal das montanhas, ou das altu-
ras, com diminuição do oxigênio e do gás carbônico, prejudicando a hematose. 
Pode ocasionar dor de cabeça, náuseas, dificuldade para respirar e taquicardia.
• Aumento da pressão atmosférica: mal das profundidades, ou doença dos 
caixões, que acarreta uma patologia de compressão, caracterizada por dor, al-
gumas vezes pode haver perfuração do tímpano, hemorragias mucosas e intoxi-
cação por excesso dos gases; produz também uma patologia de descompressão, 
proveniente do fenômeno da embolia (entrada de ar nos vasos sanguíneos, for-
mando bolhas, que podem entupir esses vasos, como se fosse coágulos), conse-
quente à maior concentração dos gases dissolvidos no ,sangue. São conhecidas 
por “barotraumas”.
Eletricidade
A eletricidade tem duas fontes: 
natural, vinda dos raios, e a artificial 
ou industrial.
Natural/Cósmica: provocada pelo raio. No local onde o raio atinge o corpo, apa-
recem lesões arboriformes ou em zigue-zague, que recebem o nome de marca de 
Lichtemberg. Essa marca desaparece do corpo com o tempo. Os efeitos da corrente 
elétrica natural podem ocasionar:
• Fulguração: (quando há perturbação do organismo sem a morte);
• Fulminação: (quando há perturbação do organismo com morte).
Artificial/industrial: produz o choque elétrico. A lesão característica é chamada 
de Marca Elétrica de Jellinek. Essa lesão, geralmente, apresenta a forma do condu-
tor da corrente elétrica, e representa a entrada dessa corrente no corpo. Os autores 
usam o termo Eletropressão, para designar o dano corporal causado pela eletrici-
dade artificial, seja com resultado morte ou não.
Radioatividade
Os efeitos da radioatividade podem ser causadores de dano ao organismo, quan-
do há exposição ou ainda contato direto com raios X, rádio e energia atômica. 
Chamamos radiodermites às lesões de pele causadas pelo contato direto com 
elementos radioativos.
Luz e Som
Formas de energia física que podem comprometer gravemente os respectivos ór-
gãos dos sentidos, produzindo lesões e perturbações de ordem funcional.
• Lesões: cegueira e perda auditiva.
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UNIDADE Traumatologia Forense
Energias de Ordem Química
Correspondem às substâncias que reagem com os tecidos do corpo humano, po-
dendo provocar destruição desses tecidos, intoxicação do organismo e a morte celular.
Os autores dividem essas substâncias, para fins de estudo em Medicina Legal, em 
três grandes grupos:
Cáusticos
Substâncias que em contato com as células, provocam destruição.
Tipos:
• Coagulantes: deixam crosta endurecida. Exemplo ácido sulfúrico, ácido clorí-
drico, nitrato de prata;
• Liquefacientes: deixam crosta amolecida, leitosa. Exemplo soda, amônia.
Chama-se de vitriolagem a toda lesão criminosa (intencional) provocada por arremesso de 
agentes cáusticos na vítima. O termo vem de óleo de vitríolo, como era mais conhecido 
antigamente o ácido sulfúrico e que, historicamente, já foi muito utilizado para esse tipo de 
prática criminosa.
A lesão resultante deixa sempre deformidade permanente, o que caracteriza lesão 
corporal de natureza gravíssima.
Venenos
Um veneno é uma substância que, quando introduzida no organismo em 
quantidades relativamente pequenas e agindo quimicamente, é capaz de 
produzir lesões graves à saúde, no caso do indivíduo comum e no gozo 
de relativa saúde. (CROCE, 2012)
Tipos de origem dos venenos:
• Animais: peçonhas;
• Vegetais: seivas venenosas;
• Minerais: sais tóxicos;
• Medicamentos;
• Produtos caseiros ou sintéticos: inseticidas, raticidas etc.
Podemos absorver os venenos por várias vias, como: pele, mucosas,vias subcu-
tâneas, pulmonares, venosas, arteriais e retais.
