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Aula 11 exclusao

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Direito Tributário para o TCE/PR ʹ Com vídeo Aulas 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 11 
Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 43 
AULA 11 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação Inicial 01 
Exclusão do Crédito tributário 02 
Isenção 07 
Anistia 21 
Questões Propostas 31 
Gabaritos 43 
Olá, amigo concurseiro e futuro servidor! 
Chegamos à décima primeira aula do nosso curso de direito tributário para o 
concurso de Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná 
(TCE/PR). E os estudos, a todo vapor? Nessa aula iremos tratar da Exclusão 
do crédito tributário, presente nos artigos 175 a 182 do CTN. Na segunda 
parte, das modalidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
Qualquer dúvida que surgir, peço que a envie o mais breve possível ao nosso 
fórum de dúvidas para que ela seja sanada e não ocorram atrasos em seus 
estudos. Seguem ainda os meus contatos: 
aluisioalneto@gmail.com 
www.facebook.com/aluisioalneto 
www.facebook.com/prosatributaria 
Boa sorte! E bons estudos! 
Direito Tributário para o TCE/PR ʹ Com vídeo Aulas 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 11 
 
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Exclusão do Crédito Tributário 
 
Nessa nossa aula estudaremos a isenção e a anistia, as duas modalidades de 
exclusão do crédito tributário previstas no artigo 175 do CTN, que assim nos 
diz: 
“Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela consequente.” (Grifos nosso) 
Inicialmente temos que diferenciar bem os institutos da exclusão e da 
extinção do crédito tributário, frequentemente confundidos pelos candidatos 
em sua preparação, mas que possuem diferenças bem simples e pontuais. 
Enquanto a extinção cuida do crédito tributário já lançado, a exclusão 
age impedindo a constituição deste, ou seja, impede o lançamento 
tributário. Na exclusão, há a ocorrência do fato gerador e o 
nascimento da obrigação tributária, mas não há o ato de lançamento, 
que é impedido por meio de uma das causas de exclusão do crédito 
tributário. Assim, inexiste também a obrigação de pagamento. 
Logo adiante estudaremos as características das duas modalidades de 
exclusão do crédito tributário. Antes de seguirmos adiante, temos que ver o 
que consta no parágrafo único do artigo 175 do CTN, bem como algumas 
características das hipóteses de exclusão do crédito tributário. 
Esse parágrafo no diz que as obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal continuam a ser devidas independentemente da ocorrência de 
uma das duas causas de exclusão do crédito tributário. Mais uma vez o CTN 
Direito Tributário para o TCE/PR ʹ Com vídeo Aulas 
Teoria e questões comentadas 
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afirma a autonomia existente entre a obrigação tributária principal e a 
obrigação tributária acessória. 
Por exemplo, os sujeitos passivos beneficiados por alguma isenção, e 
conforme dispuser a lei isentiva, continuam obrigados, por exemplo, a 
escriturar livros e emitir documentos fiscais, entregar declarações, entre 
outras obrigações tributárias acessórias. 
Logo, excluir a obrigação do sujeito de pagar determinado tributo não 
implica na automática dispensa do cumprimento das obrigações 
acessórias decorrentes do crédito tributário excluído ou dele 
consequente, que continuam a ser devidas normalmente, exceto se a 
legislação tributária dispuser em contrário. 
 
Por sua vez, somente o ente competente para instituir o tributo é também 
competente para excluir o seu pagamento, tendo em vista os poderes 
legislativos presentes na sua competência tributária outorgada pela CF/88. 
Somente nos casos de isenções heterônomas é que um ente diferente 
daquele que possui a competência tributária poderá conceder isenções de 
tributos de outro ente político. Essa previsão, no âmbito interno, no entanto, 
reside atualmente apenas no campo teórico, tendo em vista os enormes 
embates que recaem sobre ela. 
Quanto às duas modalidades de exclusão do crédito tributário, ambas 
devem ser reguladas por meio de lei específica do ente competente 
para instituir o tributo, conforme previsão constitucional expressa contida 
no artigo 150, §6º. 
 
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“Art. 150 (...) 
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de 
cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou 
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só 
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, 
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as 
matérias acima enumeradas ou o correspondente 
tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 
155, § 2.º, XII, g.” (Grifos nosso) 
Quanto ao CTN, esse nos diz ainda em seu artigo 111, I, que as leis que 
disponham sobre exclusão do crédito tributário serão interpretadas 
LITERALMENTE: 
“Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação 
tributária que disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;” (Grifos 
nosso) 
 
Observe que apenas as modalidades de suspensão e EXCLUSÃO do crédito 
tributário são interpretadas literalmente, conforme o CTN. Esse normativo 
não inclui as modalidades de EXTINÇÃO do crédito tributário! Atente bem a 
isso, uma vez que os elaboradores de questões costumam pegar o candidato 
menos atento. 
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Por fim, antes de estudarmos cada uma das modalidades de exclusão do 
crédito tributário, temos que saber a diferença básica fundamental entre a 
isenção e a anistia. Em ambos os casos, estamos falando da exclusão da 
obrigação tributária principal. 
Enquanto a isenção é relativa à exclusão do crédito tributário relativo aos 
tributos, a anistia é relativa à exclusão do crédito tributário relativo às 
penalidades pecuniárias que porventura seriam aplicadas pela autoridade 
fazendária. Cada um dos institutos se opera em relação a créditos tributários 
de natureza diversa. Veremos isso novamente mais à frente. 
 
 
(Questão 01) Nos termos do Código Tributário Nacional, a isenção e a 
anistia constituem causas de: 
(A) extinção do crédito tributário. 
(B) exclusão do crédito tributário. 
(C) moratória do crédito tributário. 
(D) suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
(E) imunidade. 
Questão simples, que se resolve apenas com o conhecimento constante no 
artigo 175 do CTN. Esse artigo possui a seguinte redação: 
“Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa 
o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da 
obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela 
conseqüente.” 
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Assim, resta como correta a alternativa "b", gabarito da questão. As 
modalidades de extinção do crédito tributário estão presentes no artigo 156 
do CTN. Por sua vez, as modalidades de suspensão do crédito tributário, 
entre as quaisse incluem a moratória tributária, estão presentes no artigo 
151 do CTN. 
Por fim, as imunidades estão totalmente contidas no texto constitucional, não 
se confundindo com a isenção e a anistia, ambas modalidade de exclusão do 
crédito tributário, institutos distintos da imunidade tributária. 
 
