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Exclusão do Crédito Tributário

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Professor Heider Rodrigues 
 
Exclusão do Crédito Tributário 
O CTN na disciplina de exclusão do crédito tributário trata da isenção e da anistia, que está previsto em seu art. 175. 
Essa exclusão, ocorre quando o credito tributário é afastado e o contribuinte é excluído do dever de pagar o tributo. 
Excluem com a isenção e a anistia. 
ANISTIA é a exclusão do credito tributário relativo a penalidades pecuniárias. O cometimento de infração a legislação 
tributária enseja a aplicação de penalidades pecuniárias, multas, e estas ensejam a constituição do credito tributário 
correspondente. Pela anistia o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator da legislação tributária, 
impedindo a constituição do credito. Se já está o credito constituído, o legislador poderá dispensá-lo pela remissão, mas 
não pela anistia. 
Na anistia o crédito não foi constituído. A anistia decorre sempre de lei, e é forma de exclusão do credito tributário e, 
portanto, compreende-se no âmbito da reserva legal. Quando tem caráter restrito é concedida mediante ato da 
autoridade administrativa. Neste caso depende de requerimento do interessado, com o qual este faça a prova de 
preenchimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. 
Diz o art. 181, que anistia pode ser concedida em caráter geral e limitadamente. Ela perdoa-se o ilícito e a penalidade. 
Já a ISENÇÃO, diz o art. 176, que ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as 
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. 
Portanto, isenção é sempre decorrente de lei. Esta incluída na área da denominada reserva legal, sendo a lei, em sentido 
estrito, o único instrumento hábil para sua instituição. 
A isenção não é extensiva, salvo disposição de lei em contrário. Assim, a isenção em princípio, não se aplica às taxas e 
contribuições de melhoria, nem aos tributos criados depois de sua concessão. Mas a lei pode determinar o contrário. 
As isenções não poderão ser revogadas, gerando um direito adquirido se forem concedidas com prazo certo. Já as sem 
prazo certo, ou melhor, indeterminadas, não geram direito adquirido, podendo ser revogadas. 
Nesta segunda espécie você deve saber também uma questão interessante, que uma vez revogada a isenção, o tributo 
pode ser imediatamente cobrado, não sendo necessário ser respeitado o princípio da anterioridade, pois esse é o 
posicionamento do STF. 
O art. 178 do CTN, diz que a isenção, salvo se concedida por prazo certo ou em função de determinadas condições, pode 
ser revogada ou modificada por lei a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do artigo 104. 
Sobre o conceito de isenção, existe alguma divergência. Pois para alguns doutrinadores, na isenção existe a hipótese de 
incidência e o fato gerador, ocorrendo, todavia a dispensa em sua cobrança. Para outros doutrinadores, a isenção retira 
uma parcela da hipótese de incidência ou do fato gerador, como exemplo podemos citar o imposto de renda 
(disponibilidade econômica) a lei, retira da hipótese de incidência o valor do salário-família, do aviso prévio, etc. 
É importante saber, que no inciso III do art. 151 da CF, pode observar que foi abolida de nosso ordenamento jurídico a 
possibilidade de isenções tributarias serem concedidas por uma pessoa política diferente da que possui a competência 
para criar o tributo. Em suma, seria vedada a concessão de isenção a tributos de competência alheia. 
Classificação das Isenções 
As isenções podem ser classificadas quanto à forma de concessão em caráter geral (absolutas) que são concedidas pela 
lei ou em caráter específico (relativas) que são concedidas por lei, mas efetivadas mediante despacho da autoridade 
administrativa. 
Quanto à natureza, onerosas (condicionadas) concedidas sob condição que implique ônus para o interessado ou simples, 
sem a imposição de condições ao interessado. 
Professor Heider Rodrigues 
 
Quanto ao prazo, que podem ser por prazo indeterminado ou por prazo certo. E por fim, quanto à área, que podem ser 
amplas, prevalecendo em todo o território da entidade tributante e restritas ou regionais, prevalecendo apenas em parte 
do território da entidade tributante.

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