Os venenos podem ser eliminados do organismo por: vômito, evacuação, urina, 
suor, lágrimas, leite materno, placenta, fâneros (cabelo e unhas) etc.
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Tóxicos
Substâncias que provocam dependências físicas e mentais.
Classificação:
• Psicolépticos: substâncias depressoras da atividade mental, diminuindo a capa-
cidade de atenção e resposta a estímulos. Exemplo: ópio e derivados
• Psicoanalépticos: são os estimuladores. Substâncias que estimulam a atividade 
mental, deixando a pessoa em estado de alerta, causando insônia, euforia e 
ansiedade. Exemplo: cocaína;
• Psicodislépticos: são as substâncias perturbadoras da atividade cerebral. Geram 
confusão mental, alucinações e delírios. Exemplo: maconha.
Energias de Ordem Físico-Químicas
Correspondem às asfixias violentas ou asfixias mecânicas ou, explicando de outra 
forma: trata-se dos casos em que a asfixia é a causa da morte.
De acordo com França (2015), as energias de ordem físico-químicas são aquelas 
que impedem a passagem do ar para as vias respiratórias e alteram a composição 
bioquímica do sangue, produzindo um fenômeno chamado asfixia. 
Isso altera a função respiratória, inibindo a hematose (transformação do sangue ve-
noso em sangue arterial), podendo, em consequência, levar o indivíduo até a morte.
Essas asfixias, portanto, impedem a respiração normal da pessoa, devido a cau-
sas externas, como constrição do pescoço, sufocação e afogamento.
Assim, há diversas modalidades de asfixia em específico, com sinais próprios. 
Mas também há sinais e sintomas que são comuns a qualquer tipo de asfixia.
De acordo com as lições de Croce (2012), as asfixias, de modo geral, compreen-
dem duas fases:
• Fase de irritação: dura cerca de quatro minutos. No primeiro minuto, a vítima 
sente a dificuldade de inspirar, isto é, de puxar o ar para dentro, puxando o ar 
desesperadamente, sem perder a consciência. Após, sobrevém a dificuldade 
de expelir o ar inspirado, e vem a inconsciência e, segundo o autor, poderão 
ocorrer convulsões;
• Fase de esgotamento: compreende um momento inicial de pausa ou de morte 
aparente, em que acontece a parada da respiração durante algum tempo, e de-
pois um período terminal, em que ocorrem os últimos movimentos respiratórios 
que precedem a morte. De acordo com o autor, o tempo de duração da fase de 
esgotamento é de aproximadamente 3 minutos.
O tempo total de um processo de asfixia típico é, portanto, de cerca de 7 minutos, 
em média, sendo esse tempo ainda menor em casos de submersão (CROCE, 2012). 
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UNIDADE Traumatologia Forense
As asfixias mecânicas, em geral, apresentam sinais característicos, dividindo-se 
didaticamente em sinais externos e sinais internos.
São sinais externos comuns a qualquer tipo de asfixia:
• Cianose da face (face azulada ou arroxeada);
• Saída de espuma muco sanguinolenta na boca e no nariz;
• Língua para fora da boca;
• Equimoses externas (em forma de petéquias, no rosto, nas mucosas, e olhos);
• Livor (acúmulo de sangue) cadavérico;
Representam os sinais internos (e mais relevantes):
• Alterações do sangue: O aspecto do sangue quanto à cor e fluidez. Na morte 
por asfixia, o sangue é fluido e de cor escura;
• Equimoses viscerais: Chamadas de manchas de Tardieu e encontradas em 
quase todos os tipos de asfixia. Têm forma arredondada, em forma de ponto 
ou de cabeça de alfinete (petéquias), ou se apresentam como manchas maiores. 