 
Vamos às duas modalidades de exclusão do crédito tributário previstas no 
CTN, iniciando pela isenção tributária. 
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Isenção 
 
Nesse item da nossa aula iremos estudar a isenção, uma das duas formas de 
exclusão do crédito tributário, juntamente com a anistia. Como vimos em 
item anterior, a extinção do crédito tributário pressupõe a existência anterior 
deste, uma vez que não se pode extinguir o que não existe. Logo, temos o 
fato gerador, a consequente obrigação tributária principal, o posterior 
lançamento e a consequente constituição do crédito tributário. 
Posteriormente, observando-se uma das onze modalidades de extinção do 
crédito tributário previstas no artigo 156 do CTN, aquele é extinto. 
Diferentemente da extinção, na exclusão do crédito tributário este não chega 
sequer a ser constituído, tendo em vista as situações que impedem o seu 
lançamento e respectiva constituição pela autoridade administrativa. Logo, 
falamos na inviabilidade da constituição do crédito tributário pelo lançamento 
quando o assunto é a exclusão do crédito tributário. 
 
Para a exclusão, e mais especificamente para a isenção, a qual estamos 
estudando nesse item da aula, ocorre o fato gerador da obrigação tributária e 
o consequente surgimento desta para o sujeito passivo. Os dois elementos da 
relação tributária existem. Entretanto, tendo em vista uma hipótese de 
isenção (ou de anisita), é vedado à autoridade administrativa o lançamento 
do crédito tributário. Logo, teremos fato gerador e obrigação tributária, mas 
não teremos lançamento nem crédito tributário a ser constituído. 
 
 
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Assim, a isenção se opera no campo do exercício da competência 
tributária, enquanto que a imunidade, no campo da limitação da 
competência tributária. A isenção, assim, pode ser definida com uma 
dispensa legal do pagamento de determinado tributo devido pelo 
sujeito passivo. 
 
 
E quem define a isenção e a consequente exclusão do crédito tributário que 
seria devido em razão da ocorrência do fato gerador? Conforme o artigo 97 
do CTN, temos o seguinte: 
“Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
(...) 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de 
créditos tributários, ou de dispensa ou redução de 
penalidades.” (Grifos nosso) 
Assim, somente por lei em sentido estrito do ente competente para instituir o 
tributo poderá ser concedida isenção de crédito tributário, e essa lei deverá 
ser uma lei específica, conforme o artigo 150, §6º, da CF/88. O ente 
tributante competente para instituir o tributo o é também para dispensar os 
créditos que dele seriam gerados caso não existissem as isenções concedidas 
a determinados sujeitos, coisas ou situações presentes no mundo real. A 
isenção é, portanto, uma desoneração tributária. 
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Por sua vez, os motivos que levam o legislador a isentar determinada 
situação podem ser dos mais variados possíveis, estando, contudo, 
diretamente relacionados ao contexto socioeconômico de determinada 
situação. Outro motivo seria em razão de razões sociopolíticas, com o fim, 
por exemplo, de atrair investimento para determinada região e/ou fortalecer 
determinado Ente político frente aos demais. 
Por sua vez, para que um tratamento tributário diferenciado como a isenção 
seja justificado, é necessário haver correlação lógica entre este e o 
elemento de discriminação tributária. A isenção é um tratamento 
favorecido concedido pelo legislador ordinário e que visa a favorecer 
determinado setor, atividade ou grupo de pessoas que possuam 
características comuns entre si. Não há isenção que seja concedida sem uma 
razão principiológica prévia, uma vez que não pode haver discriminação sem 
que se busque justamente equalizar as diferenças entre aqueles que foram 
beneficiados e aqueles que não foram. 
Assim, para que um tratamento tributário diferenciado, como a isenção, seja 
justificado, é sempre necessário haver correlação lógica entre este e o 
elemento de discriminação tributária. Não pode haver a concessão de uma 
isenção de maneira arbitrária, por simples vontade do legislador e sem 
qualquer fundamento lógico. 
Uma das classificações em que as isenções podem ser enquadradas é relativa 
às isenções objetivas e às isenções subjetivas. As primeiras são aquelas 
conferidas aos bens, mercadorias, prestações e operações, sem levar em 
consideração as qualidades ou características do sujeito passivo, enquanto a 
segunda, ao contrário, leva em consideração aspectos relativos à pessoa do 
sujeito passivo beneficiado. 
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Como exemplo de isenção objetiva (real), temos as concedidas quanto ao 
IPVA incidente sobre automóveis com mais de 30 anos de fabricação, que 
poderá ser usufruída tanto por aqueles que não possuem condições de 
adquirir outro automóvel mais novo, quanto por aqueles que os têm apenas 
para coleção, sendo, além disso, milionários. 
Por sua vez, temos como exemplo de isenção pessoal (subjetiva) a 
relativa ao IPTU, conferida ao único imóvel de qualquer ex-combatente da 
primeira guerra mundial, seja o imóvel um casebre ou uma super mansão em 
Copacabana (e, claro, desde que a lei isentiva não especifique limites quanto 
ao valor do imóvel, completamente normal e legal). 
Mais adiante veremos outras classificações para as isenções ao estudarmos os 
artigos do CTN, já que é mais adequado seu estudo em conjunto com esses 
artigos do CODEX. 
Vamos agora ao que determina o CTN especificamente em relação à isenção, 
cujas disposições estão contidas nos artigos 176 a 179. O texto do artigo 176 
nos diz o seguinte: 
“Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é 
sempre decorrente de lei que especifique as condições 
e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a 
que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. 
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Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a 
determinada região do território da entidade 
tributante, em função de condições a ela peculiares. 
Observe que o artigo 176 do CTN confirma mais uma vez a necessidade de lei 
para a instituição de uma isenção, ainda que esta esteja prevista em 
contrato. Nenhum ato infralegal é competente para conceder isenção. 
“Como assim contrato também, professor? Não se equivocou? É lei ou 
contrato, afinal de contas?” 
As isenções previstas em contrato não é a concessão da isenção 
propriamente dita, mas apenas um acordo firmado entre o poder público e 
as empresas que desejam investir em determinada atividade ou região do 
território do ente competentepara conceder a isenção. Diante disso, ambos 
firmam acordo em que o poder público se compromete a conceder a isenção e 
o particular a cumprir as condições acordadas para se beneficiar do instituto. 
Por exemplo, a União pode firmar acordo contratual com determinada 
montadora de automóveis que se instale no território do Estado de 
Pernambuco dispondo que irá exonerar o sujeito passivo em tela do 
pagamento do IPI devido sobre as vendas de automóveis fabricados desde 
que a montadora, durante o prazo de dez anos (esse também será o prazo da 
exoneração tributária), invista determinado valor no Estado e contrate, no 
mínimo, determinada quantidade de empregados de forma direta em sua 
planta. 
Ainda que firmado pelo poder público, esse contrato SEMPRE depende de lei 
específica que autorize a concessão da isenção, sem o qual não terá efeito 
algum. Caso o contrato não venha a ser cumprido pelo poder público, o 
particular poderá reclamar direitos, mas em outra órbita que não a tributária. 
Observe que a lei concessiva da isenção deverá trazer em seu texto os 
seguintes elementos: 
 