São explicadas pela fluidez do sangue. As manchas de Tardieu são petéquias 
violáceas, recobrindo a superfície das vísceras como a superfície pleural (dos 
pulmões) e do músculo cardíaco. Nos afogados, as equimoses viscerais nos pul-
mões são chamadas Manchas de Paltauf;
• Congestão polivisceral (maior volume de sangue nas vísceras): Quase todos 
os órgãos são passíveis de congestão nos diferentes tipos de asfixia. Entretanto, 
o mesentério, o fígado e os rins, notadamente no afogamento, são os que se 
mostram mais o fenômeno.
Tipos Específicos de Asfixias Violentas
Enforcamento
O enforcamento é o tipo de asfixia mecânica pela constrição do pescoço por um 
laço cuja extremidade se acha fixa um ponto, e o próprio peso da vítima atua como 
força viva para apertar o nó.
Importante esclarecer que o enforcamento pode acontecer com a suspensão com-
pleta ou incompleta do corpo. Significa que, mesmo tocando os pés no chão, é pos-
sível que haja enforcamento e que seja, inclusive, na modalidade suicida.
O enforcamento deixa uma marca no pescoço chamada sulco, cuja aparência 
muda um pouco conforme o material de que era feito o laço (corda, tira de lençol, 
de tecido atoalhado, de cipó de árvore etc.). Mas há características muito comuns no 
sulco do enforcamento, como algumas citadas por Bittar (2018): 
• O sulco é descontínuo, ou seja, não dá a volta em todo o pescoço, sendo inter-
rompido no ponto do nó da laçada e em pontos nos quais haja cabelo e barba;
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• Posição mais alta no pescoço;
• Mais profundo na região do pescoço, oposta ao nó da laçada, e superficial perto 
do nó, podendo ser ausente na posição do nó;
• O sulco é ascendente (direcionado para cima);
• De aspecto pálido e apergaminhado.
Estrangulamento
No estrangulamento, também se tem a constrição do pescoço, mas por laço tra-
cionado por qualquer força que não seja o peso da própria vítima. Mais comum na 
modalidade homicida.
Também deixa um sulco no pescoço da vítima, mas com características distintas 
das do enforcado. 
De acordo com Bittar (2018), são:
• Sulco contínuo, dando a volta em todo o pescoço, mostrando a 
mesma profundidade;
• Localizado em posição mais baixa no pescoço;
• É horizontal;
• Comumente há mais de uma volta do laço;
• Raramente apergaminhado.
Esganadura
É a asfixia mecânica que também ocorre por constrição do pescoço, mas aqui 
o pescoço é apertado diretamente pelas mãos do agente. A maioria dos autores 
também considera esganadura quando o pescoço é apertado por outras partes do 
corpo, como braços e pernas.
Nesses casos, não haverá um sulco no pescoço, mas marcas como escoriações 
(produzidas pelas unhas) e equimoses (manchas arroxeadas pelo aperto), sendo co-
mum, ainda, fratura do osso hioide (da garganta).
A causa será sempre homicida, visto não ser possível o suicídio ou formas aciden-
tais de esganadura.
Sufocação
É a asfixia que acontece pela obstrução direta ou indireta das vias respiratórias, 
impedindo a respiração. 
Assim, temos:
Sufocação direta, pelo fechamento dos orifícios externos respiratórios (boca e 
nariz), podendo acontecer de diversas formas.
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UNIDADE Traumatologia Forense
Vejamos:
• Um agressor usando as mãos ou corpos moles para tapar a boca e nariz 
da vítima;
• Engasgamento com comida ou corpos estranhos (comum com crianças que 
colocam objetos pequenos na boca), vedando a passagem de ar pela glote;
• Soterramento: normalmente acidental, quando a vítima se encontra mergulha-
da num meio sólido ou pulverulento (areias, terra, barro, farinha etc.);
• Confinamento: quando a vítima fica enclausurada em espaço restrito ou fecha-
do, sem renovação do ar atmosférico.
Sufocação indireta, ocorre pela compressão do tórax ou, eventualmente, do 
tórax e do abdome, de forma que impeça os movimentos respiratórios e ocasionar 
a morte por asfixia.