 
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 Cumprimento de condições para a concessão; 
 Cumprimento de requisitos exigidos para a concessão; 
 Tributos aos quais será aplicada a isenção; 
 Sendo o caso, o prazo de duração do favor, nos casos de 
isenções temporárias. (esse requisito nem sempre estará presente) 
Por sua vez, o parágrafo único do artigo 176 do CTN traz disposição relativa 
às isenções em caráter regional, dispondo que as isenções podem ser 
concedidas a determinada região do território da entidade tributante, em 
razão de condições a ela peculiares. 
Seria o caso, por exemplo, do Estado de Pernambuco, e após deliberação no 
âmbito do CONFAZ, conceder isenção do ICMS às empresas que acabaram de 
se instalar no polo têxtil da região de Santa Cruz do Capibaribe, tendo a 
benesse tributária duração de três anos. Pode ainda circunscrever 
determinada isenção ao ICMS às indústrias que se instalarem nas regiões do 
Alto Capibaribe e do Brejo Pernambucano. Outro exemplo seria a União 
conceder isenção decenal para o imposto sobre a renda das pessoas jurídicas 
que se instalarem na região da Amazônia legal. 
Visto isso, vamos ao artigo 177 do CTN, que assim nos diz: 
“Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção 
não é extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua 
concessão.” 
Regra geral, a isenção é relativa apenas a impostos, não sendo 
estendida, EXCETO POR DISPOSIÇÃO DE LEI EM CONTRÁRIO, a taxas 
e a contribuições de melhoria. Caso o ente político deseje isentar 
determinado grupo de pessoas do pagamento de uma taxa, deverá haver 
previsão expressa em lei. O mesmo ocorre quanto às contribuições de 
melhoria. Por exemplo, caso uma lei específica isente determinado grupo de 
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pessoas do pagamento do IPVA, essa concessão não dispensa 
automaticamente o pagamento de taxas e contribuições de melhoria, a 
menos que a lei expressamente preveja em seu texto a isenção. 
Como vimos no artigo 176 do CTN, a lei concessiva deverá especificar os 
tributos a que se aplica. Ora, uma lei não poderá isentar um tributo que 
ainda nem existe, motivo pelo qual a isenção, REGRA GERAL, somente será 
aplicada aos tributos instituídos ANTERIORMENTE à sua concessão. 
Caso o legislador queira estender a isenção aos tributos instituídos 
POSTERIORMENTE à concessão da isenção, DEVERÁ PREVER 
EXPRESSAMENTE ESSA CONDIÇÃO NÃO LEI. Essa é uma exceção, e não a 
regra. Atente bem! 
Vamos agora ao que nos diz o artigo 178 do CTN, talvez o mais importante 
em matéria de isenção: 
“Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo 
e em função de determinadas condições, pode ser 
revogada ou modificada por lei a qualquer tempo, 
observado o disposto no inciso III do artigo 104.” (Grifos 
nosso) 
Inicialmente temos que definir o que vêm a ser isenções onerosas 
(bilaterais ou contraprestacionais) e isenções não onerosas, conforme 
consta (implicitamente) no início do texto do artigo 178 do CTN. 
As isenções onerosas são aquelas que estão sujeitas a determinadas 
condições estipuladas na lei isentiva. Essas isenções, conforme o texto do 
artigo, serão concedidas pelo poder público ao sujeito passivo em função de 
determinadas condições a serem cumpridas por esse e durante determinado 
prazo de tempo, expressamente indicados no normativo. 
Como exemplo de isenção onerosa, temos uma lei estadual (autorizada 
previamente por deliberação no âmbito do CONFAZ) que concede a uma 
determinada indústria isenção quanto ao ICMS caso: 
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 Seja instalada em determinada região do Estado concedente (uma 
cidade X, por exemplo); 
 O beneficiário fique obrigado a, em 10 anos, investir determinado 
montante de recursos na região; 
 Fique obrigado ainda a criar determinada quantidade de empregos 
diretos. 
Por sua vez, o beneficiário, cumprindo o que determina a lei que concede a 
isenção, ficará isento do pagamento do ICMS devido por 15 anos 
consecutivos, sendo a contagem iniciada a partir da instalação da sua fábrica 
na região escolhida pelo Ente Estatal. 
Assim, firmado o acordo e implementadas as condições previstas na lei, a 
isenção será concedida e vigorará pelo prazo de 15 anos, conforme 
estipulado, não podendo ser desfeita a menos que detectada alguma 
irregularidade determinante para a perda da eficácia do que prevê a lei. 
“E se no mandato seguinte de um Governador da oposição, este, influente na 
Assembleia Legislativa, conseguir revogar a lei que concedeu a isenção, 
professor? O sujeito passivo será prejudicado?” 
É exatamente disso que trata o artigo 178 do CTN, estabelecendo que as 
isenções concedidas ONEROSAMENTE não poderão ser livremente “retiradas 
de ação”, uma vez que houve contraprestação do sujeito passivo. A lei poderá 
até perder a vigência e ser revogada, mas os seus efeitos irão perdurar no 
tempo nela previsto. 
Assim, as isenções onerosas são IRREVOGÁVEIS, não se confundindo 
com a lei que a instituiu. A lei pode ser revogada, não podendo mais 
beneficiar outros sujeitos passivos até então não beneficiados, mas os seus 
efeitos perdurarão no tempo nela previsto quanto àqueles que já foram 
beneficiados. 
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Observe ainda o que nos diz a Súmula nº 544 do Supremo Tribunal Federal: 
“Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não 
podem ser livremente suprimidas.” 
As demais isenções, não concedidas em função de determinadas 
condições e nem por prazo certo, atingindo indiferentemente os sujeitos 
passivos que atendam os requisitos estabelecidos em lei (artigo 179 do CTN), 
poderão ser revogadas a qualquer tempo. Essas são as chamadas 
ISENÇÕES NÃO ONEROSAS, revogáveis a qualquer tempo. A 
possibilidade de revogação da lei que concede isenção a qualquer 
tempo é também a regra geral sobre a revogação. A regra é a 
possibilidade de revogação, a menos que estejamos diante de uma 
isenção onerosa. 
A previsão do artigo 178 do CTNquanto às isenções onerosas está 
diretamente relacionado ao que determina o artigo 104, III, do CTN, que 
assim nos diz: 
“Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício 
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os 
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio 
ou a renda: (...) 
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei 
dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e 
observado o disposto no artigo 178.” (Grifos nosso) 
Esse artigo é tema de extensos debates sobre a sua recepção ou não pela 
CF/88, em que parte da doutrina se posiciona a favor da recepção e outra 
pela não recepção. 
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O certo é que, conforme o STF, a revogação de isenções, SALVO AS 
ISENÇÕES ONEROSAS (QUE NÃO PODEM TER SEUS EFEITOS REVOGADOS), 
produz efeitos imediatos, não sendo necessário esperar até o exercício 
seguinte para que seus efeitos sejam sentidos pelo sujeito passivo. 
REVOGADA A ISENÇÃO, O TRIBUTO VOLTA A SER IMEDIATAMENTE 
EXIGÍVEL, não necessitando esperar a chegada do primeiro dia do exercício 
seguinte para entrar em vigor. Veja o que nos diz o STF: 
“Súmula 615: O princípio constitucional da anualidade (§ 29 
do art. 153 da constituição federal) não se aplica à revogação 
de isenção do ICMS.” 
Vamos agora ao que nos diz o último artigo relativo à isenção. O artigo 179 
do CTN possui a seguinte redação em seu texto: 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter 
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da 
autoridade administrativa, em requerimento com o qual 
o interessado faça prova do preenchimento das 
condições e do cumprimento dos requisitos previstos em 
lei ou contrato para concessão. 
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de 
tempo, o despacho referido neste artigo será renovado 
antes da expiração de cada período, cessando 
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia 
do período para o qual o interessado deixar de promover 
a continuidade do reconhecimento da isenção. 
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito 
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no 
artigo 155.” (Grifos nosso) 
As isenções podem ser divididas também em quatro classificações: 
incondicionadas (simples) ou condicionadas (onerosas), gerais e 
específicas, totais ou parciais e as amplas, regionais ou setoriais. 
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As isenções incondicionadas são aquelas que podem ser livremente 
revogadas e a qualquer tempo pelo ente com competência tributária para 
concedê-las. São aquelas que não geram qualquer direito adquirido para os 
seus beneficiários. 
Por sua vez, as isenções condicionadas são aquelas que foram concedidas 
em função de determinadas condições e por prazo certo, gerando direito 
adquirido para o beneficiário que cumpriu os requisitos impostos e obteve o 
direito de usufruir da isenção concedida. 
A lei que concedeu a isenção condicionada poderá ser livremente revogada, 
não produzindo efeitos quanto à concessão de novas isenções, mas não para 
aqueles que já a usufruem, devendo assim permanecer enquanto perdurar o 
prazo estabelecido, condicionada ao cumprimento do que previa a lei 
concessiva. 
Por sua vez, as isenções gerais são aquelas concedidas sem que existam 
destinatários certos ou específicos na lei. Para que possam usufruí-la, os 
destinatários precisam apenas preencher os requisitos estabelecidos em lei, 
sem necessidade de qualquer comprovação junto à administração tributária. 
Como exemplo, temos a isenção quanto ao ISS àqueles que sejam 
profissionais autônomos e que prestem serviços de mecânica geral de 
máquinas, conforme dispuser uma lei municipal hipotética. 
Já as isenções em caráter específico são aquelas que necessitam do 
preenchimento, pelos beneficiários, de determinados requisitos previstos em 
lei, que devem ser comprovados junto à administração fazendária. Para 
tanto, será expedido despacho de concessão da isenção pelas autoridades 
administrativas. 
O caput do artigo 179 trata das chamadas isenções específicas, que 
dependem sempre de despacho fundamentado da autoridade administrativa a 
quem a lei tenha atribuído competência para a concessão. 
 