Afogamento
É a forma de asfixia que acontece pela penetração de líquidos ou sem líquidos nas 
vias respiratórias, penetrando nos pulmões, quando a vítima está submersa de forma 
total ou parcial.
São sinais característicos, dentre outros: cogumelo de espuma saindo da boca e do 
nariz, descolamento da epiderme, quando o corpo fica muito tempo na água, putrefa-
ção iniciando pela cabeça, equimoses específicas nos pulmões – Manchas de Paltauf.
Há os chamados afogados brancos de Parrot, que são os casos de pessoas que morrem den-
tro da água, mas não por asfixia, e sim por outras causas como AVC, infarto e, coincidente-
mente, estão na água quando isso acontece. 
Quando é assim, no exame denecropsia, não serão encontrados sinais de asfixia.
Importante!
Em caso de homicídio, a asfixia é qualificadora do crime!
Veja: Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2°. Se o homicídio é cometido:
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Observe, ainda: é no laudo de exame cadavérico que se confirmará a causa da morte 
por asfixia. E é nos laudos do local de crime que se aferirá se a asfixia se deu de forma 
homicida, suicida ou acidental.
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Energias de Ordem Bioquímica
As energias de ordem bioquímica são aquelas que se manifestam por ação com-
binada – química e biológica, atuando lesivamente por meio negativo (carencial) ou 
de maneira positiva (tóxica ou infecciosa) sobre a saúde, levando em conta ainda as 
condições orgânicas e de defesa de cada indivíduo (FRANÇA, 2015).
Tabela 3
Tipos Características
Inanição Falta de alimentação: voluntária; acidental; criminosa.
Doenças Carenciais
São perturbações orgânicas decorrentes de alimentação insuficiente 
ou da carência de certos elementos indispensáveis, entre os quais prin-
cipalmente as vitaminas. Essas alterações do organismo são conheci-
das como hipovitaminose e avitaminose (FRANÇA, 2015).
Intoxicação Alimentar Por ingestão de alimentos com substâncias ou microrganismos noci-vos à saúde, como salmonela e bacilo botulínico.
Infecções
São complicações mais ou menos frequentes, oriundas de pertur-
bações orgânicas provocadas por microrganismos patógenos e que 
apresentam um certo ciclo evolutivo. As infecções podem ser de cará-
ter local ou generalizado.
É também muito relevante o diagnóstico específico de cada infecção, 
pela significação de cada agente etiológico e da gravidade de cada 
caso. Muitas são as situações da infecção específica: carbúnculo, 
tétano, raiva, gangrena gasosa, raiva, tuberculose pulmonar ou 
extrapulmonar, hanseníase, entre outros (FRANÇA, 2015).
Energias de Ordem Biodinâmica
De acordo com França (2015), essas energias são representadas por quadros 
complexos e multifatoriais. 
Esse estudo visa a saber como uma pessoa entra em choque após um trauma.
O mesmo autor explica que o choque é representado pela resposta orgânica a um 
agente agressor, por meio de um mecanismo de defesa destinado a se proteger dos 
efeitos nocivos do trauma, com destaque para a hemorragia. 
O objetivo da resposta orgânica a uma hemorragia é o restabelecimento tempo-
rário da pressão arterial a fim de manter o fluxo sanguíneo nos tecidos mais nobres.
A circulação sanguínea tem a função de levar para as células do organismo oxigê-
nio, substâncias nutritivas, hormônios e calor e, ao mesmo tempo, remover delas os 
produtos catabolizados (restos das reações internas celulares).
Quando a pressão arterial é preservada, o fluxo sanguíneo é mantido em todos os 
tecidos e tudo segue funcionando normalmente.
Mas diante de um sangramento forte, cai a pressão arterial, e segundo os ensi-
namentos de França (2015), há o estímulo adrenérgico e o consequente desvio do 
sangue das extremidades, do fígado, dos rins e dos intestinos, a fim de conservar o 
fluxo de sangue do Sistema Nervoso Central e do coração. 
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UNIDADE Traumatologia Forense
Qualquer que seja a causa do choque, sua evolução é a mesma. Com a diminui-
ção do volume sanguíneo circulante, sempre há queda do retorno venoso e posterior 
débito cardíaco com baixa da pressão arterial.
Energias de Ordem Mista
Aqui, verificamos a ação mista das diversas energias que já estudamos, e que 
levam a lesões corporais e adoecimentos.
Além do seu interesse nas demandas criminais e civis, o tema também é de interesse 
para estudo e compreensão das doenças profissionais e dos acidentes de trabalho.
Nessa modalidade de energia, enquadram-se a fadiga, algumas doenças parasitá-
rias e todas as formas de sevícias.
Por fadiga, entendem-se as alterações físicas mais excessivas que o cansaço, que 
acontecem de forma aguda (em um episódio momentâneo), provocada por um exa-
gero de alguma atividade física, ou de forma crônica (de forma permanente), caracte-
rizada por esgotamento mental ou físico, formas de estafa ou estresse.
As doenças parasitárias são provocadas por parasitas (helmintos) e germes (pro-
tozoários e bactérias), causando doenças.
Com relação às sevícias, normalmente envolvem mais de uma forma de energia: 
lesões corporais (energias mecânicas), choque (biodinâmica), inanição (bioquímica). 
No entanto, mesmo isolando-se um tipo de ação, a vítima não deixa de apresentar 
grave comprometimento das emoções, levada pelo terror, medo, revolta, ódio ou 
submissão (FRANÇA, 2015).
A perícia irá buscar caracterizar as alterações físicas e psíquicas, avaliando não só 
as lesões isoladas, mas suas repercussões no organismo e saúde da vítima.
A natureza jurídica das sevícias é de caráter exclusivamente doloso, ou seja, não 
há forma acidental de sevícias. Entre elas, destacam-se a síndrome da criança mal-
tratada, a síndrome do ancião maltratado e a tortura, na qual se verificam em 
conjunto esses elementos citados: lesões em graus de cicatrização distintos, evi-
denciando que a pessoa foi ferida várias vezes, e em dias diferentes, e com certa 
regularidade ou frequência, histórico de várias fraturas e cicatrizações delas, estado 
de desnutrição característico de pouca alimentação (inanição), presença de infesta-
ção por parasitas, devido à negligência nos cuidados com higiene da vítima, dentre 
outros sinais e sintomas psíquicos, que sempre resultam dos maus tratos e tortura, 
como medo excessivo e ansiedade.
Lesões Corporais do Ponto de Vista Jurídico
Sob o ponto de vista jurídico, as lesões corporais são classificadas em leves, 
graves e gravíssimas, conforme previsão do Artigo 129 do Código Penal (CP), que 
você já conhece.
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O interessante é você conhecer a forma como se classificam essas lesões. 
Como se determina que a lesão é leve, grave ou gravíssima? Com base em que 
se faz essa distinção?
É a partir do exame médico legal de lesões corporais, também chamado de exame 
traumatológico, que o Perito Médico Legista examina o corpo da pessoa (periciando) 
para descrever as lesões encontradas, e analisar as repercussões que essas lesões 
deixaram na saúde ou na integridade física dele .
Ao final do exame, o médico irá responder aos quesitos do laudo traumatológico e, 
com base nessas respostas, os juristas recebem a classificação das lesões em cada caso.
Observe os quesitos que são respondidos pelos legistas, e perceba que eles aten-
dem justamente aos parágrafos do Artigo 129 do CP.
Quesitos Oficiais – Laudo de Lesões Corporais (Traumatológico)
• Há ferimento ou ofensa física?
• Qual o meio que ocasionou? 
• Houve perigo de vida?
• Resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função?
• Resultou incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias?
• Provocou aceleração de parto?
• Provocou aborto?
• Resultou perda ou inutilização de membro, sentido ou função?
• Originou incapacidade permanente para o trabalho ou enfermidade incurável? 
• Resultou deformidade permanente?
Perceba que, ao responder o primeiro quesito, o Legista informa se foram obser-
vadas ou não lesões corporais no periciando.