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Para que possa fazer jus à isenção, o interessado, por meio de 
requerimento, fará prova de atendimento das condições e dos requisitos 
previstos em lei para a concessão. Após análise do atendimento, a autoridade 
administrativa expedirá despacho atestando o cumprimento. 
As leis que concedem isenções específicas podem prever que, para se 
beneficiar da mesma, o sujeito passivo deve comprovar determinadas 
condições e requisitos. Até ai nada de novo. 
Da mesma maneira, as leis podem determinar que a comprovação se faça 
apenas um vez ou, de outra maneira, que a mesma se faça periodicamente, 
situação em que o sujeito passivo deverá promover a continuidade do 
reconhecimento da isenção, devendo ser expedido novo despacho concessivo 
(renovando a concessão anterior) pela autoridade administrativa. 
O despacho renovando a concessão da isenção deverá ser proferido antes 
da expiração do prazo relativo à concessão anterior, sem o qual o 
interessado deixará de fazer jus à isenção, exceto se a lei dispuser de 
modo contrário. 
Por sua vez, no caso de concessão de isenções em caráter específico, as que 
dependem de despacho da autoridade competente, estas NÃO GERAM 
DIREITO ADQUIRIDO PARA O INTERESSADO, PODENDO O ATO DE 
CONCESSÃO SER REVOGADO A QUALQUER TEMPO, CONFORME O 
ARTIGO 155 DO CTN. 
As isenções totais ou parciais dizem respeito ao quantum da obrigação 
tributária que será exonerado. Se uma lei prevê isenção quanto ao IPVA de 
apenas 50% do valor total que seria devido, estamos diante de uma isenção 
parcial. Se for de 100%, que é o mais comum, estaremos diante de uma 
isenção total. 
 
 
 
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Por fim, as isenções amplas são aquelas que se aplicam em todo o território 
do ente que as concede. As isenções regionais são aquelas concedidas a 
apenas determinada região do ente político competente para conceder a 
isenção, como a região da baixada fluminense, no caso de isenção concedida 
pelo Estado do Rio de Janeiro. Por sua vez, as isenções setoriais são 
aqueles que beneficiam determinado grupo de pessoas, sejam físicas ou 
jurídicas. Como exemplo de isenção setorial, temos a isenção ao IPI 
concedida pela União quanto às montadoras de automóveis populares. 
 