Se a resposta do primeiro quesito for sim (houve lesão corporal), no segundo 
quesito, o legista irá indicar que tipo de energia ou instrumento foi responsável pela 
lesão, conforme estudamos no item 2 (Traumatologia Forense) deste material.
Se o Legista responder sim ao terceiro, quarto ou quinto quesitos, ele estará indi-
cando que a lesão corporal é de natureza grave, pois resulta em uma das situações 
previstas no parágrafo primeiro do Artigo 129 do CP.
Caso o Legista responda sim aos quesitos sétimo, oitavo, nono ou décimo, clas-
sificará a lesão como gravíssima, pois haverá a constatação de uma das situações 
previstas no parágrafosegundo do Artigo 129 do CP.
E para a lesão ser considerava leve?
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UNIDADE Traumatologia Forense
A lesão será considerada leve quando, no exame traumatológico, o Legista 
observar que, apesar de ter havido uma lesão corporal, ela não gerou as repercus-
sões previstas nos quesitos de 3 a 10. 
Assim, as respostas a esses quesitos serão negativas. Haverá apenas a resposta ao 
primeiro e ao segundo quesitos.
Agora ficou mais claro saber como se classificam as lesões corporais, não é?!
Assim, concluímos nossa Unidade.
Nela, você conheceu as energias capazes de causar danos à integridade física ou 
à saúde das pessoas, entendeu como a Medicina Legal classifica esses meios lesivos 
e como a Justiça recebe e aplica os resultados dos exames traumatológicos para 
classificar as lesões em leves, graves e gravíssimas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Malthus
Atlas fotográfico on-line e gratuito de Medicina Legal do Prof. Malthus Galvão.
https://bit.ly/3hCOOoX
Revista Criminalística e Medicina Legal
Leia Artigos atualizados, com acesso gratuito, sobre perícias e pesquisas na área.
https://bit.ly/35WttVk
Brazilian Journal Of Forensic Anthropology & Legal Medicine
Revista da Associação Brasileira de Antropologia Forense. Leia Artigos atualizados, 
com acesso gratuito, sobre Medicina Legal e Antropologia Forense e pesquisas 
na área.
https://bit.ly/35R3WNb
 Livros
Medicina legal
FRANÇA, G. V. de. Medicina legal. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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UNIDADE Traumatologia Forense
Referências
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jurídicas, éticas e clínicas. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. (e-book)
BENFICA, F S. VAZ, M. Medicina legal. 4.ed.rev.atual. Porto Alegre: Livraria do 
Advogado, 2019.
BITTAR, N. Medicina legal e noções de criminalística. 7.ed. Salvador: JusPodivm, 
2018.
COUTO, R. C. Perícias em Medicina Legal e Odontologia Legal. Rio de Janeiro: 
Medbook, 2011.
CROCE, D. Manual de medicina legal. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. (e-book)
FRANÇA, G. V. de. Medicina legal. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 
2015. (e-book)
HERCULES, H. de C. Medicina legal: texto e atlas. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 
2014.
MIRANDA, L. I. de. Balística Forense – Do criminalista ao legista. Rio de Janeiro: 
Rubio, 2014.
MIZIARA, I. D. Manual Prático de Medicina Legal. São Paulo: Atheneu, 2014.
SILVA NETTO, A. da S. ESPINDULA, A. Manual de Atendimento a Locais de 
Morte Violenta – Investigação pericial e policial. 2.ed. Campinas: Millennium, 2016
TOCCHETTO, D. Balística forense – Aspectos Técnicos e Jurídicos. 8.ed. Campinas: 
Millennium, 2016.
VANRELL, J. P. BORBOREMA, M. de L. Vade Mecum de medicina legal e 
odontologia legal. 3.ed. Leme: JH Mizuno, 2019.
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPÍDULA, A. Ciências Forenses: uma introdu-
ção às principais áreas da criminalística moderna. 3.ed. Campinas: Millennium 
Editora, 2017.
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Outros materiais