 
(Questão 02) Sobre isenção tributária, considere: 
I. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade 
tributante, em função de condições a ela peculiares. 
II. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção é extensiva às taxas e às 
contribuições de melhoria. 
III. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de 
determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer 
tempo. 
IV. A isenção não é extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua 
concessão, salvo disposição em contrário. 
V. A isenção, mesmo se concedida por prazo certo e em função de 
determinadascondições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer 
tempo. 
É correto o que consta SOMENTE em 
a) II e IV. 
b) I e II. 
c) I, III e IV. 
d) III, IV e V. 
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e) IV e V. 
Item I) Correto. Essa é a redação do parágrafo único do artigo 176 do CTN. 
Item II) Incorreto. É exatamente o contrário, uma vez que, salvo 
disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às 
contribuições de melhoria. Artigo 177, I, do CTN. 
Item III) Correto. Conforme o artigo 178 do CTN, a isenção, salvo se 
concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser 
revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no 
inciso III do artigo 104. 
Item IV) Correto. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é 
extensiva aos tributos instituídos posteriormente à concessão da isenção. 
Artigo 177, II, do CTN. 
Item V) Incorreto. Conforme o artigo 178 do CTN, a isenção, salvo se 
concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser 
revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no 
inciso III do artigo 104. Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito 
da questão. 
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ANISTIA 
 
A anistia é a outra modalidade de EXCLUSÃO do crédito tributário, mas 
relativamente às infrações e às penalidades imputadas ao sujeito passivo, 
prevista no inciso II do artigo 175 e nos artigos 180 a 182 do CTN. 
O instituto se configura como um verdadeiro perdão tributário ofertado pela 
Administração Tributária ao sujeito passivo, excluindo os créditos 
tributários decorrentes de penalidades pecuniárias que viriam a ser 
aplicadas àquele. A isenção dispensa o pagamento dos créditos tributários 
decorrentes da obrigação principal relativa aos tributos, enquanto a anistia os 
decorrentes de penalidades aplicadas em razão de infrações à legislação 
tributária. 
Uma vez que exclui o crédito tributário, a anistia impede o seu 
lançamento pela autoridade administrativa, configurando-se como uma 
inaplicabilidade da sanção a ser imposta pelo Fisco. Há o perdão da 
infração cometida pelo sujeito passivo. 
Atente bem, caro aluno: 
 A isenção exclui o crédito tributário decorrente da imposição 
tributária, ou seja, em razão de tributos que seriam impostos ao 
sujeito passivo, relativamente à obrigação tributária principal; 
 A anistia, por sua vez, exclui os créditos tributários decorrentes 
de infrações cometidas pelo sujeito passivo, e relativamente à 
obrigação principal decorrente de penalidades pecuniárias. 
 
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Importante: uma vez que se configura como uma dispensa legal de valores 
pecuniários, a anistia DEVE SER SEMPRE PREVISTA EM LEI DO ENTE 
COMPETENTE PARA INSTITUIR O TRIBUTO. Ou seja, o instituto da 
anistia, assim como a isenção, deve obediência ao princípio da reserva legal, 
prevista no artigo 97 do CTN: 
“Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o 
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária 
principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 
52, e do seu sujeito passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, 
ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela 
definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de 
créditos tributários, ou de dispensa ou redução de 
penalidades.” (Grifos nosso) 
Por sua vez, a anistia não exclui o ato praticado, que continua a ser ilícito e a 
constar no “prontuário” do sujeito passivo. Por exemplo, se o contribuinte 
deixe de pagar determinado tributo em razão de dificuldades financeiras e, 
em razão disso, o Fisco deveria imputar multa por infração à legislação 
tributária, esse fato permanecerá. O que se excluirá pela anistia é a multa a 
ser aplicada, bem como o crédito tributário decorrente da imposição desta. A 
anistia apaga os efeitos da infração, mas não a própria infração. Para 
todos os efeitos, mesmo que anistiada a multa, o sujeito passivo não voltar a 
ser “réu primário”.  
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A anistia está regulada especificamente nos artigos 180 a 182 do CTN, os 
quais estudaremos agora. Em frente. 
Inicialmente temos o artigo 180 do CTN, que nos fala sobre a abrangência e 
as limitações da anistia tributária a ser concedida pelo Ente Político 
competente. Seu texto é o seguinte: 
“Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações 
cometidas anteriormente à vigência da lei que a 
concede, não se aplicando: 
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou 
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, 
sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo 
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
II - salvo disposição em contrário, às infrações 
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas 
naturais ou jurídicas.” (Grifos nosso) 
Como pode ser observado acima, a anistia abrange apenas fatos ocorridos 
ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI CONCESSIVA, perdoando a falta cometida 
pelo sujeito passivo, não permitindo que o crédito tributário seja lançado. A 
isenção, outra modalidade de exclusão do crédito tributário, apenas alcança 
os fatos ocorridos APÓS A VIGÊNCIA DA LEI CONCESSIVA. A anistia, 
assim, possui EFEITOS RETROSPECTIVOS, enquanto a isenção, EFEITOS 
PROSPECTIVOS. 
“Professor, então aqueles que praticaram qualquer infração e cujo crédito 
tributário já tenha sido lançado não serão acobertados pela anistia?” 
Exatamente. Uma vez constituído o crédito tributário, não se pode mais falar 
em anistia, uma vez que esta se refere a um caso de EXCLUSÃO, E NÃO DE 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Caso já constituído, estaremos diante 
do instituto da remissão, prevista no artigo 156, IV, do CTN. 
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Essa é a corrente dominante. Uma pequena parte da doutrina, contudo, 
entende que a anistia abrange o perdão de penalidades como um todo, pouco 
importando se o crédito tributário já foi ou não constituído por meio do 
lançamento. Desse modo, tanto o perdão legal de créditos oriundos de 
infrações à legislação tributária passíveis de serem lançados quanto aqueles 
que já foram lançados seriam “mortos” pela anistia, sendo ambas as 
situações hipóteses de exclusão do crédito tributário. Para essa corrente, a 
diferença se daria apenas quanto aos créditos tributários oriundos de 
tributos, na qual a remissão, hipótese de extinção do crédito tributário, seria 
observada para créditos já constituídos, enquanto que a anistia, para créditos 
tributários ainda não constituídos. Dessa corrente minoritária participa o 
eminente professor Luciano Amaro. Em frente.A anistia abrange as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que 
a concede por um motivo até um tanto simples: se a lei anistiadora viesse a 
prever que as infrações praticadas posteriormente à sua publicação fossem 
perdoadas, estaríamos diante da revogação tácita da própria lei anterior que 
prevê a infração, uma vez que a lei anistiadora passou a não prever como 
infração determinada conduta agora anistiada. Concorda? 
 
 
 
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Uma vez observadas as situações previstas nos incisos I e II do artigo180 do 
CTN, a anistia não poderá ser concedida aos sujeitos passivos infratores. Para 
os casos contidos no inciso I, temos todos aqueles atos em que é verificado 
um crime ou uma contravenção, como o são a apropriação indébita e a 
sonegação fiscal, crimes capitulados no Código Penal e na lei de crimes 
contra a ordem tributária (Lei federal nº 8.137, de 1990). 
Do mesmo modo, não será concedida a anistia nos casos em que o sujeito 
passivo, tendo ou não praticado ato qualificado em lei como crime ou 
contravenção, tenha agido com dolo, fraude ou simulação, seja em 
benefício próprio ou de terceiros. 
O mesmo se observa em relação ao inciso II, em que as infrações praticadas 
por meio de conluio entre duas ou mais pessoas serão excluídas da lei 
anistiante. A previsão, contudo, não será observada, podendo a anistia 
beneficiar os interessados, caso haja disposição de lei em contrário. 
Entretanto, sendo o conluio uma prática dolosa, fica difícil imaginar em que 
situação a lei poderia excluir a hipótese sem que se recaia no que dispõe o 
inciso I. Conluio, por definição, é o acerto intencional e doloso entre duas ou 
mais pessoas para a prática de um ato. Não há conluio culposo. 
Por sua vez, a anistia poderá ser concedida em caráter geral ou 
específico. É o que dispõe o artigo 181 do CTN, cuja redação é a seguinte: 
“Art. 181. A anistia pode ser concedida: 
I - em caráter geral; 
II - limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado 
tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias 
até determinado montante, conjugadas ou não com 
penalidades de outra natureza; 
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c) a determinada região do território da entidade 
tributante, em função de condições a ela peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo 
fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja 
atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.” 
(Grifos nosso) 
 
A anistia em caráter geral é aquela que não possui beneficiários 
determinados nem requisitos a serem cumpridos para a sua concessão, sendo 
concedidas em caráter amplo. São os casos, por exemplo, de dispensa da 
penalidade em razão do descumprimento de determinada obrigação relativa 
aos tributos municipais, ocorridas no exercício financeiro de 2010, que 
abrange indistintamente todos os contribuintes que tenham cometida a 
referida infração. 
Assim, todas as pessoas, físicas ou jurídicas, independente de prévio 
requerimento, terão suas penas anistiadas, conforme previsto em lei. Nesse 
tipo de concessão, devemos observar que não há qualquer limitação quanto 
aos contribuintes beneficiados, aos tributos ou a qualquer faixa de valor, por 
exemplo exceto se a própria lei dispuser de modo contrário. 
 
 
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Já a anistia em caráter específico é aquela que tem destinatários ou 
situações determinadas na lei anistiadora, a qual definirá também os 
beneficiários e as condições e os requisitos a serem preenchidos por estes 
para a concessão. Por exemplo, temos a anistia concedida apenas aos 
contribuintes situados na cidade de Cristinápolis/SE, em razão de situações 
peculiares acontecidas no Município e especificadas na lei anistiadora. 
Outras condições que ensejam a concessão de anistia em caráter específico 
estão previstas nas alíneas “a” a “d” do artigo 181, situação em que a lei 
anistiadora irá dispor sobre: 
 Infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
 Infrações punidas com penalidades pecuniárias até 
determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de 
outra natureza; 
Por exemplo, a lei anistiadora poderá determinar que apenas infrações 
relativas à legislação do IPI e desde que inferiores a R$ 50.000,00 
poderão ser anistiados, ou anistiar determinada infração imputando ao 
infrator pena diferenciada ou mais branda. 
 Determinada região do território da entidade tributante, em 
função de condições a ela peculiares; 
Nesse tipo de anistia, apenas determinada região do ente tributante 
será beneficiada, tendo em vista, por exemplo, uma catástrofe 
natural. 
 Sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei 
que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à 
autoridade administrativa. 
Quando a infração seja decorrente de falta de pagamento de tributo, a 
lei anistiadora poderá condicionar a concessão ao pagamento do 
tributo devido, perdoando a multa a ser aplicada. 
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Em relação à anistia concedida em caráter específico, temos ainda o que 
dispõe o artigo 182 do CTN, que requer a intervenção da autoridade 
administrativa para que seja efetivada a concessão da anistia. 
Para que seja concedida, o requerente deverá comprovar que preenche os 
requisitos e condições estipuladas em lei para a concessão. Atendidos os 
requisitos, a autoridade administrativa expedirá despacho, concedendo a 
anistia ao beneficiário. 
O despacho, entretanto, tem caráter precário, não gerando nenhum tipo de 
direito adquirido para o beneficiário, podendo ser revogado de ofício, A 
QUALQUER TEMPO, sempre que for apurado que o beneficiário não 
satisfazia as condições ou não cumpriu as condições para a concessão da 
anistia. Nessas situações, será cobrado o crédito tributário acrescido de juros 
de mora: 
 Com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou 
simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; 
 Sem imposição de penalidade, nos demais casos. 
Por fim, a concessão da anistia, em nenhuma situação não 
expressamente prevista em lei, não dispensa o sujeito passivo do 
cumprimento das obrigações acessórias. A obrigatoriedade de 
pagamento do crédito tributário relativo ao tributo permanece inalterada em 
razão da anistia. Uma coisa é o tributo, outra é a penalidade decorrente do 
seu não pagamento, por exemplo. A anistia abrange apenas a penalidade 
pecuniária. Perdão do tributo? Somente por isenção (antes do lançamento) 
ou por remissão (após o lançamento). 
 
 
 
 
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(Questão 03) De acordo com o art. 175 do Código Tributário Nacional, a 
isenção e a anistia excluem o crédito tributário. Por isso, podemos afirmar 
que: 
a) a exclusão do crédito tributário dispensa, inclusive, o cumprimento das 
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído. 
b)a anistia somente pode ser concedida em caráter geral. 
c) A isenção pode-se estender às taxas e às contribuições de melhoria, caso 
haja previsão legal. 
d) a isenção pode ser revogada ou modificada, em qualquer hipótese, por 
despacho fundamentado da autoridade competente para concedê-la. 
e) a anistia, como regra, abrange exclusivamente as infrações cometidas 
anteriormente à vigência da lei que a concede. Entretanto, esta lei poderá ter 
efeitos futuros, nas situações e condições que especificar. 
Alternativa a) Incorreta. Conforme o parágrafo único do artigo 175 do 
CTN, a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das 
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela conseqüente. 
Alternativa b) Incorreta. Segundo determina o artigo 181 do CTN em seus 
incisos I e II, a anistia pode ser concedida tanto em caráter geral quanto 
específico. 
Alternativa c) Correta. Conforme determina o artigo 177 do CTN, salvo 
disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às 
contribuições de melhoria. 
 
 
 
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Alternativa d) Incorreta. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e 
em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por 
lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104, 
conforme determina o artigo 178 do CTN. 
Alternativa e) Incorreta. A anistia não pode abranger as infrações 
cometidas posteriormente à concessão da mesma. Segundo o artigo 180 do 
CTN, a anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente 
à vigência da lei que a concede, não se aplicando. 
 
 
 
 
 
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Questões Propostas 
 
1. (CESPE/TEM/Contador/2014) Isenção e imunidade são benefícios 
tributários previstos em lei ordinária, considerados como formas de não 
incidência tributária. 
Nessa questão foi solicitada a diferença básica entre os institutos da 
imunidade e da isenção. Enquanto as imunidades estão sempre previstas no 
corpo da CF/88, as isenções são sempre concedidas por lei do ente 
competente para instituir e cobrar o tributo respectivo. A imunidade é de 
natureza constitucional, enquanto a isenção é de natureza legal. Ambas, por 
sua vez, são benefícios tributários. 
Em outro ponto, as imunidades são formas de não incidência propriamente 
dita, ou de não incidência stricto sensu, uma vez que não há a ocorrência do 
fato gerador e nem o nascimento da relação jurídico-tributária, não havendo, 
assim, nem lançamento nem crédito tributário a ser constituído. De outro 
modo, na isenção, há a ocorrência do fato gerador e há o nascimento da 
obrigação tributária, mas o lançamento é impedido de ser realizado pela 
autoridade administrativa em razão da isenção concedida, não havendo, 
assim, crédito tributário a ser cobrado do sujeito passivo. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. (CESPE/TCE-ES/Analista/2013) Considere que um estado da 
federação tenha concedido benefício fiscal para pessoas com deficiência, de 
modo que o valor do tributo fosse 70% menor do que o descrito na lei 
impositiva para a compra de veículos, desde que comprovada a deficiência 
por laudo assinado por junta médica de entidade pública de saúde. Com base 
na situação hipotética, assinale a opção correta. 
A) Trata-se de anistia do crédito tributário, uma vez que se perdoa parte do 
tributo cobrado. 
B) Trata-se de isenção parcial do tributo devido, cuja obrigação tributária se 
mantém intacta. 
C) Trata-se de remissão parcial do tributo, uma vez que há perdão do tributo 
a ser pago, sem alteração do crédito tributário. 
D) O benefício fiscal faz com que o crédito tributário seja alterado e a própria 
obrigação tributária seja modificada. 
E) Trata-se do instituto da remissão concedida, que é extintiva do crédito 
tributário. 
Uma vez que houve a dispensa, ainda que parcial, de tributo devido, estamos 
diante do instituto da isenção, ficando a obrigação tributária mantida para o 
restante do tributo, ou seja, quanto aos 30%. Por sua vez, o artigo 140 do 
CTN estabelece que as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua 
extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, 
ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe 
deu origem. 
Assim, resta como correta a alternativa "b", gabarito da questão. 
 
 
 
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3. (CESPE/ANCINE/Especialista em Regulação/2013) A União 
promulgou uma lei que criou um imposto incidente sobre a atividade de 
assistir a filmes projetados em salas de cinema localizadas apenas em 
shoppings, prevendo isenção para as pessoas com mais de 70 anos de idade. 
Essa lei estabelece ainda, que o sujeito passivo do imposto é a empresa de 
projeção de cinema e que o produto da arrecadação se destina integralmente 
à ANCINE. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
A isenção estabelecida na forma prevista no comando é inconstitucional, pois 
as isenções exigem a aprovação de lei especificamente destinada a isentar. 
De acordo com o artigo 150, §6º, da CF/88, qualquer subsídio ou isenção, 
redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou 
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser 
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule 
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo 
ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
Contudo, a lei que criou a isenção é específica, já que está contida na própria 
norma de instituição do tributo que, para a situação descrita, será isentado. 
Não há necessidade que a lei verse exclusivamente sobre isenção, e sim que 
ela tenha relação temática com os demais assuntos tratados na lei. No caso 
da lei, a mesma versou sobre legislação tributária. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
 
 
 
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4. (CESPE/TRF 5º/Juiz/2013) Ainda que a isenção tenha sido concedida 
por prazo certo e sob condição onerosa, é possível a sua posterior revogação, 
com efeitos sobre os contribuintes que tiverem por ela sido beneficiados, já 
que eles não possuem direito adquirido de usufruir do benefício legalmente 
estipulado. 
De acordo com o artigo 184 do CTN, a isenção, salvo se concedida por prazo 
certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou 
modificada por lei, a qualquer tempo. Logo, as isenções onerosas não podem 
ser livremente revogadas quanto aos sujeitos passivos que dela se 
beneficiaram. 
Logo, quando a isenção for concedida por prazo certo e sob condição 
onerosa, não é possível a sua posterior revogação, com efeitos sobre os 
contribuintes que tiverem por ela sido beneficiados, já que eles possuem 
direito adquiridode usufruir do benefício legalmente estipulado. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
5. (CESPE/TJ-MA/Juiz/2013) A isenção tributária concedida sob condição 
onerosa pode ser livremente suprimida, bastando a edição de lei expressa por 
meio da qual se revogue a isenção. 
De acordo com o artigo 184 do CTN, a isenção, salvo se concedida por prazo 
certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou 
modificada por lei, a qualquer tempo. Logo, as isenções onerosas não podem 
ser livremente revogadas quanto aos sujeitos passivos que dela se 
beneficiaram. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
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6 - (CESPE - 2011 - EBC - Analista - Advocacia) A anistia, hipótese de 
exclusão do crédito tributário, não se aplica aos atos qualificados como 
crimes ou contravenções penais. 
( ) Certo ( ) Errado 
De acordo com o artigo 180 do CTN, a anistia abrange exclusivamente as 
infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se 
aplicando: 
 Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos 
que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude 
ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
 Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre 
duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. 
Assim, resta correta a assertiva apresentada. 
 
 
7 - (CESPE - 2011 - IFB - Professor - Direito) 
A anistia que tenha beneficiado certa pessoa jurídica abrangerá as infrações 
cometidas antes e depois da vigência da lei concessiva. 
( ) Certo ( ) Errado 
De acordo com o artigo 180 do CTN, a anistia abrange exclusivamente as 
infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se 
aplicando àquelas cometidas posteriormente à publicação da lei concessiva. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
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8. (CESPE - 2011 - TRF 3ª - Juiz Federal Substituto) Uma lei que crie 
determinada anistia tributária atenderá ao que dispõe o CTN se, 
expressamente, anistiar 
a) infrações resultantes de conluio. 
b) atos praticados com fraude, mas não considerados crimes ou 
contravenções. 
c) as infrações cometidas antes e depois de sua edição. 
d) tanto as multas tributárias quanto os crimes de sonegação. 
e) atos praticados com dolo, mas não considerados crimes ou contravenções. 
De acordo com o artigo 180 do CTN, a anistia abrange exclusivamente as 
infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se 
aplicando: 
 aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, 
mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou 
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
 salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre 
duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. 
Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão. 
 
 
9. (CESPE - 2010 - DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado) Julgue o 
próximo item, relativo à exclusão de crédito tributário. 
Considere que certo município tenha concedido isenção do pagamento de 
IPTU a pessoas jurídicas que se instalassem nos limites de seu território, 
gerando emprego e aumentando o produto interno bruto da região. Nessa 
situação, a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das 
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito tenha 
sido excluído. 
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De acordo com o artigo 175, parágrafo único, do CTN, a exclusão do crédito 
tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela 
conseqüente. Assim, resta correta a assertiva apresentada. 
 
 
10. (CESPE - 2010 - MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto) É 
inadmissível um estado conceder anistia em caráter limitado: 
a) a multas relativas ao ICMS. 
b) a multas de até determinado valor. 
c) a multas de contribuintes que tenham, no mínimo, certa idade. 
d) a multas de contribuintes de determinada região daquele Estado, em 
função de condições a ela peculiares. 
e) sob condição de o contribuinte pagar certo tributo no prazo fixado pela lei 
que conceder a anistia. 
De acordo com o artigo 181 do CTN, a anistia pode ser concedida: 
 em caráter geral; 
 limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado 
montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; 
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função 
de condições a ela peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a 
conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade 
administrativa. 
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão. 
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11. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado 2009-3) 
Assinale a opção correta no que se refere à exclusão de crédito tributário. 
a) A isenção concedida por prazo certo e em função de determinadas 
condições poderá ser revogada ou modificada por lei. 
b) A anistia não pode ser concedida em caráter geral. 
c) A lei tributária que concede isenção deve ser interpretada literalmente. 
d) A anistia dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes 
da obrigação principal. 
Alternativa a) Incorreta. De acordo com o artigo 178 do CTN, a isenção, 
salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, 
pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo. 
Alternativa b) Incorreta. De acordo com o artigo 181 do CTN, a anistia 
pode ser concedida: 
 em caráter geral; 
 limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado 
montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; 
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função 
de condições a ela peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a 
conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade 
administrativa. 
Alternativa c) Correta. De acordo com o artigo 111 do CTN, interpreta-se 
literalmente a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão 
do crédito tributário; outorga de isenção; e dispensa do cumprimento de 
obrigações tributárias acessórias. 
 
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Alternativa d) Incorreta. De acordo com o artigo 175, parágrafo único, do 
CTN, a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das 
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela consequente. 
 
 
12. (CESPE - 2009 - OAB - SP - 137º Exame de Ordem) Se determinado 
município conceder isenção a todas asindústrias localizadas nos limites de 
seu território, essa isenção tributária 
a) constituirá hipótese de suspensão da exigibilidade de quaisquer créditos 
tributários relativos às indústrias. 
b) dispensará as indústrias do cumprimento das obrigações acessórias, como 
a emissão de notas fiscais. 
c) caracterizar-se-á como dispensa constitucional de tributo. 
d) não será extensiva às taxas, salvo disposição de lei em sentido contrário. 
De acordo com o artigo 177 do CTN, e salvo disposição de lei em contrário, a 
isenção não é extensiva: 
 às taxas e às contribuições de melhoria; 
 aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão. 
 
 
 
 
 
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13 - (CESPE - 2008 - SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal) A 
exclusão do crédito tributário decorrente de uma obrigação principal acarreta 
a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias dela dependentes. 
( ) Certo ( ) Errado 
Conforme o parágrafo único do artigo 175 do CTN, a suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário não dispensa o sujeito passivo do 
cumprimento das obrigações tributárias acessórias, que devem ser cumpridas 
normalmente, afirmando mais uma vez a independência e a autonomia 
existente entre estas e a obrigação tributária principal. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
14. (CESPE - 2008 - SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal) Julgue 
os itens que se seguem, de acordo com as normas do 
direito tributário. 
A concessão de isenção de um tributo municipal, em caráter individual, 
independe de solicitação administrativa do sujeito passivo. 
( ) Certo ( ) Errado 
O artigo 179 do CTN nos diz que a isenção, quando não concedida em caráter 
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, 
em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das 
condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para 
concessão. Desse modo, a concessão de isenção, em caráter individual, 
DEPENDE de solicitação administrativa do sujeito passivo. Essa necessidade, 
contudo, não ocorre para o caso de concessão de isenção em caráter geral. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
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15 - (CESPE - 2008 - SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal) A 
exclusão do crédito tributário decorrente de uma obrigação principal acarreta 
a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias dela dependentes. 
( ) Certo ( ) Errado 
Conforme o parágrafo único do artigo 151, a suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário não dispensa o sujeito passivo do cumprimento das 
obrigações tributárias acessórias, que devem ser cumpridas normalmente, 
afirmando mais uma vez a independência e a autonomia existente entre 
estas e a obrigação tributária principal. 
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. 
 
 
16 - (CESPE - 2008 - SEMAD-ARACAJU - Procurador Municipal) Ocorre 
a isenção tributária quando, mesmo havendo fato gerador e obrigação 
tributária, exclui-se a constituição do crédito tributário. 
( ) Certo ( ) Errado 
A isenção se opera no campo do exercício da competência tributária, 
enquanto que a imunidade, no campo da limitação da competência tributária. 
A isenção, assim, pode ser definida com uma dispensa legal do pagamento de 
determinado tributo, não permitindo que haja o lançamento do crédito 
tributário, não obstante a ocorrência do fato gerador e o nascimento da 
respectiva obrigação tributária. 
 
Assim, resta correta a assertiva apresentada. 
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17. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem 2007-3) O taxista João 
recebeu do fisco estadual uma correspondência na qual lhe foi informado que, 
mesmo tendo ocorrido o fato gerador do IPVA, ele não precisaria pagar o 
tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assembleia 
legislativa, que excluía o crédito tributário dos taxistas, relativamente ao 
IPVA. Nessa situação hipotética, pode-se dizer que a citada lei estabeleceu 
uma 
a) remissão. 
b) transação. 
c) isenção. 
d) anistia. 
De acordo com o artigo 175 do CTN, são modalidades de exclusão do crédito 
tributário a isenção e a anistia. Assim, resta como correta a alternativa "c", 
gabarito da questão, uma vez que a dispensa legal do pagamento se refere 
ao pagamento do tributo, e não de uma penalidade pecuniária, hipótese e 
quem estaríamos diante de uma anistia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabaritos 
1 E 12 D 
2 B 13 E 
3 E 14 E 
4 E 15 E 
5 E 16 C 
6 C 17 C 
7 E 
8 A 
9 C 
10 C 
11 C 
Aluisio de Andrade Lima Neto 
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